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Transposição do Rio São Francisco





81% física da obra está concluída
A expectativa é concluir a totalidade do empreendimento entre dezembro de 2016 e o início de 2017

O Projeto de Integração do Rio São Francisco, tido como a maior obra de infraestrutura hídrica do Brasil, alcançou a marca de 81% de execução física em outubro, aponta o Ministério da Integração Nacional (MI). Prioridade do governo federal, a iniciativa vai beneficiar 12 milhões de brasileiros dos Estados de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. A expectativa é concluir a totalidade do empreendimento entre dezembro de 2016 e o início de 2017.

"Já foram entregues as primeiras estações de bombeamento de cada eixo e está prevista para este ano a entrega da segunda estação do Eixo Leste", explicou Osvaldo Garcia, secretario de Infraestrutura Hídrica do ministério.

Os eixos Norte e Leste atingiram execução de 82,2% e 79,2%, respectivamente, e mantêm 4.133 equipamentos em operação. São 477 km de obras, nos quais trabalham mais de 10 mil profissionais. A expectativa do governo federal é de que o empreendimento esteja concluído ao final de 2016. O empreendimento engloba a construção de quatro túneis (um dos quais de 15 km de extensão), 14 aquedutos, 9 estações de bombeamento e 27 reservatórios.

Os dois eixos (Norte e Leste) do projeto apresentam execução de 82,2 % (Norte) e 79,2 % (Leste). A obra é construída por etapas e os cronogramas de execução do empreendimento priorizam a sequência construtiva do “caminho das águas” do projeto, ou seja, das captações até os Estados que serão beneficiados. A expectativa é concluir a totalidade do empreendimento entre dezembro de 2016 e o início de 2017.

Ações de convívio com a seca

Devido aos longos períodos de seca e estiagem no País, principalmente no semiárido do Nordeste, o governo federal intensificou a gestão e a aplicação de políticas públicas para amenizar o impacto das perdas econômicas e sociais nas áreas atingidas. Por essa razão, o MI investe em outras obras hídricas estruturantes e em ações emergenciais.

Entre as obras hídricas estruturantes estão o Cinturão das Águas (CE), a Vertente Litorânea Paraibana (PB), o Canal do Sertão Alagoano (AL), a Adutora Pajeú (PE e PB), a Adutora do Agreste (PE), a Barragem de Ingazeiras (PE) e a Barragem de Oiticica (RN).

Considerado uma ação estruturante, o Programa Água para Todos já beneficiou mais de cinco milhões de brasileiros. O programa consiste na implantação de tecnologias de uso da água para o consumo próprio ou para a produção de alimentos e a criação de animais.

O Água para Todos implementou, por exemplo, 876,5 mil cisternas e 2,1 mil sistemas simplificados de abastecimento. O programa recebeu R$ 5,2 bilhões em investimentos e já atendeu a 17 Estados – nove do Nordeste.

Ações emergenciais

As principais ações emergências do governo federal são aquelas de socorro e assistência e de restabelecimento de serviços essenciais em municípios em situação de emergência, a Operação Carro-Pipa Federal, o abastecimento em áreas urbanas e perfuração de poços.

O governo federal investiu R$ 525,4 milhões em ações de socorro e assistência de 2012 a agosto deste ano; atende 817 municípios e beneficia 4 milhões de pessoas por meio da Operação Carro-Pipa (cooperação técnica e financeira entre MI e Ministério da Defesa, com investimento de R$ 2,5 bilhões de março de 2012 a julho de 2015); destinou R$ 159 milhões para o abastecimento de água em áreas urbanas do semiárido; e perfurou ou recuperou 3,9 mil poços – nessa última ação foram investidos R$ 57 milhões (repasses aos Estados) e R$ 141 milhões (MI e vinculadas).





Eco debate: descrecimento com prosperidade


A humanidade já ultrapassou os limites planetários sustentáveis e a pegada ecológica antrópica esta 50% acima da biocapacidade da Terra. Por conta disto, o ser humano precisa se adequar aos espaços cabíveis do Planeta, necessitando aprender a conviver com as demais espécies vivas do mundo na única casa existente e conhecida do Universo.
O mundo moderno ficou viciado em crescimento. Em 250 anos, desde o início da Revolução Industrial e do começo do uso maciço dos combustíveis fósseis as fronteiras planetárias sustentáveis foram ultrapassadas. Desta forma, nos dias atuais, o DECRESCIMENTO passou a ser uma palavra chave e cada vez mais utilizada, pois está se constatando que não há saída para a continuidade ou mesmo a manutenção indefinida do atual modelo de produção poluidor e que visa principalmente o lucro e só sobrevive com base em um consumismo desregrado.
Tem aumentado a consciência de que a humanidade precisa urgentemente mudar a maneira como está tocando sua economia. Para evitar um desastre ecológico, o ser humano precisa reduzir a emissão de gás carbônico derivado da queima de combustíveis fósseis. Precisa reduzir a emissão de gás metano derivado da criação dos 60 bilhões de animais terrestres que vão todos os anos para os abatedouros para saciar o apetite humano. Precisa interromper a curva ascendente do aquecimento global. Precisa reduzir a exploração de metais e outros recursos naturais que sugam as entranhas da Terra e deixam cicatrizes cada vez mais profundas.
A humanidade precisa parar de poluir e superexplorar as fontes limpas de água doce, parar de usar as reservas de água subterrâneas mais rapidamente do que elas podem ser repostas e parar de matar os corais e sujar e acidificar os oceanos. Precisa parar de desmatar e destruir as florestas. Parar de ameaçar a vida marinha e danificar os ecosistemas. Precisa eliminar o crime do ecocídio. Precisa parar de produzir tanto luxo e tanto lixo.
Portanto, o ser humano precisa interromper sua corrida em direção ao precipício e dar uma marcha à ré no ritmo frenético do crescimento econômico. Tem aumentado o número de pessoas que acredita que o decrescimento econômico e populacional pode ser uma maneira de interromper o desastre. Já existem vários países que estão experimentando redução da população, tais como Rússia, Ucrânia, Japão, Cuba, etc.

Os desafios do inteiro ambiente

Há duas etapas na luta pelo meio-ambiente, explica Sérgio Margulis, assessor especial do Ministério do Meio Ambiente, e com uma longa carreira no Banco Mundial, em Washington.
A primeira é do ganha-ganha, o combate aos desperdícios, o desenvolvimento de novas formas de energia.
O Brasil está bem no retrato em agricultura, florestas e energia. Trata-se de um marco mundial, reconhecido no BM, onde Margulis trabalhou durante 22 anos em meio-ambiente.
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" O grande desafio é quando existe uma dicotomia para resolver, o impasse entre a produção de energia e alimentos e a preservação do meio ambiente."
Segundo ele, o problema do aquecimento global é exclusivo dos países pobres. Os riscos já detonaram seus recursos naturais e ficou fácil, para eles, trabalhar metas de redução dos danos a partir da base alta em que já se encontram.
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Já o Brasil é prisioneiro do dilema. Dos países minimamente industrializados, é o que tem a matriz energética mais limpa. Mas está chegando nos limites da produção de energia limpa.
Por outro lado, existe pelo menos 128 milhões de hectares de áreas aptas para a agricultura, sem desmatamento, localizadas especialmente no Cerrado, na Pré-Amazonia e na Mata Atlântica. Isso traz um potencial de expansão imensamente maior do que a agricultura dos EUA.
No outro extremo, tem-se um país com os piores índices de pobreza do mundo, embora correndo atrás do prejuízo: o governo conseguiu atingir, em 2009, as metas de pobreza previstas para 2015. E os indicadores demonstram que a renda está se desconcentrando.Leia mais »

O saldo da Rio + 20


Sobrou o quê, da Rio+20? Respondem os ranzinzas que  não sobrou nada, já que o multilateralismo  saiu pelo ralo, desprezado pelas nações mais ricas e até pela China, Rússia e Índia. O documento final e  básico da conferência foi lamentável, destacando-se mais  pelas omissões e pelo que não enfrentou.
                                                                 
Vale atentar para o reverso da medalha. Se ficou claro que os países mais desenvolvidos dão de ombros para as  preocupações da maioria, negando-se até a examinar o financiamento de atividades ecologicamente corretas, também parece óbvio  estarem isolados do resto do mundo. Não demora muito para  que percam  força nas próprias Nações Unidas, ou seja, implodirá o gargalo do Conselho de Segurança,  tal como estabelecido  desde 1945.
                                                                
Numa palavra, virou o jogo. Quem estava na defensiva passa agora ao ataque. Os participantes do desenvolvimento sustentável poderão criar empecilhos cada vez maiores à dominação política dos poderosos, primeiro passo para quebrar a dominação econômica.  Sonho de noite de verão? Pode ser que não.

Carlos Chagas