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Assédio eleitoral explícito

- Fomos vítimas 
de assédio eleitoral
explícito.
- O que aconteceu com vocês
criaturas?       
- Bem ali na pracinha.                  

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Campanhas do contra, por Jânio de Freitas na Folha de São Paulo

As quedas de Dilma Rousseff e Aécio Neves têm várias causas, não só o alto ponto de partida de Marina Silva. Ainda que com pesos diferentes, um dos principais fatores daquelas quedas é o mesmo em uma em outra: as duas campanhas parecem um desperdício de possibilidades que se volta contra cada um dos candidatos.
O caso de Dilma, nesse sentido, tem maiores consequências negativas para a candidatura. Por maior que seja o esforço de negá-lo, o governo tem muito o que mostrar em resultados importantes do seu trabalho. Grande parte pouco conhecida e mal conhecida, ou desconhecida mesmo. Apesar dos gastos em publicidade. Comunicar-se com a opinião pública, necessidade essencial de qualquer governo em nosso tempo, revelou-se a mais ampla incapacidade do governo Dilma. E aparentemente nem ao menos percebida pelos interessados ao longo dos seus três anos e tanto.
Em termos pessoais, é notório que o problema começa na própria Dilma. Mas para isso, que não é incomum, existem os ministros bem-falantes, os assessores, os marqueteiros, o treinamento. Se, no economismo obsessivo dos meios de comunicação brasileiros, ao menos Guido Mantega fosse melhor do que Dilma, mesmo que não chegasse à conversa de camelô de Antonio Palocci, o governo conseguiria neutralizar a fabricação do pessimismo. Feita contra Dilma e o governo, mas, como bala perdida, com prejuízos sobretudo para o país.
O horário eleitoral seria a segunda oportunidade da neutralização. Mas a grande vantagem de Dilma, em tempo disponível, desperdiça-se em uma confusão de cenas e intervenções inócuas, longa e cansativa falta de objetividade entremeada, não mais do que isso, de inserções da candidata. A anticomunicação. Ao custo de milhões. Se, mesmo sem grandes bossas, os programas de rádio e TV se limitassem a expor, com alguma inteligência e clareza, o que Dilma acha que tem a mostrar do seu governo, e que valeria a pena prosseguir, o objetivo didaticamente eleitoral seria muito mais alcançável. Mas a campanha parece contra a candidata: não atrai, desinteressa.
Aécio Neves dedicou sua campanha ao desnecessário: "desconstruir" Dilma. Isto a imprensa, a TV e o rádio já faziam por ele, desde muito antes de iniciar-se a campanha, e com muito mais eficácia. Aécio só falava contra Dilma, contra a Petrobras, contra o governo. Foi mandado para o subsolo com tanta facilidade porque não houve um motivo seu para preservar fidelidades. O grosso dos apoios que tinha, é o que se vê, eram recusas aos outros concorrentes.
Não há mais dúvida de que o programa governamental de Aécio, de fato, não é coisa que se diga ao eleitorado. É para conversa de salão, reuniões na Fiesp e na federação dos bancos. Nada pensado de interessante para dizer ao eleitorado, Aécio tornou-se o vazio eleitoral, feito pela própria campanha.
Com Marina Silva foi mais fácil: para estar em cima, não precisou fazer campanha, não precisou dizer o que pensa. Mas como, para seguir no alto, precisa fazer campanha, começou a dizer o que não pensa.
BYE-BYE
De Arminio Fraga, guru econômico de Aécio Neves, na Folha: "Não vamos arrochar salário nem assassinar velhinhas".
Reparei que, na salvaguarda, ele não incluiu os velhinhos.



Campanha eleitoral


TEMPO DE TV É COMO COMIDA E BEBIDA: EM EXCESSO FAZ MAL!
  
1. Tempo de TV é importante. A razão é que o eleitor difuso acha que quem não tem tempo de TV é porque é candidato sem chance. O voto útil esvazia as candidaturas com muito pouco tempo de TV.
  
2. Nos últimos anos, o uso da TV -em campanha ou fora dela- perdeu o impacto que tinha até 2002. Até nos EUA os clássicos comerciais eleitorais já não têm mais o impacto de antes. Não impactam, mas dão informações básicas: quem são os candidatos e qual são as agendas que destacam.
   
3. Ter muito, muito tempo de TV é um risco. Não ter tempo induz o eleitor difuso a achar que não tem chance. Porém, ter tempo demais leva o eleitor a achar que o candidato é rico e prepotente e não quer dar espaço aos demais. Não é fácil administrar tanto tempo. Basta pensar o que é um bloco do Jornal Nacional e sua diversidade.
   
4. E há um fator a mais, e esse comprovado, que se repete. Quando um candidato tem tempo de TV no primeiro turno maior que o tempo que terá no segundo turno -ou seja- maior que 10 minutos, a derrota no segundo turno é garantida.
    
5. Explica-se. Suponhamos um candidato com 12 minutos de tempo de TV no primeiro turno e que passa para o segundo turno com um concorrente que teve no primeiro turno metade ou menos de seu tempo de TV. No segundo turno, o tempo do primeiro candidato diminui. E o do segundo candidato cresce explosivamente, dobrando ou mais.
    
6. A sensação do eleitor difuso é que o primeiro perdeu força, desinflou e que o segundo está crescendo, crescendo, está muito forte e vai ultrapassar. É a sensação de uma atropelada incontornável em corrida de cavalo. E o locutor vibra e antecipa a vitória.
    
7. No Rio, em eleições de prefeito, isso ocorreu em 1996 e 2000. Em 1996, no primeiro turno, com o crescimento do adversário, o líder destacado resolveu mudar a agenda e administrou mal seu tempo de TV. O segundo ultrapassou. Mas no segundo turno, com a inversão de tempo, o segundo disparou.  Em 2000, no primeiro turno, o líder abriu frente 15 pontos e manteve essa frente em 11 pontos. Mas, no segundo turno, aberto com 15 pontos-Ibope de vantagem, com a queda de seu tempo e a quintuplicação do tempo de seu concorrente, esse fez uma "atropelada" sustentada até ultrapassá-lo quase em cima do laço.
     
8. Moral da História. Tempo de TV no primeiro turno acima do tempo de TV do segundo turno é derrota certa para quem tinha esse latifúndio no primeiro turno. E o adversário nem precisa se movimentar muito: sua "atropelada" será inexorável. E o eleitor difuso muda de lado em razoável proporção e faz um novo voto útil. Ou ganha no primeiro ou perde no segundo.

por Cesar Maia

Humala se inspira em Lula

[...] se distancia de Hugo Chavez e lidera pesquisas no Peru

Considerado um dos favoritos na eleição presidencial no Peru, cujo primeiro turno ocorre no próximo domingo, o nacionalista Ollanta Humala tem procurado se distanciar de um discurso mais próximo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, para garantir a vitória.
Derrotado na disputa presidencial de 2006, o ex-militar Humala teria se inspirado na trajetória de Luiz Inácio Lula da Silva para mudar de estratégia nesta campanha, adotando um tom mais conciliador.
Sua proximidade de Chávez em 2006 foi considerada por analistas um dos fatores determinantes da derrota para Alan García, o atual presidente.
“Há uma campanha muito forte da direita e dos meios de comunicação contra Chávez, o que acaba promovendo a rejeição da população”, disse Fernando Villáran, um analista político peruano. “O distanciamento era inevitável”, acrescentou.
De acordo com recentes pesquisas, Humala deve ir para o segundo turno. Ele tem entre 27% e 28% das intenções de voto, cerca de sete pontos percentuais à frente dos demais candidatos, que estão praticamente empatados na vice-liderança – o ex-presidente Alejandro Toledo, Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori, e o ex-ministro Pedro Pablo Kuczynski.
PETISTAS EM CAMPANHA
Não é mera coincidência que a frase “a esperança vence o medo”, que passou a marcar os discursos de Humala, se pareça com um slogan eleitoral de Lula.
Desde janeiro, Luís Favre, ex-marido da senadora Marta Suplicy (PT), e o petista Valdemir Garreta assessoram a campanha do centro-esquerdista Humala. A presença dos assessores brasileiros foi confirmada na terça-feira pelo candidato.
“(Favre e Garreta) estão trabalhando com o comando da campanha”, disse, para em seguida tentar marcar distância do PT. “Poucas vezes falei diretamente com eles, a campanha se encarrega disso, minha preocupação é viajar pelo país”, acrescentou.
Para Villarán, a proximidade com o discurso de Lula foi um dos fatores que alavancaram a candidatura de Humala na reta final da campanha.
“O povo peruano tem uma boa imagem de Lula e qualquer político que se aproxime de suas políticas tende a capitalizar apoio.”
Humala também apostou na mudança do visual. Trocou o vermelho das camisas, também usado por Chávez, pelo branco. Apesar de ser alvo permanente de ataques de seus adversários, Humala optou por não contra-atacar, estratégia que o favoreceu, segundo analistas.
Durante a campanha, propôs um “pacto político”, a manutenção da estabilidade econômica, o combate à corrupção e a distribuição de renda, dirigida fundamentalmente aos setores populares.
CONTRADIÇÕES
Já em seu programa de governo, o candidato nacionalista sobe o tom: critica duramente o modelo neoliberal e promete recuperar a soberania dos recursos naturais do país como base para o fortalecimento da economia.
Humala propõe, inclusive, mudanças na Constituição, ponto de partida que marcou o início dos governos da Venezuela, Bolívia e Equador. No documento, o candidato nacionalista promete ainda rever contratos de exploração petrolífera e de gás nas mãos de multinacionais.
É principalmente na nova roupagem dessas críticas e projetos que teria entrado o “toque brasileiro”, incluindo com a elaboração da Carta ao Povo Peruano, semelhante à Carta ao Povo Brasileiro do ex-presidente Lula nas eleições de 2002. Nela, aspectos do programa que poderiam assustar os mercados foram suavizados ou suprimidos.
Na carta, Humala diz que não promoverá a reeleição presidencial, não menciona nacionalizações de empresas e tampouco critica a liberalização da economia, credora de elogios do crescimento econômico de 8,8% registrado no Peru no último ano.
Essas “contradições programáticas” têm sido utilizadas pelas demais candidaturas para criticá-lo e colocar em xeque sua legitimidade. “O que determinará o triunfo de Humala é a credibilidade”, afirmou à BBC Brasil a o economista Jorge González Izquierdo.
“Ele terá de convencer ao povo que é genuína sua mudança e sua conversão ao ‘programa Lula’”, disse.
CENÁRIO NO 2º TURNO
A resistência ao candidato nacionalista está fundamentalmente nas classes média e alta, e o setor empresarial dá sinais de não estar de todo convencido das mudanças apresentadas pelo Humala “light”.
Semelhante ao que ocorreu com o ex-presidente Lula, quando Humala apareceu liderando as pesquisas de intenção de voto, a Bolsa de Valores de Lima caiu mais de 5%.
Se os resultados das urnas no domingo confirmarem as projeções, o ex-tenente coronel, de 48 anos, terá de enfrentar uma aliança da direita peruana no segundo turno, independentemente de quem seja o adversário. “Sem dúvida, haverá uma frente anti-Humala para derrotá-lo, assim como ocorreu em 2006″, afirma Izquierdo.
Para os especialistas, o elemento surpresa no segundo turno, em junho, será a fidelidade, ou não, dos eleitores às determinações políticas de seus candidatos.

CLAUDIA JARDIM – FOLHA.COM

Apreendidos panfletos contra Dilma

Cabos eleitorais do PSDB são detidos 

Tatiana Farah – O Globo

Panfletos com ataques à candidata Dilma foram apreendidos com cabos eleitorais do PSDB na periferia de São Paulo. Com o título “É esse o presidente que você quer para o nosso país?”, eles reproduzem uma falsa ficha de Dilma no Dops. 
A ficha atribui uma série de crimes à candidata, que participou da luta armadas na ditadura e ficou presa por quase três anos.
César Lisboa Bastos, que disse trabalhar para a campanha de José Serra, confirmou ao GLOBO a autoria dos panfletos, mas negou que iria distribuílos. Ele disse que usou sua impressora e negou ter recebido orientação do PSDB.
Marinalva Félix Anacleto, que afirmou à polícia ser filiada ao PSDB há cinco anos, estava com uma sacola com 101 panfletos.
Ela e outros cabos eleitorais foram levados ao 46oDistrito Policial e disseram ter sido contratados para trabalhar no segundo turno.
— Eles (os petistas) fizeram um material do Serra com os olhos arregalados.
Decidi fazer os panfletos para brincar com eles. Mas não distribui nenhum. Era uma brincadeira — disse Bastos.
O cabo eleitoral afirmou que não sabia que os dados divulgados na suposta ficha do Dops poderiam ser falsos: 
— A ficha está em todo lugar.
É só você procurar na internet.
Os cabos eleitorais foram indiciados por difamação na propaganda eleitoral. 
O comando da campanha de Serra não comentou o caso.

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Bandeiras de apoio a Dilma enfeitam a Orla de Copacabana

Com seu bom humor característico, o carioca respondeu com criatividade a farsa serrista que teve como palco esta semana o Rio de Janeiro, e que já é conhecida em todo o Brasil como a piada da bolinha. 

Quem passar pela Orla de Copacabana será surpreendido com uma beleza a mais no mais famoso cartão postal do Brasil: 

Toda a orla está embandeirada, de uma ponta a outra, com os dizeres Dilma presidente. 
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Nós e a democracia

Os tucanos tentam no programa eleitoral apresentar o PT como um partido da violência e antidemocrático, um partido que coloca em risco a democracia no Brasil. Nada mais mentiroso. Os dois governos de Lula foram marcados pelo compromisso democrático, sem massacres, invasões policiais de fábricas e repressão a grevistas. Um governo pautado pelo absoluto respeito ao Congresso Nacional e ao Judiciário, um governo que se submeteu como nenhum outro a critica da imprensa, que chegou ao cumulo de desrespeitar sistematicamente a instituição da Presidência da República só para tentar atingir Lula. Continua>>>
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A mais recente pesquisa para a sucessão presidencial de 2010, realizada pelo Ibope, aponta a liderança da candidata Dilma Rousseff, que representa a continuidade e melhoria do Governo Lula, com 11 pontos à frente de José Serra, que representa a volta do jeito de governar que o Brasil conheceu com Fernando Henrique Cardoso. De acordo com o Ibope, Dilma tem 51% contra 40% de Serra —56% a 44% nos votos válidos.
Os números do Ibope devem ter incomodado o presidente do PSDB, Sérgio Guerra. Isso porque o tucano fez graves declarações contra o instituto Vox Populi, que dois dias antes do Ibope revelou o mesmo quadro na disputa eleitoral —48% a 40% para Dilma, ou 51% contra 39% nos votos válidos. “Isso foi uma safadeza de um instituto de pesquisa que trabalha para o PT”, disse Guerra.
Mais do que uma crítica ao trabalho do instituto, o presidente do PSDB desnuda o tipo de campanha que vem sendo feita por Serra nestas eleições, especialmente no segundo turno, uma campanha dominada pela raiva, pelo baixo nível do debate e pela incitação ao ódio com uso de mentiras. O exemplo mais fantasioso foi relacionar a alta das ações da Petrobras com a melhora de Serra nas pesquisas —um disparate sem o menor respaldo na realidade.
O mais grave, contudo, foi a utilização de temas religiosos e do aborto na campanha, como se estivéssemos em uma eleição para clérigo, não para o cargo de presidente da República, função que deve ser exercida em respeito a todas as religiões e crenças que nosso país abriga.
Serra optou por explorar e incentivar a intolerância religiosa, desrespeitando o caráter laico e republicano de nossa democracia. O incentivo ao ódio religioso e ao medo, ameaçando de fato nossa convivência social, a tolerância e ecumenismo que predomina em nossa sociedade, ficou evidente na entrevista que concedeu ao Jornal Nacional.
Ao JN, o tucano não respondeu as denúncias envolvendo o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, que é apontado por políticos do próprio PSDB como autor do desaparecimento de R$ 4 milhões arrecadados para as campanhas do partido. Serra preferiu desviar do assunto e atribuir a Dilma a introdução do tema do aborto na eleição.
Ora, não é possível que os tucanos achem que podem ludibriar a todo um país, pois quem acompanha o processo eleitoral sabe que Serra não apenas trouxe o tema para o centro da campanha, mas igualmente organizou a mais preconceituosa campanha já feita no Brasil. Ao fim e ao cabo, Serra instigou algo que jamais um político brasileiro tentou fazer: uma guerra santa nas igrejas católicas e evangélicas, a partir de uma “central de boatos”.
Do ponto de vista do avanço do processo democrático brasileiro, é lamentável que Serra tenha abandonado e rasgado sua biografia para abraçar uma campanha com esse perfil, que arranha a tradição e a memória das lutas democráticas no país, travadas inclusive com a participação do próprio Serra.
Felizmente, a sociedade brasileira está madura e tem reagido ao uso das questões religiosas nesta campanha. As pessoas percebem as tentativas de atrelar suas crenças às escolhas políticas. A resposta da sociedade não demorou. Os jornais em editoriais e matérias criticaram duramente o tipo de campanha escolhido por Serra, sua pregação religiosa e a exploração reacionária e atrasada da questão do aborto.
Agora, a vanguarda do país —artistas, intelectuais, empresários, estudantes e a juventude— condenam Serra e sua cruzada. O símbolo dessa virada, que já se expressa nas pesquisas, foi o ato realizado nesta semana no Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro, com mais de 3.000 participantes. A vanguarda se manifestou em favor da campanha de Dilma, um fato político extraordinário, não só pela força e simbolismo, mas também pela representatividade, com figuras emblemáticas de nossa cultura. No dia seguinte, foi a vez de advogados e estudantes, no teatro da PUC-SP, e empresários e empreendedores, em Brasília.
É a construção desse Brasil que seguirá com Dilma, um país de convivência democrática, valorização da diversidade cultural e religiosa, sem miséria, que cresce respeitando o meio ambiente e que é resultado da nossa conquista mais importante após a Ditadura: os nossos valores democráticos e a nossa liberdade.
 José Dirceu

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O silêncio ensurdecedor de César Maia

Vejam que interessante: o ex-prefeito do Rio e candidato derrotado pela coligação PV-PSDB-DEM-PPS ao Senado, César Maia (DEM) não diz uma palavra hoje em seu ex-blog sobre a encenação de uma agressão ao candidato da oposição a Presidente da República, José Serra (PSDB-DEM-PPS) na Zona Norte do Rio.

E eles são aliados. Ou não são mais? Ou nunca foram? Em certos momentos da campanha serrista, César Maia e o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) foram tão críticos do candidato tucano quanto nós da oposição, mas não romperam - pelo menos publicamente.

Até foram os Maias do Rio que impuseram a José Serra o candidato a vice-presidente em sua chapa, o deputado Índio da Costa (DEM-RJ). Aliás, depois do teatro na Zona Norte carioca, ontem, tucanos, demos e aliados foram comemorar o aniversário de Índio da Costa numa churrascaria. César Maia e outro aliado de primeira hora da turma, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), derrotado na eleição de governador no 1º turno, não compareceram.

No ex-blog, hoje, César Maia fala de tudo - do presidente Barack Obama, de estudos sobre as pesquisas eleitorais nesta campanha, de Nova Iguaçu (RJ) e do fato de o papa Bento XVI ter nomeado 24 novos cardeais e o Rio, pela primeira vez em décadas, ficar sem um cardeal. Fala de drogas, também, aumento do consumo de crack, mas nenhuma palavra a farsa da Zona Norte envolvendo José Serra.



Será que o autor da montagem do episódio foi ele? Ou será que ficou contra e por isso não quer comentar?

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Charge - Sinfrônio

Serra é atingido na cabeça
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Na média das pesquisas, Dilma tem 55% dos votos válidos contra 45% de Serra

José Roberto de Toledo – Vox Pública

Na margem, a vantagem média aumentou de 8 para 10 pontos.
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O cálculo da média móvel considera sempre as quatro pesquisas divulgadas mais recentemente. No caso, compõem a nova conta as sondagens do Datafolha (15/10), do Vox Populi (18/10), do Sensus (19/10) e do Ibope (20/10).
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Mais importante do que os números, são as tendências. Segundo Sensus e Datafolha, a distância entre Dilma e Serra estabilizou. Para Vox Populi e Ibope, a distância entre os dois candidatos aumentou esta semana.
Na média dos quatro institutos, há uma leva tendência de aumento da distância da petista sobre o tucano. A 10 dias da votação, a vantagem de Dilma é muito semelhante à que ela tinha na mesma época no 1º turno. A diferença é que naquela vez ela estava em queda e agora, em leve ascensão.

Ibope: tendência do eleitor é oposta à do 1º turno

por Jose Roberto de Toledo

O Ibope indica que dobrou a diferença de Dilma Rousseff (PT) sobre José Serra (PSDB) na última semana. Houve recuperação da petista e queda do tucano.
Dilma tem hoje praticamente a mesma vantagem que tinha nesta época no primeiro turno: 56% contra os 55% de 23 de setembro. Nos 10 dias entre a pesquisa e a votação de 3 de outubro, ele caiu, Marina Silva (PV) subiu, e a eleição precisou de um novo turno.
Desta vez há uma diferença importante. No primeiro turno, Dilma vinha em queda nesta fase da campanha. Agora, seu movimento é ascendente. Mais do que o tamanho da vantagem, é o movimento do eleitorado que favorece a petista.
Há indicativos de que a questão religiosa voltou a influenciar o eleitor, mas no sentido oposto. Na rodada anterior do Ibope, Dilma tinha estabilizado entre católicos e evangélicos. Nesta, ela cresceu entre os cristãos e caiu entre agnósticos, ateus e seguidores de outras religiões.
Pelos números, as ações da petista para recuperar o apoio de lideranças evangélicas e católicas surtiram efeito. Isso incluiu a divulgação de uma carta rejeitando mudar a legislação sobre o aborto -o que pode ter lhe tirado votos entre quem é a favor da liberação da prática, algo mais comum entre agnósticos e ateus.
Ao mesmo tempo, Serra caiu nos segmentos religiosos. Pode ser apenas fruto da recuperação dos eleitores por Dilma. O tucano, porém, perdeu mais votos cristãos do que a petista ganhou.
Isso indica que sua queda no segmento pode ter sido consequência da divulgação de notícias de que sua mulher teria feito aborto nos EUA, quando estavam exilados. As buscas no Google pelo binômio “Serra + aborto” suplantaram as pelo binômio “Dilma + aborto” na última semana.
Sejam quais forem as causas, Serra tem uma tarefa mais difícil do que Dilma. Para encurtar a distância que o separa da petista, ele precisa reverter a tendência do eleitorado. Brigar contra a inércia requer novas armas. O rolo no Rio pode ser uma delas: associar medo/insegurança à rival...
Dura missão para uma bolinha de papel.

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5 ondas da campanha contra Dilma - Técnicas de contra-informação militar


As ondas de uma campanha feita nas sombras
por Rodrigo Vianna

O jornalista Tony Chastinet é um especialista em desvendar ações criminosas. Sejam elas cometidas por traficantes, assaltantes de banco, bandidos de farda ou gangues do colarinho branco. Foi o Tony que ajudou a mostrar os caminhos da calúnia contra Dilma, como você pode ler aqui.

O Tony é também um estudioso de inteligência e contra-inteligência militar. E ele detectou, na atual campanha eleitoral, o uso de técnicas típicas de estrategistas militares: desde setembro, temos visto ações massivas com o objetivo de disseminar “falsa informação”, “desinformação” e criar “decepção” e “dúvida” em relação a Dilma. São conceitos típicos dessa área militar, mas usados também em batalhas políticas ou corporativas – como podemos ler, por exemplo, nesse site.

Na atual campanha, nada disso é feito às claras, até porque tiraria parte do impacto. Mas é feito às sombras, com a utilização de uma rede sofisticada, bem-treinada, instruída. Detectamos nessa campanha, desde a reta final do primeiro turno, 4 ondas de contra informação muito claras.

1) Primeira Onda – emails e ações eletrônicas: mensagens disseminadas por email ou pelas redes sociais, com informações sobre a “Dilma abortista”, “Dilma terrorista”, “Dilma contra Jesus”; foi essa técnica, associada aos sermões de padres e pastores, que garantiu o segundo turno.
2) Segunda Onda – panfletos: foi a fase iniciada na reta final do primeiro turno e retomada com toda força no segundo turno; aqueles “boatos”  disformes que chegavam pela internet, agora ganham forma; o povão acredita mais naquilo que está impresso, no papel; é informação concreta, é “verdade” a reforçar os “boatos”  de antes;
3) Terceira Onda – telemarketing: um passo a mais para dar crédito aos boatos; reparem, agora a informação chega por uma voz de verdade, é alguém de carne e osso contando pro cidadão aquilo tudo que ele já tinha “ouvido falar”.
4) Quarta Onda – pichações e faixas nas  ruas: a boataria deixa de frequentar espaços privados e cai na rua; “Cristãos não querem Dilma e PT”; “Dilma é contra Igreja”; mais um reforço na estratégia. Faixas desse tipo apareceram ontem em São Paulo, como eu contei aqui.
O PT fica, o tempo todo, correndo atrás do prejuízo. Reparem que agora o partido tenta desarmar a onda do telemarketing. Quando conseguir, a onda provavelmente já terá mudado para as pichações.

Há também a hipótese de todas as ondas voltarem, ao mesmo tempo, com toda força, na última semana de campanha. Tudo isso não é por acaso. Há uma estratégia, como nas ações militares.
O que preocupa é que, assim como nas guerras, os que tentam derrotar Dilma parecem não enxergar meio termo: é a vitória completa, ou nada. É tudo ou nada – pouco importando os “danos colaterais” dessas ações para nossa Democracia.

Reparem que essas ondas todas não foram capazes de destruir a candidatura de Dilma. Ao contrário, a petista parece ter recuperado força na última semana. Mas as dúvidas sobre Dilma ainda estão no ar.

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