Blog do Charles Bakalarczyk: O discurso da grande mídia empresarial

Blog do Charles Bakalarczyk: O discurso da grande mídia empresarial: O discurso da imprensa Por Luciano Martins Costa Um exercício interessante para quem se interessa pela observação da mídia é anal...

O projeto nu

Alguns depoimentos de mulheres que foram fotografadas

Suas imagens são tão honestos, e para mim perspicaz. Estou tão agradecido por ter sido capaz de ser uma parte na criação deste. Eu não posso começar a articular o que eles significam para mim, o que vai fazer escrever sobre isso uma puta. Então ... no espírito do que fotografia ditado antigo, "uma imagem fala mais que mil palavras, só vou usar alguns ...
Isto é, quando eu morava em Minneapolis
Era uma fria manhã de terça
Eu tinha trinta anos
Este espaço foi a minha casa
Estas foram as coisas que eu possuía, e alguns ainda o fazem
Estas foram as coisas que eu estava criando
... E os pensamentos que eu estava pensando
O Projeto Nu é aquele que evolui como vemos e amamos corpos, as mulheres, e os espaços que eles criam. As fotografias revelam as possibilidades capacitar realizada em re-compreensão da natureza da beleza. Somos lembrados de que nossas vidas cotidianas e organismos, as partes aparentemente banais e desinteressantes de nós mesmos, são significativos.
O Projeto Nu foi uma experiência incrível. Na verdade, tirar as fotos foi incrível. Eu estava nervoso para me abrir assim para alguém que eu acabara de conhecer, mas fiquei agradavelmente surpreso quando o nervosismo desvaneceu-se rapidamente e com a confiança de "este é quem eu sou, e este é meu corpo" assumiu. Vendo as fotos terminou no site, tenho a honra de estar ao lado de todas as mulheres bonitas.
Há alguns que me fazem recuar, mas há também alguns que eu sou absolutamente apaixonada ... e eu acho que é honesto para ter os dois para cima, porque é preciso.Obrigado. Estou impressionado com o quanto meu corpo flutua em curtos períodos de tempo, como o estresse afeta fundamentalmente a minha fisiologia. Mesmo assim ... que algumas das imagens são realmente muito lindo me ajuda a me lembrar de ter compaixão para com as lutas do meu corpo para encontrar o equilíbrio, para processar emoções e condições que não recebe indulto do possível.
Meu primeiro pensamento quando vê-las era "Por que eu deixei alguém tirar uma foto minha tão cedo de manhã?" Não há revestimento doces nas fotos. Alguns fazem-me encolher, alguns são absolutamente lindo e eles são todos, todos me. Como uma mulher que eu sou provavelmente mais crítico de mim mesmo, então ninguém nunca vai ser. É por isso que os humanos inventaram roupas, bem que, e do potencial de congelamento.
Essa questão da beleza, o corpo, e vendo-se objetivamente contra a sua própria percepção é algo que significa mais para mim do que talvez a pessoa média por causa dos problemas que tive com transtorno dismórfico corporal, uma maneira extravagante médica de dizer que você só não pode ver-se racionalmente ou a forma como os outros o vêem. Para mim, ter um "intermediário" das sortes, neste caso, a câmera, me dá um pouco de uma verificação da realidade. Eu era um pouco impressionado com as fotos porque não é apenas a maneira como eu me vejo. Eu acho que a maioria das pessoas estão tão acostumados a ver o "produto final", os airbrushed, versões photoshopped de fotografia que a sua visão do que deve ser semelhante em pé na frente de um espelho é completamente distorcida. Talvez se todos tivessem a chance de obter algumas fotos de arte tomadas, talvez estaríamos todos um pouco mais felizes com nós mesmos.

Coluna semanal de Ferreira Gullar


Ah, ser somente o presente
Muito embora alguns de meus poemas falem do passado, viver no passado ou tê-lo presente no meu dia a dia não me agrada. Na verdade, todos nós somos o que vivemos e, de certo modo, o passado constitui também o nosso presente, quer o lembremos ou não.
Mas, precisamente porque somos os vivemos, trazemos conosco lembranças muitas vezes dolorosas, que de repente emergem no presente. Disso creio que ninguém gosta, à exceção dos masoquistas.
Para falar com franqueza, confesso que sofrer não é a minha vocação, embora nem sempre consiga escapar do sofrimento. Se puder, escapo. Creio mesmo que a vocação do ser humano (de todo ser vivo?) é a felicidade.
Isso é o que todos buscamos, na comida que saboreamos, na bebida que sorvemos, nos momentos de amor, no carinho, na amizade, e na alegria de fazer o outro feliz.

Sofrer, não. Só quando não tem jeito e a lembrança do passado é quase sempre sofrimento: ou porque voltamos a sentir a dor de outrora ou porque relembrando a felicidade que houve e se foi para nunca mais.

Por isso foi que, em certa manha, ao entrar na sala, vindo do quarto de dormir, deparei-me com o sol matinal que a invadia. Senti feliz como nunca. Nenhum passado, nenhuma lembrança. Eu era ali, então, um bicho transparente, mergulhado na luz matinal. E escrevi estes versos: "Ah, ser somente o presente, esta manhã, esta sala". Essa é uma aspiração certamente impossível de realizar mas a poesia é, entre outras coisas, viver, com a ajuda da palavra, o impossível, já que aspirar apenas ao possível não tem graça. Pois bem, houve gente que leu esses versos e não apenas gostou deles como concordou com aquela aspiração irrealizável. Essa de que o passado já era. Mas eis que estou caminhando pela avenida Atlântica, quando vem a meu encontro um senhor de óculos, barba e cabelos quase inteiramente brancos. "Gullar, meu querido, quantos anos faz que a gente não se vê! Lembra daquele dia, na Redação da Manchete, quando o Adolfo Bloch só faltou te agredir?" "Me agredir, é?" Falei por falar, já que não sabia quem era aquele sujeito que me abordara assim de repente.
E ele continuou: "Você tinha aparecido na televisão, de barba por fazer e sem gravata, falando em nome da revista, o que deixou o Adolfo furioso", disse ele e acrescentou: "Mas acho que você não está me reconhecendo... Eu sou o Hélio, o fotógrafo." Só então me lembrei dele. Tínhamos sido amigos e não fui capaz de reconhecê-lo.
"Você pegou um cinzeiro, ia bater com ele na cara do Adolfo e fui eu que te arrastei para fora da redação, lembra?" 
A verdade é que nunca fui muito bom de memória. Quando voltei do exílio, uma atriz famosa e linda, companheira na luta contra a ditadura, desceu no carro no meio da rua, em Ipanema, para vir me abraçar.

Dois meses depois, estou lançando um livro e ela para em minha frente para que eu lhe autografe o livro e o nome dela some de minha mente. Entro em pânico. Não poderia perguntar-lhe o nome depois daquele abraço efusivo em plena rua. A solução que encontrei foi me levantar, sair da livraria, atravessar correndo a rua, entrar no boteco em frente, perguntar à Teresa o nome da atriz e voltar.
Sentei-me de novo, ela me olhou sem entender nada. Escrevo, então, no livro: "Para Norma Benguel...". 
Com o passar dos anos, a coisa foi ficando pior. Outro dia, combinei com a Cláudia que iríamos ao cinema. Escolhi o filme, marquei para nos encontrarmos lá mesmo, cheguei antes, comprei as entradas (uma inteira e uma meia, que eu sou idoso) mas, quando o filme começou, ela falou revoltada: "Você ficou maluco? Esse filme nós já vimos!". E eu: "Você está brincando". "Eu, brincando! Você é que está maluco! Não faz nem um mês que vimos este filme!"

Realmente, depois de alguns minutos, constatei que realmente já o havíamos visto. Assim está minha memória: tudo o que vejo, leio, ouço ou faço, logo esqueço. Não tenho mais passado. Aquilo que escrevi no poema virou verdade: tornei-me apenas o presente, esta manhã, esta sala.

Intimidade por Luiz Fernando Verissimo



Os dois na cama.
— Bem...
— Mmm?
— Posso te fazer uma pergunta?
— Se você pode me fazer uma pergunta? 40 anos de casados e você precisa de permissão para me fazer uma pergunta?
— É uma coisa que me intriga há 40 anos...
— O que?
— A sua calcinha pendurada no box do chuveiro...
— Sim?
— Está ali para secar ou para molhar mais?
— Como é?!
— A sua calcinha pendurada no...
— Eu ouvi a pergunta. Só não estou acreditando. Há 40 anos você vive com essa dúvida? O que a calcinha dela está fazendo no box do banheiro?
— É. Ela foi lavada e está secando, ou está ali para receber mais água?
— E por que você levou 40 anos para me fazer essa pergunta?
— Sei lá. Eu...
— Você achou que nós não tínhamos intimidade o bastante para tratar do assunto, é isto?. Que eram necessários 40 anos de vida em comum para podermos discutir a minha calcinha pendurada no box sem constrangimentos. É isto? Você sabe tudo ao meu respeito. Sabe toda a minha vida, conhece cada estria e sinal do meu corpo, sabe do que eu gosto e não gosto, em quem eu voto, sabe as minhas manias e os meus ruídos, mas estava faltando este detalhe. Este ponto cego no nosso relacionamento. O que a minha calcinha faz pendurada no box do banheiro.
— Não, eu queria perguntar há tempo, mas...
— Já sei. Você achou que fosse uma coisa só de mulher, que homem jamais entenderia. As calcinhas penduradas no chuveiro seriam uma espécie de demarcação de território, um ritual de congregação tribal. Um mistério que une todas as mulheres do mundo e um terreno em que homem só entra com o risco de enlouquecer. Por isso demorou tanto para fazer a pergunta.
— Nada disso. Eu só...
— Francamente.
Ele já estava quase dormindo quando se deu conta. Ela não respondera a pergunta.

Moqueca de arraia típica de Aracati

Ingredientes

  • 1 Quilo de arraia
  • 500 ml de leite de coco;
  • 02 cebolas;
  • 02 tomates grandes
  • 02 pimentões, cortados em rodelas;
  • 01 maço de salsa;
  • 01 maço de cebolinha;
  • 01 maço de coentro;
  • 04 dentes de alho picados;
  • 04 colheres de sopa de azeite de dendê.
Como Fazer
Tempere a arraia. Em uma panela, arrume, em camadas alternadas, cebola, tomate, pimentão, salsa, cebolinha, coentro e o peixe. Refogue. Adicione o leite de coco e deixe cozinhar. Quando a arraia estiver mole, adicione o sal a gosto e o azeite de dendê, deixe cozinhar por mais 05 minutos e sirva quente acompanhada de arroz branco.

A importância do gato na meditação por Paulo Coelho

Tendo escrito um livro sobre a loucura, vi-me obrigado a perguntar o quanto das coisas que fazemos nos foi imposta por necessidade, ou por absurdo. Por que usamos gravata? Por que o relógio gira no "sentido horário?" Se vivemos num sistema decimal, porque o dia tem 24 horas de 60 minutos cada?

O fato é que, muitas das regras que obedecemos hoje em dia não têm nenhum fundamento. Mesmo assim, se desejemos agir diferente, somos considerados "loucos" ou "imaturos".

Enquanto isso, a sociedade vai criando alguns sistemas que, no decorrer do tempo, perdem a razão de ser, mas continuam impondo suas regras. Uma interessante história japonesa ilustra o que quero dizer:

Um grande mestre zen budista, responsável pelo mosteiro de Mayu Kagi, tinha um gato, que era sua verdadeira paixão na vida. Assim, durante as aulas de meditação, mantinha o gato ao seu lado - para desfrutar o mais possível de sua companhia.

Certa manhã, o mestre - que já estava bastante velho - apareceu morto. O discípulo mais graduado ocupou seu lugar.

- O que vamos fazer com o gato? - perguntaram os outros monges.

Numa homenagem à lembrança de seu antigo instrutor, o novo mestre decidiu permitir que o gato continuasse frequentando as aulas de zen-budismo.

Alguns discípulos de mosteiros vizinhos, que viajavam muito pela região, descobriram que, num dos mais afamados templos do local, um gato participava das meditações. A história começou a correr.

Muitos anos se passaram. O gato morreu, mas os alunos do mosteiro estavam tão acostumados com a sua presença, que arranjaram outro gato. Enquanto isso, os outros templos começaram a introduzir gatos em suas meditações: acreditavam que o gato era o verdadeiro responsável pela fama e a qualidade do ensino de Mayu Kagi, e esqueciam que o antigo mestre era um excelente instrutor.

Uma geração se passou, e começaram a surgir tratados técnicos sobre a importância do gato na meditação zen. Um professor universitário desenvolveu uma tese - aceita pela comunidade acadêmica - que o felino tinha capacidade de aumentar a concentração humana, e eliminar as energias negativas.

E assim, durante um século, o gato foi considerado como parte essencial no estudo do zen-budismo naquela região.

Até que apareceu um mestre que tinha alergia à pelos de animais domésticos, e resolveu tirar o gato de suas práticas diárias com os alunos.

Houve uma grande reação negativa - mas o mestre insistiu. Como era um excelente instrutor, os alunos continuavam com o mesmo rendimento escolar, apesar da ausência do gato.

Pouco a pouco, os mosteiros - sempre em busca de ideias novas, e já cansados de ter que alimentar tantos gatos - foram eliminando os animais das aulas. Em vinte anos, começaram a surgir novas teses revolucionárias - com títulos convincentes como "A importância da meditação sem o gato", ou "Equilibrando o universo zen apenas pelo poder da mente, sem a ajuda de animais".

Mais um século se passou, e o gato saiu por completo do ritual de meditação zen naquela região. Mas foram precisos 200 anos para que tudo voltasse ao normal - já que ninguém se perguntou, durante todo este tempo, por que o gato estava ali.

E quantos de nós, em nossas vidas, ousa perguntar: por que tenho que agir desta maneira? Até que ponto, naquilo que fazemos, estamos usando "gatos" inúteis, que não temos coragem de eliminar, porque nos disseram que os "gatos" eram importantes para que tudo funcionasse bem?

Por que não buscamos uma maneira diferente de agir?
O ansioso blogueiro ficou muito impressionado com lição do Oráculo de Delfos  – o que está em crise, em jogo, é o todo.

É tudo.

A CPI da Veja e o julgamento da Satiagraha no Supremo são os momentos que definem “a crise do todo”.

O está tudo na roda.

Subsidiariamente, está também o mensalão, porque, se for julgado por Peluzo ainda no STF – e essa é a batalha do Merval -  ainda está por provar-se.

E este ansioso blogueiro quer ver o Supremo condenar o Dirceu.

Do regime militar (o ansioso blogueiro evita a palavra “ditadura” porque até ela, no Brasil, foi desmoralizada) à nossa mitigada Democracia, o Brasil se permitiu:

– uma Privataria, a Tucana, que foi a maior roubalheira de todas da América Latina, em que os Super-Heróis são o Padim Pade Cerra e sua clã, e o Daniel Dantas (depois perdoada por dois HCs do tipo Canguru);

– a consolidação de uma indústria de equipamento militar – a Rede Globo -, que se transformou no QG de um Partido Golpista, o PiG (*), que amplia e dramatiza qualquer denúncia – como fez invariavelmente com as que nasceram do ventro do Cachoeira e seus cúmplices na Veja;

– cadê o grampo do áudio, que uniu para sempre Demóstenes, Gilmar, Policarpo e o jornal nacional?

– para se ter ideia do poder da Globo, basta ver o estrago que provocou uma reportagem de seis minutos no Domingo Espetacular, às 23h: “TV Record mela o mensalão”.

Ela demonstrou que o vídeo da corrupção nos Correios, que acelerou a crise do mensalão, foi obra do Cachoeira e da Veja, para detonar o Lula, via Dirceu.

Tanto os seis minutos melaram o mensalão, que a Globo tratou de denunciar: a CPI da Veja é para detonar o mensalão.

E é.

Porque vai detonar o mensalão.

Agora, amigo navegante imagine o poder da Globo e de seu poderoso Diretor-de-Jornalismo, o Ali Kamel: há nove anos, durante 30 minutos no jornal nacional, todo santo dia, eles trabalham para derrubar um Presidente trabalhista eleito pelo povo.

Nove  anos !

E os governos trabalhistas, com maioria no Congresso, quietos, amedrontados, sem baixar uma Ley de Meios.

– a CPI da Veja, enfim, obrigou o PT a pedir a Ley de Medios, porque a impunidade da Veja e da Globo é uma ameaça à frágil Democracia brasileira (que, diria o Mino, ainda está por provar-se).

Quando o Supremo convalidar a Satiagraha (e a Castelo de Areia do Aloysio 300 mil).

Quando o Supremo julgar o Dirceu – com ou sem Peluzo.

Quando o corajoso Senador Humberto Costa relatar a expulsão de Demostenes do Senado.

Quando o corajoso deputado Fernando Ferro chamar o Robert(o) Civita para depor.

Quando a CPI examinar detidamente o comportamento da Justiça em relação ao Demóstenes e seu empregador, o Cachoeira, aí, vai ser massa !

Vai voar toga pra todo lado.

Pena de tucano pra todo lado.

E o Robert(o) Civita não poderá mais aplicar seu “business plan”- abrir portas com a gazua do Policarpo.

Brasil vive momento sublime da História de uma Democracia: é quando as vísceras mais escuras saem à luz do sol.

Paulo Henrique Amorim

De volta às origens

A banda paraibana Cabruêra apresenta em primeiríssima mão no Overmundo seu mais novo álbum, "Nordeste Oculto".

O novo CD faz parte de um projeto de artes integradas, que une a música do grupo ao trabalho fotográfico de Augusto Pessoa e aos textos do citarista Alberto Marsicano.

Imigrantes com Local, Livro, Página e Número do Registro na Chegada ao Brasil

IMIGRANTES de Todas as Origens


Agora você vai saber tudo sobre os imigrantes que originaram a sua família, sem precisar sair de casa.


Para saber mais acesse aqui listagem de imigrantes, ou nos ligue

Projeto Imigrantes

  • Rio Grande do Sul (51) 3472-4488 / Fax (51) 3472-4513
  • São Paulo: (11) 3304-9912
  • Rio de Janeiro: (21) 3523-0396
  • Minas Gerais: (31) 3058-0791
  • Paraná: (41) 3025-6884
  • Santa Catarina: (48) 3251-4550
www.seusimigrantes.com.br

Para remover seu endereço, responda este e-mail para mavisan@cpovo.net contendo no assunto a palavra "REMOVER".

Pig na mira da CPMI

O Blog publica comentário que o internauta Lenilton fez no Conversa Afiada

VEJA: QUEM ESTÁ ALIMENTANDO O PIG.

Nos últimos dias, o grande alimentador das matérias jornalísticas é o senador Demóstenes Torres. Ele, na condição de réu, passou a ter acesso às peças do inquérito Monte Carlo e, agora, vem vazando as informações que interessam a ele e a Cachoeira serem veiculadas pela imprensa amiga, do jeito que é conveniente a esta veicular. Todo circo montado pela Globo em torno dos telefonemas de Protógenes e em torno da Delta, visam unicamente a tirar Cachoeira, Demóstenes e Perillo do centro das discussões e chantagear os integrantes da CPI. Como na Itália, antes da operação Mãos Limpas, a imprensa brasileira tornou-se hoje um monstrengo em que o partidarismo político casou-se com a criminalidade. Ajudou a sepultar a Operação Satiagraha e a operação Castelo de Areia; fez de conta que não viu o livro Privataria tucana e, agora, quer sepultar a Operação Monte Carlo. Assim, protege os seus aliados políticos e seus aliados criminosos, que, são ao mesmo tempo suas fontes e seus patrocinadores.


Coluna semanal de Marcos Coimbra


Semana passada, o assunto político mais importante foi a criação da CPI do Cachoeira. Só se falou dela no Congresso e na imprensa.
De acordo com o requerimento para sua instalação, a comissão mista de senadores e deputados deverá investigar as ligações de Carlos Cachoeira com “agentes públicos e privados”. Poderá, portanto, examinar as relações do bicheiro e de seu grupo com parlamentares, governos estaduais, prefeituras e empresas.

As pedras fundamentais do jornalismo


Do SUL21
segundo Luiz Cláudio Cunha

É difícil e injusto estabelecer um filtro, sempre indevido, para as obras que são importantes ou marcam a vida de um jornalista, até pela visão pessoal e diversa de cada um. Mas, ao longo do tempo, existem bons exemplos de contadores de histórias que resumem este ofício. A começar pelo mais antigo de todos, o ateniense Tucídides, do quinto século antes de Cristo, que pode ser considerado de fato o primeiro repórter da história, mesclando nele as virtudes e os atributos que a academia identifica no profissional da imprensa: o historiador do presente, o repórter da atualidade que, pelo conhecimento acumulado, acaba de fato registrando a história do passado que vai prevalecer no futuro.

Manchete da Folha on line é fraude

[...] "Ayres quer julgamento do Mensalão"


No lead diz que, "após a data, caso deve ficar para 2013 quando muitas penas estrarão prescritas ou atenuadas".
 Primeiro; nenhuma pena é prescrita ou atenuada antes de sequer existir. o julgamento é para isso.
 Segundo. É a mais porca mentira não há prescrição alguma no horizonte. Há o desespero do PIG por saber que este julgamento é a ùnica coisa que essa oposição ridícula tem pra apresentar.
 PIG mentirinha. 
 O Ayres não falou nada daquilo. Que desfaçatez!
 A ùnica frase importante não foi pra manchete. Foi quando ele disse que não é conveniente que corra paralelo a processo eleitotral.
 Mas isso é justamente tudo o que o PIG quer,rs.
 o Fernando Rodrigues já foi menos vigarista.

Para não investigar as ligações criminosas dela com Demóstenes-Cachoeira, a Veja vem de "mensalão"


É mais do que sintomático o comportamento da Veja, cuja matéria capa desta semana tenta tirar os holofotes das gravíssimas denúncias em torno do esquema criminoso comandado pelo contraventor e empresário Carlos Cachoeira, com tentáculos em esquemas de governo e no qual estão envolvidos políticos de diversos partidos, muito especialmente os da oposição.

Para desviar o foco das investigações e da mobilização pela instalação de uma CPI no Congresso Nacional, a Veja vem com a tese de que o PT quer usar a CPI para investigar as ligações entre Cachoeira, o senador Demóstenes Torres (ex-DEM, hoje sem partido) e outros políticos para encobrir o chamado “escândalo do mensalão”. E para que os envolvidos não sejam julgados.

Nada mais falso. Eu sou réu neste processo e sempre disse que quero ser julgado para provar a minha inocência. O que a Veja quer fazer, secundada por outros veículos da grande mídia, é transferir ao PT o seu modus operandi de jogar poeira nos olhos dos leitores para turvar a realidade, desviar o foco e anestesiar os fatos para construir a pauta política que lhe convém. No caso, tenta, desde 2005, quando eclodiu o escândalo do uso de recursos de caixa dois para pagar dívidas de campanha de partidos da base do governo Lula, transformar o crime eleitoral em crime político de compra de votos de congressistas em matérias de interesse do governo. E segue ignorando os autos do processo.

Pressão aos juízes

O que ocorre agora é mais um movimento dessa campanha, centrada na pressão aos juízes do STF para um julgamento político do “mensalão”, no lugar de um julgamento baseado em fatos e provas. Nada de novo, com o agravante de que, ao trazer o escândalo do “mensalão” para o centro dos debates tentando atropelar o julgamento do processo, tem claramente o interesse de confundir o público e tirar os holofotes do escândalo da ligação de Cachoeira com o senador Demóstenes, e da cadeia de interesses dela decorrente.

Só para lembrar: o caso do mensalão emergiu dentro do escândalo Cachoeira-Demóstenes pelo fato de o ex-prefeito de Anápolis, Ernani José de Paula, ter denunciado que a gravação de entrega de propina nos Correios em 2005 – que deu origem à CPI dos Correios e ao mensalão – foi patrocinada pelo esquema de Cachoeira.

Na esteira dessa gravíssima denúncia de relações e contaminação da máquina pública por interesses privados e criminosos, uma triste constatação. A de que alguns órgãos de imprensa, onde se destaca a Veja, pretensa guardiã da ética e bons costumes das elites, serviram-se de informações engendradas no esquema criminoso de Cachoeira para produzir matérias denuncistas. Que fatídica aliança! Com esta matéria de capa, a Veja tenta livrar sua própria pele e escamotear seus métodos de fazer jornalismo que atentam contra a ética da profissão; em suma, contra a democracia.
por Zé Dirceu