Blog do Charles Bakalarczyk: Bonner divulgando pesquisa do Datafolha com Dilma ...: "Ver e rever a cara do William Bonner e da Fátima Bernardes noticiando, no Jornal Nacional, que a pesquisa do Datafolha aponta Dilma com 8%..."
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Blog do Charles Bakalarczyk: Datafolha não suportou a pressão
Blog do Charles Bakalarczyk: Datafolha não suportou a pressão: "O Datafolha, ops... o Rei está nú! A blogosfera mostra mais uma vez sua força. As duras críticas à pesquisa anterior do Datafolha, que apont..."
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Barbárie no Irã
Jornal de domingo 08 de agosto 2010
Sakineh
Mohammadi Ashtiani
A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) denunciou na última quarta-feira (4) a manobra do governo iraniano, que mudou para “assassinato violento” do marido a acusação sobre Sakineh Mohammadi Ashtiani, que havia sido condenada a receber 99 chibatadas e, em seguida, ser apedrejada até a morte pelo “crime” de adultério, apesar de ser viúva. Marisa observou que essa mudança pretende retirar o caso da iraniana do âmbito dos direitos humanos para amenizar os protestos mundiais e impedir sanções de países desenvolvidos. “Nós mulheres não podemos aceitar, em hipótese alguma, em qualquer lugar do mundo, que casos como esses aconteçam e passem em brancas nuvens, como se a gente não fizesse parte da humanidade. É uma discriminação violenta, arbitrária, inadmissível contra as mulheres não só daquele país, mas do mundo. São questões que passam da sabedoria humana. Como se pode imaginar que uma mulher pode ser apedrejada porque, dois anos depois da morte do marido, foi constatado que ela fez sexo com outro homem?”, protestou. Histórico Pivô de campanha internacional contra o Irã, Sakineh Ashtiani está cada vez mais perto da morte por apedrejamento. Acusada de ‘adultério’, Ashtiani sofre desde 2006 quando foi torturada, levou 99 chibatadas e foi condenada a morte por apedrejamento. Desde então, esta mulher de 43 anos está na prisão. Nessa prática desumana a mulher é firmemente enrolada, da cabeça aos pés, com lençóis brancos, enterrada na areia até os ombros e golpeada com pedras grandes até a morte. Campanha Está percorrendo o mundo uma campanha em prol da libertação da iraniana. Diversos países estão se mobilizando no intuito de oferecer asilo para a mulher. Até mesmo o Brasil já se ofereceu e conta com o apoio dos Estados Unidos para isso. Mesmo assim o País de Sakineh se recusa a reabrir o processo. A confirmação da suspensão ou não da execução, pela Suprema Corte Iraniana deve sair ainda esta semana. Até mesmo o advogado da ‘adúltera’ tem sido fortemente pressionado, tanto é que fugiu do País no último dia 28 e foi preso na Turquia. A campanha internacional, encabeçada por familiares da iraniana e ativistas dos direitos humanos daquele País, prevê a assinatura de uma petição em prol da libertação de Sakineh. O manifesto eletrônico já coletou milhares de assinaturas de pessoas do mundo todo que estão inconformadas com este tipo de atitude em pleno século XX
Para assinar o manifesto, basta acessar o seguinte endereço eletrônico: http://www.liberdadeparasakineh.com.br/
Sakineh
Mohammadi Ashtiani
A senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) denunciou na última quarta-feira (4) a manobra do governo iraniano, que mudou para “assassinato violento” do marido a acusação sobre Sakineh Mohammadi Ashtiani, que havia sido condenada a receber 99 chibatadas e, em seguida, ser apedrejada até a morte pelo “crime” de adultério, apesar de ser viúva. Marisa observou que essa mudança pretende retirar o caso da iraniana do âmbito dos direitos humanos para amenizar os protestos mundiais e impedir sanções de países desenvolvidos. “Nós mulheres não podemos aceitar, em hipótese alguma, em qualquer lugar do mundo, que casos como esses aconteçam e passem em brancas nuvens, como se a gente não fizesse parte da humanidade. É uma discriminação violenta, arbitrária, inadmissível contra as mulheres não só daquele país, mas do mundo. São questões que passam da sabedoria humana. Como se pode imaginar que uma mulher pode ser apedrejada porque, dois anos depois da morte do marido, foi constatado que ela fez sexo com outro homem?”, protestou. Histórico Pivô de campanha internacional contra o Irã, Sakineh Ashtiani está cada vez mais perto da morte por apedrejamento. Acusada de ‘adultério’, Ashtiani sofre desde 2006 quando foi torturada, levou 99 chibatadas e foi condenada a morte por apedrejamento. Desde então, esta mulher de 43 anos está na prisão. Nessa prática desumana a mulher é firmemente enrolada, da cabeça aos pés, com lençóis brancos, enterrada na areia até os ombros e golpeada com pedras grandes até a morte. Campanha Está percorrendo o mundo uma campanha em prol da libertação da iraniana. Diversos países estão se mobilizando no intuito de oferecer asilo para a mulher. Até mesmo o Brasil já se ofereceu e conta com o apoio dos Estados Unidos para isso. Mesmo assim o País de Sakineh se recusa a reabrir o processo. A confirmação da suspensão ou não da execução, pela Suprema Corte Iraniana deve sair ainda esta semana. Até mesmo o advogado da ‘adúltera’ tem sido fortemente pressionado, tanto é que fugiu do País no último dia 28 e foi preso na Turquia. A campanha internacional, encabeçada por familiares da iraniana e ativistas dos direitos humanos daquele País, prevê a assinatura de uma petição em prol da libertação de Sakineh. O manifesto eletrônico já coletou milhares de assinaturas de pessoas do mundo todo que estão inconformadas com este tipo de atitude em pleno século XX
Para assinar o manifesto, basta acessar o seguinte endereço eletrônico: http://www.liberdadeparasakineh.com.br/
Itamaraty esclarece pedido de asilo para a iraniana SAKINEH ASHTIANTI
O Ministério das Relações Exteriores divulgou hoje (13), nota esclarecendo as informações sobre o pedido feito ao Irã de asilo político para a iraniana Sakineh Ashtianti, condenada à morte por adultério. Segundo a nota, o embaixador do Brasil em Teerã, Antonio Salgado, reuniu-se, em 4 de agosto, com o vice-ministro interino para as Américas do Ministério das Relações Exteriores do Irã para transmitir oficialmente o apelo em relação a Sakineh. Na visita também foi tratada oficialmente a oferta do presidente Lula de receber a iraniana no Brasil.
“O Itamaraty considera que a gestão realizada pelo Embaixador do Brasil em Teerã constitui, do ponto de vista diplomático, formalização da oferta”.
A resposta foi devido à afirmação do embaixador do Irã no Brasil, Mohsen Shaterzadeh, de que nenhuma oferta formal de asilo político foi feita pelo governo brasileiro em relação ao caso de Sakineh.
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Vai ou não haver segundo turno?
O diretor do Sensus, Ricardo Guedes, acredita que a diferença entre Dilma e José Serra deve crescer. Na pesquisa mais recente do instituto, divulgada em 5 de agosto, Dilma apareceu com 41,6% contra 31,6% de Serra. Guedes viu “paridade” no primeiro debate eleitoral travado entre os candidatos e não consegue enxergar no qual quadro econômico e político algo que possa provocar uma mudança brusca do eleitorado. Ouça a opinião dele.
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Garupa é para quem pode
A gente já sabia e até postei ontem aqui que garupa é para quem pode. Mas é melhor ainda saber dos próprios tucanos que pegar carona com Fernando Henrique Cardoso é rumar para o precipício, o que explica a ausência completa do ex-presidente na campanha de José Serra.
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Dilma pede mobilização
Dilma conclamou à militância a se manter mobilizada para vencer a eleição de outubro. "Por mais que as pesquisas nos sorriam, desçamos do salto alto e vamos para a rua", afirmou, no Rio Grande do Sul.
Ela discursou hoje para cerca de 500 pessoas mobilizadas pelo Movimento Pluripartidário de Prefeitos e Prefeitas pró-Dilma do Estado, na sede da associação médica gaúcha (Amrigs), em Porto Alegre.
O encontro reuniu prefeitos, vice-prefeitos e vereadores que apoiam Dilma do PMDB, PP, PSB, PDT, PC do B e PT. Durante o discurso, a candidata fez diversas comparações com o governo Lula, identificado como "nós", e os governos tucanos de Fernando Henrique Cardoso, no âmbito federal, e José Serra, em São Paulo, que qualificou como "eles".
De FHC, criticou o aumento da dívida pública e ironizou ao dizer "eles é que são grandes gestores". De Serra, criticou os pedágios que, segundo ela, "escondem impostos por outorgarem as praças às operadoras que pagam mais". Ainda hoje, Dilma receberá também o apoio do PDT do Rio Grande do Sul.
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Etiqueta
Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, permência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É doce estar na moda, ainda que estar na moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-la por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua
- Qualquer principalmente -.
E nisto me comprazo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
Meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar
Cada vinco da roupa
Resumia uma estética.
Hoje, sou costurado,
Sou tecido,
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo dos outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.
- CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE -
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Cautela e canja de galinha não faz mal a ninguém
Dilma, pediu cautela com os últimos resultados das pesquisas eleitorais em encontro com prefeitos do RS.
"Por mais que as pesquisas sorriam, descemos do salto alto, vamos para a rua", disse Dilma após encontro em Porto Alegre que reuniu prefeitos do PTB, PDT, PMDB, PSB e PP.
Pela primeira vez nesta eleição, Dilma superou o adversário José Serra (PSDB) em pesquisas de preferência eleitoral no Rio Grande do Sul.
A pesquisa Ibope de 5 de agosto registrou um índice de 42 por cento a favor de Dilma contra 40 do tucano.
Falando a cerca de 500 pessoas, ela reforçou no encontro a importância de um arco de alianças amplo e criticou a capacidade de gestão financeira dos governos tucanos.
"Que gestão financeira capaz é essa que vendeu 100 bilhões (de reais) do patrimônio público e elevou de 20 para 60 por cento a dívida pública?", indagou a candidata.
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3 pesquisas antecedem propaganda eleitoral
Principal aposta dos candidatos à Presidência da República, o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão começa no próximo dia 17 [terça-feira] embalado por 3 novas pesquisas de opinião, que serão divulgadas até lá.
A introdução dos meios de comunicação de massa como ferramentas de campanha marca o início de uma nova etapa na corrida ao Palácio do Planalto. Todos esperam subir nas pesquisas com a exposição diária na televisão.
A nova rodada de pesquisas vai mostrar a posição dos candidatos na largada para essa nova fase. O resultado da nova pesquisa do Instituto Datafolha deve ser divulgado na noite desta sexta-feira.
Na próxima segunda-feira, 16, será divulgado novo levantamento Vox Populi. Os resultados da nova pesquisa Ibope saem até terça-feira.
Com 50 minutos de duração, a campanha no rádio e na televisão vai ao ar diariamente, menos aos domingos, até o dia 30 de setembro. Três dias depois, 3 de outubro, ocorre o primeiro turno da eleição.
A campanha começa pela propaganda dos candidatos a presidente da República, que será veiculada às terças-feiras e quintas-feiras e aos sábados. Com 25 minutos de duração, será exibida às 7 horas e reprisada às 12 horas no rádio. Na televisão, vai ao ar às 13 horas, com reprise às 20h30. Os 25 minutos restantes do tempo nesses dias são reservados à propaganda dos candidatos a deputado federal.
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No rodízio
Pior é que é assim mesmo!
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TRAIÇÃO POR JUSTA
O marido chega em casa e pega a esposa, na cama, com um garotão, 25 anos, forte, bronzeado, cheio de amor pra dar...
Arma o maior barraco, mas a mulher o interrompe:
-Antes, você deveria ouvir como tudo isso aconteceu...
Andava na rua, vi esse jovem maltrapilho, cansado e faminto. Então, com pena do estado dele, eu o trouxe para casa.
Dei a ele aquela Refeição que eu havia preparado para você ontem E como você chegou tarde e satisfeito com o tira-gosto do boteco, não comeu, e eu guardei o jantar na geladeira, lembra-se?
Ele estava descalço, então dei a ele aquele seu par de Sapatos que, como foi minha mãe que te deu, você nunca usou.
Ele estava com sede e eu servi aquele vinho que estava Guardado...
Para aquele sábado que você prometeu mas que nunca Chega...
Pois num dia é futebol, noutro poker, noutro pescaria, noutro peteca,noutro lavando o carro e assim por diante.
As calças estavam rasgadas, dei-lhe aquele seu jeans Semi-novo...
Ainda estava em perfeito estado, mas não cabia mais em você.
Como ele estava sujo, aconselhei-o a tomar um banho....
Fazer a barba, então dei a ele aquela loção francesa novinha que você nunca usou, porque acha fedorenta.
Daí, quando ele já Ia embora, perguntou:
Dona, tem mais alguma coisa que seu Marido não usa mais?
- Nem respondi!!!!!!!.............
Dei logo!!!
(Moral da história: Mulher só trai por justa causa)
Arma o maior barraco, mas a mulher o interrompe:
-Antes, você deveria ouvir como tudo isso aconteceu...
Andava na rua, vi esse jovem maltrapilho, cansado e faminto. Então, com pena do estado dele, eu o trouxe para casa.
Dei a ele aquela Refeição que eu havia preparado para você ontem E como você chegou tarde e satisfeito com o tira-gosto do boteco, não comeu, e eu guardei o jantar na geladeira, lembra-se?
Ele estava descalço, então dei a ele aquele seu par de Sapatos que, como foi minha mãe que te deu, você nunca usou.
Ele estava com sede e eu servi aquele vinho que estava Guardado...
Para aquele sábado que você prometeu mas que nunca Chega...
Pois num dia é futebol, noutro poker, noutro pescaria, noutro peteca,noutro lavando o carro e assim por diante.
As calças estavam rasgadas, dei-lhe aquele seu jeans Semi-novo...
Ainda estava em perfeito estado, mas não cabia mais em você.
Como ele estava sujo, aconselhei-o a tomar um banho....
Fazer a barba, então dei a ele aquela loção francesa novinha que você nunca usou, porque acha fedorenta.
Daí, quando ele já Ia embora, perguntou:
Dona, tem mais alguma coisa que seu Marido não usa mais?
- Nem respondi!!!!!!!.............
Dei logo!!!
(Moral da história: Mulher só trai por justa causa)
A goiabada da Vovó
“Ilustríssimos Colegas da Mesa, Senhor Presidente, meus queridos alunos, Senhoras e Senhores.
Para mim é um privilégio ter sido escolhido paraninfo desta turma. Esta é como se fôra a última aula do curso. O último encontro, que já deixa saudades. Um momento festivo, mas também de reflexão.
Se eu fosse escolhido paraninfo de uma turma de direito, talvez eu falasse a importância do advogado que defende a justiça e não apenas o réu. Se eu fosse escolhido paraninfo de uma turma de medicina, talvez eu falasse da importância do médico que coloca o amor ao próximo acima dos seus lucros profissionais. Mas, como sou paraninfo de uma turma de engenheiros, vou falar da importância do engenheiro para o desenvolvimento do Brasil.
Para começar, vamos falar de bananas e do doce de banana, que eu vou chamar de bananada especial, inventada (ou projetada) pela nossa vovozinha lá em casa, depois que várias receitas prontas não deram certo.
É isso mesmo. Para entendermos a importância do engenheiro vamos falar de bananas, bananadas e vovó.
A banana é um recurso natural, que não sofreu nenhuma transformação.
A bananada é =
a banana +
outros ingredientes +
a energia térmica fornecida pelo fogão +
o trabalho da vovó...
e +
o conhecimento, ou tecnologia da vovó.
Bem, a vovó é a dona do conhecimento, uma espécie de engenheira da culinária.
E a vovó?
A bananada é um produto pronto, que eu vou chamar de riqueza.
Agora, vamos supor que a banana e a bananada sejam vendidas.
Um quilo de banana custa um real.
Já um quilo da bananada custa cinco reais.
Por que essa diferença de preços?
Agora, quando a vovó, ou a indústria, faz a bananada, ela cria empregos na indústria do açúcar, da cana-de-açúcar, do gás de cozinha, na indústria de fogões, de panelas, de colheres e até na de embalagens, porque tudo isto é necessário para se fabricar a bananada.
Porque quando nós colhemos um cacho de bananas na bananeira, criamos penas um emprego: o de colhedor de bananas.
Resumindo: 1kg de bananada é mais caro do que 1kg de banana porque a bananada é igual banana mais tecnologia agregada, e a sua fabricação criou mais empregos do que simplesmente colher o cacho de bananas da bananeira.
Agora vamos falar de outro exemplo que acontece no dia-a-dia no comércio mundial de mercadorias.
Em média: 1kg de soja custa US$ 0,10 1kg de automóvel custa US$ 10, isto é, 100 vezes mais, 1kg de aparelho eletrônico custa US$ 100, 1kg de avião custa US$1.000 (10mil quilos de soja) e 1kg de satélite custa US$ 50.000.
Vejam, quanto mais tecnologia agregada tem um produto, maior é o seu preço, mais empregos foram gerados na sua fabricação.
Os países ricos sabem disso muito bem. Eles investem na pesquisa científica e tecnológica.
Por exemplo: eles nos vendem uma placa de computador que pesa 100g por US$ 250.
Para pagarmos esta plaquinha eletrônica, o Brasil precisa exportar 20 toneladas de minério de ferro.
A fabricação de placas de computador criou milhares de bons empregos lá no estrangeiro, enquanto que a extração do minério de ferro, cria pouquíssimos e péssimos empregos aqui no Brasil.
O Japão é pobre em recursos naturais, mas é um país rico.
O Brasil é rico em energia e recursos naturais, mas é um país pobre.
Os países ricos, são ricos materialmente porque eles produzem riquezas.
Riqueza vem de rico. Pobreza vem de pobre.
País pobre é aquele que não consegue produzir riquezas para o seu povo.
Se conseguisse, não seria pobre, seria país rico.
Gostaria de deixar bem claro três coisas:
1º) quando me refiro à palavra riqueza, não estou me referindo a jóias nem a supérfluos. Estou me referindo àqueles bens necessários para que o ser humano viva com um mínimo de dignidade e conforto;
2º) não estou defendendo o consumismo materialista como uma forma de vida, muito pelo contrário;
3º) e acho abominável aqueles que colocam os valores das riquezas materiais acima dos valores da riqueza interior do ser humano.
Existem nações que são ricas, mas que agem de forma extremamente pobre e desumana em relação a outros povos.
Creio que agora posso falar do ponto principal.
Para que o nosso Brasil torne-se um País rico, com o seu povo vivendo com dignidade, temos que produzir mais riquezas.
Para tal, precisamos de conhecimento, ou tecnologia já que temos abundância de recursos naturais e energia.
E quem desenvolve tecnologias são os cientistas e os engenheiros, como estes jovens que estão se formando hoje.
Infelizmente, o Brasil é muito dependente da tecnologia externa.
Quando fabricamos bens com alta tecnologia, fazemos apenas a parte final da produção.
Por exemplo: o Brasil produz 5 milhões de televisores por ano e nenhum brasileiro projeta televisor. O miolo da TV, do telefone celular e de todos os aparelhos eletrônicos, é todo importado.
Somos meros montadores de kits eletrônicos.
Casos semelhantes também acontecem na indústria mecânica, de remédios e, incrível, até na de alimentos.
O Brasil entra com a mão-de-obra barata e os recursos naturais. Os projetos, a tecnologia, o chamado pulo do gato, ficam no estrangeiro, com os verdadeiros donos do negócio.
Resta ao Brasil lidar com as chamadas caixas pretas.
É importante compreendermos que os donos dos projetos tecnológicos são os donos das decisões econômicas, são os donos do dinheiro, são os donos das riquezas do mundo.
Assim como as águas dos rios correm para o mar, as riquezas do mundo correm em direção aos países detentores das tecnologias avançadas.
A dependência científica e tecnológica acarretou para nós brasileiros a dependência econômica, política e cultural.
Não podemos admitir a continuação da situação esdrúxula, onde 70% do PIB brasileiro é controlado por não residentes.
Ninguém pode progredir entregando o seu talão de cheques e a chave de sua casa para o vizinho fazer o que bem entender.
Eu tenho a convicção que desenvolvimento científico e tecnológico aqui no Brasil garantirá aos brasileiros a soberania das decisões econômicas, políticas e culturais.
Garantirá trocas mais justas no comércio exterior.
Garantirá a criação de mais e melhores empregos.
E, se toda a produção de riquezas for bem distribuída, teremos a erradicação dos graves problemas sociais.
O curso de engenharia da PUC, com todas as suas possíveis deficiências, visa a formar engenheiros capazes de desenvolver tecnologias.
É o chamado engenheiro de concepção, ou engenheiro de projetos.
Infelizmente, o mercado nacionalizado nem sempre aproveita todo este potencial científico dos nossos engenheiros.
Nós, professores, não podemos nos curvar às deformações do mercado.
Temos que continuar formando engenheiros com conhecimentos iguais aos melhores do mundo.
Eu posso garantir a todos os presentes, principalmente aos pais, que qualquer um destes formandos é tão ou mais inteligente do que qualquer engenheiro americano, japonês ou alemão.
Os meus quase trinta anos de magistério, lecionando desde o antigo ginásio até a universidade, dá-me autoridade para afirmar que o brasileiro não é inferior a ninguém, pelo contrário, dizem até que somos muito mais criativos do que os habitantes do chamado primeiro mundo.
O que me revolta, como professor cidadão, é ver que as decisões políticas tomadas por pessoas despreparadas ou corruptas, são responsáveis pela queima e destruição de inteligências brasileiras que poderiam, com o conhecimento apropriado, transformar o nosso Brasil num país florescente, próspero e socialmente justo.
Acredito que o mundo ideal seja aquele totalmente globalizado, mas uma globalização que inclua a democratização das decisões e a distribuição justa do trabalho e das riquezas.
Infelizmente, isto ainda está longe de acontecer, até por limitações físicas da própria natureza.
Assim, quem pensa que a solução para os nossos problemas virá lá de fora, está muito enganado.
O dia que um presidente da República, em vez de ficar passeando como um dândi pelos palácios do primeiro mundo, resolver liderar um autêntico projeto de desenvolvimento nacional, certamente o Brasil vai precisar, em todas as áreas, de pessoas bem preparadas.
Só assim seremos capazes de caminhar com autonomia e tomar decisões que beneficiem verdadeiramente a sociedade brasileira.
Será a construção de um Brasil realmente moderno, mais justo, inserido de forma soberana na economia mundial e não como um reles fornecedor de recursos naturais e mão-de-obra aviltada.
Quando isto ocorrer, e eu espero que seja em breve, o nosso País poderá aproveitar de forma muito mais eficaz a inteligência e o preparo intelectual dos brasileiros e, em particular, de todos vocês, meus queridos alunos, porque vocês já foram testados e aprovados.
Finalmente, gostaria de parabenizar a todos os pais pela contribuição positiva que deram à nossa sociedade possibilitando a formação dos seus filhos no curso de engenharia da PUC.
A alegria dos senhores, também é a nossa alegria.
Muito Obrigado."
Prof. Jorge Ferreira da Silva
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