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Rede social Tuenti chega ao Brasil


Divulgação
Tuenti
Kaluan Bernardo

A rede social Tuenti desembarca no Brasil para ser uma espécie de meio de campo entre WhatsApp e Facebook com um importante diferencial: respeito à privacidade. (Conheça)

Espanhola, a plataforma reúne 15 milhões de usuários pelo mundo e é parceira da Telefónica/Vivo. Ao contrário das outras redes, seu objetivo é promover o relacionamento entre um pequeno grupo de amigos, pessoas nas quais você confia.

Segundo o vice-presidente da companhia, Sebastián Muriel, as apostas para ganhar terreno por aqui passam pela mobilidade. “Na América Latina está acontecendo uma grande explosão de smartphones”, pontua. Com aplicativos gratuitos para Android, iOS, Windows Phone e BlackBerry, o Tuenti para smartphones funciona como um WhatsApp, só que com mais recursos.

As pessoas com quem você conversa podem ser separadas em duas categorias: contatos e amigos. Enquanto os primeiros conseguem apenas trocar mensagens contigo, o segundo grupo tem acesso ao seu perfil completo, onde pode ver suas últimas postagens, fotos, etc.


Reprodução

A face mais “social” do Tuenti, onde você tem seus “amigos”, remete a uma mistura entre Facebook e Orkut. No entanto, segundo Muriel, o conceito da rede é voltado a poucos amigos.

“No Facebook o indivíduo sai adicionando todo mundo e o resultado é um monte de ruído. No Tuenti a ideia é ter entre dez e 20 amigos – que são as pessoas que você conhece e confia de verdade”, explica Muriel. “Queremos simplificar tudo: você não deve pensar em que tipo de conteúdo cada pessoa deve ver, basta decidir se alguém é ou não o seu amigo”, exemplifica, fazendo referência às ferramentas de listas e círculos em redes como Facebook e Google+.

Entre os sistemas em que o Tuenti está disponível, o Android é aquele com a versão mais completa. Muriel destaca que até julho haverá uma versão compatível também com o Firefox OS.

Privacidade em primeiro lugar

Diferente de redes como o Facebook, em que o usuário precisa alterar diversas configurações para privar seus dados, no Tuenti todas as informações ficam bem guardadas.

“Somos uma das únicas redes sociais no mundo em que seu perfil não pode ser indexado por buscadores como o Google”, afirma Muriel.

Apesar da proposta, vale notar que todos os dados do usuário ficam armazenados em servidores e data centers da companhia. Mesmo assim, o serviço garante que não bisbilhota ou vende tais informações.

Muriel diz que os dados do usuário estão, inclusive, protegidos de governos, uma boa notícia em tempos de espionagem norte-americana. “Assim como no WhatsApp, as mensagens são encriptadas. Além disso, o Tuenti está submetido às leis da Espanha, país que não tem muitos problemas com violação de privacidade”, conta.

Modelo de negócios

Por enquanto, na versão brasileira, o Tuenti conta com apenas um simples modelo de rentabilidade. Alguns banners convencionais são dispostos discretamente na versão web da rede social. O aplicativo é isento de propagandas.

A publicidade é direcionada, mas com base em poucos dados do usuário. As marcas sabem apenas a idade, a nacionalidade e o sexo dos indivíduos.

Há páginas de marcas no serviço, mas elas são todas institucionais. O conteúdo postado em um perfil não aparece na linha do tempo do usuário, evitando que ele tenha contato com “ruído” e conteúdo que não seja produzido por pessoas próximas.

Na Espanha, o Tuenti conta com outros modelos de lucro. Lá a rede possui inclusive uma operadora telefônica, que permite ao usuário comprar créditos de ligação e pacotes de dados para internet.
“Estamos estudando o mercado brasileiro junto com a Telefónica/Vivo, mas, por enquanto, não há nenhum plano de lançarmos serviço de telefonia por aqui”, afirma Muriel.

O executivo insiste que, por enquanto, a ideia é trabalhar para implementar melhorias no aplicativo para depois pensar em modelos de lucro em outros países. “Ainda não sabemos direito como iremos ganhar dinheiro no Brasil, mas, antes disso, queremos oferecer a melhor experiência possível”, explica.