Demorou um pouco, mas, agora também aqui no Brasil temos à disposição vários serviços de streaming de áudio. Nós, do Olhar Digital, achamos que a tecnologia pode mudar a indústria da música novamente. Afinal, teoricamente, quem adere ao streaming nunca mais compra arquivos de música em mp3. Em vez da compra, a ideia é um tipo de locação. Você paga uma mensalidade e ouve o que quiser, onde quiser. Tem também versões gratuitas, mas aí você tem propagandas inseridas e algumas limitações.
Nas últimas semanas, experimentamos os 3 principais serviços disponíveis no Brasil. O Spotify é o maior em nível mundial e acaba de estrear por aqui. O Rdio foi dos primeiros a desembarcar no país. O Deezer também já está por aqui há algum tempo. Basicamente, os 3 oferecem a mesma coisa: música via streaming. Mas, há algumas diferenças. Confira!
Preço:
A primeira delas é o preço. Deezer e Rdio praticam o mesmo preço para seu pacote mais completo: 14,90 por mês. O Spotify chegou cobrando um pouco menos: seis dólares. O que dá mais ou menos uns 13 reais.
Acervo:
Se os preços são próximos, o acervo de cada serviço tem diferenças. O Spotify anuncia ter 40 milhões de músicas em seu acervo. O Deezer afirma contar com 30 milhões. O Rdio armazena 25 milhões. Com números como esses, é praticamente impossível que você não encontre a música que quer.
Qualidade do áudio:
Os mais exigentes dificilmente vão se satisfazer com a qualidade de áudio dos serviços de streaming. Mas, para os ouvintes, digamos, comuns, ela é bastante boa. Na nossa opinião, quem oferece a melhor solução nessa história é o Spotify. No aplicativo do serviço, você pode escolher se quer ouvir no módulo Extreme ou no modo Normal. No Extreme, o áudio é transmitido com uma taxa de 320 Kbps. Essa é a mesma qualidade de um CD comum. No modo normal, o arquivo é transmitido em 128 Kbps. Ou seja, quando você tem uma rede rápida, dá para ter qualidade de CD no streaming. Se não, você pode baixar a qualidade, para evitar que o arquivo “buferize”. O Rdio também oferece opção de escolher a qualidade do áudio. Mas, a interface é mais simples. No aplicativo do Deezer não há essa opção.
Aliás, por falar em rede à disposição, todo mundo sabe que esse é um problema no Brasil, com nosso 3G capenga. Mas, os 3 serviços oferecem a possibilidade de você armazenar arquivos off line, para poder ouvir mesmo que não haja conexão. Basicamente, os 3 funcionam do mesmo jeito: você pode montar playlists e pode escolher que essas playlists fiquem disponíveis off-line. Os aplicativos baixam as músicas no seu aparelho – é claro que você precisa ter espaço suficiente no smartphone ou no tablete... Nos nossos testes, os 3 serviços funcionaram muito bem, baixando as músicas rapidamente. De novo, tudo depende da conexão que você tem à disposição.
Interface:
A interface é bem diferente entre os 3 serviços. Do ponto de vista de facilidade de uso, o Deezer e o Spotify nos agradaram mais. O Rdio tem uma interface mais simples e menos intuitiva. Gosto não se discute, mas achamos a do Spotify a mais bonita, seguida pelo Deezer e pelo Rdio. Do ponto de vista de recursos, ele são mais ou menos os mesmos. Em todos, você pode procurar por uma música específica, ou por um artista, ou ainda por um álbum. As faixas são acompanhadas pela imagem do álbum de que fazem parte e, nos 3 casos, é super fácil passear pelas músicas do mesmo álbum ou do mesmo artista.
Outro recurso que é muito bacana, e está presente nas 3 plataformas, é a possibilidade de montar estações de rádio em torno de uma música. Você escolhe a música, e avisa ao aplicativo que você quer ouvir outras canções que têm a ver com ela. Pronto. A partir daí, os serviços exibem outras músicas que tenham a ver com a escolhida. É bem legal para trilha sonora de encontros sociais e festas que pedem som ambiente, por exemplo. Também funciona super bem para uma viagem de carro, em que você não quer ficar escolhendo músicas.
Ainda nessa mesma linha, os próprios serviços oferecem estações de rádio temáticas. E tem para todo os gostos: por estilo de música, por década e até por atividade, como essa para relaxar, por exemplo.
Como você deve ter notado, falamos desse serviços basicamente usando os aplicativos para smartphones ou tablets. Também dá para usá-los no computador convencional. Mas, nós achamos que eles fazem a diferença mesmo é nos móveis – especialmente nos smartphones porque fica fácil colocar música no seu carro, por exemplo, desde que seu rádio tenha Bluetooth ou alguma outra entrada em que você possa conectar o celular. Também já são comuns caixas de som bluetooth ou dock stations em que você pode encaixar o celular para ouvir as músicas distribuídas pelos serviços. Enfim, as possibilidades de uso são várias. E você? Já experimentou algum desses serviços? Tem opiniões, dicas, críticas, elogios? Compartilhe seus conhecimentos ou suas dúvidas com a nossa galera nos comentários ou no Fórum do Olhar Digital. Participe!