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Putin faz as perguntas certas, por que EUA é OTAN não respondem?

1. Existem sanções contra ISRAEL pelo assassinato e destruição de mulheres e crianças palestinas inocentes?
2. Existem sanções contra a AMÉRICA por matar e destruir vidas de mulheres e crianças inocentes no Iraque, Síria, Afeganistão, Cuba, Vietname, e até mesmo roubar os seus diamantes e ouro?
3. Houve alguma sanção contra a AMÉRICA/FRANÇA pelo assassinato de Muammar Gaddaf e a destruição da Líbia?
4. Alguma vez houve um soldado americano/OTAN alguma vez castigado por violar e torturar mulheres/crianças inocentes de todos os países acima mencionados?
5. Existem sanções contra a FRANÇA por causar crise e agitação em vários países africanos? Estes são muito crimes de guerra, a América e a OTAN deveriam ser punidos.
Talvez esteja na hora de entendermos que a OTAN, EUA e todos os seus aliados são os males mais perigosos do nosso tempo. Portanto, precisamos de mudar o equilíbrio de poder no mundo e garantir que todos tenham direitos iguais e parar os opressores.

Da TL de Delza Maria Frare Chamma

OTAN está se desmanchando

O Afeganistão e a Líbia mostraram as vergonhas da OTAN. Se no país asiático levaram-se anos para colocar ordem e disciplina na confusão existente, na Líbia bastaram 11 semanas para que muitos aliados comecem a ficar com pouca munição. E não só isso. Estas campanhas mostraram que há uma aliança de duas velocidades, com parceiros dispostos a suportar custos e outros que só pensam em como tirar proveito dela. Mas essa história vai acabar, porque nos Estados Unidos está chegando ao poder uma nova geração sem sensibilidade para a defesa da Europa. Assim, ou a Europa contribui para a sua própria segurança, ou ficará sem o apoio dos EUA. "O futuro da aliança transatlântica é escuro, se não for negro", previu, ontem, em Bruxelas, Robert Gates, Secretário de Defesa dos EUA, em um discurso de despedida em que não poupou ninguém.

Os europeus não querem investir na defesa e apenas cinco dos 28 parceiros da OTAN (EUA, Reino Unido, França, Grécia e Albânia) superam os 2% do PIB comprometidos com essa questão. Em tempos de grave crise financeira, diz Gates, o que se tem que fazer é, se não gastar tanto, gastar melhor, à procura de capacidades especializadas que sejam de interesse comum. Identificou como exemplos a Noruega e a Dinamarca, que somente com 12% das aeronaves na Líbia, atacaram cerca de um terço dos objetivos, e também valorizou a Bélgica e o Canadá. "Esses exemplos são exceções", disse, sem querer reeditar em público as críticas realizadas na quarta-feira em relação a países como Espanha, Países Baixos ou a Turquia, por não contribuírem tanto como poderiam para o esforço comum.

O Secretário de Defesa assinalou que nos anos da Guerra Fria, Washington contribuía com metade do orçamento aliado. Hoje, sua participação supera 75%. "Vai-se acabar o desejo e a paciência do Congresso em gastar cada vez mais fundos preciosos em nome de alguns países que não parecem dispostos a dedicar os recursos necessários para sua própria defesa", previu Gates. "O futuro da aliança transatlântica é escuro, se não for negro", previu. Mas esse fim não é inevitável, apontou: “Faz falta a liderança de dirigentes políticos e da classe política desse continente". Uma solução que, por enquanto, parece distante.

por Neno Cavalcante

Assassinatos covardes e cruéis


O que a OTAN fez ajudada pelas tropas do farsante Belusconni em Trípoli merece o repúdio de todo o mundo civilizado, pois ficou caracterizado um ataque militar contra civis, vitimando o filho caçula e três netos do presidente líbio Muammar Kadafi, que um dia antes havia anunciado intenção de fazer um acordo de cessar- fogo. Repete-se o que aconteceu no Iraque, uma covardia inominável.

Os pais do massacre

A OTAN, a Itália, os Estados Unidos e outros países belicistas deverão ser responsabilizados por qualquer desdobramento que advier dessa barbárie.

por Brizola Neto

Jornalistas visitam casa onde morreram filho e netos da Khadaffi; uma bomba não detonada aparece entre os escombros
A nota da OTAN lamentando a morte do filho mais novo e de três netos de Mummar Khadaffi é de um cinismo poucas vezes visto. Não é crível que Khadaffi deixasse seu filho e seus netos numa instalação militar, ainda mais depois de um mês de pesados bombardeios à capital, Trípoli. Foi, sim, um ataque a uma casa, num bairro residencial, com o deliberado intuito de atingir o líder líbio.
Goste-se dele ou não, não é esse o mandato da ONU para a Líbia. Ao contrário, a autorização de uso de força militar é para proteger civis, não para assassinar Khadaffi e muito menos seus filhos e netos.

Mais cruel ainda é que o ataque se deu poucas horas depois de ele ter anunciado publicamente, na televisão, que estava disposto a negociar com a OTAN em troca de um cessar-fogo.

Fica claro que a ação militar não tem como objetivo criar uma saída humanitária para a crise daquele país. Pretende sim a deposição de um regime e o aniquilamento de pessoas que o lideram, pela via do assassinato – porque não é possível considerar que matar com bombas seja menos que um assassinato a bala, sem defesa.
Aliás, é pior, porque para tentar atingir a TV onde estaria Khadaffi  a Sociedade Líbia da Síndrome de Down também foi bombardeada nos ataques da Otan na madrugada de ontem.
Não é para isso a ONU. Os Brics – Brasil entre eles – devem usar o poder que adquiriram na comunidade internacional para exigir um cessar-fogo imediato e o envio de observadores internacionais para zelar por seu cumprimento. A comunidade das nações não pode, mesmo indiretamente, patrocinar ataques de “execução pessoal”. Não deveriam patrocinar ataque algum, mas estes, de deliberada e dirigida ação homicida são intoleráveis.

Guerra na Líbia

É evidente que não se trata de uma discussão sobre o direito a vida dos líbios, ou sobre os chamados direitos humanos, e menos ainda, sobre democracia. Nesta, como em todas as demais intervenções deste tipo, de europeus e dos EUA, feitas neste último século, jamais se esclarece a questão central de quem tem o direito de julgar e arbitrar a existência ou não de desrespeito aos direitos humanos em algum país em particular, e quem determina o lugar em que a "comunidade internacional" deve ou não intervir para defender vidas e direitos. Com relação a quem arbitra, são sempre os mesmos países que Samuel Huntington chamou de "diretório militar" do mundo, ou seja, EUA, Inglaterra e França. E, com relação aos critérios da arbitragem, é óbvio que este diretório jamais intervém contra um país, ou contra um governante aliado, por mais autoritário e anti-democrático que ele seja, e por mais que ele desrespeite os direitos defendidos pelos europeus e pelos norte-americanos. Independentemente do que se pense sobre o fundamento e a universalidade dos direitos humanos, não há a menor dúvida que, do ponto de vista das relações entre os Estados dentro do sistema mundial, eles sempre são esgrimidos e utilizados como instrumento de legitimação das decisões geopolíticas e geo-economicas das grandes potencias. Por isto, as decisões sobre este assunto nos foros internacionais são sempre políticas e instrumentais e variam segundo a vontade e segundo os interesses estratégicos destas grandes potências.
José Luís Fiori

Líbia

...Não está fácil

Rebeldes estão perdendo a guerra na Líbia. Só derrubam o ditador com o escancarado apoio das forças dos Estados Unidos, em mais uma guerra contra os árabes. Estados Unidos já estão mandando armas, embora um de seus comandantes militares ache que os rebeldes são dominados pelas facções radicais de muçulmanos. A guerra contra Kadafi não está sendo fácil de vencer, apesar do apoio do governo dos Estados Unidos.

Sem ressonância

Sinal de que o ditador está bem armado e a oposição não tem a ressonância que os americanos achavam entre a população. Isto lembra aqueles cinco gatos pingados com cara de ocidentais pulando, diante de cinegrafistas ianques, numa praça de Bagdá quando Saddam Hussein caiu. O povo iraquiano recebeu os americanos com bombas e mais resistiria, se não tivesse sido esmagado pela superpotência militar.
Lustosa da Costa

Com a CIA por trás dos "rebeldes líbios", cai mais uma máscara da cobiça ao petróleo alheio


OTAN esconde as armas porque não sabe com quem está se metendo

"Países muçulmanos, incluindo a Arábia Saudita, Iraque, Irão, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Iêmen, Líbia, Egito, Nigéria, Argélia, Cazaquistão, Azerbaijão, Malásia, Indonésia, Brunei, possuem de 66,2 a 75,9 por cento do total das reservas de petróleo, conforme a fonte e a metodologia da estimativa"
Michel Chossudovsky, The "Demonization" of Muslims and the Battle for Oil, Global Research, 04/01/2007
Agora, que toda mentira foi desnudada, que Barack Obama, tutelado por Hillary Clinton, porta-estandarte da elite de olhos azuis, deixou cair na lama o charme charlatão, agora que ele jogou no ventilador o capcioso prêmio Nobel da paz, assumindo o personagem do mau caráter que despachou agentes para incendiar a Líbia, gostaria de saber o que fará a diplomacia brasileira para consertar a própria trapalhada no Conselho de Segurança da ONU, naquele infausto 17 de março  em que alguns países deram uma carta suja para uma agressão estrangeira a um país que não está em guerra com outro e que apenas tenta manter a unidade nacional e o controle sobre suas riquezas.
Sim, porque agora a própria resolução fatídica é lixo só: não tem uma única cláusula de valia, não tem serventia para mais nada. A qualquer melodramático diplomata abstêmio fica difícil explicar à distinta platéia como países vividos comeram mosca numa manobra tão reles com o papelucho que foi usado para sacramentar a cobiça ensandecida dos céus, terras e mares de toda a África do Norte e adjacências, do Oriente Médio e de todos os países muçulmanos.
Agora, o próprio presidente dos Estados Unidos da América confessa na maior cara de pau que seu sonho de consumo é derrubar o governo constituído da Líbia. Daí ter  introduzido na área, por baixo dos panos, agentes e mercenários da CIA, juntamente com farto arsenal de armas e munições, já que nem os bombardeios mortíferos, nem a guerra midiática encomendada meteram medo em Kadhafi e no seu povo que, como demonstram os fatos reais, parecem decididos a resistir, não importa o sacrifício e as perdas de inocentes atingidos pelos mísseis made in USA de última geração, conforme denúncia endossada pelo insuspeito bispo católico de Trípoli, Giovanni Innocenzo Martinelli.

CIA contrata empresas militares
Agora, a mídia se vê obrigada a revelar, como o NEW YORK TIMES e a Reuters, que desde muitos dias atrás, antes, portanto, da chancela da ONU, os agentes da CIA abarrotados de dólares já estavam infiltrados em Benghazi, em manobras cavilosas para incensar rivalidades tribais e manipular a justa ansiedade de jovens desempregados, com o objetivo de dar um bote que garanta no epílogo das escaramuças o terreno livre para a conquista mansa e inercial das jazidas petrolíferas que somam mais do dobro de todo o estoque do pomposo império decadente, de olho no vasto manancial dos países muçulmanos - mais de dois terços das reservas mundiais conhecidas.

Agora, não tem mais ONU, não tem mais desculpas, não tem mais cortinas de fumaça, não tem mais conversa pra boi dormir. Os Estados Unidos e seus sócios - especialmente França e Inglaterra - estão bancando a contratação das modernas legiões estrangeiras, os mercenários (contractors) das private military company (PMC), montadas pela Halliburton e pela Blackwater, que já terceirizam a matança no Iraque e no Afeganistão. E já submeteram os "rebeldes" ao comando de Khalifah Hifle, agente da CIA, conforme revelou Pepe Escobar do Asia Timesem matéria publicada no site da "redecastorphoto" - http://re decastorphoto.blogspot.com/2011/03/tripoli-nova-troia.html

Já o comando da OTAN desistiu de enviar mais armas aos adversários de Kadhafi, além das que estão entrando pela fronteira do Egito, com ajuda financeira da CIA, França e do Katar. Com informações privilegiadas, teme que esse armamento caia nas mãos das tropas leais ao líder líbio. Na reconquista de posições no Leste, já acercando-se de novo de Benghazi, o Exército e as milícias populares usaram menos a artilharia e surpreenderam com a ajuda da população das cidades reconquistadas.
 
Na guerra do petróleo, querem excluir a China
O ditador invisível que manipula os cordéis de Barack Obama não gostou de saber que a Chevron e a Occidental Petroleum (Oxy) decidiram em outubro passado fazer as malas da Líbia, abrindo espaço para a China National Petroleum Corp (CNPC), que já participa da exploração em vários países da África do Norte e compra 11% do petróleo líbio, com possibilidade de triplicar a encomenda tão logo haja disponibilidade. Até o levante de fevereiro, 30 mil chineses trabalhavam na Líbia a serviço da CNPC.

Isto porque importar petróleo que ajuda a extrair da Líbia é o melhor negócio da China. Com o preço do barril a mais de US$ 100, o custo da extração não passa de US$ 1,00 por barril. Desse óleo de altíssimo rendimento, 80% vêm do Golfo de Sirte, no leste do país, onde ficam Benghazi e Lanuf Ras, e alguns chefes tribais que sonham com a boa vida monárquica de paxás.

Trocando em miúdos, os alcunhados rebeldes líbios, mesmo já subordinados aos agentes da CIA, vão começar a ser substituídos por contratados dessas empresas militares, que são a última moda em guerra de agressão, com mestrado em Abu Ghraib e Guantánamo, e serão enviados para algum campo de treinamento de país "amigo" para voltarem em outra fasedo conflito, que os senhores das armas desejam demorado.

O orfanato do Itamarati conhece muito bem o Relatório 200 do Project of the New American Century (PNAC) intitulado "Rebuilding Americas Defenses", que cristaliza a teoria das "guerras simultâneas de conquista" e serve de base para a política externa que Obama assinou embaixo. Uma política externa ao gosto do complexo industrial-militar-financeiro e de outros interesses escusos, maliciosamente manipulados pelo sionismo e pelo "Opus Dei".
 
Ou o Brasil se mexe ou fica mal na fita
A ironia do destino pôs para dar o cavalo de pau na nossa política externa um cara chamado Antônio Patriota, que tem no seu prontuário dois anos como embaixador do Brasil em Washington (2007 a 2009), de onde saltou para a Secretaria Geral do Itamarati já com a encomenda de desmontar o trabalho do embaixador Samuel Guimarães, o grande formulador da doutrina soberana. Daí para virar titular foi mole: o que não faltou foi "QI".
O governo brasileiro tem a obrigação de reverter esse mico que pagou ao abster-se diante de uma resolução que desrespeita a própria Carta da ONU, forjada exclusivamente para embasar um projeto de pirataria de desdobramentos imprevisíveis, até porque os países associados também não se entendem e Obama está em maus lençóis: pesquisa da Associated Press-GfK mostrou que os norte-americanos não apóiam a aventura, enquanto congressistas temem que milhões de dólares saiam pelo ralo e não tenham retorno.

Se quiser fazer alguma coisa de útil, além de declarações lançadas ao vento, a Chancelaria brasileira dispõe de grandes espaços de articulação. A maioria dos países árabes viu que amarrou seu camelo no tronco errado e agora está sem saber o que dizer em casa. Dos 24 integrantes da Liga Árabe, só 6 foram à reunião de Londres, convocada nessa quarta-feira para discutir a hipotética Líbia pós-Kadhafi: Iraque, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Tunísia e Líbano. Nem a Arábia Saudita deu as caras por lá.

O questionamento da intervenção estrangeira com o objetivo agora mais explícito de implantar um governo títere para tomar conta do petróleo alheio é responsabilidade também dos nossos deputados e senadores, das entidades da sociedade civil e dos defensores da soberania brasileira. Com essa crise indisfarçável nas "potências" ocidentais ninguém pode se sentir seguro no domínio de suas riquezas. Pode parecer exagero, mas não me surpreenderia se esses países já não listaram o Brasil em seus projetos coloniais. 
 
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Bussines

não há como o guerra-bussines

Mentiras, hipocrisias e agendas ocultas. Eis os temas dos quais o presidente Barack Obama não tratou, ao explicar aos EUA e ao mundo a sua doutrina para a Líbia. A mente se perde, vacila, ante tais e tantos buracos negros que cercam essa esplêndida guerrinha que não é guerra (é “ação militar com escopo limitado por prazo limitado”, nos termos da Casa Branca) – complicados pela inabilidade do pensamento progressista, que não consegue condenar, ao mesmo tempo, tanto a crueldade do governo de Muammar Gaddafi quanto o “bombardeio humanitário” dos exércitos de EUA-anglo-franceses.
A Resolução n. 1.973 do Conselho de Segurança da ONU operou como cavalo de Tróia: permitiu que o consórcio EUA-anglo-francês – e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) – se convertesse em força aérea da ONU usada para apoiar um levante armado. Aparte nada ter a ver com proteger civis, esse arranjo é absoluta e completamente ilegal em termos da legislação internacional. O objetivo final aí ocultado, que até as crianças subnutridas da África já viram, mas que ninguém assume ou confessa, é mudar o governo na Líbia.
O tenente-general Charles Bouchard do Canadá, comandante da OTAN para a Líbia, que insista o quanto quiser, repetindo que a missão visa exclusivamente a proteger civis. Pois os “civis inocentes” lá estão, dirigindo tanques e disparando Kalashnikovs, brigada de farrapos que, de fato, são soldados em guerra civil. O problema é que, agora, a OTAN foi convertida em força aérea daquele exército, seguindo as pegadas do consórcio EUA-franco-inglês.
Ninguém diz que a “coalizão de vontades” que hoje combate o governo líbio é coalizão de apenas 12 vontades (das 28 vontades representadas na OTAN), mais o Qatar. Isso absolutamente nada tem a ver com a “comunidade internacional”.
O veredicto sobre a zona aérea de exclusão ordenada pela ONU só será conhecido depois que houver governo “rebelde” na Líbia e terminar a guerra civil (se terminar rapidamente). Só então se poderá saber se, algum dia, os Tomahawks e bombas-em-geral foram algum dia justificados; o porquê de os civis de Cyrenaica terem sido “protegidos”, ao mesmo tempo em que os civis em Trípoli foram Tomahawk-eados; quem, afinal eram os ditos “rebeldes” ditos “salvos”; se a coisa toda, desde o início, em algum momento deixou de ser ilegal; como aconteceu de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU ser usada para acobertar golpe de Estado (digo, “mudança de regime”); como o caso de amor entre “revolucionários” líbios e o Ocidente pode acabar em divórcio sangrento (lembrem o Afeganistão!); e quais os atores ‘ocidentais’ que lucrarão mais, imensamente, com a exploração de uma nova Líbia – seja unificada seja balkanizada.
Pelo menos por hora, é muito fácil identificar os que já estão lucrando.
O Pentágono
Roberto “O Supremo do Pentágono” Gates disse no fim-de-semana, na maior cara dura, que só há três regimes repressivos em todo o Oriente Médio: Irã, Síria e Líbia. O Pentágono se encarrega agora do elo mais fraco – a Líbia. Os outros dois sempre foram figuras chaves da lista dos neoconservadores, de governos a serem derrubados. Arábia Saudita, Iêmen, Bahrain etc. são exemplos de democracia.
Como nessa guerra de prestidigitação “agora se vê, agora não se vê”, o Pentágono obra para lutar não uma, mas duas guerras. Começou pelo AFRICOM – Comando dos EUA na África –, criado no governo George W Bush, reforçado no governo Obama, e rejeitado por legiões de governos, intelectuais, organizações de direitos humanos e especialistas africanos. Agora, a guerra está em transição, passando para as mãos da OTAN, que é o mesmo que a mão pesada do Pentágono sobre seus asseclas europeus.
É a primeira guerra africana do AFRICOM, comandada agora pelo general Carter Ham diretamente de seu quartel-general nada-africano em Stuttgart. O AFRICOM é fraude, como diz Horace Campbell, professor de estudos afro-norte-americanos e ciência política na Syracuse University: fundamentalmente, é uma frente de operação comercial, para que empresas contratadas pelos militares nos EUA – Dyncorp, MPRI e KBR possam fazer negócios na África. Os estrategistas dos EUA que muito se beneficiaram na porta giratória que se criou entre as privatizações e as guerras estão adorando a intervenção na Líbia, como magnífica oportunidade para dar credibilidade político-militar ao AFRICOM-business.”
Os Tomahawks do AFRICOM-EUA atingiram também – metaforicamente – a União Africana (UA) a qual, diferente da Liga Árabe, não se deixa facilmente comprar pelo ocidente. As petro-monarquias do Golfo, todas, festejaram o bombardeio; Egito e Tunísia, não.
Só cinco países africanos não são subordinados ao AFRICOM-EUA: Líbia, Sudão, Costa do Marfim, Eritreia e Zimbabwe.
A OTAN
O plano master da OTAN é dominar o Mediterrâneo, como lago da OTAN. Sob essa “ótica” (no jargão do Pentágono), o Mediterrâneo é infinitamente mais importante hoje, como teatro de guerra, que o “AfPak”.
Apenas três, das 20 nações do ou no Mediterrâneo não são da OTAN ou aliadas de seus programas “de parceria”: a Líbia, o Líbano e a Síria. O Líbano já está sob bloqueio da OTAN desde 2006. Atualmente, já há bloqueio também contra a Líbia. Os EUA – via OTAN – já praticamente conseguiram fazer do círculo, o quadrado. Que ninguém se engane: a Síria é o próximo alvo.
A Arábia Saudita

 Excelente negócio! O rei Abdullah vê-se livre de Gaddafi, seu arqui-inimigo. A Casa de Saud – do modo abjeto que é sua marca registrada – rende-se ao atraso, para beneficiar o ocidente. A atenção da opinião pública ganha objeto alternativo, para distrair-se: os sauditas invadem o Bahrain, para esmagar movimento popular legítimo, pacífico, pró-democracia.
A Casa de Saud vendeu a ficção segundo a qual “a Liga Árabe” teria votado unanimemente a favor da zona aérea de exclusão. É mentira.
Dos 22 membros da Liga Árabe, só 11 estiveram presentes à sessão que aprovou a “no-fly zone”; seis desses são membros do Conselho de Cooperação do Golfo, gangue da qual a Arábia Saudita é o cão-chefe.
A Casa de Saud teve de aplicar uma chave-de-braço em três. A Síria e a Argélia estavam contra a no-fly zone contra a Líbia. Tradução: só nove, dentre 22 países árabes, votaram a favor de implantar-se a zona aérea de exclusão na Líbia.
Agora, a Arábia Saudita já pode até mandar que o presidente do Conselho de Cooperação do Golfo Abdulrahman al-Attiyah declare sem piscar que “o sistema líbio perdeu a legitimidade”. Sobre a Casa de Saud e os al-Khalifas do Bahrain… não faltará quem os indique para o Hall da Fama da Assistência Humanitária.
O Qatar
O país que hospedará a Copa do Mundo de Futebol de 2022 sabe, sim, amarrar negócios. Seus Mirages já ajudavam a bombardear a Líbia, enquanto Doha preparava-se para vender aos mercados ocidentais o petróleo da Líbia. O Qatar foi o primeiro país a reconhecer o governo dos “rebeldes” líbios como único governo legítimo; fê-lo um dia depois de ter fechado o negócio do varejão do petróleo líbio no ocidente.
Os “rebeldes”
Sem desrespeitar as importantes aspirações democráticas do movimento da juventude líbia, fato é que o grupo mais bem organizado da oposição a Gaddafi é a Frente Nacional de Salvação da Líbia – há anos financiada pela Casa de Saud, pela CIA e pela inteligência francesa. O “rebelde’ “Conselho Nacional do Governo de Transição” é praticamente a velha Frente Nacional, acrescida de alguns militares desertores. A “coalizão” “protege” essa “elite” de “civis inocentes”, hoje.
Nessa linha, o “Conselho Nacional do Governo de Transição” acaba de nomear novo ministro das finanças: Ali Tarhouni, economista formado nos EUA. Foi ele quem disse que vários países ocidentais há lhe haviam dado créditos, sob garantias do fundo soberano líbio; e que os britânicos lhe deram acesso a 1,1 bilhão de dólares do dinheiro de Gaddafi.
Significa que o consórcio EUA-anglo-francês – e agora a OTAN –, só terão de pagar a conta da compra das bombas. No que tenha a ver com histórias da imundície das guerras, essa é impagável: o ocidente está usando o dinheiro da Líbia para pagar um bando de líbios oportunistas interessados em derrubar o governo da Líbia. França e Inglaterra gozam, de tanto que amam as bombas. Nos EUA, os neoconservadores devem estar se estapeando, lá entre eles, de inveja: por que o vice-secretário de Defesa Paul Wolfowitz não teve a mesma ideia, para o Iraque, em 2003?
A França
Oh la la, a coisa bem poderia servir de substrato para romance proustiano. A coleção estrela da primavera francesa nas passarelas parisienses é o show de moda-fantasia de Nicolas Sarkozy: uma zona aérea de exclusão na Líbia, rebordada com ataques-acessórios pelos jatos Mirage/Rafale. Todo o show e pirotecnia foi concebido por Nouri Mesmari, chefe de protocolo de Gaddafi, que desertou e fugiu para a França em outubro de 2010. O serviço secreto italiano vazou para jornalistas e jornais selecionados os detalhes da deserção e da fuga. O papel do DGSE, serviço secreto francês, está mais ou menos explicado no e-jornal (só para assinantes) Maghreb Confidential.
A verdade é que o coq au vin da revolta de Benghazi já estava cozinhando em fogo baixo desde novembro de 2010. Os galos-estrelas foram Nouri Mesmari; Abdullah Gehani, coronel da Força Aérea da Líbia; e o serviço secreto francês. Mesmari era chamado “o WikiLeak líbio”, porque vazou quase todos os segredos militares de Gaddafi. Sarkozy adorou, furioso desde que Gaddafi cancelou gordos contratos para comprar aviões Rafales (para substituir os Mirages líbios que, hoje, estão sendo bombardeados por Mirages franceses) e usinas nucleares francesas.
Isso explica por que Sarkozy, que estava tão animadinho, posando de neoliberador de árabes, foi o primeiro líder europeu a reconhecer “os rebeldes” (para tristeza de muitos, na União Europeia) e o primeiro a bombardear as forças de Gaddafi.
Vê-se aí também exposto o papel do desavergonhado filósofo e autopropagandista Bernard Henri-Levy, que se esfalfou enchendo a mídia mundial com notícias de que ele telefonara a Sarkozy, de Benghazi, e assim despertou o filão humanitário no coração do presidente. Ou Levy é o otário da hora, ou é uma conveniente cereja “intelectual” acrescentada ao já assado bolo-bomba contra Gaddafi.
Ninguém detém Sarkozy, o Terminator. Já avisou todos os governos árabes que estão na mira para serem bombardeados ao estilo Líbia se espancarem manifestantes. Até já avisou que a Costa do Marfim seria “a próxima”. Bahrain e Iêmen, claro, não têm com o que se preocuparem. Quanto aos EUA, mais uma vez os EUA apoiam golpe militar (não deu certo com o Omar “Sheikh al-Tortura” Suleiman no Egito. Talvez funcione na Líbia).
Al-Qaeda
O coringa sempre conveniente renasce. O consórcio EUA-franco-inglês – e agora também a OTAN – outra vez combatem aliados à al-Qaeda, dessa vez representada pela al-Qaeda no Maghreb (AQM).
Abdel-Hakim al-Hasidi, líder dos “rebeldes” líbios – que combateu ao lado dos Talibã no Afeganistão – confirmou, com detalhes, para a mídia italiana, que recrutara pessoalmente “cerca de 25” jihadistas na região de Derna no leste da Líbia para combater os EUA no Iraque; e que agora “eles estão na linha de frente em Adjabiya”.
Isso, depois de o presidente do Chad Idriss Deby ter dito que a al-Qaeda no Maghreb assaltou arsenais militares na Cyrenaica e provavelmente já têm alguns mísseis terra-ar. No início de março, a al-Qaeda no Mahgreb apoiou publicamente os “rebeldes”. O fantasma de Osama bin Laden deve estar rindo como o gato Cheshire de Alice; mais uma vez, conseguiu por o Pentágono a trabalhar para ele.
Os privatizadores da água
Poucos no ocidente sabem que a Líbia – como o Egito – repousa sobre o Sistema Aquífero do Arenito Núbio [ing. Nubian Sandstone Aquifer]: é um oceano de extremamente valiosíssima água doce. Ah, sim, sim, essa guerra de prestidigitação “agora se vê, agora não se vê”, é crucial guerra pela crucial água.
O controle do aquífero é patrimônio sem preço: além da água para beber, o prestígio para dominar: a EUA-França-Inglaterra “resgatando” valiosos recursos naturais, das mãos dos árabes “selvagens”.
É um Aquedutostão – enterrado fundo no coração do deserto. São 4.000 quilômetros de dutos. É o Maior Projeto de Rio Criado pelo Homem [ing. Great Man-Made River Project (GMMRP)], que Gaddafi construiu por 25 bilhões de dólares sem tomar emprestado nem um centavo nem do FMI nem do Banco Mundial (mais um exemplo de barbárie de Gaddafi, que não se deve deixar vazar para o resto do mundo subdesenvolvido).
O sistema GMMRP fornece água para Trípoli, Benghazi e todo o litoral da Líbia. A quantidade de água disponível, estimada por especialistas, é o equivalente à toda a água que corre pelo Nilo por 200 anos. Comparem-se esses números os números das chamadas “Três Irmãs” – empresas Veolia (ex-Vivendi), Suez Ondeo (ex-Generale des Eaux) e Saur – as empresas francesas que controlam mais de 40% do mercado global de água.
Todos os olhos devem-se focar, atentos, para ver se algum dos aquedutos da GMMRP serão bombardeados. Cenário altamente possível, caso sejam bombardeados, é que imediatamente comecem a ser negociados os gordos contratos de “reconstrução” – que beneficiarão a França. Será o passo final para privatizar toda aquela – até o momento gratuita – água. Da doutrina do choque, chegamos à doutrina da água.
Essa lista dos que ganham com a guerra está longe de ser completa – ainda não se sabe quem ficará nem com o petróleo nem com o gás natural da Líbia. Enquanto isso, o show (das bombas) tem de continuar. Não há business como o guerra-business.
por Pepe Escobar, Asia Times Online
Traduzido pelo Coletivo da Vila Vudu

Petróleo

Yanques rasgam a fantasia em relação a Líbia

Numa entrevista coletiva na Casa Branca, ontem 3ª feira, o presidente Barack Obama não esperou nem os EUA e demais potências domesticarem a OTAN e, contradizendo a Organização, anunciou que pode - portanto, pretende - armar, sim, os rebeldes líbios para derrubar o presidente Muamar Kaddhafi do poder em Trípoli.

Já o resto do mundo continua esperando que ele faça o mesmo com os rebeldes que se mantém nas ruas e em manifestações cobram democracia e liberdade no Bahrein, Iêmen, Síria, Jordânia, e quem sabe, se vierem a ocorrer um dia...também, na Arábia Saudita. Mas, aí, para estes, nada, só silêncio dos EUA e cia. Para estes, só repressão via ditaduras e monarquias aliadas e sustentadas por Washington.

Ditador amigo, garantia de acesso a petróleo


Dos EUA não são nada boas as notícias em relação à Líbia, porque além do aviso de Obama ontem, tem-se quase diariamente as ameaças da Secretária de Estado, a belicista Hillary Clinton que, dia sim e outro também reitera: os aliados continuarão bombardeando o país até que o presidente líbio "cumpra a decisão da ONU".

A decisão, para a sra. Hillary, é a Resolução 1973 que criou aquela ficção de "zona de exclusão aérea" que Tio Sam e aliados diziam que estabeleceriam sobre a Líbia. Mas, que eles também não cumprem já que a Resolução não tratava nem da deposição de presidente nem de apoio a rebeldes líbios, mas sim de proteção à população civil líbia.

Proteção, eu repito, não de bombardeios aéreos e invasão do país por terra e mar para para, ao final e como eu escrevi ontem, se sobrar Líbia, colocar no poder um ditador amigo e ter acesso fácil ao seu petróleo.

por Zé Dirceu

Europa fecha com os EUA na Líbia e mete-se numa enrascada

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símbolo da ONU
A Europa mais uma vez acompanhou a diplomacia norte-americana e deu aval para a decisão do Conselho de Segurança da ONU (CS-ONU), que autorizou na 6ª feira pp. uma intervenção na guerra civil na Líbia.

O eufemismo "zona de exclusão aérea" não durou nem 12 horas. Na prática, o que assistimos a partir do sábado foi uma intervenção pura e simples dos Estados Unidos e de várias outras potências (França, Inglaterra, Itália, Canadá) no país.

Tanto é assim que, iniciada a ofensiva, agora sob o pretexto de fazer o governo Muamar Kaddhafi respeitar a intervenção adotada sob o pomposo nome de "zona de exclusão aérea", a Liga Árabe foi a 1ª a botar a boca no mundo e a protestar que o ataque à Líbia difere do que foi acordado e aprovado na ONU.

Países eram ingênuos, não sabiam o que os EUA queriam?

O texto, lembrou a Liga, diz que o objetivo da zona de exclusão aérea era proteger a população civil, e não bombardear mais objetivos civis. Mais do que isso, com exceção do Qatar, nenhum país árabe quer apoiar a aventura norte-americana e anglo-francesa.

Além da Liga, outros países do bloco chamado de "aliado" se rebelam contra a distorção do que foi aprovado no CS-ONU. Até parece que alguns deles eram ingênuos e não sabiam o que os EUA e as outras potências parceiras pretendiam...

Já que os EUA, pela voz de seu presidente, Barack Obama, apressa-se em querer passar o comando das operações para outra potência ou instituição, a Turquia, inclusive, impediu com seu veto que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) assumisse a coordenação dos ataques. Ela insiste em negociar diretamente com Kaddhafi (leiam o post "Civis e Direitos Humanos: defesa só na Líbia").

O Poder desestabilizado

...A encruzilada dos States

Não consigo entender a razão que me impede de ser um grande admirador dos Estados Unidos da América do Norte. E olhe que já tentei: comprei um chapeuzinho do Mickey na Disneylândia, fantasiei-me de Homem Aranha no Carnaval, compadeci-me com os assassinatos de John Kennedy e Martin Luther King, tenho uma nota de um dólar guardada como talismã, mas não tem jeito, não consigo engolir o tal ‘american way of life’.
Devo confessar, inclusive, que tenho grande admiração pela produção cultural norte americana, sua literatura, seu teatro dramático e musical, o blues e o soul na música, muitos de seus filmes, poetas como Whitman e Auden, dramaturgos como Albee, Miller e Tennessee Williams, escritores do talento de Faulkner e Baldwin… E a lista aqui seria extensa.

Mas quanto à sua decantada democracia e o seu papel de polícia do mundo, não. Aí, não… Aí o assunto se reveste de inquestionável transcendência.  O mundo já está cansado da intromissão direta de siglas como CIA, DEA, FBI, MARINES ou indireta como FMI, ONU, OEA, OTAN (onde prevalece a ‘visão norte americana’ e corporativa do mundo capitalista) e outras menos conhecidas pelo grande público, mas não menos importantes ou perniciosas.

SEGURANÇA DOS COMBOIOS DA OTAN NO AFEGANISTÃO É FEITA PELOS "SENHORES DA GUERRA"!

1. Informa o New York Times que o dinheiro dos contribuintes dos EUA está servindo para pagar uma rede de 'senhores da guerra' do Afeganistão que ganha milhões de dólares escoltando comboios da OTAN.  A investigação foi iniciada ano passado pelo subcomitê para a segurança nacional da câmara de deputados e descobriu que o dinheiro entregue a esses 'senhores da guerra' está mais perto de uma cobrança mafiosa, já que os comboios que se negaram a pagar foram atacados pelos mesmos homens que exigiam dinheiro para dar segurança.
         
2. Parte do dinheiro pago para a escolta vai para subornar os talibãs para que não ataquem. Os 'senhores da guerra'  erosionam a autoridade governamental do Afeganistão que os EUA trata de construir e ajudam a criar um poder paralelo. Há um contrato com a Host Nation Trucking de 2 bilhões de dólares que serve para cobrir a movimentação de comida e provisões entre as 200 bases dos EUA, através do país, que carece em muitos pontos de estradas asfaltadas.
         
3. O Informe de 79 páginas se chama 'Warlord Inc' (empresa senhores da guerra). Afeganistão é anfitrião de centenas de empresas privadas de segurança não registradas que empregam mais de 70 mil pessoas armadas e sem supervisão. Esse sistema é chamado em Cabul de 'Quaro Exército' e está implicado em numerosos casos de abusos de direitos humanos que não são denunciados.
          
4. Um exemplo. 600 homens da milícia Ruhullah, trabalham para Watar Management, uma companhia de segurança dirigida por Rashid e Rateb Popal primos do presidente do Afeganistão.