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José Dirceu: " Espero ser julgado pelo STF este ano "


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Entrevista ao Jornal da Gazeta
 

Zé Dirceu deu uma entrevista, ontem, ao vivo, ao Jornal da Gazeta, da TV Gazeta. Foi uma oportunidade importante, pois pode dar a sua opinião sobre vários temas da ordem do dia e a respeito do seu processo no Supremo Tribunal Federal. Seguem, abaixo, alguns dos trechos da entrevista, que está na Internet e pode ser conferida aqui.

[Silvia Corrêa] Em sete meses de governo, a presidenta Dilma teve de afastar dois ministros e demitir 22 funcionários do alto escalão (do Ministério dos Transportes). Eu queria ouvir sua opinião. Dilma é mais rigorosa que Lula, ou a corrupção aumentou?

[José Dirceu] A corrupção tem sido combatida desde o governo do Lula. A Polícia Federal tem atuado, o Ministério Público tem independência. O Tribunal de Contas tem autonomia e ainda temos aí a Controladoria Geral da União atuando. Grande parte das denúncias surgem também a partir da ação da Polícia Federal ou da Controladoria Geral da União. Muitas surgem a partir da imprensa. (...) O importante é isso. É que haja uma ação tanto dos órgãos de fiscalização e de controle, como que haja uma ação imediata do governo quando surge uma denúncia. Agora, o país precisa de uma reforma política. Eu defendi ontem na reunião do diretório do PT diminuir o número de cargos de confiança que são ocupados por servidores de carreira. A Constituição brasileira diz que os cargos de confiança dos funcionários públicos de carreira. Mas diz (apenas) “preferencialmente”. Isso abriu essa possibilidade de nós termos 22 mil cargos de confiança (no governo). Um terço deles é ocupado por funcionários que não são de carreira. Temos que restringir isso e fazer a reforma política: o financiamento público, mudar o sistema de voto...

[Silvia Corrêa] (...) Quando o sr. ocupava a Casa Civil pôs em prática essa filosofia?

[José Dirceu] Fizemos isso. Deixamos de indicar (pessoas) para dois terços dos cargos (de confiança). Eles foram ocupados por servidores de carreira. (...) O PT ocupa menos de 30% desses cargos. (...) O que eu digo é que a experiência mundial exige que se construa uma burocracia civil. O Brasil (no governo Lula) estava com o serviço público totalmente sucateado. Foi o governo Lula que reiniciou a contratação por concursos, reorganizou os planos de cargos e carreiras, de gestão, de direção, de assessoria de quase todos os ministérios. Hoje centenas de milhares de jovens prestam concurso para o serviço público porque o salário base aumentou. Em algumas carreiras varia entre R$ 4 mil e R$ 8 mil. O Brasil está reorganizando sua burocracia civil e tende a melhorar essa questão, (e com isso) evitar que haja corrupção.

[Silvia Corrêa] O sr. disse que foi cassado reiteradas vezes sem nenhuma prova. Ainda assim dois procuradores gerais o chamaram de chefe de quadrilha. E o ministro do Supremo, Joaquim Barbosa aceitou a denúncia. Queria saber qual é a motivação disso tudo?

[José Dirceu] É o papel do Ministério Público me acusar e de provar perante o Supremo aquilo de que me acusa. Quem lê os autos (...) vai ver que não há nenhuma prova (contra mim). (...) Eu desafio quem quiser demonstrar que na denúncia e nos autos do inquérito haja prova de que eu seja chefe de quadrilha ou corrupto. (...) Eu quero que o Supremo me julgue o mais rápido possível. (...) Não deixei de atuar no país abertamente, de cabeça erguida. (...) Eu tenho convicção da minha inocência. Fui prejulgado e linchado. A cada decisão da Justiça (neste caso) eu sou linchado como corrupto e como chefe de quadrilha. E se o Supremo me absolver, como aconteceu no caso de Ibsen Pinheiro?

[Silvia Corrêa] O que o sr. vai fazer? O sr. volta para a vida pública? Processa muita gente?

[José Dirceu] Eu não saio da vida pública e só vou tomar uma decisão sobre o que vou fazer no dia em que o Supremo me julgar. O que eu espero é que se criem condições para que (eu) seja (julgado) este ano.

[Silvia Corrêa] Sobre as prévias do PT?

[José Dirceu] Candidatos nós temos. Até demais. Se tivermos mais que um, temos de ter prévia. Há um processo para buscar um consenso para termos só um candidato. (...) O acordo é sempre melhor.

UM AMOR DE VERDADE



Quando meus dias estão tristes,
fecho os olhos
e tento te enxergar

Sinto a força do teu amor
aquecendo a minha alma
e a suavidade das tuas mãos
moldando o meu coração

Teu hálito quente e perfumado
Transmite-me a paz
que eu sempre desejei

Tua voz soa em meus ouvidos
Como uma eterna canção de amor

A ternura do teu olhar
Depura os meus pensamentos,
Renova minhas esperanças,
Fortalece meus sentimentos
E invade a minha alma
Com uma imensa sensação de felicidade

Na magia desse momento
Procuro aconchegar-me,
cada vez mais, em teus braços
e encantado com o brilho
do amor que reluz em teu olhar
sussurro em teu ouvido:
Obrigado meu DEUS
por estar sempre ao meu lado
Guiando os meus passos
E amando-me tanto assim!

EUA no caminho para o status de república das bananas

Um acordo para elevar o teto de endividamento [do governo americano] está sendo fechado. Se passar, muitos comentaristas vão declarar que um desastre foi evitado. Mas eles estarão errados.
Pois o acordo, dada a informação sobre ele disponível, é um desastre, e não apenas para o presidente Obama e seu partido. Vai danificar uma economia já deprimida; provavelmente vai tornar o antigo déficit dos Estados Unidos ainda pior, não melhor; e, mais importante, ao demonstrar que extorsão nua e crua funciona, sem causar custo político, vai colocar os Estados Unidos no caminho para o status de república das bananas.
Comecemos pela economia. Nós atualmente temos uma economia profundamente deprimida. Vamos continuar a ter uma economia deprimida por todo o próximo ano. E provavelmente teremos uma economia deprimida até 2013, se não além.
O pior que se pode fazer nestas circunstâncias é cortar os gastos do governo, já que isso vai deprimir a economia ainda mais. Não preste atenção naqueles que invocam a fadinha da confiança, alegando que ações duras no corte do orçamento vão dar segurança aos empresários e consumidores, fazendo com que eles gastem mais. Não funciona desse jeito, um fato que é confirmado por muitos estudos históricos.
Na verdade, cortar gastos quando a economia está deprimida não vai nem mesmo ajudar muito na situação do orçamento, pode até piorar. De um lado, os juros em empréstimos federais já estão bem baixos; assim, os cortes vão fazer pouco para reduzir os custos de juros futuros. De outra parte, enfraquecer a economia agora vai prejudicá-la a longo prazo, o que por sua vez vai reduzir a arrecadação futura. Assim, aqueles que exigem cortes são como médicos medievais que tratam os pacientes com sangramento, tornando-os ainda mais doentes.
E então temos os termos do acordo, que representam uma rendição abjeta da parte do presidente. Primeiro, haverá grande corte de  gastos, sem aumento da arrecadação. Em seguida, um comitê fará recomendações sobre futuras reduções do déficit — e se estas recomendações não forem aceitas, haverá novos cortes de gastos.
Os republicanos supostamente terão um incentivo para fazer concessões da próxima vez, porque gastos em defesa poderão ser incluídos nos cortes subsequentes. Mas o Partido Republicano acaba de demonstrar que aceita o risco de um colapso financeiro até obter o que os mais extremistas de seus integrantes querem. Por que esperar que serão mais razoáveis da próxima vez?
Na verdade, os republicanos vão se sentir encorajados pela maneira como o sr. Obama se entrega diante de ameaças. Ele se rendeu em dezembro passado, ao estender todos os cortes de impostos de Bush; ele se rendeu na primavera, quando os republicanos ameaçaram fechar o governo; e ele se rendeu em grande estilo agora, sob extorsão pura e simples, na questão do teto da dívida. Talvez só eu veja uma tendência nisso.
Desta vez o presidente tinha alguma alternativa? Sim.
Em primeiro lugar, ele poderia e deveria ter exigido um aumento no teto da dívida em dezembro passado. Quando perguntado porque não o fez, respondeu que estava certo de que os republicanos agiriam com responsabilidade. Boa!
Mesmo agora, o governo Obama poderia ter recorrido a manobras legais para driblar o teto da dívida, usando qualquer uma de várias opções. Em circunstâncias normais, isso poderia parecer um passo extremo. Mas Obama enfrentava a realidade do que está acontecendo, ou seja, da extorsão de um partido que, afinal, controla apenas uma das casas do Congresso, e assim seria totalmente justificável.
Pelo menos o sr. Obama poderia ter usado a possibilidade de uma disputa legal para fortalecer sua posição de barganha. Em vez disso, no entanto, ele descartou isso desde o começo.
Mas se ele jogasse duro isso não ia preocupar os mercados? Provavelmente, não. Na verdade, se eu fosse um investidor eu ia me sentir seguro, não desanimado, com a demonstração de que o presidente era capaz e desejava enfrentar a chantagem dos extremistas de direita. Em vez disso, ele escolheu demonstrar o oposto.
Não se enganem, o que estamos testemunhando aqui é uma catástrofe em múltiplos níveis.
É, naturalmente, uma catástrofe política para os democratas, que por algumas semanas pareciam ter os republicanos em fuga por causa do plano deles de desmantelar o Medicare [programa federal de saúde]; agora o sr. Obama jogou tudo aquilo fora. E os danos não acabaram: haverá outros pontos de estrangulamento que os republicanos poderão usar para criar uma crise a não ser que o presidente se renda e agora eles podem agir confiantes de que Obama vai se render de novo.
No longo prazo, no entanto, os democratas não serão os únicos perdedores. O que os republicanos conseguiram foi colocar em questão nosso próprio sistema de governo. Afinal, como a democracia americana pode funcionar se a política é ditada pelo partido mais preparado para ser cruel e para ameaçar a segurança econômica da Nação? E a resposta é… talvez não possa.
by Paul Krugman

Cuba: Resistir às mudanças é inútil


Por Renata Giraldi*
O presidente de Cuba, Raúl Castro, criticou nesta segunda-feira 1º a “inércia” e “indiferença” dos cubanos na aplicação das reformas, propostas em abril. O objetivo do pacote com mais de 300 medidas é evitar o colapso da economia no país. Castro disse ainda que resistir às mudanças será inútil.
“O maior obstáculo que enfrentamos no cumprimento dos acordos do 6º Congresso [do Partido Comunista de Cuba] é a barreira psicológica formada pela inércia, o imobilismo, a simulação ou dupla moral, a indiferença e insensibilidade, que estamos obrigados a ultrapassar com firmeza”, disse Castro.
O presidente discursou durante a sessão de encerramento do plenário da Assembleia Nacional em Havana que analisou e ratificou as propostas de reforma na área econômica no país. “Seremos pacientes e perseverantes diante das resistências à mudança, sejam essas conscientes ou inconscientes. Alerto que toda a resistência burocrática ao estrito cumprimento dos acordos do Congresso, apoiados massivamente pelo povo, será inútil”, disse ele.
Castro disse que jamais foi favorável a “mudanças bruscas” optando “raciocinar, convencer, educar e somar”. “Sem mudar a mentalidade não seremos capazes de cumprir as mudanças necessárias para garantir nos manter”, disse.
De acordo com dados do governo, a economia cubana cresceu 1,9 % no primeiro semestre de 2011 em relação a igual período do ano anterior e que as previsões apontam para um crescimento de 2,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) até finais de ano.
O pacote de mudanças inclui a abertura para investimentos privados, compra de imóveis, permissão para viagens ao exterior e incremento no setor agrícola. Desde de 1960, Cuba sobre embargo econômico imposto pelos Estados Unidos, o que afeta diretamente a economia interna e externa do país.
Os cerca de 12 milhões de cubanos sofrem com as restrições no abastecimento de água e energia, além de produtos de limpeza e até de alimentação. A economia de Cuba é baseada na entrada de divisas – de cubanos que enviam dinheiro do exterior –, turismo e exportação de níquel.

Plano Brasil Maior desonera folha de confecções, calçados, móveis e softwares

Presidenta Dilma Rousseff lança o Plano Brasil Maior, a nova política industrial, tecnológica, de serviços e de comércio exterior do país. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A nova política industrial brasileira – o Plano Brasil Maior, lançado hoje terça-feira (2/8) pela presidenta Dilma Rousseff – reduz a zero a alíquota de 20% para o INSS de setores sensíveis ao câmbio e à concorrência internacional e intensivos em mão de obra, como confecções, calçados, móveis e softwares. Em contrapartida, será cobrada uma contribuição sobre o faturamento com alíquota a partir de 1,5% de acordo com o setor.

O plano garante que o Tesouro Nacional arcará com a diferença para cobrir a eventual perda de arrecadação da Previdência Social. A medida funcionará como um projeto piloto até dezembro de 2012 e seu impacto será acompanhado por uma comissão tripartite, formada por governo, setor produtivo e sociedade civil.

"Esse plano tem uma principal característica, que é a de ser um plano corajoso, um plano ousado, um plano audaz, que não fugiu ao desafio imposto pelo cenário internacional (…). Vamos defender nosso mercado interno", disse o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.

Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que as medidas são uma resposta "à concorrência predatória" imposta pelos países desenvolvidos frente à crise econômica internacional. Na opinião dele, a atual conjuntura financeira mundial prejudica em especial o setor manufatureiro, que "busca mercados a qualquer custo".

"Vamos tomar conjunto de medidas para dar mais condições de competitividade à indústria brasileira", afirmou.

Além da desoneração da folha, o Brasil Maior prevê uma série de ações iniciais que vão desde a desoneração das exportações, com a criação do Reintegra, até a regulamentação da Lei de Compras Governamentais, passando pelo fortalecimento da defesa comercial e pela criação de regimes especiais setoriais, com redução de impostos.

Veja abaixo as principais medidas do Brasil Maior

Devolução em dinheiro

Criado por medida provisória, o Reintegra (Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras) irá devolver ao exportador de bens industrializados 0,5% da receita da exportação, nos mesmos moldes da restituição do Imposto de Renda. Por meio de decreto presidencial, a presidenta da República poderá elevar esse percentual para até 4%. O valor em espécie será depositado na conta do exportador, mas quem desejar também poderá usar os recursos para quitar débitos existentes junto à Receita Federal.

Leia o artigo completo »



Receita de Mini quiche de brócolis

mini-quiche-de-brocolis-royal-f8-13544.jpg Ingredientes

Massa

1 colher(es) (sopa) de fermento químico em pó 
150 gr de margarina  
1 ovo
1 xícara (chá) de cebola picada 
1 xícara (chá) de salsinha picada 
1 1/2 xícara (chá) de amido de milho

Recheio

2 maços de brócolis cozido 
1 xícara(s) (chá) de bacon em cubos pequenos
1 xícara (chá) de cebola picada 
1 xícara (chá) de salsinha picada 
3 dentes de alho picados 
1 copo de Requeijão
ovos

Modo de preparo

Massa
Misture todos os ingredientes até formar uma massa homogênea e que solte das mãos. Forre o fundo e as laterais de uma forma, em seguida adicione o recheio reservado e por cima espalhe o requeijão. Leve para assar em forno pré-aquecido (180º C) por aproximadamente 40 minutos. Sirva em seguida. 
 
Recheio
Em uma panela frite o bacon até dourar, em seguida adicione o alho e a cebola picados, deixe fritar novamente até dourar. Em seguida adicione o brócolis picado, refogue durante uns 5 minutos, adicione a salsinha desligue o fogo e deixe esfriar. Quando o recheio estiver morno adicione os ovos e mexa bem até incorporar .Reserve novamente essa mistura enquanto prepara a massa. 


Iluminação


Natanael Ben Elias, o paralítico de Cafarnaum, acabara de ser completamente curado por Jesus, voltando a andar.

Todos estavam em festa, exceto o Mestre, que meditava seriamente.

Simão, buscando romper o silêncio de Jesus, então pergunta:

Por que dizes que não Te compreendemos,Rabi? Estamos todos tão felizes!

Simão, neste momento, enquanto consideras o Reino de Deus pelo que viste, Natanael, com alegria infantil, comenta o acontecimento entre amigos embriagados e mulheres infelizes.

Outros que recobraram o ânimo ou recuperaram a voz, entre exclamações de contentamento, precipitam-se nos despenhadeiros da insensatez, acarretando novos desequilíbrios, desta vez, irreversíveis.

Não creias que a Boa Nova traga alegrias superficiais, dessas que o desencanto e o sofrimento facilmente apagam.

O Filho do Homem, por isso mesmo, não é um remendão irresponsável, que sobre tecidos velhos e gastos costura pedaços novos, danificando mais a parte rasgada com um dilaceramento maior.

A mensagem do Reino, mais do que uma promessa para o futuro, é uma realidade para o presente.

Penetra o íntimo e dignifica, desvelando os painéis da vida em deslumbrantes cores...

Eu sei, porém, que Me não podeis entender, tu e eles, por enquanto. E assim será por algum tempo.

Mais tarde, quando a dor produzir amadurecimento maior nos Espíritos, Eu enviarei alguém em Meu nome para dar prosseguimento ao serviço de iluminação de consciências.

As sepulturas quebrarão o silêncio que guardam e vozes, em toda parte, clamarão, lecionando esperanças sob os auspícios de mil consolações.

* * *

Séculos se passaram depois destes dizeres preciosos.

A dor amadureceu muitos corações desnorteados, e novamente a Humanidade suplicou a Jesus pela cura de suas mazelas.

Os sepulcros foram rompidos. O silêncio dos aparentemente mortos foi quebrado, e os descobrimos vivos, imortais e reluzentes.

Sim, as estrelas caíram dos céus. Estrelas de primeira grandeza espiritual se uniram em uma constelação admirável, e voltaram seu feixe de luz poderoso para aTerra.

Os Espíritos falaram, ensinaram, provaram que a vida futura prometida por Jesus é real.

A iluminação de consciências, proposta por Jesus, ganhou uma dimensão nova e maior.

A mensagem do Cristo se faz novamente presente como uma proposta para o presente, para a renovação imediata, urgente.

Na grande transição que o planeta atravessa, são eles, os Missionários do Mestre, que semeiam a verdade em todos os povos.

O amor volta a tomar seu lugar de evidência, nas propostas elevadas que são apresentadas aqui e acolá.

Atiramos as roupas velhas no tempo, e vestimos a roupagem nova do espiritualismo, entendendo que a vida do Espírito, esta sim, é a verdadeira.

O Consolador já está entre nós... Escutemo-Lo!
pinçado do São as Ideias

Zé Dirceu das utopias que tanto encantam o PT


Após anos de intrigas e disputas encarniçadas, desde que chegou ao poder federal, a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), atual denominação do antigo Campo Majoritário do PT, realizou no último fim de semana um seminário de fazer inveja aos do tempo em que a sigla frequentava o noticiário da política e não o da polícia. Foram dois dias, sábado e domingo, em São Paulo, nos quais reapareceu um José Dirceu menos aflito com os desdobramentos do processo do mensalão e mais preocupado com o projeto político de longo prazo do PT. Uma espécie de reencontro com as raízes.

Dirceu não foi a única surpresa do seminário preparatório do CNB ao Congresso partidário a ser realizado em novembro. Outra foi a decisão da maioria do PT de não acabar com as prévias, como muito cacique andava defendendo nos últimos dias. Mas elas serão restringidas, haverá critérios para se submeter ao colegiado petista a lista dos pré-candidatos. Há tucanos pensando em revitalizar o PSDB, a partir da cidade de São Paulo, por meio de prévia. Não deixaria de ser uma ironia.

Talvez por estar de chegada de um seminário no Uruguai, Dirceu impressionou com um discurso globalizado e defendeu uma articulação dos partidos de esquerda da América Latina. Fez comentários sobre a China – um tanto preocupados -, a crise europeia, especialmente Grécia e Portugal, o desemprego nos EUA e a possibilidade de um calote norte-americano, como se especulava àquela altura.

Ex-ministro diz que Dilma enfrentará crise como a de 2008

Dirceu demonstrou um bom conhecimento do governo Dilma, do que está sendo feito e do que se planeja fazer, como deixou claro, em seguida, ao analisar os seis meses da presidente. O ex-todo-poderoso ministro da Casa Civil (sucedido por Dilma) do primeiro governo Lula classificou o governo de Dilma como sendo efetivamente de "continuidade" e se mostrou seguro de que a presidente saberá enfrentar a atual crise internacional como Lula enfrentou a crise financeira de 2008.

Segundo Dirceu, assim como Lula, a presidente Dilma está preparando tudo o que é necessário, para o caso de a atual crise contaminar o Brasil. Mas usou uma imagem curiosa ao tratar dos dois casos: talvez o que fosse necessário para um fazer (Lula), não fosse o mesmo para o outro (Dilma). Dirceu tem razão – o país é hoje muito mais exposto a um eventual calote americano do que aos papéis tóxicos que em 2008 levaram à quebradeira bancária.

Palavras de Dirceu, de acordo com um ouvinte atento, que em outros seminários já havia se desinteressado e deixado de prestar atenção ao que dizia o ex-ministro: assim como o presidente Lula conseguiu fazer com que a crise de 2008 não fosse sentida – ou pouco sentida – a presidente Dilma também vai fazer com que o país se saia tão bem, muito embora as duas crises sejam de natureza diferentes.

Dirceu está com Dilma. E quer que o PT esteja com a presidente. E na atual conjuntura, entende que o partido deve olhar para seu projeto mais duradouro, de longo prazo. O partido já domina com maestria as questões eleitorais. Sabe fazer coalizões eleitorais, às quais era pouco afeito, sabe fazer frente e agora precisa ter um projeto político que tenha mais preocupações filosóficas de longo prazo do que ficar no rame-rame eleitoral.

Em resumo, fechar uma proposta política que compreenda a realidade a que o partido está submetido. O PT teme a adesão em escala, como ocorreu com o PSDB, por exemplo, quando a sigla esteve no poder. São em geral carreiristas pensando em conquistar o poder por meio de uma sigla que se tornou popular, mas não na próxima eleição, nem na seguinte. Mas em 20, talvez 30 anos.

É curioso o desempenho e a atenção que José Dirceu despertou no seminário do CNB. O ex-ministro, na realidade, nunca é personagem ignorado na sigla, mas passou boa parte desses anos, desde que saiu do governo em 2005, alternando momentos de euforia e depressão. Algumas vezes era o Zé Dirceu "arrogante", dono do governo ao qual as pessoas estavam acostumadas. Em outras, queixava-se de que sua simples presença deixava constrangidos velhos amigos. Sábado era o Dirceu das utopias que tanto encantam o PT.

Nos chamados meios jurídicos de Brasília, os advogados que frequentam os tribunais superiores, em sua maior parte, dizem que ele será absolvido no processo do mensalão, por falta de provas, se o julgamento for eminentemente jurídico. É verdade que o procurador-geral da República, Antônio Gurgel, carregou nas tintas nas alegações finais contra Dirceu. O que eram algumas páginas na denúncia do procurador Antonio Fernando – que o classificou de "chefe da quadrilha" -, se transformaram em mais de 100 no parecer de Gurgel.

Gurgel, aparentemente, não tinha saída: havia o parecer de Antonio Fernando, e dias antes dele dera um parecer dizendo que Antonio Palocci não cometera tráfico de influência ao prestar consultorias milionárias, na condição de ex-ministro e de deputado influente no governo petista. Mas ao carregar nas tintas contra Dirceu, contra quem muitos advogados nâo vêem provas concretas, pode ter aberto a porta de sua absolvição e dos outros acusados de integrar a quadrilha do mensalão.

O que não está claro é se será pior ou melhor para José Dirceu ser julgado num ano eleitoral (2011 tem eleição municipal), quando as paixões em geral prevalecem à razão. O certo é que Dirceu tem planos e projetos para o futuro, o que será facilitado por uma eventual absolvição. Caso contrário, alguns juristas acreditam que ele cai na "ficha limpa" e só poderá disputar uma eleição em 2018.

Raymundo Costa é repórter especial de Política, em Brasília

E-mail raymundo.costa@valor.com.br

" Se corrupção desse cadeia no mundo não ia ter celas para todos os advogados ", Joel Neto

Frase dita depois de ler:

Se corrupção desse cadeia no Brasil não ia ter cela pra tanto corrupto ", Ophir Cavalcante, presidente nacional da OAB, escandalizado com a ladroagem  

Plano Brasil Maior desonera folha de salários

Alertada por líderes empresariais da necessidade de medidas de forte impacto na nova política industrial, a presidente Dilma decidiu, com seus ministros, garantir o corte de impostos sobre as folhas de salários em empresas que empregam muita mão de obra, como as dos setores de têxteis, calçados e móveis. Ela também anunciará hoje decreto para privilegiar fabricantes nacionais em compras de governo nos setores de Informática e Telecomunicações, Defesa e Saúde.


Ontem à noite, Dilma reuniu-se com ministros para definir os detalhes finais do "Plano Brasil Maior". A Polícia Federal será convocada a participar de um grupo formado pela Receita Federal e a Secretaria de Comércio Exterior, para combater fraudes nas importações.