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Outra irresponsabilidade da Folha

No último domingo, 20 de fevereiro, a seção “Painel” da Folha de S. Paulo, publicou esta nota sobre o neurocientista Miguel Nicolelis, professor da Universidade Duke, nos EUA, e fundador do Instituto de Neurociências de Natal, no Rio Grande do Norte.
Quem conhece a trajetória e o caráter do professor Nicolelis ficou injuriado. A nota, além de faltar com a verdade, é caluniosa. A sua caixa postal  ficou entupida de mensagens de solidariedade a ele e de repúdio  à Folha, que não se deu ao trabalho de, por telefone ou e-mail, checar as informações para saber se procediam.

“Muito triste constatar que seus julgamentos morais são feitos a partir de critérios que imperam no varejo da política brasileira e ao seu redor”, escreveu Nicolelis à jornalista responsável pelo “Painel”. “Achar que eu mudaria minha opinião sobre qualquer coisa referente à ciência brasileira baseado numa nomeação para um serviço voluntário, à frente de uma comissão temporária, ou é muita ingenuidade, ou má fé. Sua insinuação maldosa e precária (não há fatos que a suportem) não só não procede, como é risível. Fica aqui o registro do meu protesto pela sua intenção maldosa de insinuar que minhas opiniões estão à venda. Fale pela senhora, não por mim! E se quiser expressar minhas opiniões na sua coluna social, me pergunte primeiro! Muito mais digno, honesto e profissional seria!”

A jornalista respondeu. Prontificou-se a publicar os esclarecimentos do professor a partir de um texto que ele enviou. Por ser grande para os padrões da seção, seria resumido, mas mantendo o espírito.
Na terça-feira, 22 de fevereiro, foi publicada então esta nota:
O “Painel” não assume o erro nem esclarece quase nada.

“Se a jornalista da Folha me conhecesse pessoalmente, saberia que há 9 anos desenvolvo um trabalho voluntário, não remunerado, em prol da educação científica e da ciência brasileira”, continua indignado  Nicolelis. “Na minha profissão, o único bem que nos cabe é a nossa reputação e idoneidade, portanto, considero vil, leviano, o que o jornal fez.”

Por isso, segue a íntegra do texto que o professor  enviou à Folha:
Em resposta à nota publicada no Painel de 20/02, gostaria de declarar que, em momento algum, alterei quaisquer das críticas feitas ao atual modelo de gestão da ciência brasileira em decorrência do recente convite, feito pelo senhor Ministro da Ciência e Tecnologia, para presidir a Comissão do Futuro, proposta por esse ministério. Quando disse, em entrevista ao Estado de S. Paulo, em dezembro passado, que o Ministério da Ciência e Tecnologia não podia ser considerado como um prêmio de consolação, não estava emitindo nenhum juízo de valor sobre a pessoa do senhor ministro Aloízio Mercadante, mas simplesmente reivindicando o reconhecimento do novo governo à importância fundamental da área de ciência e tecnologia para o desenvolvimento do Brasil. Da mesma forma, desde o convite e anúncio formal do mesmo, no último dia 13/02, não emiti nenhuma declaração ou qualquer avaliação da presente gestão do MCT. Dessa forma, estranha-me ler nesse jornal a insinuação que, um convite para presidir, de forma voluntária e não remunerado, uma comissão temporária, destinada a elaborar e disseminar ideias que possam contribuir para o futuro da ciência brasileira, tenha servido como forma de cercear minhas opiniões. Na realidade, o objetivo dessa comissão é levantar todas críticas ao modelo vigente e propor soluções eficazes para que a ciência brasileira possa contribuir decisivamente para o desenvolvimento social e econômico do país.
Sinceramente,
Miguel Nicolelis

A Folha mais uma vez briga com a verdade factual, aprontando outra  das suas.
Para começar, desde há muito, o professor Nicolelis faz críticas aos tucanos (clique aqui para ler).

Mercadante deseja um BNDES para ciência e tecnologia

A ideia é transformar a Finep num banco
  
Formalizado por Dilma Rousseff como ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante (PT-SP) começa a esboçar seus planos.

Deseja, por exemplo, transformar a Finep - Financiadora de Estudos e Projetos - numa instituição financeira.

Hoje, a Finep é uma empresa pública. Encontra-se pendurada na pasta que Mercadante vai gerir daqui a duas semanas.

Opera sobretudo com verbas do Orçamento da União. Até o ano passado, o patrimônio líquido da Finep era de R$ 400 milhões.

Antes da virada do calendário para 2010, o governo empurrou para dentro do balanço da estatal, numa operação de capitalização, novos R$ 524 milhões.

Convertendo-se em banco, afirma Mercadante, a Finep terá “sai das restrições orçamentárias”.

Passaria a financiar pesquisas e projetos de inovação tecnológica como “o BNDES na área da indústria”.

Mercadante esboçou suas ideias numa entrevista ao portal da Unicamp. Deu-se nesta sexta (17). A transcrição está disponível aqui.

Disse que, sob Dilma, o governo terá de “mexer na política de financiamento à pesquisa”.

Guindou a formação de “recursos humanos” à condição de “prioridade das prioridades” de sua futura gestão.

Aliás, Mercadante foi à Unicamp com o propósito de tornar-se, ele próprio, um recurso humano mais bem formado.

Vinte e um anos depois de ter concluído um mestrado, o senador petista, em fim de mandato, esteve na universidade para defender uma tese de doutorado.

Eis o título da tese de Mercadante: "As Bases do Novo Desenvolvimentismo: Análise do Governo Lula". A peça tem 519 folhas.

Mercadante leu o trabalho para uma platéia de cerca de 300 pessoas. Dispunha de meia hora. Consumiu o dobro do tempo.

Submeteu-se ao crivo de uma banca de examinadores ilustres: Delfim Netto, Luiz Carlos Bresser Pereira, João Manuel Cardoso de Mello e Ricardo Abramovay.

Somando-se a exposição ao debate, a coisa durou quatro arrastadas horas. O repórter Maurício Stycer testemunhou a cena. Bernanrdo Mello Franco e Sabine Righetti também presenciaram.

Em essência, a tese de Mercadante defende a ideia de que Lula inaugurou um novo modelo de crescimento econômico.

Chamou-o de “neo-desenvolvimentismo”. Nada a ver com o “nacional-desenvolvimentismo” da década de 70, época em davam as cartas os militares.

Diferente também do “neoliberalismo” dos anos 90, conduzidos pelo tucanato, sob FHC. Mas, afinal, o que fez Lula de tão diferente?

Segundo Mercadante, o modelo econômico de Lula foi erigido a partir da lógica segundo a qual a política social rege a econômica.

O tom propagandístico de Mercadante foi ironizado pelo “avaliador” Delfim Netto. Ex-czar econômico da ditadura e conselheiro informal de Lula, Delfim disse:

“Sua história é muito boa, Aloizio. Mas há alguns exageros”. A platéia foi às gargalhadas.

Como que interessado em desfazer a impressão de que Lula descobriu o Brasil, Delfim lembrou que as bases para a economia “inclusiva” surgiram bem antes.

Foram assentadas, segundo ele, na Constiuição de 1988. Faltava colocar em prática. Algo que, para Delfim, Sarney, Collor, Itamar e FHC não lograram fazer.

A despeito de declarar-se portador de “fidelidade tribal, inexplicável, ao Lula”, Delfim discordou de Mercadante noutro ponto.

O senador petista dissera que FHC rendera-se ao chamado Consenso de Washington. E Delfim:

“O governo Fernando Henrique não usou Consenso de Washington nenhum. O governo sabia que 30% dos problemas são insolúveis e 70% o tempo resolve”.

Ouviram-se novas gargalhadas. No mais, Delfim vergastou a política cambial de Lula. No que foi seguido por outros avaliadores.

Criticou também o conservadorismo da política de juros. Ao final, Aloizio foi aprovado pela banca. Vai à pasta da Ciência e Tecnologia com o título de doutor.
por Josias de Souza
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Dilma apresenta propostas de crescimento sustentável da economia


Ullisses Campbell
A pré-candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), almoçou ontem com o milionário Eike Batista, o empreiteiro Marcelo Bahia e o empresário holandês Kees Kruythoff, além de outros integrantes da elite financeira do Brasil. Para o encontro, a petista levou seu coordenador de pré-campanha, Antonio Palocci, o pré-candidato ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, e a ex-prefeita Marta Suplicy.

O almoço com os empresários ricos ocorreu logo depois da participação de Dilma no fórum A construção da 5ª maior economia do mundo, promovido pela revista Exame. A petista ficou ao lado de Eike e do economista e presidente da RGE Monitor, Nouriel Roubini. Apesar de estar ladeada de homens com muito dinheiro, o cardápio escolhido foi simples. A pré-candidata optou por filé mignon e um vinho chileno barato, cuja garrafa pode ser encontrada até por R$ 30. A simplicidade do almoço fora pré-acertada entre os assessores da ex-ministra e dos empresários milionários.

Da refeição, Eike Batista saiu impressionado com Dilma, que falou e gesticulou bastante no encontro. “Ela acredita que vai consertar o Brasil. Dá para perceber uma vontade cívica nela”, disse a amigos logo após o almoço. No fim do encontro, Dilma apertou a mão dos milionários. Disse que gostaria de encontrar-se com eles em outro momento para discutir economia.

No fórum, Dilma defendeu para economistas e jornalistas o uso dos fundos de pensão para garantir os financiamentos de infraestrutura do país. “A economia brasileira não pode depender apenas dos recursos do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), pois os recursos são sempre para empresas privadas. Não podemos continuar assim”, disse a petista.

Segundo ela, algumas empresas utilizam o mercado de capitais para investir os recursos que recebem do governo. “Não conseguiremos o funding (consolidação financeira das dívidas de curto prazo) da infraestrutura sem a presença dos fundos de pensão, atuando de forma mais forte. Há ainda a possibilidade do lançamento de debêntures e financiamento privado de longo prazo”, ressaltou. Pelas suas contas, o Brasil pode crescer 5% ao ano até 2014 sem aumentar a inflação. Para alcançar essa meta, disse a ex-ministra, os investimentos devem atingir 22% do PIB, o que contribuiria para que a oferta de crédito alcançasse 70% do PIB.

Dilma reiterou o seu compromisso com a política de metas de inflação, a manutenção do equilíbrio fiscal com a meta de superavit primário e a persistência do câmbio flutuante. Em discurso, disse ainda que o Brasil será uma economia desenvolvida, mas, para se chegar a esse patamar, é preciso erradicar a miséria, composta pela população com renda de meio salário mínimo por mês. 

“O presidente Lula tirou 24 milhões de pessoas desta situação, mas ainda restam 53 milhões de brasileiros nesta faixa”, ressaltou.

PCdoB lança Netinho e sela apoio a Mercadante


Renovação, juventude, periferia. Estas foram as palavras mais ouvidas na tarde desta sexta-feira, 21, durante o lançamento da candidatura do vereador Netinho de Paula, do PCdoB, ao Senado, em dobradinha com Marta Suplicy, do PT. O evento – que lotou o auditório de um hotel do centro da capital paulista – marcou também o apoio dos comunistas ao pré-candidato ao governo estadual, Aloízio Mercadante.

“Este é um momento especial para mim porque sei que os manos de todo Brasil estão aqui representados. Sei que eles se orgulham por poder ter um negro com a minha origem disputando uma vaga ao Senado”, disse Netinho. Continua>>>>>

Lula - carta a Mercadante

"Meu companheiro Aloizio Mercadante,

Ontem à noite tivemos uma longa e franca conversa uma entre tantas nesses mais de 30 anos de companheirismo e amizade em comum. Você me expressou novamente, como tem feito publicamente, sua indignação com a situação do Senado federal e suas duras críticas ao posicionamento da direção do PT nos processos no Conselho de Ética. Respeito sua posição e considero um direito legitimo você expressá-las para a militância do PT e para a sociedade. Bem como continuar lutando por uma reforma profunda no Senado.

Mas, não posso concordar com sua renúncia da liderança da bancada do PT. Você tem todo o apoio de nossos senadores e senadoras. A bancada e eu consideramos você, Mercadante, imprescindível para a liderança.

Não tem sido fácil construir alianças e aprovar projetos tão relevantes ao nosso governo para superarmos a grave crise econômica internacional, como estamos superando, distribuir renda, implantar novas políticas públicas e melhorar a vida do nosso povo. Todo esse processo depende do Senado. Você tem contribuído decisivamente e sua liderança é fundamental para as nossas lutas no Senado.

Mercadante, estamos juntos há 30 anos travando as lutas que interessam ao povo brasileiro e mudando a história do país. Dificuldades e divergências fazem parte dessa caminhada, mas são menores do que ela. Em nome dessa história e dessa caminhada, fique na liderança. Esse é um pedido sincero de um velho amigo e sempre companheiro.

Luiz Inácio Lula da Silva"