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QUEM NÃO GOSTA DO LULA É A CLASSE MÉDIA. ELA PREFERE O SERRA. TENHA DÓ

Dei uma passada pelo blog do Rodrigo Viana - O Escrivinhador.
Numa grande postagem, ele diz, entre outras coisas, que quem ficou e continua de fora da “grande coalizão” que elegeu Lula duas vezes e agora trabalha para Dilma não ser eleita é a classe média, associada aos ruralistas e aos donos da mídia. Essa base votará em Serra aconteça o que acontecer.
Sobretudo á mídia interessa diretamente mostrar somente o Brasil dos defeitos, onde nada parece dá certo, enquanto que a imprensa internacional consegue ver um outro País: um País que decolou rumo ao desenvolvimento e, que segundo prognósticos, em quinze anos estará entre as maiores economias do mundo.




publicada em quinta, 14/01/2010 às 13:08 e atualizado em quinta, 14/01/2010 às 13:08


Dia desses, eu escrevi aqui que a oposição cerrada a Lula (e a Dilma) não vem dos grandes capitalistas.Essa talvez seja uma diferença importante em relação a 64. Naquela época, como hoje, a coligação reacionária envolvia “grande imprensa”, latifundiários, Igreja e classe média que marchava com Deus e pela Liberdade. Naquela época, os empresários (grandes e pequenos) estavam apavorados. Havia a Guerra Fria e o fantasma do “comunismo”.
O velho partidão (PCB) acreditava numa ilusória aliança com a “burguesia nacional”, para sustentar Jango e as reformas. Mas a burguesia tinha outros planos, e implorou pelo golpe – que veio.
Saltemos 20 anos. Na década de 80, no PT, o grande debate era: como atrair a “classe média” e os pequenos empresários para a coligação de esquerda. O petismo (e eu acompanhava bem de perto esse debate) acreditava que, pra governar, era preciso agregar, aos setores mais organizados da classe trabalhadora (sindicatos, associações de bairro, estudantes, CEBs etc), as tais “camadas médias urbanas”.


Em 89, essa aliança não ocorreu. Lula teve no primeiro turno os votos dos “setores organizados”. No segundo, ganhou parte da “massa desorganizada”, ou do “lúmpen” (como, de forma arrogante, alguns petistas se referiam ao povão das periferias), graças ao apoio decisivo de Brizola – transferindo “todos” os votos no Rio e no Rio Grande do Sul.
O grande empresariado também fugiu de Lula e do PT. Mario Amato, da FIESP, falava que milhares de empresários iriam embora do país se Lula ganhasse. O que levou alguns amigos gaiatos, da USP, a organizar uma grande festa entre o primeiro e segundo turno: foi o “bota-fora do Mario Amato”, na casa do Pedro e do Álvaro Puntoni (QG das “nossas” grandes festas naquela época em São Paulo).
Em 94 e 98, empresários e classe média ficaram com os tucanos. Além de boa parte do povão “desorganizado”, que fora favorecido pela estabilidade do Real.
Pois bem. Em 2002 e 2006, Lula conseguiu uma aliança que não tem nada a ver com as “tradições petistas” de “agregar a classe média”.
Lula fez uma aliança inesperada, incluindo “setores organizados”, povão desorganizado e o grande empresariado.
A classe média ficou fora. E continua de fora.
É ela que baba de raiva nas “correntes da internet”, e nas ruas e bares paulistanos, cariocas e gaúchos. Essa classe média não suporta olhar para a cara de Lula, o “nordestino dos 4 dedos”.
E o grande empresariado? Esse vota com o bolso.
Pensei em tudo isso ao ler o artigo de Emilio Odebrecht, que me foi enviado por uma boa amiga jornalista, dessas que trabalham na “grande imprensa”, mas sabe muito bem que não é “sócia” dos patrões (nem nos lucros, nem no pensamento). O artigo do Odebrecht expressa a perplexidade de um grande empresário diante de uma imprensa que caiu no gueto. Uma imprensa que fala (só) para essa classe média raivosa que parece não gostar do Brasil, uma imprensa que não reconhece os avanços do país.
O artigo de Odebrecht (a quem conheço só de nome) é o símbolo dessa estranha (mas efetiva) aliança lulista: “classe trabalhadora organizada”, “povão desorganizado” e “grandes capitalistas”.
Quem está fora da “grande coalizão” é a classe média, associada aos ruralistas e aos donos da mídia. Essa base votará em Serra aconteça o que acontecer.
O nó para Serra é: como atrair parte dos lulistas sem desagradar à direita que baba na gravata?
Isso é problema do Serra.
21 anos depois daquela eleição (vencida por Collor, no fim das contas), a gente não poderia mais organizar “bota-fora” pro presidente da FIESP e pros grandes empresários.
Em 89 era tudo mais divertido. Mas, em 2010, temos um país mais sólido.
Apesar dessa turma que baba na gravata de tanta raiva. Pra espanto seu, meu. Pra espanto, também, do Emílio Odebrecht.

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A IMPRENSA E O NOVO BRASIL – por Emílio Odebrecht
No final do ano passado, a revista "The Economist" brindou-nos com uma matéria de capa cujo título era: "O Brasil decola". A reportagem chama nosso país de maior história de sucesso da América Latina. Lembra que fomos os últimos a entrar na crise de 2008 e os primeiros a sair e especula que possamos nos tornar a quinta potência econômica do globo dentro de 15 anos.
Não é apenas a revista inglesa que vem falando dos avanços aqui obtidos nos campos institucional, social e econômico nas últimas décadas. Somos hoje referência no mundo e um exemplo para os países em desenvolvimento, vistos como uma boa-nova que surge abaixo da linha do Equador.
Diante disto, me pergunto se a imprensa brasileira está em sintonia com a mundial -que aponta nossos defeitos, mas reconhece nossos méritos.Tal dúvida me surge porque há um Brasil que dá certo e que aparece pouco nos meios de comunicação. Aparentemente, o destaque é sempre dado ao escândalo do dia.
Isso deixa a sensação de que não estamos conseguindo explicar aos brasileiros o que a imprensa internacional tem explicado aos europeus, norte-americanos e asiáticos.
Tornar públicas as mazelas é obrigação da imprensa em um país livre. Mas falar somente do que há de ruim na vida nacional, dia após dia, alimenta e realimenta a visão negativa que o brasileiro ainda tem de si.
Se as coisas por aqui caminham para um futuro mais promissor, é porque, em vários âmbitos, estamos fazendo o que é o certo.
Para líderes políticos, empresariais e sociais dos países que precisam encontrar o caminho do progresso, conhecer nossas experiências bem sucedidas pode ser o que buscam para desatar os nós que ainda os prendem na pobreza e no subdesenvolvimento.
O fato é que, ficando nos estreitos limites do senso comum, a sensação é de que a imprensa, de uma forma geral, considera o que é bem feito uma obrigação -não merecedor, portanto, de ocupar espaços editoriais, porque o que está no plano da normalidade não atrairia os leitores.
Ocorre que o que acontece aqui, hoje, repercute onde antes não imaginávamos. Por outro lado, há uma mudança cultural em curso na sociedade brasileira e a imprensa tem um papel preponderante nesse processo.
O protagonismo internacional do Brasil e nossa capacidade de criar novos paradigmas impõem que a boa notícia seja tão realçada quanto são os fatos que apontam para a necessidade absoluta de uma depuração de costumes que ainda persistem em nossas instituições.

Boletim do Zé Dirceu

DESTAQUES DO DIA

Blog do Zé:















Colunista do Dia:

Artigo de Leonardo Boff

A BELEZA DA VIDA ESTÁ NO FATO DE A VIDA SER UMA GANGORRA

Não sou dos que tem por hábito falar direta e abertamente da minha vida particular, muito menos costumo abordar assuntos que exponham a intimidade familiar.
Todavia, vocês sabem que, assim como não existiria a sequência dos dias se as noites não fossem escuras, também as regras não seriam regras se não houvessem as excessões.
Vem daí a argumentação de que o que agora faço já o fizera em tempos idos – na verdade, não tão idos assim – ocasião na qual expus o meu sofrimento mais venal, e vocês, generosamente me suportaram, uns até me compreenderam, outros manifestaram amor e solidariedade pelo quê sou eternamente grato.
Eu vivi – e os que me acompanham aqui devem estar lembrados – a experiência de um dia que, repentinamente mergulhou numa noite cujo fim parecia não chegar nunca mais.
Na gangorra da vida em desci à superfície íngrime e escura, lá aonde se encontra a dor voraz e assaz.
Num giro de 360º eu saí da luz para o crepúsculo sob um céu inundado pela absoluta ausência de luz.
A minha gangora não era um brinquedo de um parque infantil, mas ela desceu e me conduziu ao pântano onde a vida não se encontra e a tristeza mostra vivamente a sua alegria de nos fazer os seres mais tristes daquele mundo inabitável.
A maior característica de uma gangorra reside no fato de que ela gira e, ao girar, sobe e desce de modo que aquele que está em baixo num determinado ponto, não tardará a subir.
Quem desce perde a visão da linha do horizonte e pode deixar de vez o sol por atrás de uma baixa colina. Quem sobe tem a propababilidade de vislumbrar o mar azul, o sol dourado que adentra as retinas e contemplar o céu infinito oculto pela montanha por mais elevada que ela possa ser.
Pois é, amigos.
Eu desci... mas a minha gagorra contiunou a girar... e girando também subiu!
E eu contemplei o semblante dos vitoriosos. Vivi na pele a alegria arrebatadora e portentosa dos exitosos.
E mais do que nunca percebi que perder uma batalha faz parte, mas vencer a guerra – sobretudo quando esta é do bem e não existia um mal que fosse necessário vencê-lo – é de um prazer indescritível.
O dia era 14.01.2010.
A Ila Iandara, minha doce e querida filha passava no vestibular da Uepa (Universidade do Estado do Pará).
A Ila é Tri (venceu a guerra do CESUPA, da UNAMA e agora, da UEPA.
É caloura no curso para Terapia Ocupacional.
Um investimento humano que se sobrepõe a anos-luz ao financeiro e que valeu muito a pena.
Uma luta sem guerra e uma vitória com as digitais da eficiência, da inteligência dela e do empreendedorismo dos pais.
Eu e a Francy, minha mulher, estamos... digamos, simplesmente f-e-l-i-z-e-s e orgulhosos da e pela Ila.
Se preciso fosse, faríamos tudo novamente.
Mas agora é só mais uma etapa vencida.
Que venham outras mais para que sejam igualmente superadas.
Não há dúvida de que a Ila vencerá todas as etapas e que nós estaremso todos os dias ao seu lado, ajundando-a a superar qualquer barreira.
Afinal, a gangorra que desceu um dia, agora subiu e me mostrou a face maravilhosa da vitória.
É bom viver. É bom demais vencer.
Parabéns, Ila! Você é a grande vencedora!
Nós apenas torcemos e acreditamos em você!
Nós te amamos.

Ai de nós