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Lula pagou apartamento e casamento de Joesley Batista


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Comentário: certamente o apartamento em Nova York e as despesas da cerimônia de casamento do empresário tenha custado muito menos que o famoso triplex de Guarujá. Não tenho dúvida.

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Brasil 247 - Mais uma mentira contra Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva cai por terra. 
O dinheiro da tal "conta de Lula", citada na delação da JBS, que na verdade estava em nome de uma offshore controlada por Joesley Batista, foi gasto pelo empresário na compra de um apartamento em Nova York, de dois barcos e até mesmo na cerimônia de seu casamento, em 2012. O dono da JBS repatriou o patrimônio em 2016. Pagou mais de R$ 20 milhões de Imposto de Renda.
Além disso, Joesley deve se deparar com mais um problema.
O empresário está ouvindo de novo os áudios das conversas que gravou com políticos para tentar descobrir quais delas estavam no gravador em que registrou seu diálogo com Temer. Os demais tinham sido transferidos para um computador e apagados do aparelho. O gravador, no entanto, foi entregue à Polícia Federal para perícia. E ela recuperou o conteúdo de outros sete encontros... 



Segredos para fazer um casamento durar, por Luís Fernando Veríssimo

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1º) Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas. 
Nós também dormimos em camas separadas: a dela é em Fortaleza e a minha, em SP. 
2º) Eu levo minha mulher a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta. 
3º) Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento, "em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!" ela disse. Então, sugeri a cozinha. 
4º) Nós sempre andamos de mãos dadas...Se eu soltar, ela vai às compras! 
5º) Ela tem um liquidificador, uma torradeira e uma máquina de fazer pão, tudo elétrico. 
Então, ela disse: "nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar".
Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica. 

Lembrem-se: o casamento é a causa número 1 para o divórcio. Estatisticamente, 100 % dos divórcios começam com o casamento. Eu me casei com a "senhora certa". Só não sabia que o primeiro nome dela era "sempre".
Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la. Mas, tenho que admitir: a nossa última briga foi culpa minha. 
Ela perguntou: "O que tem na TV?" 
E eu disse: "Poeira".

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O casamento é o túmulo do amor?



Gostamos de sonhar, e de coisas grandiosas. Gostamos dos grandes amores românticos. Mas a vida destes é, por norma, curta. Da paixão amorosa, o que é que fica? Da grandeza e do enamoramento, o que é que resta, na vida do casal?

Às vezes uma mão cheia de nada. A mulher e o homem revelam as suas facetas profundas. As ilusões e os instintos voam para novos ilusões, amores, paixões. Ou cai-se no desencanto e na negação do amor. 

As lamentações de homens a mulheres, a atestar o desenlace cruel do amor lírico, e a considerarem o casamento como o túmulo do amor, abundam:


  • "O casamento é uma festa em que a oração que precede o jantar é muitas vezes melhor que o jantar em si." Charles Colton, 1780-1832, poeta e escritor inglês, Lacon  
  • "É estranho confessar o prazer que nós, gente casada, sentimos ao ver esses pobres idiotas a caírem na armadilha da nossa situação." Samuel Pepys, 1633-1703, escritor inglês, Diary   


Mas há uma outra face do amor do casal. Por natureza, o amor romântico é breve, mas o que dele fica não é necessariamente pesadelo. Muitas vezes fica o que é menos cantado, menos poético, mas infinitamente mais real. E o mais importante: ternura, simpatia, dedicação, memórias partilhadas, cumplicidade, respeito, refúgio e ajuda contra a crueldade da vida.

É nesse sentido que Sponville diz:

  • "Um casal, quando feliz (ou mais ou menos feliz, porque a felicidade nunca é absoluta) é o lugar da verdade, da vida repartida, da confiança, da amizade gentil, das alegrias recíprocas, da gratidão, da fidelidade, da generosidade, do humor, do amor." A. Compte-Sponville, filósofo francês, Pequeno Tratado das Grandes Virtudes  

A mais importante de casamento





- Qual a principal dica de casamento que você daria a alguém?

- Case com uma pessoa tão louca quanto você.

- Como vou saber se a pessoa é tão louca quanto eu?

- Simples. Basta ela aceitar teu pedido.
by Maria Nanquim

Papo de homem

O que ninguém conta sobre morar junto

Apesar de apresentar muitos detalhes similares – pelo simples fato de se desvincular dos cuidados dos pais – juntar as escovas de dentes tem algumas particularidades que só começamos a entender depois que vivemos essa transição.

Infelizmente, muitas pessoas ficam com medo de abrir alguns detalhes, com medo de estar jogando um balde de água fria num momento importante na vida das pessoas. Conviver é difícil e choques vão acontecer por muito tempo até acostumarem-se.

Eu, dentro da incrível jornada que é a vida, já morei junto, já me separei, já morei junto de novo (até com a mesma pessoa) e assim fui colecionando alguns aprendizados que, sim, adoraria que alguém tivesse me contado quando tomei a decisão pela primeira vez.

O fato é que quando esse dia chega, e os dois lados estão com o julgamento extremamente comprometido pela paixão. Você só consegue pensar naquela pessoa, tudo o que quer é morar junto e acordar sentindo aquele calor na nuca, todas as manhãs. Os pontos negativos são negligenciados e a emoção acaba falando bem mais alto do que a razão.

1. Morar junto é como abrir uma empresa
Este é o ponto que o amor oculta logo de início. Morar junto (casando ou não) é como abrir uma empresa e tocar um negócio. A paixão ajuda a manter as coisas mais leves e com um peso menor, mas existem burocracias e pormenores que acabam criando incômodos muitas vezes inevitáveis.

Pode ser uma empresa ou uma rebelião.... dá tudo na mesma.
Pode ser uma empresa ou uma rebelião…. dá tudo na mesma.
Tudo isso inclui transparência financeira, cronograma de planos e direcionamentos que o casal pretende tomar. Levei muito tempo para aprender que, sem estes pontos, é muito difícil se guiar em dupla sem medo. Seu parceiro é como um sócio, que apesar de já ter confiado um passo inicial muito importante, precisa e busca por algumas certezas que amenizem o medo de caminhar no escuro.

Por isso, é normal ver conflitos acontecerem quando um membro da relação não entende claramente para onde o outro está caminhando. A comunicação sobre mudança de planos, imprevistos e o andamento do caixa deve ser frequente e sempre bem honesta.

Este é o ponto no qual muita gente se exalta e clama por liberdade, mas é só medo de sentar e lidar com as coisas de forma adulta.

2. Seu parceiro só mostra a versão melhorada de quem é
Uma das coisas mais marcantes nesta transição é o choque entre o idealizado e o modelo real.

Quando passamos apenas uma fatia limitada de tempo com uma pessoa, é muito comum ver apenas a parte boa. Sua namorada é doce, sensível e compreensiva porque você normalmente não está perto quando ela perde a cabeça, fica sem paciência e quer ficar deitada na cama, com preguiça de tomar banho e pentear o cabelo. Seu namorado não a visita quando está com aquele calção de goleiro, que já completa o sexto jogo sem lavar. Você acredita que ele é incrivelmente organizado porque ele sempre arruma o apartamento quando você avisa que vai chegar, mas nunca contou que deixou uma fatia de pizza por 2 semanas em cima da mesa da cozinha.

E você pode dizer que passa muitos dias seguidos na casa dela e que nunca viu nada disso acontecer, mas acredite, se tem algo que você não está mostrando, do outro lado acontece a mesma coisa. Ao longo do tempo a resistência cai e tudo se mostra, abrindo espaço para o choque de realidade.

3. A relação muda no primeiro dia
Apesar do ponto anterior ser até esperado pelos mais observadores, este me pegou inteiramente de surpresa. É comum ver casais que passam de 3 semanas a 1 mês juntos, um na casa do outro ou em viagens, acreditarem que esta experiência mostra como seria morar junto. Puro engano.

Pensa que dá pra manter essa pose toda por muito tempo?
Pensa que dá pra manter essa pose toda por muito tempo?
A partir do momento que entram na casa onde vão morar, não importando se um mudou pra casa do outro ou mudaram juntos para um lugar novo, aquele passa a ser um problema dos dois. Já no primeiro dia, quando os dois sentam e observam todas as caixas e coisas espalhadas pela casa nova, fazendo a lista do que falta comprar e quanto dinheiro ainda tem no banco, as atitudes começam a mudar.

É difícil dizer exatamente o que muda, dada a complexidade de cada relação. Mas é comum comentar sobre esta súbita mudança com casais de amigos que passaram a morar junto e receber uma confirmação de que foi parecido.

Os motivos vão variar bastante. O medo de não conseguir pagar as contas, de estar dando um passo maior que a perna, de ter tomado uma atitude precipitada. E se aquela não for a pessoa certa? E se eu quiser ir para praia com meus amigos sem ela? Será que eu estava pronto? Os medos são muitos e começam a assombrar muito rápido, surge a realização de que qualquer decisão, por menor que seja, terá alguém a ser consultado e essa pessoa possui um altíssimo poder de veto.

Essa pressão, se observada com bastante antecedência pode ser reduzida e transformada em motivo de maior companheirismo entre os dois. É comum, para quem viveu sozinho por muito tempo, se retrair e assumir seus medos como um problema individual, ao invés de dividir os medos e encarar a situação em dupla, como um inimigo comum.

4. A individualidade existe e deve ser preservada
Eu sei, falei um monte sobre como o casal se torna uma entidade e que divide todas as decisões sobre o andamento do time, mas existe um problema:

Você não se apaixonou por uma cópia de você e isso pode ficar evidente o tempo todo.

Ao morar junto, vários traços da nossa personalidade passam a ser omitidos em detrimento da vida conjugada. Você gosta de jogar futebol nas terças à noite, mas não gosta de deixar sua namorada sozinha em casa. Você gostava de treinar Muay Thai, mas agora seu namorado fica em casa vendo TV e você prefere ficar esse tempo com ele.

No começo, tudo isso parece atitude de um casal unido, sacrificando seus passatempos preferidos para ficar mais tempo um com o outro. Parece funcionar, até o momento em que ambos perdem suas características mais marcantes.

O casal vai se tornando cada vez mais dependente da presença do outro, o que antes era um cessão voluntária passa a se tornar uma obrigação. Esse comportamento vai se estendendo até o momento em que nenhum dos dois faz mais nada sozinho, a não ser trabalhar. E se algum dos dois trabalha em casa, é pior ainda. Daí em diante um vira uma cópia do outro e começa a se perceber num caminho bem entendiante, praticamente sem saída.

Evitar este ciclo é um exercício constante. Saber quando exigir, e também respeitar a individualidade ajuda não apenas a movimentar o cotidiano, mas a manter o assuntos variados.

Caso contrário, a pessoa interessante que você conheceu pode estar com os dias contados.

5. Saiba existir em silêncio
Existe algo muito ruim e que afeta demais a forma que o casal interage diariamente. Por muito tempo sofri do que acredito ser um mal e em conversas vejo amigos reclamarem com bastante frequência. Existe uma dificuldade em estar junto, no mesmo cômodo sem interagir.

Há uma inquietude em ver a outra pessoa calada, focada em alguma atividade. A insegurança bate, o medo e as aflições começam a falar mais alto. “Sera que fiz algo?”, “Por que ele está tão calado?”, “Será que está chateado com alguma coisa?”.

Da faísca surgem os questionamentos: “Está tudo bem?”, “Por que você está tão calado?”.

Assim, o casal desaprende que ficar em silêncio e cuidar das coisas da vida faz parte, que não precisam conversar o tempo todo, retomando a fagulha de atenção. Que este tipo de situação vai ficar cada vez mais comum, e a ausência de toque e fala, não significa que estão se distanciando. Apenas que estão cada vez mais à vontade na presença do outro.




Tudo o que falei até aqui não quer dizer que a experiência de compartilhar um lar seja intrinsecamente negativa, mas são pontos que, acredito, devem ser observados e contornados sem pânico.

Importante aceitar que cada um vem de um lugar diferente, com costumes, hábitos e preocupação que às vezes podem ser conflitantes. Seu marido pode lavar louça de uma forma que não é costumeira pra você, assim como sua esposa pode guardar coisas com uma lógica que você não compreende.

O choque de pequenas diferenças vai se tornando um problema com o tempo e a convivência, caso não entendam – e aceitem – que as diferenças fazem parte do que torna a parceria tão interessante.

ALBERTO BRANDÃO
Também escreve sobre Parkour no Decimadomuro, conta sua jornada falando sobre empreendeorismo no QG Secreto. Treina Taekwondo, Jiu-jitsu, Parkour e MMA. Escreve sobre treinamento físico em seu blog. Recentemente largou tudo para buscar um caminho mais feliz.



Sobre amores e conchinhas

O texto abaixo, de Nathalí Macedo, foi publicado no site "Entenda os homens"

“Felicidade pra mim é pouco. Eu preciso de euforia.” Essa máxima tem mais adeptos do que se pode imaginar. Em um mundo de baladas alucinantes e sexo fácil, não é de se estranhar que as verdadeiras parcerias sejam cada vez mais raras. Isso porque o conforto da conchinha em dias frios e do filminho a dois no domingo não tem sido suficiente para satisfazer enérgicos caçadores de êxtase.
A verdade é que algumas pessoas precisam estar em estado permanente de paixão. Só dançar não basta – é preciso ultrapassar todos os limites do seu corpo; só amar não basta – tem que ter orgasmos múltiplos todo dia; se identificar com a profissão não basta – É preciso gostar tanto do trabalho a ponto de ficar ansioso pela segunda-feira.
E os relacionamentos têm obedecido – lamentavelmente – esse vírus moderno da insaciabilidade aguda. Arrisco dizer que é por isso que as verdadeiras parcerias caíram de moda. Não se troca mais a liberdade da solteirice pelo tédio que um relacionamento estável supõe. Mas quem se recusa a essa troca certamente desconhece a sensação surreal de uma conchinha. De gargalhadas épicas assistindo a um programa de humor sem graça no sábado à noite. Do tesão inigualável de um sexo com amor (sexo com amor, não necessariamente sexo amorzinho).
As parcerias ainda estariam “em alta” se as pessoas parassem de esperar delas essa tal euforia. Espera-se sexo avassalador diariamente quando, às vezes, se pode querer simplesmente pegar no sono depois do jantar. Espera-se conversa e tagarelices sem fim enquanto se pode, vez ou outra, querer simplesmente permanecer em silêncio – e, calma, isso não é um problema.
Achar que todo relacionamento se sustenta na base do sexo três vezes ao dia e ter certeza de que há algo de errado se o outro recusa é uma utopia. O amor é poder ser você mesmo. Poder assumir que quer só dormir de conchinha – sem tabus, sem a obrigação da paudurecência permanente. Sentir-se bem com o outro de chinelo e camisa de propaganda, sem maquiagem e descabelada. Eu diria que amar é, acima de tudo, sentir-se à vontade. Sem pressa, sem euforia, sem regras estabelecidas. Porque amor é liberdade.
É preciso aceitar o outro em todas as suas versões, inclusive nos dias ruins. A rotina é o preço que se paga pra se ter um grande amor sempre ao lado – um preço irrisório quando ela se torna absolutamente deliciosa. E isso só é possível ao lado de quem se ama. Apaixonar-se é bom. Mas o amor tem privilégios que só podem ser desfrutáveis na calmaria.



A princesa e o tarefeiro

Alfredo achava que uma esposa devia ser “trabalhadeira” como ele, e uma mãe presente para os filhos. Diferente de sua mãe, uma mulher fútil e uma mãe ausente. Ela vivia às turras com o marido que se queixava da falta de apoio da esposa. Os ideais de casamento de Alfredo construíram-se, portanto, em oposição às más experiências que teve em casa quando criança.

Letícia, ao contrário, admirava o pai que era um cavalheiro e provedor, que se dava muito bem com sua mãe, uma elegante senhora dedicada à vida em alta sociedade e a obras de caridade. Leticia imaginava ter um marido dedicado à esposa, tal como seu pai fora para sua mãe. Queria que Alfredo assumisse todas as zeladorias da vida (da declaração de imposto de renda e conserto do carro, ao planejamento das viagens). Não aceitava ter que cuidar dos filhos em período integral, precisava de tempo para encontrar amigas, ir à academia e fazer compras, e delegava a educação das crianças a duas babás, tal como sua mãe fizera.

Como você pode imaginar divergências nas Concepções de casamento causam reações emocionais intensas, e Alfredo e Leticia viviam indignados um com o outro. Também divergiam sobre os direitos e deveres de sogra. Alfredo achava que a mãe de Letícia não deveria ter a chave de sua casa, e Leticia, muito ligada à mãe, acreditava ser normal a mãe ter livre acesso à sua casa e opinar sobre a educação dos seus filhos.


Mas, apesar da indignação que divergências sobre concepções de casamento causam, este é um item com grandes possibilidades de ser ajustado entre vocês. E por que? Porque diferenças sobre direitos e deveres de marido e mulher são, em grande parte, disputas conceituais (de valores e concepções). E por incrível que pareça a prática mostra que nossas convicções conceituais são mais fáceis de mudar, pois respondem mais facilmente a ponderações. Ou seja, aos poucos, argumentos sensatos e uma visão moderna podem ser aceitos (quando é muito difícil, um terapeuta de casal pode ajudar muito). Ao contrário de divergências de gosto e interesses, que raramente mudam por causa de argumentos e ponderações.

Foi o que aconteceu com Letícia e Alfredo. Ela, por exemplo, conversando com amigas e com uma terapeuta, entendeu que o modo atual de educar filhos exige mais a presença tanto da mãe como do pai, ou seja, que a educação atual implica relações de afeto intensas entre pais e filhos. Também compreendeu que o homem moderno nem sempre segue o modelo que ela conhecia do seu pai, de marido provedor e cavalheiro.

Alfredo, por sua vez, entendeu que Letícia não era por temperamento adequada para maternidade, e que ela tinha sido criada para ser uma “princesa”, não mãe e não mulher trabalhadeira “pau para toda obra”.


Embora, Letícia não tivesse condições de mudar em todos aspectos, ela entendeu que alguma coisa ela teria de mudar. Ele também percebeu que estava demasiado focado em trabalho, deveres e em poupar dinheiro, deixando pouco espaço para lazer e romance. Ambos conseguiram, aos poucos, negociar um novo pacto de casamento, redefinindo papeis de homem e mulher e direitos e deveres de marido e mulher.

Portanto, se vocês tiverem divergências sobre os papeis de cada um no casamento, saiba que por mais terríveis que pareçam as brigas e por mais intransigente que pareça seu parceiro, vocês têm grande chance de se acertarem. Desde que consigam conversar com calma e aos poucos, negociando novas possibilidades. Se não conseguirem fazer isso sozinhos, um terapeuta de casal provavelmente poderá ajudá-los.

* Luiz Alberto Hanns - terapeuta com mais de 20 anos de prática clínica e autor de “A Equação do Casamento -- O que pode (ou não) ser mudado na sua relação” (Paralela). Na coluna “Vida a Dois”, ele fala sobre os desafios da vida em casal.

Casais felizes dormem agarradinhos

Pesquisa na Grã-Bretanha sugere que posição de dormir indica nível de satisfação no relacionamento

Observar a linguagem corporal é uma estratégia assertiva para desvendar as reais intenções do outro. E essa lição pode ser aplicada até nas horas mais profundas do sono.
Uma recente pesquisa divulgada pela Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, apontou que as posições escolhidas para dormir podem indicar a personalidade e o nível de felicidade de um casal.
O trabalho, assinado pelo psicólogo Richard Wiseman, foi apresentado no Festival Internacional de Ciência de Edinburgh. De acordo com a universidade, mais de mil pessoas responderam um questionário descrevendo sua posição preferida para dormir e avaliando a própria personalidade e a qualidade do relacionamento.
A maioria dos casais (42%) respondeu que dorme de costas um para o outro, enquanto 31% dormem virados para o mesmo lado e apenas 4% passam a noite de frente um para o outro. Além disso, 12% ficam a menos de 2,5 cm do parceiro e 2% preferem dormir a mais de 70 cm de distância.
Felicidade e personalidade
Um dos pontos mais interessantes da pesquisa, segundo o próprio autor em entrevista à universidade britânica, é que a distância mantida pelo casal à noite reflete diretamente quão felizes são na própria relação. Quanto mais afastado o casal dorme, pior é o relacionamento, garante Wiseman.
Entre os entrevistados que dormem a menos de 2,5 cm, 86% dizem estar felizes com o companheiro, contra 66% dos que passam a noite entre 70 cm.
“Uma das diferenças mais significativas no estudo envolve o toque, com 94% dos casais que passaram a noite em contato físico um com o outro se consideram felizes no relacionamento, comparando com 68% que não se tocam”, disse.
Personalidade
O trabalho revelou ainda que curiosas características da personalidade são também desvendadas pelas posições durante o sono. Extrovertidos, de acordo com o estudo, preferem ficar próximo ao parceiro durante a noite. Os criativos acabam escolhendo dormir do lado esquerdo do corpo.

Contrato de união instável

Faz sentido artigos determinarem como devemos nos sentir?
Estou namorando há 1 ano e uns meses e, há algum tempo, decidimos morar juntos.
Depois de boas conversas sobre os rumos do relacionamento, ele se mudou pra minha casa, de mala e cuia. Imediatamente, uma luz vermelha piscou no meu painel de alerta:
“cuidado, isso pode configurar uma união estável”
Pra quem não sabe, juridicamente, uma união estável se assemelha a um casamento de fato e indica uma comunhão de vida e de interesses. Alguns dos requisitos legais da união estável são publicidade e estabilidade da relação, além da existência de um “caráter familiar”. Ainda que a coabitação não seja requisito essencial, é dado relevante usado pelos juízes pra determinar a intenção do casal de construir uma família (affectio societatis familiar).
O instituto é regulado pelo Código Civil – o que implica na regulamentação das relações patrimoniais do casal (divisão de bens) e na existência de regras pertinentes ao direito sucessório (questões relativas à herança).
Além da minha própria consciência, os bons e velhos amigos advogados, ao saberem da notícia, não falharam em lançar baldes de comentários precavidos: “vão fazer contrato de convivência?”, “faz, não custa nada!”, “melhor prevenir do que remediar”, “não preciso nem dizer, você já tomou todas as precauções, né?”, e um dos melhores, “tira isso da frente, Anna”.
Comecei então a pensar no que vou chamar aqui de “acordos afetivos” (como o acordo de união estável e acordos pré nupciais, por exemplo), com outros olhos, outros vieses.
A intenção do texto não é trazer informações jurídicas sobre os institutos, nem dissecar questões importantes relacionadas – como divisão patrimonial e sucessão. A ideia, aqui é trazer à tona outra perspectiva, mais sutil e humana, que também está por detrás dos contratos e é tão importante quanto todo o resto.
Compartilho, então, os estalos que tive.

1. Acordos afetivos são ótimos pra tapar o sol com a peneira

Os contratos são, em sua maioria, garantias. Eles existem para afirmar algo com valor legal, garantir suas cláusulas e exigir-lhes cumprimento caso alguma parte não obedeça o combinado. Ou seja, têm sua pitada de desconfiança, de proteção, de prenúncio da merda.
Nos contratos relacionados à uniões afetivas e casamentos, como o contrato de convivência e o acordo pré nupcial, isso fica ainda mais patente.
Em um acordo pré nupcial, por exemplo, o casal estabelece, por escrito, deveres e direitos de cada um quanto a compromissos legais, patrimônio existente, obrigações com os filhos, entre outros. Ok, bacana. Olhando assim, de relance, a gente tende a achar bom: indica que o casal está informado, sabe das grandes possibilidades do casamento não durar, de existir uma separação conturbada. Logo, um documento facilita os trâmites e desenrola a confusão demorada do divórcio.
Mas o que está por detrás dessas afirmações objetivas? Quais as motivações silenciosas, sutis que nos movem a assinar acordos pré nupciais de 101 páginas?
Será que, ao escolher definir regras, escrevê-las em um contrato e registrar em cartório não estamos, sem pensar, tomando uma boa dose de um placebo e desviando do fato de que precisamos colocar um bom tanto de esforço em cultivar uma relação verdadeiramente aberta, madura, com boas bases de confiança e diálogo?
Em termos práticos, porque é que estamos dizendo: não, imagina, a gente conversa, a gente confia um no outro, e, ao mesmo tempo, despejando um bando de cláusulas e regras em um papel, só para caso se…?
O que está sendo realmente construído pelo casal? Que tipo de relação o contrato está ou não maquiando?
Alguns advogados de família dizem que “contratos reforçam a confiança”. Eu prefiro dizer que “um diálogo aberto e a confiança reforçam a confiança”.

2. Acordos afetivos não criam uma realidade nova

De forma geral, os contratos estão aí para firmar, formalizar, algo que já existe de fato, ou que se pretende factivelmente praticar. Eles também vêm garantir que, caso haja descumprimento, quebra, o pacto seja cumprido à força, executado judicialmente.
Aprendi, à duras penas, que não adianta criar um universo paralelo perfeito, escrever no papel e colher a assinatura de testemunhas se tudo aquilo, de fato, não fizer sentido prático: se não houver real intenção e possibilidades objetivas de concretização.
No caso específico dos acordos afetivos, não faz o menor sentido determinar, formalmente e por escrito, modos de agir, se o casal não estiver, na vida, atento e disposto à cultivar uma boa relação.
Um exemplo de cláusula comum em acordos de união estável:
Será que uma cláusula pode garantir comprometimento, respeito e consideração?
A minha experiência como advogada (e ser humano) diz, com todas as forças, que não.

3. Não faz sentido fazer um contrato, então?

Nada disso.
Não estou dizendo, de jeito nenhum, que os contratos não funcionam, não têm utilidade. Pelo contrário. O questionamento aqui vai um pouco mais fundo, é um bocado mais delicado. E é aí que mora a armadilha.
Um acordo pode (e até deve) ser feito pelos casais que decidirem dividir a mesma casa, casar. Mas sem chutar pra fora do campo de visão tudo o que realmente importa.
A relação vale a pena? Te transforma, pra muito além da esfera do relacionamento? Questiona as estruturas postas de controle, apego, ciúme e desconfiança? Quais as bases que sustentam essa relação? Há uma comunicação minimamente tranquila, aberta e disposta? Quais são os medos, receios, condicionantes e ressalvas que ressoam forte dentro de cada um? Eles estão sendo vistos, colocados na mesa, trucados? Há cultivo de real parceria?
Em resumo, os contratos de convivência não são bons pra todos os casais. Podem vir como muleta para uma estrutura ruim, viciada, cega. Ou, do contrário, pra chancelar e cuidar de algo que já está sendo semeado. Aí sim. Um contrato pode ser bom pra um casal que já cultiva o que os contratos geralmente buscam alcançar.
"Tá vendo, esse fdp me pediu em casamento agora. Vou aceitar só pra ele aprender como as coisas funcionam comigo!"
“Tá vendo, esse fdp me pediu em casamento agora. Vou aceitar só pra ele aprender como as coisas funcionam comigo!”
Por isso, e depois de falarmos bastante sobre o assunto, Guilherme e eu resolvemos firmar, primeiro, um Contrato de União Instável.
ins.ta.bi.li.da.de
sf (lat instabilitate)
ato de variar, mudar
falta de permanência

A ideia por detrás é reconhecer o que já acontece no dia a dia da maioria dos casais. Talvez, botando em cheque as reais bases da nossa própria relação, exista alguma esperança de respondermos as perguntas lá de cima.
E aí, topa o desafio de fazer o mesmo? Para facilitar, disponibilizamos nossa primeira tentativa pra vocês.

* * *

Contrato de União Instável
Anna Haddad

É advogada faz-tudo. Inventa, planeja, provoca e escreve. Entrou em crise com o mundo dos diplomas e fundou a plataforma de crowdlearning Cinese. Acredita em Deus, no Mário Quintana, no poder de articulação das pessoas e em uma educação livre e desestruturada. Tá por aí, mais nas ruas do que nas redes.

Outros artigos escritos por 

Da eterna falácia do relacionamento masculino compulsório

Shotgun Wedding Bride Groom Cake Topper Gun
Ainda que o mundo esteja evoluindo lentamente em direção a uma situação mais igualitária entre os gêneros — não estou dizendo que todo mundo esteja ajudando, apenas que acredito que a gente vá chegar lá –, ainda vivemos numa época em que alguns dos papéis masculinos e femininos são vistos com coisas bem delimitadas.
Homens são mais agressivos e mulheres são mais sensíveis enquanto homens são mais assertivos. Mulheres são mais carentes e homens não querem falar sobre sentimentos enquanto mulheres só querem falar sobre sentimentos (eventualmente parando para falar sobre gatos e chocolate, mas necessariamente voltando a falar sobre sentimentos).
E, no meio de todos esses estereótipos e definições, que com imensa freqüência se mostram cada vez mais falsos, existe um dos mais arraigados e que mais começou a me incomodar conforme fui chegando na vida adulta e lidando com relacionamentos mais estáveis como namoros, noivados e casamentos: a premissa do homem enquanto eterno contrariado na relação.
bonecos-noivos (3)
São vários os sinais, que vão desde as manifestações das partes até a postura daqueles em torno, reagindo consciente ou inconscientemente. O bolo de casamento com o noivo sendo arrastado pela noiva, como que se obrigando a casar. Tem a camisa de casado onde se lê “game over”. Existe o fato de que as amigas da noiva estão felizes porque ela está se comprometendo, mas os amigos do noivo estão ironicamente dizendo que ele vai se “enforcar”.
O simples conceito de despedida de solteiro, que nasceu como ritual masculino, passa meio que uma ideia básica de que o noivo tem direito a uma última noite de diversão porque a boa vida vai acabar, enquanto a namorada está em casa recebendo uma coleção de tupperware. “Eba”, imagino a garota dizendo.
Mas essas coisas não se limitam necessariamente ao casamento. Existe toda uma gama de marcadores textuais, desde o cara se referindo a namorada como “patroa” — o que inevitavelmente dá ao namoro uma ideia de trabalho, como se fosse algo que ele é obrigado a fazer — até o fato de que, com freqüência — tanto na realidade quanto na ficção — é sempre visto como um tremendo esforço masculino fazer coisas que “agradem a mulher”, como ir a um teatro e assistir um filme romântico, como se, mesmo dentro dessa lógica, não representasse também um imenso esforço feminino tolerar um futebol ou maratona do Rambo.
Tudo isso para transmitir uma ideia de que, no geral, as mulheres são as interessadas no relacionamento e os homens, que obviamente preferiam estar solteiros, aceitaram aquilo como algum tipo de concessão, que lutam diária e bravamente para suportar, sem nunca conseguir esconder totalmente seu desconforto e sua inconformidade com essa norma social que poda sua natureza de machos livres, que possivelmente andariam pelas pradarias praticando o extrativismo vegetal e o sexo animal.
Ou posso ter exagerado um pouco. Eu mesmo não sei diferenciar a maior parte das árvores.
Mas não, nem estou aqui para discutir o inevitável machismo desse tipo de pensamento — o homem foi feito para ser livre, a mulher foi feita para ficar em casa — ou mesmo todas as implicações sociais desse tipo de mentalidade (pensando assim, você cria sua filha para namorar e seu filho para transar).
Na verdade, eu quero apenas tocar em um ponto bem menor e, talvez, bem mais particular, que é o fato de que quando você faz isso, tanto quanto machista, você está sendo bastante babaca.
Imagine se a sua namorada te chamasse de “chefe” e tratasse ficar contigo, mesmo que brincando, como um trabalho. Imagine ouvir as amigas dela dizendo na sua frente que agora ela se enforcou, que a boa vida vai acabar, é se preparar pra aguentar chateação e transar pouco.
Pensa que lindo ficaria um bolinho com você sorrindo e a noiva chorando e ela, de vez em quando, ressaltar o quanto é complicada essa coisa de namorar porque a vontade dela era continuar solteira mesmo. Muito provavelmente a sua reação não seria de conformidade ou uma risada constrangida, seria na maior parte dos casos um “pode ir embora então que ninguém aqui tá te prendendo”, que é o que, num mundo real, qualquer pessoa faria diante desse tipo de coisa.
Mas não. Sua namorada provavelmente não o faz.
Então, mesmo se você não puder fazer isso por questões ideológicas, por conta das conquistas femininas, por qualquer motivo mais elevado ou conceitual, vale a pena fazer isso em respeito a sua esposa, namorada, parceira, ficante. Menos camisa game over, menos tipinho, menos papo sobre os tempos de solteiro como se eles consistissem em pegação sem limites e não em noites jogandoAge of Empires e um pouco mais de percepção de que não é vergonha nenhuma admitir que você está tão investido emocionalmente em algo quanto a pessoa do seu lado e ninguém vai ser menos homem por causa disso.
Mesmo porque, se estar com ela fosse mesmo um trabalho, um comportamento assim já estaria gerando justa causa.
João Baldi Jr.

Escreve no (www.justwrapped.me/) e discute diariamente os grandes temas - pagode, flamengo, geopolítica contemporânea e modernidade líquida. No Twitter, é o (@joaoluisjr)

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10 dicas para ser feliz no casamento

1 - O valor dos pequenos gestos - É natural que, com o passar do tempo, os casais se acomodem com a rotina e deixem a paixão de lado – mas isso pode ser evitado. Para ter uma relação duradoura, é importante se empenhar e realizar pequenos gestos que reacendem a brasa do amor, como enviar mensagens românticas e positivas ao longo do dia. A psicóloga social Barbara L. Fredrickson, da Universidade da Carolina do Norte, sugere manter um diário de eventos positivos e negativos que acontecem entre você e seu parceiro, e se esforçar para aumentar a proporção dos positivos sobre os negativos, realizando pequenos gestos de amor.
2 - Não se acomode! - Quanto mais tempo de relacionamento, maior é a intimidade do casal. Toda essa proximidade pode acabar apagando a chama do amor, por conta do comodismo da situação. Um erro comum é não privilegiar o momento a dois: ao invés de checar as redes sociais e jogar videogame, que tal aproveitar para conversar sobre o dia ou trocar carinhos? Compartilhe interesses e momentos divertidos: “Muita gente mora sob o mesmo teto, mas não compartilha nada. Em função disso, não constroem uma relação”, aponta a terapeuta de casal Magdalena Ramos.
3 - Respeite os agregados - Se a vontade é levar o relacionamento adiante e construir uma vida a dois, vale lembrar que o parceiro traz consigo uma série de “bagagens”, como amigos e familiares, que devem estar presentes nessa nova fase. Fazer intrigas, apontar os defeitos dos amigos e criar uma relação negativa com a família do outro são erros fatais. “Tem que ser agregador nas relações familiares e sociais”, afirma o  psicólogo Luiz Alberto Hanns.
4 - Cuidar da saúde é cuidar do amor - Um estilo de vida mais saudável e menos estressante também é benéfico para o casamento. Um estudo apontou que se a saúde do casal vai bem, o relacionamento flui com mais tranquilidade e qualidade. "O casamento se mantém estável se estamos mal de saúde? O que descobrimos foi que existe uma relação entre a saúde e a felicidade nos dois grupos. Se eles estão bem de saúde, há mais felicidade", disse Cody Hollist, da Universidade de Nebraska, coautor da pesquisa.

Oração da mulher casamenteira

São Ribamar, eu quero casar
São Expedito, com um cara bonito
São Vicente, que seja decente
São Luis, que me faça feliz
São Raimundo, que não seja de todo mundo
São Manuel, que seja fiel
São Frutuoso, que ele seja gostoso
São Edmundo, que não seja vagabundo
São Joaquim, que ele goste de mim
São Vicente, que ele seja quente
São Edmar, que ele saiba me amar
São Bastião, que ele não seja bundão
São Abdias, que faça sexo todo dia
São Agostinho, que faça direitinho
São José, que deixa "Ele" sempre em pé
São Aderbal, que seja imenso o seu pau!


Tô com mal de Alzheimer?

Não lembro de uma coisa muito importante. Uma pessoa mais que importante diz que vai me "relembrar"...

Se estou sofrendo desse mal - alzheimer - daqui a pouco nem lembro do que pedi ontem, né mesmo?

Não passou de uma coisinha sem importância.

Sei não, mas tenho a impressão que sei lá, tem alguma coisa fora do lugar...

O presente e o futuro dá lugar ao passado.

E como eu não vivo de passado - não sou historiador -, acho que no final das contas é o amor.

Pois que viva o amor!

...A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a roseira pra lá






Esposas desleixadas

O marido se deita delicadamente ao lado da esposa e suave e apaixonadamente sussurra no ouvido dela:
- Querida, estou sem cuecas. E a mulher secamente, sem sequer abrir os olhos:
- Amanhã eu compro algumas!
- Amor eu quero ama-la.
- Tá em cima do guarda-roupa! Numa ultima tentativa ele diz:
- Amor, você não entendeu, estou dizendo que vou ama-te. 
-  Vá a Marte, Júpiter, à puta que pariu, mas me deixa dormir em paz seu feladaputa!

Zuenir Ventura: Pompas e circunstâncias

Daniel Barata joga aviãozinho feito com nota de R$20 sobre manifestantes
É provável que tenha sido um dos casamentos mais caros do ano, R$ 2 milhões, e o mais inadequado para o momento em que a onda de protestos teve como motivação inicial o alto preço e a má qualidade dos transportes públicos.
É que o avô da noiva, Jacob Barata, é ninguém menos que o empresário conhecido no Rio como Rei dos Ônibus, e o pai do noivo, o ex-deputado Francisco Feitosa, é seu sócio em negócios no Ceará. A união do poder econômico, a pompa ostensiva e algumas infrações soaram como deboche: os dois Mercedes que conduziam os pais e padrinhos dos nubentes, por exemplo, carregavam 22 multas e permaneceram duas horas estacionados debaixo da placa “proibido estacionar”.
Assim, antes da cerimônia, na entrada da Igreja do Carmo, no Centro da cidade, cerca de 100 “espectadores” organizaram protestos, mas pacíficos e bem-humorados. Além de cartazes gozando o acontecimento — “Uuuuu, todo mundo pra Bangu”; “Hahaha, o noivo vai broxar” —, um casal encenava uma paródia em que ela de branco, véu e grinalda, oferecia baratas de plástico em bandeja. A polícia manteve distância e não precisou intervir.
A recepção no Copacabana Palace, porém, degenerou. Enquanto os manifestantes vaiavam os que iam chegando, alguns convidados de dentro do hotel revidavam lançando cédulas de real. Até que alguém jogou da sacada um cinzeiro na cabeça do jovem Ruan Martins do Nascimento, que estava protestando. Ferido, ele foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde recebeu seis pontos.
O principal acusado da agressão, reconhecido pela vítima, é o sobrinho-neto de Barata, Daniel, de 18 anos, que nega, assumindo apenas como erro ter jogado um aviãozinho feito de R$ 20 sobre os que estavam lá embaixo.