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Sintonia

 Dilma Rousseff foi eleita presidente da República, baseada, não em suas qualidades que são muitas, mas poucas pessoas conheciam àquele tempo, com base, principalmente, no prestígio de Lula que atingiu pico de 85% de popularidade no País. 

No palanque, assumiu compromisso explícito com o programa do governo em que era peça-chave. 

Agora, a mídia golpista implica porque o presidente indicou ministros de sua confiança. 

Quem deveria fazê-lo?...
José Serra?...
Fernando Henrique Cardoso?...
Daniel Dantas?...
Ou eles deviam ser nomeados por concurso público?...

Foi, por concurso, que FHC nomeou ministros do PFL de Antônio Carlos Magalhães?...

É raciocínio, como diria meu pai, se vivo ainda fosse, que dá nos peitos dum peba. 

Se não fosse de notória má-fé.
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De braços dados com a ditadura

A família Marinho sempre escolheu um lado

O jornal da família Marinho publicou chamada na capa sobre a entrevista de Lula aos blogueiros. E, numa página interna, estampou matéria de alto de página sobre a coletiva no Palácio do Planalto. O objetivo, evidentemente, era esculhambar os blogueiros e o presidente da República.
Achei muito engraçado: a turma de Ali Kamel está perdida. Passar recibo dessa forma a meia dúzia de blogueiros? Isso mostra o que? Que eles temem a blogosfera. Já não falam sozinhas. O fígado dos que dirigem as “Organizações Globo” dói por dois motivos:
- já não formam opinião como antes, e não decidem eleição (por mais que eu seja o primeiro a reconhecer que a velha mídia segue a concentrar algum poder; erra quem menospreza esse poder hoje cadente);
- já não falam sozinhos no Brasil.

Alguns amigos escreveram pra perguntar se não seria necessária uma “resposta” a “O Globo”. Outro bom amigo, o Beto Pandini, ligou logo cedo pra avisar: “você não pode deixar de ler O Globo, a cobertura deles sobre a entrevista com Lula é de rolar de rir”.
Concordo com o Beto. É engraçado”O Globo” chamar os  blogueiros de “chapa-branca”.
He, he.

As “Organizações Globo” cresceram sob a ditadura, de braços dados com os militares. Depois, nomearam ACM para Ministro das Comunicações de Sarney. Na sequência, elegeram Collor. E ajudaram o país a vender suas estatais na era FHC. Essa é a história da Globo e de “O Globo”. Conheço bem, até porque lá trabalhei por 12 anos.
A história é autoexplicativa. 

Globo, Folha, Abril e outros estão esperneando contra os blogueiros. É o ódio de quem já não pode ditar os rumos do país, sentado na varanda da Casa-Grande – esse tempo se foi. Ódio a Lula, ódio à mudança. Sentem ódio do país que, pouco a pouco, se torna mais democrático.

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NOMEAR E DEMITIR


Lição de décadas atrás era ministrada por Tancredo Neves, Amaral Peixoto, Antônio Carlos Magalhães e outros catedráticos: “jamais nomear quem não se pode demitir”. Dá sempre confusão quando o chefe se vê envolto em  divergências com subordinados que se julgam intocáveis.  Aqui mesmo, lembram-se todos do  conflito quase  armado que envolveu o presidente Ernesto  Geisel e seu ministro do Exército, Silvio Frota.

Repete-se a situação nos Estados Unidos. O presidente Barack Obama nomeou sua ex-adversária Hillary Clinton para Secretária de Estado. Agora, divergem. Se foi Obama que sugeriu ao Lula celebrar acordo com os aiatolás, como Hillary sentiu-se  capaz de  desautorizar e  desmontar tudo, sobrando até desconsiderações para com o Brasil?

Teria o presidente dos Estados Unidos condições de admoestar e até demitir a candidata que derrotou na convenção do Partido Democrata? Seria atingido pelo desgaste? Pelo jeito, nomeou quem não pode demitir...

Tem acaraje na caixa de pandora

Do Pimenta na Muqueca

Políticos influentes comentavam nos corredores da Assembleia Legislativa baiana, hoje, as notas principais da coluna Painel, da Folha de São Paulo, que fala de “cheiro de acarajé” no “Mensalão do DEM”. A nota vincula cardeais do partido ao propinoduto do governo de José Roberto Arruda. E dentre estes cardeais estaria o ex-candidato a prefeito de Salvador, o deputado federal ACM Neto.

Rodrigo Maia e Ronaldo Caiado são outros dois nomes. “”Arruda está liquidado. Se não agirem rápido, eles estarão também”, teria afirmado um ‘demo’ à Folha, que põe pimenta no molho ao afirmar que a relação entre Arruda e os três era bastante próxima.

Os dias são de tensão no Democratas em todo o país. Teme-se que o já ‘morto’ Arruda abra a boca e acabe liquidando o trio acima e o senador José Agripino Maia.

Maniqueísmo

Aquele mundo dividido entre bons e maus, puros e impuros, podia ter levado o PT ao isolamento e à destruição. A vida política não pode ser vista assim tão estreitamente, a não ser por quem detenha a força e possa dela se servir para montar governo com essa facção de intocáveis. Se Lula houvesse renegado acordos e aliança com "os outros", teria terminado o governo, rapidamente, como Fernando Collor.

Os tucanos, apesar de partirem de premissas de que são melhores do que os outros, perceberam que não podiam governar sozinhos. E deram ao PFL de Antonio Carlos Magalhães dois ministérios, malgrado a cara feia da socióloga, mulher do sociólogo que condenou a aproximação. Era impossível constituir base parlamentar sem os pefelistas.

Lula, por sua vez, não teria condições de governar, se não houvesse atraído o PMDB de José Sarney. Há bem pouco, se viu que foi a tropa de choque peemedebista (contra a tropa do cheque tucana) que defendeu o governo do golpe contra sua base político-parlamentar que começaria com a deposição de José Sarney da presidência do Senado. Agora mesmo, nesta chantagem da ex-secretária da Receita Federal contra a candidata Dilma Rousseff, quem acompanhou os debates no Senado viu que a resistência maior foi da bancada do PMDB que se convenceu de ser governo e como tal agiu. Sem as restrições, os poréns, os dramas da bancada do PT que não forma senão um conglomerado de egos desmedidos, cada um se achando capaz de salvar o mundo sozinho, sem a ajuda de ninguém.

Por cima da carne fresca

Não estou nada surpreso com esse cessar fogo no tapetão azul do Senado desta república gaiata. Nem eu, nem você, provavelmente. Não faz muito, a Câmara Federal ganhou o benefício da penumbra e manteve suas trapaças no "sapatinho". Na Justiça, você sabe, depois daquele arranca-rabo entre Gilmar e Joaquim, desceu a cortina da mais insípida calmaria.

A espetacularização da traquinagem vai sobrar para todos lá da corte. Excetuando-se uma meia dúzia de três ou quatro, estão todos enfiados na libidinagem política de corpo e alma. Mais de corpo do que de alma. Mas como são "multiflexes", qualquer combustível lhes sacia os apetites vorazes.

Já tentaram mudar de assunto com a gripe suína, mas não deu. Agora, dona Globo e o Estadão voltaram à carga contra a Igreja Universal. Não pelos seus perigosos poderes de persuasão, mas pelo sucesso da Record, que já está cabeça com cabeça com o antigo império de comunicação.

Mas não será a única cortina de fumaça. O sistema faz do povo gato e sapato. Pauta sua indignação pela formulação manipulada dos elementos de conflito. Faz com que descarreguemos nossa bílis sobre dois ou três vilões.

A gente cai dentro como se fossemos livrar o Brasil de todos os seus malefícios.
Neste sábado, estaremos em todo o país no grito do "Fora Sarney" , esperando que esse grito alcance todos os corruptos do Congresso. E vizinhanças.

Por cima da carne seca

No entanto, o sistema conta com a dispersão no dia seguinte. Sarney continuará por cima da carne seca porque comanda a pior súcia que já pisou o tapete azul. Lula morre de medo de que algo lhe aconteça. Ainda sofre do trauma da derrota da CPMF, quando não logrou o número necessário, apesar de contar então com votos contrariados de alguns aliados, como senadores do PDT.

Sarney conhece os meandros da política de cor e salteado. Aprendeu na ditadura, a que serviu com menção honrosa, a jogar com as fraquezas dos adversários. Coleciona robustos dossiês. Não existe um único dos seus colegas de que não possua um achado comprometedor.

Portanto, todo aquele bate boca histriônico está chegando ao fim. No Senado, ninguém é maluco de levar esse jogo de cena às últimas conseqüências. Como eu disse outro dia, nem o mais palatável dos senadores lembrou-se de questionar essa monstruosidade que é o eleitor votar em um e levar mais dois de quebra, que ele nunca viu mais gordo.

O suplente do ACM é o filho. O do Lobão, idem. E cada um que senta no banco dos reservas está lá não por qualificação política. Mas por credenciais só cabíveis quando o mandato é ganho por baixo do pano.

O Senado é o que é de cabo a rabo. Seu irmão do lado não é diferente. Só não tem suplente sem voto. Mas, sabe quanto custa hoje uma eleição de deputado federal? Assustam-me com os números milionários. Nem que vivessem 100 anos, a maioria dos políticos ganharia o gasto numa campanha.


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Gabriel German

Com esse
editorial, O Globo, certamente acha que seus leitores são débeis mentais, ou possuem pouca memória.
O Globo falando em "vicio patrimolialista" é a maior piada.
Queria saber de O Globo o que a Familia RM, proprietária de O Globo, fez durante mais de 70 anos? Não foi defender o pratrimonialismo?
O Globo acha que o Brasil não sabe que todos os ministros do presidente Sarney passavam pelo crivo de Roberto Marinho?
O Globo acha que ninguém sabe que Sarney, como ACM, só conseguiram ser proprietários e representante da TV Globo no Maranhão e Bahia, pelo favores patrimonialistas prestados ao sr. RM?
O Globo novamente tira um sarro da cara do leitor ao dizer que a preocupação ética que move Renan é diferente da que move Arthur Virgílio.
Piada pronta, para enganar os incautos.
É por esses absurdos que a cada dia nossos jornais tem menos leitores.