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Pepe Escobar: o Brasil é alvo de uma guerra híbrida

Um dos principais especialistas do mundo em política internacional, o jornalista Pepe Escobar, correspondente do Asia Times, concedeu entrevista à TV 247, em que falou sobre "a guerra híbrida" promovida pelos Estados Unidos contra o Brasil, com objetivo de tomar riquezas, como o pré-sal; "esse ainda será um caso de estudo internacional sobre não apenas a derrubada de um governo, como também sobre como todo um país foi desestruturado", afirma; Escobar diz que o Brasil viveu o auge de seu prestígio internacional com o ex-presidente Lula e com o chanceler Celso Amorim e diz que, hoje, tem uma política de total subserviência aos Estados Unidos, o que foi decorrente da Lava Jato, conduzida por Sergio Moro. Leia mais>>>

Conspiração



Não foras as listras nem as estrelas, por Fernando Horta

É preciso ter cuidado ao pesar o papel dos EUA nos acontecimentos brasileiros desde 2013. Não estou entre os que creem que os Estados Unidos estão na base da articulação política que levou ao golpe de 2016. Penso que existem quatro grandes motivos para minha dúvida:
1)      Em primeiro lugar há que se tomar cuidado com a geopolítica. Ela costuma “provar” aquilo que queremos que ela prove. São tantas variáveis, tantos atores e tantas generalizações que podem ser feitas, que quase tudo pode ser sustentado. É claro que um país do tamanho político internacional dos EUA tem interesses em todos os lugares do mundo. Durante a Guerra Fria, por exemplo, os Democratas requeriam recursos ao parlamento para “defender os interesses” em todas as partes do mundo, “mantendo vigilância e possibilidade de agir”. Os Republicanos diziam que “apesar dos EUA serem uma nação grande e potente, ela não pretende tomar a função de Deus” já que observar e agir sobre todo o globo seria uma função apenas d'Ele. Esta pequena anedota serve para mostrar que é controverso o uso do termo “EUA” como um ator unitário.
É claro, que dentre as áreas que democratas e republicanos concordam que sejam de interesse dos EUA estão as com petróleo. O pré-sal é sim de interesse e poderia ensejar uma ação norte-americana. Entretanto, a capacidade econômica e comercial deles é tão superior à do Brasil que é mais barato para eles pagarem os dólares que o Brasil pede e tomar o controle do petróleo na forma estabelecida pelo Brasil. Talvez a entrada da Petrobrás no mercado norte-americano com a compra de Pasadena, mais o protagonismo brasileiro no Porto de Mariel, pudesse representar um incômodo maior aos “irmãos do norte” do que o pré-sal propriamente dito. Mas aqui, de novo, não há nada efetivamente claro nem concreto.

Brasil-China: plano Marshall sem ideologia

por Paulo Moreira Leite sobre os 35 acordos bilaterais firmado entre os dos países essa semana, cujo alcance real é de 53 bilhões de dólares em investimentos no Brasil
"Não há, na história diplomática brasileira, o registro de qualquer evento desta envergadura, envolvendo um espectro tão amplo e variado de atividades estratégicas"; "É um Plano Marshall sem contrapartidas políticas nem ideológicas", opina o embaixador José Alfredo Graça Lima, que coordenou as negociações pelo lado brasileiro, lembrando do programa de investimentos criado pelos EUA após a Segunda Guerra; anunciado numa conjuntura em que a oposição faz o possível para criar um grande pessimismo em torno do futuro do país, diz PML, o acordo levou o diplomata Samuel Pinheiro Guimarães a ironizar: "ou os chineses são desinformados e totalmente equivocados, ou quem imagina que o Brasil enfrenta uma situação catastrófica precisa aprender prestar atenção à realidade"
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China investe no "caos"

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Acordo e leio as manchetes matinais, o país tá um "caos"...
A tarde vem mais "caos"...
E a noite?..
Mais "caos".
O Brasil tá falido.
A Petrobras tá quebrada.
A Irmandade Islâmica passou por aqui. 
O estrago que dos terremotos no Nepal é fichinha diante do "caos" apresentado pela nossa mídia.
Eis que, nosso mal-intencionado governo federal consegue convencer idiotas chineses a invertir aqui.

1º) Emprestaram quase 11 bilhões de reais na "falida" Petrobras. E garantiu que empresta muito mais, basta a empresa precisar.
2º) O Primeiro-Ministro chinês vem liderando uma comitiva com 120 pessoas, entre elas estão dirigentes de grande conglomerados empresariais. Para que? Investir mais de 110 bilhões.

Coitado desses chineses, não acreditam nas verdades absolutas da oposição e da grande imprensa do Brasil.
PlimPlim...

O Brasil já deu certo

Mesmo tendo no país putas apaixonadas, cafetões ciumentos, traficantes viciados e pobre sendo de direita - como disse Tim Maia, para afirmar que não iriamos dar certo -. É daqui para melhor, apesar da ruindade da nossa elite ecônomica, empresarial, política, judiciária e midiática...
O Brasil já deu certo!

Repórter da Globo se dá mal em entrevista tendenciosa


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Ex-chanceler mexicano Jorge Castañeda contradiz a jornalista Tatiana Farah, do jornal ‘O Globo’: “Quando a economia brasileira começou a estagnar, a imprensa internacional passou a dizer que a nova potência da América Latina seria o México. Isso é um pouco falso. O Brasil continua recebendo muito mais investimento estrangeiro que o México”
14 de Fevereiro de 2015 às 07:10


A jornalista de O Globo, Tatiana Farah, entrevistou o ex-chanceler mexicano Jorge Castañeda. Ou ela é mal informada ou jogou cascas de banana em três perguntas, mas levou 3 tocos como resposta.
Vergonha alheia. Veja abaixo as perguntas e as respostas:
Jornalista: “O Brasil estagnou em seus anseios econômicos e se encolheu no que diz respeito à projeção internacional?”
Chanceler: “O Brasil tem um papel econômico internacional muito importante. É uma voz que se escuta.
Jornalista: “Os países da Aliança do Pacífico têm crescido mais que os do Mercosul? Por quê?”
Chanceler: “Isso é falso. O Brasil cresce mais que o México. E “países do Pacífico” não existem. Há um país grande, que é o México, há um país mediano, que é a Colômbia, e dois países pequenos, que são Peru e Chile. Não é certo que os do Pacífico cresceram mais. Essa é uma ficção criada pelos mercados na mídia internacional. O que se sucede é que as expectativas sobre o Brasil foram muito elevadas. Afirma-se que o México cresce mais que o Brasil, mas, no ano passado, o Brasil cresceu mais. E este ano o Brasil vai crescer mais que o México.”
“Jornalista: Como avalia o governo do presidente do México, Enrique Peña Nieto?”
Chanceler: “É um governo que teve muitas boas ideias, boas intenções, algumas realizações, mas os resultados ainda não vemos. Há por um lado impaciência e , por outro, ceticismo.As pessoas estão impacientes e céticas. É possível que haja resultados. Mas é uma incógnita.
Quando a economia brasileira começou a estagnar, a imprensa internacional passou a dizer que a nova potência da América Latina seria o México.
Isso é um pouco falso. O Brasil continua recebendo muito mais investimento estrangeiro que o México. A mídia brasileira é ruim, a mexicana é muito ruim e a mídia internacional, quando fala de Brasil e do México, é péssima. É muito mau conselho escutar o que diz a mídia internacional tanto sobre Brasil quanto sobre o México, porque ela sempre se equivoca.”

Stanley Burburinho, Contexto Livre

EUA humilhado

A denúncia de que os Estados Unidos mantêm um sofisticado sistema de espionagem no Brasil, através do acesso ilegal a e-mails e telefonemas, é, sem dúvida, um prato cheio para a presidente Dilma Rousseff.
Sendo verdadeira a acusação — e tudo indica que é — cria-se para o governo, e para os partidos políticos em geral, uma esplêndida oportunidade de se manifestar e agir em perfeita consonância com a opinião pública.
Dilma definiu, e com inteira razão, o comportamento dos EUA — um aliado histórico do Brasil — como uma violação da soberania brasileira e dos direitos humanos. E prometeu uma medida necessária e sensata: apresentar um protesto na Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas.
Além disso, anunciou que recorrerá à União Internacional de Telecomunicações, pedindo que garanta a segurança cibernética das comunicações.
São as únicas saídas: não seria do nosso interesse uma reação mais severa, como um rompimento de relações ou uma ridícula represália militar.
O Brasil tem, digamos assim, um peso médio nas Nações Unidas. É suficiente para estabelecer uma discussão do problema na ONU; não lhe faltarão aliados para, pelo menos, constranger o governo americano, forçando-o a dar explicações humilhantes e, quem sabe, uma promessa formal que desativará a espionagem eletrônica. Será, se a diplomacia brasileira agir com severidade e inteligência, uma derrota desagradável, para não dizer humilhante, para Washington.
Leia a íntegra em Só metadados

Edward Snowden, revela espionagem dos EUA no Brasil

Os EUA mantiveram em Brasília uma estação de espionagem de dados coletados por satélites de outros países. Funcionou pelo menos até 2002. Abrigava agentes de duas agências: a CIA (Agência Central de Inteligência) e a NSA (Agência de Segurança Nacional). Estava conectada a uma rede de 16 bases de bisbilhotagem de satélites estrangeiros. O Brasil não dispõem de satélites próprios. Mas aluga oito.
As revelações constam de notícia veiculada pelo Globo nesta segunda (8). Produziram-na os repórteres Roberto Kaz e José Casado. A dupla se baseou em documentos da NSA vazados por Edward Snowden para Glenn Greenwald, repórter do jornal britânico The Guardian, que mora no Brasil. Hoje caçado pelo governo americano, Snowden trabalhou numa empresa privada que presta serviços à NSA. Por isso teve acesso aos papéis secretos.
A novidade sobre a base americana em Brasília vem à luz um dia depois de outra reportagem que provocou enorme incômodo em Dilma Rousseff. Veiculada na edição de domingo do Globo, informara que os EUA monitoraram milhões de telefonemas e mensagens eletrônicas no Brasil. A presidente reuniu um grupo de ministros e comandou a reação. O Itamaraty cobrou explicações da diplomacia americana. Decidiu-se, de resto, acionar a Polícia Federal e a Anatel para apurar o caso. O governo de Barack Obama informou que não tratará da encrenca em público. Dará explicações pelas vias diplomáticas.
A presença de espiões americanos em Brasília é mencionada num documento de 2002. Nele, a NSA descreve o modo como operava -ou ainda opera- a rede montada em conjunto com a CIA. Busca-se sobretudo “converter sinais de inteligência captados no exterior a partir de estabelecimentos oficiais dos EUA, como embaixadas e consulados.” Não se sabe se a base brasiliense continuou operando depois de 2002.
Além de anotar que “a NSA trabalha junto com a CIA”, o documento diz que o acervo de dados coletados no estrangeiro é manuseado por agentes “disfarçados de diplomatas.” Um detalhe que deve potencializar a irritação de Dilma. A estação de Brasília era a única instalada na América Latina.
As 16 bases de espionagem de informaçõe de satélites compõem uma rede bem maior. O mesmo documento de 2002 informa que equipes da NSA e da CIA estavam presentes em 75 cidades, das quais 65 eram capitais de países. Em Brasília e Nova Déli, na Índia, havia mais do que simples equips. Nessas localidades, informa o texto, a bisbilhotagem era tocada por “forças-tarefa”.
Os papéis vazados por Edward Snowden mencionam os “alvos” da superestrutura espiã. Vão muito além do alegado desejo dos EUA de se proteger contra novos ataques terroristas. “Sistemas de comunicação de satélites comerciais estrangeiros são usados no mundo inteiro por governos estrangeiros, organizações militares, corporações, bancos e indústrias”, anota o texto de 2002.
Ainda de acordo com a NSA, o sistema de coleta de informações baseia-se em alianças da agência americana com com empresas privadas. Diz o texto a certa altura: “A NSA, em conjunto com seus parceiros estrangeiros, acessa sinais de comunicação de satélites estrangeiros.” Fica a impressão de que os “parceiros estrangeiros” colaboram. 

Brasil e União Europeia anunciam comissão para avaliar investimentos


Após a VI Reunião de Cúpula Brasil-União Europeia, com a participação dos presidentes do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, a presidenta Dilma Rousseff anunciou a criação de uma comissão para avaliar investimentos recíprocos. Ela ressaltou que o país já é o quinto maior investidor na EU. O bloco europeu é o maior parceiro comercial do Brasil.

Brasil e Argentina, uma parceria de 1ª grandeza


A presidenta Dilma Rousseff ressaltou a importância da integração entre Brasil e Argentina durante discurso no encerramento da 18ª Conferência Industrial Argentina, nesta quarta-feira (27), em Buenos Aires. A presidenta classificou a parceria entre os dois países como uma sociedade de primeira grandeza, e afirmou que a tarefa primordial é trabalhar por uma mentalidade de negócios verdadeiramente binacional.
“Temos hoje maturidade política e econômica para cooperar. Temos um quadro internacional que nos impõe essa necessidade. (…) Nesse caminho é crucial o fortalecimento dos nossos setores industriais. É estratégica a integração de nossas cadeias produtivas, de forma a construir uma relevante e competitiva indústria regional. Compartilhar processos, produtos e inovação, e cooperar em ciência, em tecnologia e educação. Buscar a nossa integração industrial regional, é disso que se trata.”, afirma.
A presidenta também falou da necessidade de se buscar um equilíbrio maior nas relações comerciais entre os dois países, com uma expansão nas interações. Dilma lembrou as restrições administrativas à importação de produtos brasileiros e citou a integração produtiva no setor automobilístico, que representa, segundo ela, 50% do comércios bilateral.
“Nós não podemos negar o impacto adverso das restrições administrativas sobre o intercâmbio bilateral, mas também é forçoso reconhecer que, em grande medida, os números de 2012 refletem uma diminuição da capacidade produtiva e do consumo, não só no Brasil e na Argentina (…). Não obstante essa realidade, nossos arranjos não podem levar a uma situação de desvio do comércio recíproco em benefício de parceiros extra-regionais. Podemos ter parceiros extra-regionais, mas não em detrimento do avanço da nossa relação de integração regional”, completou.

O Brasilianas.org discute, ao vivo, a diplomacia e geopolítica entre Brasil e EUA



Diante da nova eleição de Barack Obama e as recentes acusações do governo dos Estados Unidos à Organização Mundial do Comércio (OMC), afirmando que o Brasil adotou medidas protecionistas para garantir mercado aos produtos nacionais, além da política externa brasileira, marcada pelo multilateralismo, faz-se necessária uma discussão sobre os novos elementos presentes na relação entre os dois países. O programa fará um levantamento histórico da visão norte-americana em relação ao Brasil, debaterá as nuances da diplomacia dos EUA e o peso das questões comerciais na diplomacia.
Para discutir o assunto, o programa recebe o diretor do Departamento da América do Norte do Itamaraty, Carlos Henrique Moojen de Abreu e Silva; o professor do Departamento de Relações Internacionais da PUC-SP e coordenador de pesquisa do Observatório Político dos Estados Unidos, Geraldo Zahran; e o consultor de empresas americanas no Brasil e ex-consultor do IRI-International Republican Institute, braço externo do Partido Republicano, André Araújo.

A mania de diminuir o Brasil

[...] só pode ser medo de um grande país dar certo, o que, em muitos aspectos já está acontecendo

por Guilherme de Aguiar Patriota, Chanceler e integrante da Assessoria Especial da Presidência da República.

“O derrotismo encontrou até acolhida teórica na formulação de que o país "não possui excedente de poder" e, portanto, não pode aspirar a objetivos fora do fácil alcance das mãos.

Essa tese predestina o quinto maior país do mundo - hoje sexta economia - a um desígnio de perpétuo alinhamento aos mais fortes, numa versão diplomática do mal-afamado complexo de vira-lata.

Verificamos ser necessário que uma estrangeira (Julia Sweig, do Conselho de Relações Exteriores dos EUA) nos ajude a interpretar de forma mais sofisticada e, ouso dizer, positiva, o episódio da suspensão do Paraguai do MERCOSUL e da incorporação da Venezuela ao bloco. Essa última iniciativa vinha se arrastando por vários anos. Os termos da acessão já haviam sido negociados e firmados no mais alto nível pelos chefes de Estado dos quatro membros do MERCOSUL e do país entrante. A plena incorporação da Venezuela ao MERCOSUL - não custa lembrar -foi ratificada pelos poderes legislativos dos países que ainda conservam sua plenitude democrática intacta no âmbito do agrupamento subregional.

A angústia antecipatória com o êxito também se voltou contra a "Rio+20", declarada um fracasso ab initio por Exército de "especialistas", muitos querendo acoplar à maior conferência da história das Nações Unidas suas respectivas agendas políticas paroquiais.

Pouco importa o fato de a organização do evento ter sido impecável. Foram 17 mil inscritos na "Rio-92"; 48 mil na "Rio+20" - eventos de dimensões incomparáveis.

O resultado espetacular para padrões da ONU não parece encontrar eco entre aqueles que apostavam ideologicamente no fracasso. O país anfitrião convenceu (não pela força ou malícia, mas pelo talento de seus diplomatas) 192 Estados membros a aprovarem por aclamação um documento de 49 páginas, 283 parágrafos, que versa sobre praticamente todos os temas da agenda internacional. Não se produziram tratados. Mas, para quem lida com o multilateralismo, uma visão de futuro consensual vale mais do que compromissos pontuais juridicamente vinculantes.

O Brasil incorporou ao consenso sua visão de como estabelecer um círculo virtuoso entre crescimento econômico, inclusão social, e proteção do meio ambiente. Muitos franziram a testa porque o documento não consagrou o caminho das "soluções de mercado". Não se criou mais um fundo assistencialista, ou uma nova agência especializada da ONU - como se resolvessem.

Finalmente, temos os órfãos dos acordos de livre comércio assimétricos, utilizados para promover a abertura unilateral de mercados em países em desenvolvimento. A obsessão por tais acordos não está em sintonia com o mundo pós-Lehman Brothers, sujeito a manipulações cambiais, a afrouxamentos quantitativos trilionários e ao protecionismo do mais forte.

Surpreende que ainda existam pessoas que prefiram reduzir tarifas a reduzir pobreza. Na atualidade da crise, os regimes de comércio têm de levar em conta equilíbrios mais amplos de fatores. É necessário pensar em integração de cadeias produtivas, geração de demanda e empregos, segurança alimentar e energética, acesso à tecnologia e ao conhecimento, produtividade e sustentabilidade. É preciso entender que o dinamismo econômico migra dos países ocidentais desenvolvidos para conjunto cada vez mais assertivo de países em desenvolvimento em processo de expansão quantitativa e qualitativa.

De minha parte, capto ao menos um consenso positivo entre os analistas nacionais: o reconhecimento de que o peso e a projeção do Brasil se alçaram a níveis nunca antes vistos na história deste país.

Tenho orgulho do quanto o país avançou nos meus quase 30 anos de carreira. A complexidade dos desafios, a densidade de nosso papel e as responsabilidades que assumimos não têm nível de comparação com o universo mais simples da diplomacia menos arrojada de antanho. Felizmente, a liderança brasileira de hoje não sofre de vertigem.”

Artigo semanal de Delúbio Soares


Brasil e China: confiança e solidez
A cultura milenar, a sabedoria de seu povo, a competência de seus governantes e a força de sua economia se fundem em impressionante simbiose. O passado é farto de exemplos históricos de determinação, luta e vitórias. O presente é o retrato da pujança e do sucesso admirável que atrai o respeito do mundo. O futuro tem sido construído a cada dia, com trabalho, inovação e ousadia. China, a grande potência do novo milênio.
 O Brasil encontrou na China um grande mercado importador. E os chineses contam com a qualidade de nossos produtos, além de um parceiro que avança como a sexta economia mundial. A parceria cresce a cada dia, e não há crise que possa deter a marcha ascendente de duas potências que se complementam quando o assunto é comércio exterior, desenvolvimento industrial e tecnológico e intercâmbio de conhecimentos. Os pregoeiros do caos, as cassandras de sempre, trombeteiam um desaquecimento nas relações comerciais entre nós e os chineses, mas a realidade dos fatos e os números insofismáveis insistem em desmoralizá-los.
 A China é um assombro. A palavra não é empregada de forma apressada ou leviana, mas cuidadosamente escolhida pelos que a visitam, os que com ela negociam e por aqueles que observam sua trajetória política e econômica.  Hu Jintao - sem renegar a herança do grande líder Mao e continuando as profundas reformas do pragmático e talentoso Deng Xiaoping – comanda uma China que não se descuida de nenhum setor de sua vida institucional, tem aprimorado os mecanismos que garantem a forte presença da China no cenário internacional, seja pela vertente econômica, seja pela crescente importância política, além de comandar vigoroso processo de inserção da fabulosa população de 1 bilhão e 400 milhões de habitantes de seu território continental.
 Desses, quase 700 milhões vivem nas grandes cidades, ou seja, 52% do total de chineses. Descontando-se os 5,4% da inflação, o rendimento anual per capita nas zonas urbanas cresceu 8,4%, chegando aos 21.810 yuan (2.700 euros). Na China rural, o crescimento foi mais acentuado ainda, perfazendo 11,4% no ano de 2011. Porém, o rendimento per capita continua a equivaler a menos de um terço do valor nas zonas urbanas: 6.977 yuan (870 euros). Isso sugere que a migração do chinês do interior para as grandes cidades e metrópoles, fato evidente, se deve ao crescente emprego de mão-de-obra num parque industrial que não conhece limites e se expande em velocidade que impressiona.
 O crescimento da economia é meteórico, mesmo diante das 'démarches' causadas pelas crises externas, pelo desaquecimento do comércio internacional, por fatores que fogem, enfim, à agressiva política desenvolvimentista da grande potência.  Há um mercado interno imenso a ser abastecido e uma política exportadora, agressiva e multifacética, por demais conhecida. Isso justifica o fato de a economia ser o principal tema da agenda chinesa. Tudo o mais deriva dela. E se a economia vai tão bem, não encontram os chineses motivos para mudanças radicais no curso que seguem com tamanha aplicação e êxito.
 Sobram exemplos de fatos que o ocidente de há muito não produz. Que tal uma cidade com apenas 28 anos de vida, mais de 10 milhões de habitantes que vivem em muito boas condições, crescimento econômico de inimagináveis 2.700% em apenas duas décadas, um sofisticado metrô com mais de 170 quilometros de malha (o problemático metrô de São Paulo tem pouco mais de 70 km, e o do Rio de Janeiro possui 40 escassos km...), sem desemprego, belíssimos parques distribuídos pelos bairros, impecáveis serviços públicos, educação da melhor qualidade, tecnologia de ponta em tudo e por tudo, edifícios futuristas e aeroporto internacional maior que qualquer um dos sul-americanos, por exemplo? Pois essa é Shenzhen, no sul do país, quase na divisa com Hong Kong e uma das (dezenas) de portas de entrada da milenar e moderna China. Caminhar por suas ruas, conversar com os seus habitantes (simpáticos e educados, como todo o povo chinês, por sinal) e observar o espírito empreendedor e a imensa competência que transparece a cada passo, cada visita ou atividade numa cidade que comprova que é possível ser metrópole e dar aos seus habitantes uma elevadíssima qualidade de vida.
 E é com essa China, que surpreende positivamente e atrai simpatia e entusiasmo de todo os que a conhecem ou a estudam, que o Brasil acaba de celebrar importantes acordos bilaterais, firmados pela presidenta Dilma Rousseff e pelo primeiro-ministro Wen Jiabao, nas mais diversas áreas. Essa parceria começou no profícuo governo do presidente Lula, quando nos tornamos companheiros da China no BRIC'S, grupo compacto e forte que surgiu como um dos mais importantes atores do cenário político, econômico e social do século XXI.

Os acordos firmados por Dilma e Wen durante a realização da Rio+20, são: diversificação da pauta comercial; aumento da exportação de aviões para a China e contratos de Leasing da Embraer em parceria com fábricas chinesas; lançamento de satélites meteorológicos sino-brasileiros. O primeiro, CDM3, ainda este ano; o segundo, o CDR4, em novembro de 2014; aumento do programa Ciências sem Fronteiras, com maior número de bolsas de estudantes brasileiros em universidades chinesas, e vice-versa. Serão 250 bolsas por ano (atualmente são 50), além de 600 vagas em universidades chinesas para estudantes brasileiros sem qualquer custo e outras 5 mil vagas custeadas pelo programa Ciências sem Fronteira; construção de um centro cultural chinês no Brasil, o primeiro na América Latina, e um da cultura brasileira na China, com a finalidade de divulgar a cultura e o idioma de seus povos em ambos os países; maior investimento da China na indústria brasileira de petróleo e gás; abertura maior para área automobilística chinesa no Brasil; cooperação mútua em programas de pesquisas em nanotecnologia para proteção ambiental e de oceanos; acordos bilaterais de créditos recíprocos de moedas locais no valor estabelecido de R$ 60 bilhões, em que cada país pode sacar o valor em reais ou em yuans nos Bancos Centrais brasileiro e chinês (uma operação 'Swap', de permuta de crédito).
 A parceria entre o Brasil e a China é algo que interessa, sobremaneira, aos seus povos e ao futuro de ambas as potências. São povos extraordinários e que, igualmente, venceram o subdesenvolvimento, a pobreza e a descrença do mundo. Há muito a ser feito, futuro adiante, com a confiança de longa marcha e a solidez de uma grande muralha.

Artigo semanal de Delúbio Soares


“BRASIL É O PAÍS”
BARACK OBAMA
O presidente Barack Obama anunciou que turistas brasileiros terão mais facilidades para conseguir vistos em suas viagens aos Estados Unidos. Há vários comentários a serem feitos sobre a atitude do chefe de Estado norte-americano, além daquele inevitável: já chega tarde essa medida que repara (ao menos em parte) uma discriminação odiosa e inaceitável. As longas filas de espera na Embaixada e nos consulados norte-americanos pelo Brasil afora em nada contribuem para o aprimoramento dos laços que unem os nossos países. 
Não faz muito tempo – algo como uma década, se muito – e o chanceler do governo de Fernando Henrique Cardoso, esquecendo-se de que representava um país de lindíssima história e um povo excepcional, que chefiava (se é que chefiava...) uma das melhores diplomacias do mundo, cedeu à carranca de um guarda aduaneiro qualquer do aeroporto de Washington e, cândidamente, retirou os seus mocassins italianos e, descalço como a nossa inimitável diva baiana Maria Bethânia nos palcos do Brasil e do mundo, submeteu-se à revista de corpo inteiro. 
No gesto sabujo de Celso Lafer, que ainda hoje nos cobre de opróbrio e revolta, o retrato pronto e acabado de um Brasil derrotado, falido, humilhado e sem qualquer credibilidade internacional. Se não éramos uma republiqueta bananeira, estávamos longe do que hoje somos. Éramos o Brasil de três quebradeiras seguidas, de idas freqüentes aos guichês do FMI e aos caixas dos bancos credores, éramos o Brasil de FHC, do PSDB, do DEM e de seus aliados. 
Depois de um processo de soerguimento interno -  onde o Brasil olhou para os que sofriam e passavam fome, abriu as portas das universidades para os filhos do povo, valorizou seus empresários e agricultores, dinamizou sua indústria e promoveu a maior mobilidade social de que se tem notícia na história recente, com a migração de 40 milhões de cidadãos da pobreza para a classe média - recuperamos tanto nossa auto-estima quanto  a credibilidade internacional. E o mundo passou a nos olhar com olhos de necessário respeito e sincera admiração. Foi obra dos governos de Lula e de Dilma, mas foi, sobretudo, fruto do talento e do esforço impressionantes de todo o povo brasileiro. 
Vários foram os fatos que antecederam o anúncio de Obama, mas que já ressaltavam esse novo olhar mundial sobre o Brasil forte, soberano, altivo, rico e cheio de futuro que surgiu dos governos revolucionários de Lula e que se aprimora na gestão eficiente e austera de Dilma, a primeira brasileira a chegar ao Palácio do Planalto. Mas duas nos marcaram imensamente pelo apelo popular e pelo sentido de reparação:
 ·       A escolha do Brasil para a realização da Copa em 2014, fato inédito em nosso país, situando-nos no centro das atenções mundiais 
·       O anúncio de que as Olimpíadas de 2014 serão realizadas no Rio de Janeiro, fazendo justiça à uma das mais belas cidades do mundo

Além desses fatos, não deixamos de registrar conquistas, avanços e vitórias.
 Ainda agora se anuncia que, no segundo governo do presidente Lula e no primeiro ano do governo da presidenta Dilma Rousseff, os investimentos estrangeiros no Brasil quadruplicaram: US$ 163 bi para US$ 660 bilhões. E todos nós sabemos que os capitalistas (sejam eles governos estrangeiros, fundos de investidores, industriais ou banqueiros, tanto faz) não se movem por instintos de solidariedade humana ou simpatia pessoal, mas por viabilidade nos negócios ou possibilidade de lucros. E que não investem em países que não tem futuro ou não são bem governados. Esses são os que, na década infame dos tucanos, nos anos 90, quando FHC e sua turma entregavam o patrimônio público a preço vil e quebravam o país, evitavam o Brasil como o demônio foge da cruz. Hoje enxergam no Brasil a verdadeira terra da promissão, um país decente e bem administrado, com regras claras, moeda estável e mercado forte, produzindo, consumindo e exportando, tudo exatamente como deve ser. E, por isso, investem a cada dia mais no Brasil que Lula, Dilma, o PT e os brasileiros estão construindo. Pois que sejam bem-vindos!
 Barack Obama com um anúncio singelo, mas necessário, não só reconhece o burocrático e duro tratamento que sua Embaixada e seus consulados no Brasil estavam dando aos potenciais turistas que desejam visitar os Estados Unidos. Certamente o Brasil irá atuar de forma recíproca e, também, facilitar a vinda de cidadãos norte-americanos aos Brasil, determinando ao nosso serviço diplomático menos rigor nas exigências consulares.
 Nossos adversários políticos e grande parte da imprensa não vão reconhecer, de forma alguma, mas é importante saber que a decisão do presidente dos Estados Unidos é da maior importância e, seguramente, nela está presente a importância crescente do Brasil e dos brasileiros.
 Antes ele já havia dito, em um encontro internacional, o presidente Lula era “o cara”. Agora com seu gesto reparador, Obama parece dizer que a gigantesca sexta economia do mundo, esse Brasil que é um grande parceiro comercial dos Estados Unidos, é, também, “o país”.

O Brasil não é um país sério

Dizem que foi o [falecido] ex-presidente francês, Charles de Gaulle, quem primeiro disse está frase. Não sei se foi ele mesmo o primeiro. Mas, muitas outras pessoas veem dizendo isto faz tempo. Então quero saber qual ou quais são os "países sérios"?...

EUA, Alemanha, França, Inglaterra, Canadá, China, Japão?... 

Se observarmos com atenção e isenção concluímos que na verdade está frase pode muito bem ser aplicadas a todos demais países do mundo sobre um caso especifico qualquer. Todos temos virtudes e defeitos. 

Sem ufanismo exacerbado afirmo que não troco meu amado Brasil por nenhum outro lugar do mundo. Pois sou eu, você, seremos nós que haveremos de construir a nossa Pátria, nossa Nação mais fraterna, mais livre e mais Igual de que qualquer outra.

Temos demais que melhorar nossa Educação, temos demais que melhorar a  Saúde, temos demais que melhorar a Distribuição de Renda etc, etc, etc...

Temos muito a percorrer, temos muito a fazer e faremos. 

Somos nó que faremos do Brasil o que queremos ser, o que queremos ter e também o que queremos dar de bom exemplo a humanidade.

Sobre o Brasil real e o Brasil formal

Aloísio Mercadante falou como ministro da Fazenda, na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, ontem. Abordou a industrialização dos tempos de Getúlio Vargas, não esqueceu Juscelino Kubitschek, registrou o crescimento econômico em parte do período militar, lamentou a inflação desmedida, elogiou Fernando Henrique e exaltou os governo  do Lula. Abordou o desenvolvimento do setor de ciência e tecnologia, com ênfase para o etanol, criticando o fato de que hoje somos outra vez exportadores  de matérias primas, mas afirmando que o conhecimento é  nosso maior potencial, no qual o governo Dilma investe sem cortes orçamentários.

Junte-se a exposição do ex-senador aos dados divulgados na véspera pela Fundação Getúlio Vargas, sobre a ascensão das classes D, E e C na divisão da renda nacional e se terá a impressão de que  ninguém segura este país. Afinal, 3,7 milhões de cidadãos passaram a ganhar de 1.200 reais a 5.174 mil por mês.

Maravilha? O Nirvana à vista de todos, na próxima curva? Confetes e serpentinas em profusão, fora do Carnaval?

Não é bem assim. O Brasil real encontra-se a milhas de distância do Brasil formal das estatísticas. Basta atentar para o número de indigentes soltos pelas ruas de cidades grandes e pequenas, em especial nesses dias de baixas temperaturas. A multidão de desesperançados vendendo óculos ou pedindo esmola nos semáforos e praças. As legiões de jovens sem emprego, tanto faz se oriundos da pobreza ou frequentando cursos profissionalizantes  e até com diplomas universitários. Os que cedem á tentação do tráfico sempre crescente e os que optam pela violência. Sem esquecer a falência do sistema de saúde pública quando se trata de atender os menos favorecidos.

Trata-se de um outro Brasil que se desenvolve em paralelo ao Brasil ufanista construído pelos detentores do poder, quaisquer que sejam. Somos a  sétima economia do mundo, caminhando para novos patamares? Sem dúvida,  mas parte da nossa base social vai ficando para trás, agora com o ingresso dos antigos defensores das massas no grupo dos caolhos que apenas vislumbram o progresso.  Somos os maiores usuários de telefones celulares e campeões da compra e do uso de computadores, mas entre 190 milhões de brasileiros, aumenta o número dos que vão ficando para trás. Azar o deles, dirão as elites. É da vida, acrescentam os privilegiados. Seria  bom tomar cuidado.

por Carlos Chagas

por Alon Feuerwerker

A presidente Dilma Rousseff disse ontem que o governo quer combater duramente a inflação. Mas todos os sinais vindos do Planalto e da Esplanada, na luz e na sombra, trazem outra lógica.

De que para este governo o limite do combate à inflação é o robusto crescimento econômico. Ou seja, a administração Dilma não está disposta a desacelerar a economia para conter os preços.

Eis um traço. O poder, especialmente a chefe, diz uma coisa, mas o que aparece da ação governamental é diferente. Algumas vezes, como no caso da inflação, é o oposto.

Semana passada Dilma discursou no Itamaraty reafirmando a centralidade dos direitos humanos nos critérios para definir a conduta do Brasil diante de outros países.

Apenas dias antes tinha voltado da China, onde se esqueceu solenemente de tocar no assunto para valer.

A ministra da área, Maria do Rosário, afirma que para o Brasil os direitos humanos são inegociáveis. Com a China, pelo visto, foram objeto de negociação. Ou de renúncia. Aliás, a ministra esteve na viagem à China?

A inflação e os direitos humanos nas relações internacionais são talvez os dois pontos de maior nitidez da tendência de o discurso e a ação caminharem independentemente, por universos paralelos.

Mas serve também para a política propriamente dita. No discurso, a administração é republicana. Na ação, são frações do Estado atuando para desmontar a oposição.

O que é legítimo, mas fruto também de ilusões sobre o monopólio do poder. Pois se existe oposição social ela acaba abrindo uma válvula. Políticos da oposição quando aderem ao governo não carregam com eles, automaticamente, os eleitores.

Se até nas ditaduras uma hora a coisa pega, vide Líbia e Síria, quanto mais nas democracias. O rio sempre encontra um caminho para o mar.

Um problema da ausência de oposição política formal é a oposição social instalar-se nos intestinos do governo, e acabar por paralisá-lo. Derrotá-lo de dentro.

Quem conhece, por exemplo, a opinião do Palácio do Planalto sobre as mudanças no Código Florestal?

A verdade é que não há uma opinião “do governo”. Há uma ação de governo para evitar que a maioria claramente antipetista neste ponto se expresse na Câmara dos Deputados e no Senado.

O que se pode chamar mais propriamente de “o governo” torce pela aprovação do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), mas torce escondido. Inclusive alguns que supostamente têm reservas ao relatório.

Ao mesmo tempo, é preciso salvar a face do PT, sem desagradar porém à bancada da agricultura.

Um resultado prático desse mosaico sem norte é o acacianismo. O espaço do que deveria ser ocupado pelo governo que luta na sociedade por sua posição política é preenchido por obviedades fraturadas, quando o “por um lado” e o “por outro lado” dançam uma valsinha sem sentido prático.

Como a nota de ontem do Itamaraty sobre o massacre de manifestantes oposicionistas desarmados na Síria. O Brasil, por um lado, é contra a repressão. Por outro lado, é contra a ingerência externa nos assuntos sírios, a não ser se aprovada pela ONU.

Mas a conduta do Brasil na ONU tem sido discursar sistematicamente contra o uso da força militar para conter regimes tirânicos que decidem massacrar o povo. Aliás, a própria nota do Itamaraty desrecomenda o emprego da força contra Damasco.

Uma alternativa, então, seriam as sanções. Mas o Brasil tampouco é simpático a elas. Como está fartamente evidenciado no caso do Irã.

Pensando bem, talvez o único momento em que se viu uma ação coordenada e efetiva de governo nestes meses tenha sido a troca de comando da Vale.

TV

[...] Brasil veiculou uma série sobre o golpe militar de 1964, o documentário “O Dia que durou 21 anos” tem sua abordagem focada na participação dos Estados Unidos no episódio. Apesar do tema não ser inédito, o programa tem o mérito de trazer à luz muitas informações novas. A equipe teve acesso a diversos documentos do governo estadunidense, assim como áudios de conversas entre Lincoln Gordon, Kennedy e Lyndon Johnson entre 1962 e 1964, discutindo o envio de verbas aos golpistas.

A série é fruto de uma parceria da TV Brasil com a Pequi Filmes e tem direção de Camilo Tavares. São três episódios de cerca de 25 minutos cada, que já estão disponíveis na internet. Reproduzimos os vídeos, fundamentais para compreender ainda mais esse recente período da nossa história.












Brasil perde Status de emergente

o Brasil começa a deixar de ser tratado como um país pobre e terá às preferências comerciais às suas exportações retiradas. 

Europeus, japoneses e americanos estão usando o crescimento da economia brasileira como argumento para acabar com preferências dadas ao País. 

O primeiro a suprimir benefícios será a União Europeia em maio. 

EUA e Japão em seguida.