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Toma-lá-dá-ca: "Já escolhem ministros do PSB", por Josias de Souza

Roberto Amaral, o presidente do PSB, chutou o pau da barraca. Em carta aberta, ele escancarou a guerra pelo comando da legenda, aderiu à candidatura de Dilma Rousseff e insinuou que o apoio da maioria dos seus correligionários a Aécio Neves guia-se pelo fisiologismo:
“Em momento crucial para o futuro do país, o debate interno do PSB restringiu-se à disputa rastaquera dos que buscam sinecuras e recompensas nos desvãos do Estado”, escreveu Amaral. “Nas ante-salas de nossa sede em Brasília já se escolhem os ministros que o PSB ocuparia num eventual governo tucano.”
Amaral rodou a baiana em texto divulgado no sábado (11), a poucas horas da entrevista marcada por Marina Silva para informar, neste domingo, que rumo irá tomar no segundo turno da eleição. Ele perdeu as estribeiras após constatar que o partido deve apeá-lo da presidência, em reunião marcada para esta segunda-feira.
Enquanto Amaral levava o destampatório ao ar em seu site pessoal, Aécio recebia em Pernambuco o apoio da viúva e dos filhos de Eduardo Campos. Depois, em ato público, o presidenciável tucano divulgou uma carta comprometendo-se a acatar parcialmente as exigências “programáticas” que Marina fizera para apoiá-lo.
Formalizado na quinta-feira, num encontro da Executiva do PSB, o apoio a Aécio foi qualificado por Roberto Amaral como um “suicídio político-ideológico.” Conhecido por seus vínculos com o petismo, Amaral votara contra Aécio e Dilma, a favor da neutralidade da legenda. Perdeu. A grossa maioria preferiu associar-se a Aécio.
Pois bem. Agora, na bica de ser arrancado da presidência do partido, um posto que assumira por força das contingências —era vice quando morreu o titular, Eduardo Campos—, Amaral atravessa o Rubicão de volta, para cair nos braços da candidata petista: “Sinto-me livre para lutar pelo Brasil com o qual os brasileiros sonhamos, convencido de que o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff é, neste momento, a única alternativa para a esquerda socialista e democrática.”
Considerando-se que Amaral foi ministro de Lula (Ciência e Tecnologia) e conselheiro de estatal sob Dilma, deve-se concluir que, tolas ou oportunistas, as ideologias que coabitam o PSB dançam e rebolam, movem-se de um lado para o outro. Mas continuam sempre a reboque de um velho e bom organograma funcional.



Cientistas descobrem DNA do fisiologismo dos partidos brasileiro


Uma pesquisa ainda em andamento e orientada pelos cientistas Joseph Mooc Hill e Serguey War que deverá ser publicada proximamente na revista “The Cience of God” editada pela TFP – Teological Foreign Publication – dos Estados Unidos do Brazil, desvenda o DNA mitocondrial das agremiações partidárias brasileiras, com enfoque especial nas origens do maior partido da base aliada da Presidenta Dilma Houssef – o PMDB – que mostra o seu marcador mitocondrial de fundação exatamente em 1793, na França, no Palácio de Versalhes, com a Rainha Maria Antonieta.
Responsáveis por um série de estudos sobre as origens das agremiações partidárias no País, os cientistas dos EUB aplicaram ao seu trabalho o sequenciamento das células originais da sequência do DNA das agremiações – sistema mais correto para a análise da evolução no tempo das agremiações partidárias –  para determinar as mudanças nesse DNA político, fixando assim suas origens em diversas etapas do seu processo evolucionário.
No caso específico do “PMDB, o maior partido político do Brazil”, chefiado pelo vice-Presidente Michel Temmer, e de outra meia dúzia de agremiações chamadas “nanicas” e identificadas pelas mais irrealistas e estapafúrdias das siglas – entre elas PRB, PDT, PSC, PP, PTB e outras – o marcador inicial de criação de seu DNA está na exata ocasião da célebre frase pronunciada pela Rainha Maria Antonieta – Maria Antonieta Josefa Joana de Habsburgo-Lorena mulher do Rei Luiz XVI– que, ao ser informada que faltava “pão ao povo” da França de então perguntou : “por que eles não comem brioches?”.
A tendência herdada da Corte francesa de pouco atentar aos interesses do país e só defender – o que aqui reconhecemos louvável – os das nossas festejadas e prestigiadas classes mais evoluídas e privilegiadas dos nobres e do clero, foi também detectado na análise do processo evolucionário do DNA mitocondrial desses partidos.
No trabalho dos dois cientistas, toda essa tendência “deriva do mesmo tronco – o cruzamento da vertente fisiologista do ancestral MDB com a progressista e democrática ARENA” em uma etapa evolucionária impulsionada por homens fardados, hoje de pijama, no chamado “período ditatorial” ou a “Era do Terror” nos trópicos.
Com isso, esperam os dois cientistas esclarecer definitivamente o processo de negociação de cargos e de reivindicações personalíssimas nos mais diferentes governos do EUB praticado pela evoluída classe dos políticos que chantageiam governos de forma democrática em busca do justo enriquecimento pessoal de seus membros.
Um dos mais significativos marcadores mitocondriais – mudanças pontuais ocorridas no DNA herdado da mãe – nesse processo de evolução partidária e claramente detectado pela pesquisa está no período denominado “privataria tucana” quando em outro ponto incontroverso da linha evolucionária, todas essas agremiações se uniram para votar a favor da venda das quinquilharias do estado, tipo Petrobrax e Vale – e prorrogar ad aeternum o domínio do Grã Tucano, Dom Fernando, O procriador que intentavam em priscas eras transformar no Rei Dom Fernando I e Único”, em processo só frustrado pela chamadas “maquininhas do Peluso” na disseminação do malfadado voto popular.
Segundo os dois cientistas, a teoria da evolução de Charles Darwin é provada à exaustão em seu estudo que mostra que as agremiações partidárias dos EUB se adaptam para evoluir e incorporam ao seu DNA ministérios, fundações, agências, diretorias e todo o aparato do Estado em sistema de “porteira fechada”. “É um processo que só a diluição do poder dos membros isolados, pelo acidente do voto popular, há de dar fim” garantem os cientistas.
Acreditam os meios acadêmicos, demos e tucanos que os dois pesquisadores poderão ganhar neste ano o Premio Nobel da Química Partidária e do Fisiologismo Aplicado.

Chantagear a presidente e impedir votações importantes não ajuda nem o Senado nem o país

Algo me diz que, se Renan Calheiros, Romero Jucá e Blairo Maggi estão possessos com Dilma, a presidente está certa. Não reconheço em nenhum dos três senadores acima condições morais para exigir cargos de liderança ou ministérios.

Se os parlamentares, em vez de se esconder em Brasília, quisessem escutar a voz do povo, que paga seus salários e privilégios absurdos em troca de nada, saberiam que Dilma está bem melhor no filme do que eles. Chantagear a presidente e impedir votações importantes no Congresso não ajuda os senadores. A base real, o eleitorado, enxerga o Congresso como venal e fisiologista, atuando em benefício próprio e contra o interesse público.
Vou me abster de enfileirar aqui escândalos de que Calheiros, Jucá e Maggi foram acusados, que envolvem superfaturamento, desvio de dinheiro, abuso de poder, fraudes, compra de votos, uso de laranjas e doleiros. Uma página não seria suficiente. Mas estão todos aí, vivinhos da silva, pintados de guerra e bravatas, graças ao toma lá dá cá tropicalista.
Estão aí também porque, à maneira do ex-presidente Lula, são camaleões, mudam convicções e ideias – se é que as têm – ao sabor de quem manda. Pode ser PT, PMDB, PSDB, não importa. Jucá foi presidente da Funai no governo Sarney em 1986. Aprendeu a se fazer cacique e atravessou governos incólume.
O que importa para os políticos “com traquejo” é manter a boquinha. E se tornar eterno. O presidente vitalício do Senado, José Sarney, uma vez mandou carta a esta coluna reclamando do adjetivo “vitalício”. Achou injusto.
O que importa para o Senado é aumentar de 25 para 55 o número de cargos comissionados por parlamentar. O gasto anual subiu 157%, de R$ 7,4 milhões para R$ 19 milhões, se contarmos apenas o vale-refeição. Os “comissionados” são servidores contratados com nosso dinheiro, sem concurso público, pelos senadores. O guia do parlamentar diz que cada gabinete pode contratar 12 servidores. A Fundação Getulio Vargas, em estudo de 2009, definia como teto 25 funcionários de confiança por senador. Por causa de uma “brecha” (chamo isso de outra coisa), esses 25 se tornaram 55. Quantos fantasmas, alguém arrisca uma estimativa dos que nem aparecem para trabalhar? Muitos senadores liberaram seus fantasmas da exigência de ponto. São coerentes nisso. Como exigir ponto de invisíveis?
O campeão dos comissionados é Ivo Cassol, do PP de Rondônia, que contratou 67. Repetindo: Rondônia. Mas nosso inesquecível Fernando Collor, do PTB de Alagoas, não faz feio no ranking: tem 54 pajens. Collor “aconselhou” Dilma a não peitar o Congresso, porque ele teria sofrido impeachment por ser impetuoso demais. Falta memória ou desconfiômetro? É por essas e outras que os programas de humor na televisão têm reforçado suas equipes no Congresso. A OAB diz que os fantasmas são imorais – até o Facebook está pensando em censurá-los. Estão pelados, pelados, nus com a mão no bolso.
E daí? Alguém vai fazer algo ou a pauta do Congresso, fora da “zona de conforto”, é a queda de braço com Dilma e o boicote a temas reais?
Chantagear a presidente
e impedir votações importantes não ajudam nem o Senado
nem o país 
Que injustiça, não vamos generalizar. Existe um tema real, candente, tão importante que une todos os partidos. Da base aliada, da base oposicionista, da base mascarada. Não é o Código Florestal. Dezoito partidos pediram ao Tribunal Superior Eleitoral que libere os candidatos com “conta suja”. Políticos com gastos de campanha reprovados deveriam disputar eleição, como sempre foi. Por que mudar a regra?
Dá para entender o rebuliço. Só em três Estados, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, as contas de 1.756 políticos foram reprovadas, e eles não poderiam concorrer. No país inteiro, é um blocão de sujos, e cada vez aumenta mais. Resista, TSE.
Dilma enfrentou das viúvas do Lula nos últimos dias uma saraivada de críticas a seu estilo. Foi comparada ao lutador Anderson Silva, do vale-tudo. Cientistas políticos dizem que ela mexeu numa casa de marimbondos. Devem ter se referido aos marimbondos de fogo. É ruim isso? Ela não teria traquejo, nem gosto para a política, uma presidente isolada, sem amigos. Que amigos? Os que compõem dinastias, oligarquias e são donos de capitanias hereditárias? Quando Lula distribuía afagos e benesses, era acusado de lotear o Estado. Agora, Dilma é acusada de intempestiva, virulenta e de colocar um turrão e um durão no Senado e na Câmara.
A frase da semana é do presidente do PR e ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, deposto por suspeitas de irregularidades em julho do ano passado. Ele saiu em defesa da bancada vira-casaca do PR. Ameaçou o governo: “Acabou, chega! Ninguém aqui é moleque”. É. Pode ser. Afinal, os senadores se tratam por Vossa Excelência. Os moleques devemos ser nós, os 190 milhões que vêm sendo tratados como trouxas.

Ninguém aguenta mais essa base aliada retrógrada cobrando cargos e ministérios


Panfleto e desabafo
por Paulo Costa Lima
Não é hora de dividir. O mundo se reparte em crises, mas nós temos conseguido crescer.
Qualquer um que tenha vivido a década de 80, de paradeiro total e inflação de até 80% num mês, fica pasmo diante dessa situação de agora, de nossa imunidade.
Pois bem, saímos da década de 80, e da ditadura que até ela se estendeu - construímos um caminho político com democracia e eleição dos líderes.
Temos uma presidente que conta com aprovação de maioria esmagadora da sociedade - e no entanto temos que conviver diariamente com um clima de instabilidade política.
Ninguém agüenta mais essa idéia retrógrada de base aliada cobrando cargos e ministérios de porteira fechada, sem a vigilância da presidência, como teve o desplante de falar um nobre deputado há poucos dias.

É um tapa na cara de todos os cidadãos que prezam a transparência e honestidade, e que apóiam todas as iniciativas da presidente Dilma nessa direção.
Nós, sociedade civil, organizada ou desorganizada, temos de reagir, temos de mostrar aos nossos representantes que, ou eles defendem os princípios de moralidade, ou defendem o Brasil acima dos interesses setoriais, ou estarão fora do jogo.
Precisamos mandar um recado muito claro para a classe política, e para a mídia em geral. Estamos aqui quietos em nossos cotidianos brasileiros, mas sabemos nos irritar, sabemos muito bem quem tem boas intenções e quem deseja apenas levar vantagem. E podemos transformar isso em votos.
O Brasil não fez o esforço que fez, organizou a economia nos anos 90, ultrapassou barreiras impensáveis, trouxe 40 milhões de pessoas para um nível de participação mais decente (ou menos indecente)... para perder o bonde da história e se desestruturar em politicagens insanas.
O recado vale para toda a base aliada. Especialmente os que aceitarem a carapuça e a fama de fisiológicos e oportunistas. Vocês fizeram um pacto de governança, aderiram a princípios que devem nortear o bem do coletivo. Portanto, parem de provocar a nossa inteligência...
Mas o recado vale também para o próprio partido líder, que apesar de nesse tempo de agora poder liderar a narrativa da emancipação e da superação - apesar dessa sorte e dessa nobreza, às vezes se divide internamente, e vez por outra esquece que foram muitas mãos que construíram o caminho até aqui...
E você, caro leitor, saiba que não sou filiado a qualquer partido político. Acho a participação em partidos saudável, e creio que a população devia entrar maciçamente em todos os partidos, para vigiá-los, para guiar as decisões...
Os partidos produzem discursos de análise e de alternativas - expõem trajetórias e símbolos daquilo que podemos abraçar ou deixar de lado. Neste momento nós elegemos uma presidente, e ela tem se esforçado para desempenhar o seu papel de forma exemplar. Precisamos reagir à altura, e defendê-la... Esse é um ativo que ela conquistou.
Fiquemos atentos portanto - e chega de votar em quem não sabe manter seus compromissos de fidelidade ao bem coletivo, e trata a política como máquina de levar vantagem.