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Mensagem da hora

¨`•ઇ‍ઉUma criança pronta para nascer perguntou a Deus:

Dizem-me que estarei sendo enviado à Terra amanhã...
Como eu vou viver lá, sendo assim pequeno e indefeso?

E Deus disse:

Entre muitos anjos, eu escolhi um especial para você.
Estará lhe esperando e tomará conta de você.

Mas diga-me Senhor:
Aqui no Céu eu não faço nada a não ser cantar e sorrir,
o que é suficiente para que eu seja feliz?
Serei feliz lá embaixo?

Seu anjo cantará e sorrirá para você...
A cada dia, a cada instante,
você sentirá o amor do seu anjo e será feliz.

Como poderei entender quando falarem comigo,
se eu não conheço a língua que as pessoas falam ?

Com muita paciência e carinho,
seu anjo lhe ensinará a falar.

E o que farei quando eu quiser Te falar ?

Seu anjo juntará suas mãos e lhe ensinará a rezar.

Eu ouvi dizer, que na Terra há homens maus.
Quem me protegerá deles?

Seu anjo lhe defenderá
mesmo que signifique arriscar a própria vida.

Mas eu serei sempre triste
porque eu não Te verei mais...

Seu anjo sempre lhe falará sobre Mim,
lhe ensinará a maneira de vir a Mim,
e Eu estarei sempre dentro de você.

Nesse momento havia muita paz no Céu,
mas as vozes da Terra já podiam ser ouvidas.
A criança, apressada, pediu suavemente:

Oh Deus, se eu estiver a ponto de ir agora,
diga-me por favor, o nome do meu anjo ?

E Deus respondeu:

Você chamará seu anjo de MÃE!

Saul Leblon - a máquina de dar joelhadas no Brasil

As linhas gerais do Programa de Governo da candidatura Dilma Roussef, entregues à Justiça Eleitoral, no último sábado, ocupam 10 mil palavras. Compõem, mais que  tudo, um painel  informativo  dos avanços e conquistas registrados nas diferentes áreas do país durante os 12 anos em que a sociedade escolheu ser dirigida por  três  governos sucessivos de centro esquerda.

O período e o feito, inéditos na história, estão ali descritos em pinceladas  recheadas de números expressivos.

O conjunto retrata uma goleada histórica, raramente ou nunca exposta na mídia conservadora na forma de um acervo completo e detalhado.

Do conjunto sobressai a percepção nítida de que a ocultação, mais que isso, a desqualificação desse arcabouço –como tentou fazer o jornal O Globo, na semana passada, em cima de um discurso de Lula--   obedece a um instinto de sobrevivência.

Com todas as limitações sabidas  –que não são poucas,  não há, rigorosamente, nenhum saldo, em qualquer frente, que justifique a nostalgia  em relação ao país legado em 2002 pelo PSDB, após oito anos em Brasília.

Fica difícil eles ganharem esse jogo na bola.

Por exemplo:

"Em 2002, a inflação anual chegou a 12,5%; em 2013, estava num patamar de 5,9%; a expectativa para 2014 estará dentro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (centro de 4,5% e teto de 6,5%).

A taxa de investimento da economia brasileira, que era de 16,4% em 2002, passou para 18,2% em 2013.

A taxa de desemprego, em dezembro de 2002, era de 10,5% da população economicamente ativa; em abril de 2014, caiu para 4,9%.

 As exportações, que somavam US$ 60 bilhões em 2002, atingiram US$ 242 bilhões em 2013.

No período de doze meses encerrado em maio de 2014, o Brasil recebeu US$ 66,5 bilhões em Investimento Direto Externo (IDE), quatro vezes o montante de 2002 (US$ 16,6 bilhões).

A dívida líquida do setor público decresceu de 60,2%, em 2002, para o patamar de 34,6% em maio de 2014.

O programa Minha Casa, Minha Vida, em suas duas fases, já contratou 3,45 milhões de casas, 1,7 milhão das quais já foi entregue, o que corresponde a mais de 6 milhões de brasileiros vivendo em casa própria, o equivalente à população da cidade do Rio de Janeiro, a segunda maior do país.

 O sistema de financiamento habitacional, por meio do SBPE-Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, financiou 529,8 mil moradias em 2013, 18 vezes mais do que em 2002, quando foram financiadas 28,9 mil moradias.

Ou ainda, questões pouco afeitas ao eleitor urbano, como a democratização do acesso à água no sertão nordestino: até agora, já foram entregues, no Nordeste, 937 mil cisternas, das quais 607 mil somente no governo da Presidenta Dilma. Até o final de 2014, 1,080 milhão cisternas estarão instaladas por todo o Nordeste.
 
"Vale destacar que, embora o Brasil tenha vivido nos últimos três anos a maior seca das últimas décadas, não houve o drama dos retirantes famintos e sem rumo que nos afligia no passado...", lembra o texto.

São  algumas das goleadas nesse clássico de 12 anos.

A autoconsciência dessa inferioridade explica o empenho virulento do conservadorismo em bloquear qualquer  ensaio de regulação dos canais de comunicação, que venha a propiciar um leque mais amplo de pontos de vista  nas escolhas que vão definir o passo seguinte da sociedade brasileira e de seu desenvolvimento.

O  interdito ao debate em uma encruzilhada  fornida de desafios --a exigir uma repactuação  de prioridades, metas, prazos, concessões e salvaguardas-- constitui o grande trunfo para impedir uma mudança histórica na correlação de forças na vida nacional.

Não há,  no texto levado  à Justiça eleitoral, qualquer menção a esse aspecto crucial da luta política, através do qual a mídia passou a suprir a carência de projetos e lideranças conservadoras, distribuindo  joelhadas cotidianas nas costas do país e de sua autoestima.

O objetivo desse Juan Zuñiga  sistêmico é quebrar a  espinha dorsal da resistência ao lacto purga social intrínseco às propostas dos candidatos vivamente empenhados em devolver a economia ao livre arbítrio dos mercados.

A omissão, afirma-se, reflete a natureza inconclusa do documento.

Trata-se de um couvert. Não o cardápio definitivo da candidata, ou o do PT.

Mas um aperitivo  palatável à ecumênica coligação de forças políticas  –do PMDB ao PCdoB, passando pelo PP e o PR—que sustentam a candidatura Dilma.

Por isso mesmo  a ressalva das 'linhas gerais'.

Ou seja, um ponto de partida  que  "...o Partido dos Trabalhadores (PT) propõe para debate, num processo de ampla consulta aos movimentos sociais e aos partidos aliados ( quando)  será aprofundado por meio de grupo temáticos', diz a advertência introdutória ao documento (leia a sua íntegra ao final desta nota).

É fundamental que seja assim e que assim seja.

Sem suprir as lacunas do seu ferramental político,  as diretrizes progressistas explicitadas no texto correm o risco de ficar à  deriva.

A principal delas diz respeito à consolidação de um Estado social no país. A outra, a determinação de reformar o sistema político e ampliar a democracia participativa.
Ambas entrelaçadas ao propósito de elevar o Brasil à condição de uma economia desenvolvida nos próximos anos.

Portanto, a economia não irá a lugar nenhum sem eles. E eles não sairão das boas intenções sem canais que facultem à sociedade o debate ponderado, informativo e formativo sobre seus desafios.

"Ampliar a democracia política é um objetivo que anda junto com o compromisso de aumentar cada vez mais a democracia econômica – a distribuição de renda e a eliminação da pobreza. Além das medidas que serão tomadas de aprofundamento da democracia, soma-se o Sistema Nacional de Participação Popular, que terá a função  de consolidar as formas de participação colocadas em prática nos governos Lula e Dilma e institucionalizá-las. A proposta é transformar a participação popular em uma cultura de gestão e as novas tecnologias permitem ampliar e estimular o debate da população (...) Construir um novo ciclo de transformações significa transpor o degrau que hoje separa o Brasil do mundo desenvolvido, isso apenas pouco mais de uma década depois de termos iniciado, e estarmos vencendo, a batalha contra a miséria e a desigualdade. O Brasil não será sempre um país em desenvolvimento. Seu destino é ser um país desenvolvido. Chegou a hora de alçarmos o Brasil à condição de desenvolvido e justo (...) ", afirma o documento.
A centralidade da questão democrática  é um avanço em relação às plataformas eleitorais anteriores do PT.

Não se trata mais de cobrar um espaço para os excluídos no sistema político, mas de mudar a própria  natureza desse sistema para que eles possam de fato ter voz nas decisões nacionais.

A democracia brasileira oculta, no aparente contrato de um acordo social periodicamente repactuado nas urnas, a hegemonia de uma desigualdade bruta que ainda grita sua ostensiva presença no ranking das maiores do mundo.

O Estado brasileiro é o cão de guarda dessa engrenagem, que o conservadorismo quer manter obediente à coleira dos interesses unilaterais dos endinheirados.

Os avanços registrados nos últimos anos mexeram na divisão do fluxo da riqueza no país, sem no entanto  alterar o estoque que alicerça esses privilégios, bem como as estruturas que enraízam um sistema de poder ferozmente elitista defendido com unhas e dentes  pela emissão conservadora.

 Subverter a natureza desse aparato implica não apenas mudar o financiamento eleitoral ou oxigenar a gestão do Estado com uma bem-vinda institucionalização da participação consultiva dos movimentos sociais na gestão das políticas públicas.

É preciso dar a esse deslocamento a  audiência das grandes massas, de modo a  traduzi-lo em uma correlação de forças que possa sustentar um ciclo de desenvolvimento emancipador.

Isso não acontecerá sem uma  democratização dos meios de comunicação. E será boicotado até o limite da ruptura democrática pelo oligopólio hoje existente.
As linhas gerais do Programa de Governo de Dilma incluem goleadas históricas encorajadoras.

Mas  se omitem diante de uma questão chave, que pode por a perder o jogo decisivo do desenvolvimento brasileiro (leia o artigo de Wanderley Guilherme dos Santos; nesta pág).

O debate sobre o documento deve superar essa hesitação.

A máquina de dar joelhadas  já quebrou a espinha política do país algumas vezes no passado.

E nada indica que não o fará de novo.
_____________
 
Leia aqui a íntegra das Linhas Gerais do Programa de Governo de Dilma Rousseff, 'Mais Mudanças, Mais Futuro':

https://programadegoverno.dilma.com.br/pgp/index.php

Luciano Huck lança nova campanha

CADEIRÃO™ - Solícito como um vendedor de guarda-chuvas diante de uma tempestade imprevista, Luciano Huck anunciou o lançamento da série educativa "Somos todos vertebrados". "Serão 6 livros infantis que, além de estimular o Hexa, trarão informações sobre a evolução dos animais que ficaram de pé graças à coluna vertebral".
Numa inédita corrente de solidariedade, Bruna Marquezine anunciou que está fora da novela Em Família, Galvão Bueno berrou que não é mais narrador da TV Globo e Renato Maurício Prado virou revendedor Avon. "Esse é o Brasil que queremos", comemorou Dilma Rousseff, mais emocionada que Thiago Silva.
Como parte das celebrações da "Semana Neymar", o SporTV transmitirá recuperação do jogador em tempo real. "Os comentários serão de Juliano Belletti e Lédio Carmona", anunciou Luiz Carlos Júnior, enquanto opinava sobre a tensão do craque ao assistir a Sessão da Tarde.
do The i-piauí Herald

A ética do guerreiro e do cortesão, por Luis Nassif

Os cortesões morrem várias vezes durante sua indigna vida, mas o guerreiro morre apenas uma vez, enquanto vivos...lutam. 
Dirceu é um guerreiro! 

Desde o teatro grego, dois personagens opostos foram consagrados: o guerreiro e o cortesão. Para cada qual, a dramaturgia criou uma ética própria.
Para os guerreiros, os combates a peito aberto, a luta limpa,  o respeito pelo adversário, especialmente pelo adversário caído, a intolerância às manobras de bastidores. Para os cortesões, as jogadas oportunistas, os métodos sibilinos, sorrateiros, as jogadas calculadas e interesseiras.
Foi assim com César e os senadores romanos, com a saga de D’Artagnan e os Três Mosqueteiros, com a dicotomia entre Ricardo Coração de Leão e João Sem Terra.
Na maioria das vezes, o perfil cortesão era assumido por intelectuais da corte ou políticos, ambos se igualando nas manobras de bastidores; o perfil guerreiro, pelos comandantes.
Nesse início de eleições, há uma peça de teatro grego no ar, a prisão e o desterro político de José Dirceu, o maior dos generais do PT, e a luta penosa para livrá-lo de um juiz carrasco. Finalmente, sua saída da prisão, abatido, envelhecido mas mantendo o porte ereto.
Duas manifestações de adversários me chamaram a atenção
Bolívar Lamounier é um cientista político que experimentou o auge em fins dos anos 80, quando foi dos primeiros a se dar conta de um novo personagem que surgia no horizonte político: a opinião pública midiática.

Depois disso, logo tornou-se um intelectual orgânico firmemente ligado ao PSDB, como tantos outros intelectuais de peso, como Boris Fausto. Com uma diferença. Boris jamais abriu mão do rigor acadêmico, jamais fez concessões à selvageria exigida pelos grupos de mídia para ganhar visibilidade. Bolívar seguiu caminho inverso, dos intelectuais que abrem maos de teses iluministas para atender ao clamor da turba.
É dele as seguintes declarações dadas a O Globo (http://goo.gl/P0hIwl), referindo-se à saída de Dirceu da Papuda para exercer o direito assegurado por lei de trabalhar fora:
Para ser enfático, Bolívar precisaria mostrar o contraste, demonstrar o privilégio. Ele apelou então para uma imagem forte:
“Nem nos tempos das prisões políticas, os presos tiveram regalias como as que estão tendo José Dirceu”.
Não se sabe bem o que ele fazia nos tempos da ditadura. Naqueles tempos os presos saíam mortos. Talvez fosse essa a isonomia pregada pelo nosso intelectual iluminista.
“— É um deboche claro. A maioria dos presos brasileiros vive em condições sub-humanas. O próprio ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que as prisões brasileiras mais parecem masmorras medievais, muito longe da situação vivida por Dirceu. Não podemos esquecer que o ex-ministro foi condenado por corrupção, o que é um crime grave e teria que estar recebendo a punição de forma exemplar, sem privilégios”.
Bolívar ignorou toda a teoria iluminista, os avanços civilizatórios consagrados desde a revolução americana e considerou privilégio o réu ter direitos. Para a turba, isonomia consiste em tratar todos sem direito algum.
Até hoje, não vi nenhum intelectual sério, que se dá o devido respeito, endossando selvagerias dessa ordem.
Aloyzio Nunes é o político guerreiro. É o principal senador da oposição, sem gastar saliva em bobagens como Álvaro Dias, sem fazer uma representação por hora, como Carlos Sampaio, sem ficar na nota só das agressões, como Roberto Freire.

Na reportagem do Estadão, ele fala de Dirceu e faz oposição ao mesmo tempo (http://goo.gl/eJvJjK).
Não renega seu passado de guerrilheiro nem a amizade com Dirceu:
“Somos amigos desde os tempos da faculdade. Eu não renego um amigo. Sou amigo até hoje do Dirceu”, disse o tucano, para quem “divergência política é uma coisa” e amizade, outra.
Tem a devida solidariedade de guerreiro em relação ao adversário caído:
A imagem do amigo envelhecido e abatido em seu primeiro dia de trabalho fora da Papuda o impressionou. “Cadeia é uma merda, é um horror, aquele cheiro de creolina”, observou.
Mas não abre mão do discurso político:
Aloysio não acredita que tenha havido abuso no julgamento do Supremo Tribunal Federal. “O Zé é um cara disciplinado, inteligente, uma pessoa calorosa. Lamento muito sua situação. A prisão é sofrida. À maneira dele está fazendo o que acha que é certo para o Brasil. Eu discordo. Ele teve toda oportunidade de se defender.”
E dá a fórmula civilizada (e eficaz) para a oposição política:
“O ataque é contraproducente, acaba ricocheteando. Não precisa atacar o governo do PT. Os pontos frágeis do governo Dilma são muito visíveis, muito sentidos pela população, os preços, o endividamento das famílias, a baixa qualidade de emprego, a diminuição do ritmo de criação de empregos, o mau serviço público, a incerteza do amanhã.” Para Aloysio, não há mais grandes embates ideológicos. “O que existe são propostas para melhorar o Brasil. O Aécio tem credibilidade de sobra para propor isso.”
Aí me lembrei, logo após a vitória de Dilma, em 2010, José Dirceu comentando a reação de seu adversário José Serra – em vez de um discurso de aceitação da derrota, uma conclamação à luta. Em vez de condenar o adversário, Dirceu manifestou admiração pelo seu espírito de luta.
Os guerreiros sabem se respeitar.

Menssenger

ICQ ressuscita para disputar usuários com o WhatsApp

Se os nostálgicos ficaram tristes com a notícia da morte do Orkut, talvez se animem com a rejuvenescida do ICQ, outro serviço que faz parte da "velha guarda" da internet. O grupo Mail.Ru, que detém o aplicativo, anunciou uma série de novidades.

Disponível para computadores e dispositivos móveis, o ICQ ganhou um novo design, suporte a chamadas em vídeo, conversas em grupo e acesso via número de telefone, o que o coloca em pé de igualdade com o WhatsApp.

Para a empresa, a maior novidade são as chamadas em vídeo, que podem ser feitas de forma gratuita e simples, bastando ligar a câmera durante uma conversa. O chat em texto também funciona de forma dinâmica: para falar com mais gente, basta adicioná-las no meio da conversa e ela se torna um bate-papo em grupo.

Outra coisa interessante da nova versão é a possibilidade de trocar mensagens a quem não é usuário do ICQ. Basta selecionar o contato e enviar o conteúdo, que será entregue como SMS gratuitamente. As respostas da pessoa aparecerão na janela de bate-papo, e não no app de SMS.

Além de fotos, áudio e vídeo, dá para trocar qualquer tipo de arquivo pelo serviço, incluindo DOCs e PDFs. Também há stickers e um sistema de pesquisas interno que permite buscar imagens para enviar aos amigos.
Para baixar, clique aqui.

Madrasta do texto ruim analisa o programa de governo do presidenciável do Psdb

Eu ameacei fazer isso em 2012 com os programas de governo dos candidatos à prefeitura de São Paulo, mas me enrolei e desisti.
Ontem eu abri o site do TSE e resolvi que não podia deixar de analisar o programa de governo dos PSDB. (clique no link  Aécio Neves da Cunha e na aba Propostas de Governo).
Antes que você prossiga: esta é uma análise de uma simpatizante do PT. Obviamente, a análise será parcial. Teje avisado e não me encha o saco, se continuar a ler estarás por tua conta e risco.
Enfim. Sabe quando você tem (tinha) que caprichar no trabalho final da escola pra passar de ano, mas você tá(va) pouco se lixando pra matéria, daí você faz(ia) um trabalho nas coxas, dando pouca atenção ao assunto?
Qualquer estudante conhece a receita: você copia(va) um monte de troço legal de tudo quanto é canto, mas não dá(va) a liga final no texto. O professor, óbvio, percebe(ia) suas intenções, mas ele tá(va) doido pra se ver livre de você, então te dá(va) uma nota qualquer pra você passar de ano?
Pois é. Cabei de descrever o plano de governo do PSDB, disponível no site do TSE. Sim, eu li tudo. De cabo a rabo. Não, não estou passando mal. O texto é bacana. Mal redigido, mas bacana. O problema é que o troço é um arrazoado de boas e teóricas intenções, que por vezes se tornam risíveis quando a gente pensa na prática dos governos do PSDB.
Como eu já disse, o texto é bem bacana. Tem um monte de propostas lindas e vagas. Mas metas, métodos, formas e maneiras de implementação de propostas? Virei, fucei, revirei, botei de cabeça pra baixo e sacudi. Encontrei nada.
Voltando pra metáfora do aluno ixperrto. Imagine que, além de querer se safar da matéria, o aluno em questão resolveu copiar o que o melhor aluno da sala está fazendo pra ver se consegue fazer que o professor lhe dê nota mais alta. Não entendeu a alusão? Traduzo:
- a expressão nos moldes aparece duas vezes, em alusão ao Minha Casa Minha Vida e ao Pronatec. No meio do texto, encontramos a sugestão de aprimoramento” do programa Ciência sem Fronteiras
- A palavra aprimoramento surge em dois momentos, em ambos com complementos nominais diferentes: do modelo do Pronatec e do Enem.
- a expressão Manutenção e aprimoramento surge junto de Prouni e Fies.
- PSDB se garrô de amor pela expressão marco regulatório. Somando singular e plural, a bicha é citada sete vezes. No singular, são quatro vezes, para cuidar das regulações de Terceiro Setor, mineração, administração (no ponto de macroeconomia) e setor sucroalcoleiro. No plural, aparece em três momentos: regularização de imóveis ocupados por sem-teto, de maneira genérica no quesito empreendedorismo (Simplificação dosmarcos regulatórios que impactam as atividades acadêmicas e empresariais de inovar e empreender.) e para regular o trânsito em pequenas cidades.

A receita da redação do texto é a seguinte:

Tarja branca

Para despertar a criança que existe em você

Daniel acorda porque o olho pulsa. Eu acordo porque o despertador toca.
Quando anda, pula e imita sapo. Sobe na mesa e pula no chão. Dou risada, quanta energia, vem sapinho! “Sou dinossauro!” Inventa um pulo novo (de canguru, denomina de imediato). Dá cambalhota, estrela, fica de cabeça pra baixo. Não anda: oscila entre correr e inventar passos novos. Canso de olhar, encosto na cadeira, que fôlego Daniel tem!
Eu não pulo. À noite tenho uma hora e dez minutos na academia. Cronometrados. Passo séries agachando olhando minha própria imagem no espelho, separando meus movimentos em exercícios. Puxo uma barra para o bíceps, quase morro. De tédio. Acabo rápido para mais trinta minutos de caminhada feito rato de laboratório. Na televisão alguma bobagem me entretém enquanto conto os segundos para fugir de carro daquele lugar iluminado.
Passo o dia me arrastando entre compromissos. Olhar pro lado não posso, já são dez pra alguma hora, em cinco tenho que chegar, se não chegar em dois tenho que ligar, daí preciso correr mais. Chego e tenho compromisso. Não tenho tempo para o ócio, olhar no olho não consigo, desculpa, estou atarefada.
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Não acredito em ninguém na entrada do metrô. Dos que pedem dinheiro ou informação. Sou ressabiada, passo reto, converso pouco, seguro a bolsa, pego o celular: me divido entre me esconder nele e esconder ele. Sou triste no metrô.
Daniel vai para a escola sem se importar com o meio de transporte. Ele olha o mundo. Dorme no ônibus, cantarola pelo caminho. Quando a pé, conhece os cachorros de todas as casas, as árvores das quais mais caem folhas, os chãos de todas as calçadas.
Não romantizo a infância. Daniel se irrita. Sabe que pode mandar. Sabe ser cruel. Diz que não gostou do presente, que o bolo da tia é ruim, chora a alma porque está cansado e nem sabe. Mas quando acorda irritado não engole o choro e vai trabalhar. Não esconde o que sente. Grita, chora, se joga no chão, às vezes não consegue ouvir não.
Daniel tem a vida toda para aprender a se comportar. Tomara que ele entenda que crescer não é esconder sentimentos. Tomara que ele continue a fluir, tomara que a gente reaprenda com ele a brincar.

Tarja Branca: a revolução que faltava“, é um documentário brasileiro dirigido por Cacau Rhoden e feito pelo mesmo time dos incríveis “Criança, a alma do negócio” e “Muito além do peso“.
Para além da infância, o documentário fala do remédio que nossas sociedades estão esquecendo de tomar. Crianças e adultos cada vez mais distantes da cultura popular, da ludicidade, do senso de comunidade, de pertencimento a um grupo: estamos todos perdendo qualidade de vida junto com nossa capacidade de brincar.
Num equívoco imenso, associamos o brincar a não-seriedade, zombaria, imaturidade. Mas brincar é essencial para nossa sobrevivência e o documentário traz relatos de gente encantadora contando de suas infâncias e de suas brincadeiras de gente grande.
Tarja Branca é um filme para sair do cinema querendo pular corda, dançar na chuva, correr pelo parque, ser mais leve e reaprender a despertar o lúdico dentro da gente. Recomendo para a criança que existe dentro de você.
Isabella Ianelli


Pedagoga interessada em arte e educação. Escreve no blog Isabellices e responde por @isabellaianelli no Twitter.

Outros artigos escritos por 

Definição do beijo

1 - Em física: Contração da boca devido à expansão do coração.
2 - Contabilidade: É um crédito, porque é lucrativo quando se recebe de volta.
3 - Em economia: Um artigo para o qual a procura é maior que a oferta.
4 - Em odontologia: É contagioso e antisséptico. (Autor desconhecido)
pinçado da coluna É de Neno Cavalcante no Diário do Nordeste

Leia Também: Sobremesa do Neno

Paul Krugman - o dogma da incompetência

Tivesse o economista trocado o assunto do artigo abaixo (Lei de saúde a preço acessível - por organização da Copa) daria no mesmo. Por que de fato a essência do texto diz respeito ao título. Onde tiver reforma da saúde, leia "organização da Copa", o resultado será o mesmo. Confiram:


Você tem acompanhado as notícias sobre o Obamacare? A Lei de Atendimento de Saúde a Preço Acessível (a reforma da saúde de Obama) saiu da primeira página, mas as informações sobre como está se saindo continuam chegando – e quase todas as notícias são boas. De fato, a reforma da saúde prossegue bem desde março, quando ficou claro que as inscrições superariam as expectativas apesar dos problemas no site federal.

O que é interessante a respeito dessa história de sucesso é que tem sido acompanhada a cada passo por gritos de desastre iminente. A esta altura, no meu entender, os inimigos da reforma da saúde estão tomando de 6 a 0. Isto é, eles fizeram pelo menos seis previsões distintas sobre como a Obamacare fracassaria – e todas elas erraram.

"Errar é humano", escreveu Sêneca. "Persistir é diabólico." Todo mundo faz previsões incorretas. Mas estar tão errado de modo tão consistente exige um esforço especial. Logo, do que se trata isso?

Muitos leitores não ficarão surpresos com a resposta. Trata-se de política e ideologia, não de análise. Mas apesar dessa observação não ser particularmente surpreendente, vale a pena apontar o quanto a ideologia pisou nas evidências no debate da política de saúde.

E não estou falando apenas de políticos; eu estou falando dos especialistas. É impressionante o quanto os supostos peritos em saúde fizeram alegações sem base a respeito da Obamacare. Por exemplo, lembra do "choque de preços"? No final do ano passado, quando recebemos as primeiras informações sobre os prêmios dos planos de saúde, os analistas conservadores de saúde se apressaram em alegar que os consumidores sofreriam um aumento enorme de gastos. Estava óbvio, mesmo àquela altura, que as alegações eram enganadoras; nós agora sabemos que a grande maioria dos americanos que compraram planos pelas novas bolsas está obtendo cobertura a preço mais baixo.

Ou lembre das alegações de que as pessoas jovens não se inscreveriam, de modo que a Obamacare sofreria uma "espiral de morte" de alta dos custos e encolhimento das inscrições? Não está acontecendo: uma nova pesquisa Gallup aponta que mais pessoas obtiveram seguro-saúde por meio do programa e que o mix etário dos novos segurados é muito bom.

O que era especialmente estranho a respeito das previsões incessantes de desastre da reforma da saúde é que já sabíamos, ou deveríamos saber, que um programa na linha da Lei de Atendimento de Saúde a Preço Acessível provavelmente funcionaria. A Obamacare foi modelada mais ou menos de acordo com a Romneycare, que funciona no Estado de Massachusetts desde 2006, e tem forte semelhante com sistemas bem-sucedidos no exterior, como na Suíça, por exemplo. Por que o sistema seria inviável nos Estados Unidos?

Mas uma convicção firme de que o governo não é capaz de fazer nada útil – uma crença dogmática na incompetência do setor público – agora é uma parte central do conservadorismo americano, e o dogma da incompetência evidentemente impossibilitou uma análise racional das políticas.

Nem sempre foi assim. Se você voltar duas décadas, até a última grande batalha em torno da reforma da saúde, os conservadores pareciam relativamente cientes das perspectivas da política, apesar de profundamente cínicos. Por exemplo, o famoso memorando de William Kristol de 1993, pedindo aos republicanos para matarem a reforma da saúde de Clinton, alertava explicitamente que a Clintoncare, se implantada, poderia ser vista como bem-sucedida, o que, por sua vez, desferiria "um duro golpe contra as alegações republicanas de defesa da classe média ao restringir o governo". Logo, era crucial assegurar que a reforma nunca acontecesse. De fato, Kristol dizia para algumas pessoas que as histórias sobre a incompetência do governo são coisas vendidas aos eleitores para fazê-los apoiar cortes de impostos e desregulamentação, não algo em que você necessariamente acredita.

Mas isso foi antes dos conservadores recuarem plenamente para seu próprio universo intelectual. A "Fox News" ainda não existia. Os analistas de políticas dos centros de estudos de direita costumavam iniciar suas carreiras em empregos relativamente não políticos. Ainda era possível entreter a noção de que a realidade não era o que você desejava que fosse.

Agora é diferente. É difícil pensar em alguém na direita americana que já tenha considerado a possibilidade de que a Obamacare pudesse funcionar ou que esteja disposto a admitir essa possibilidade em público. Em vez disso, até mesmo os supostos especialistas continuam vendendo histórias improváveis de desastre iminente, mesmo após suas chances de deter a reforma da saúde terem acabado, e eles vendem essas histórias não apenas para os caipiras, mas também uns para os outros.

E vamos ser claros: apesar de ter sido divertido ver a direita se agarrar às suas ilusões a respeito da reforma da saúde, também é assustador. Afinal, essas pessoas mantêm uma capacidade considerável de promover estragos políticos e, algum dia, podem retomar a Casa Branca. E você realmente não quer ali pessoas que rejeitam os fatos de que não gostam. Quero dizer, elas poderiam fazer coisas impensáveis, como começar uma guerra sem motivo. Oh, espere...

O pig como ele é

Os jornalecos O Globo, Folha, Restadão e demais veículos de comunicação capitaneados pela (in)Veja, passaram os últimos dois anos malhando o governo federal por usar dinheiro público nas "obras da Copa". Pois bem, sabe qual é a crítica agora?...

Estão criticando os altos juros que os bancos públicos cobraram pelos financiamentos destas obras. São um bando de sem-vergonhas mesmo esses penas de aluguel e seus chefões. Mas, o que me diverte é ver um punhado de jênios concordarem, curtirem e compartilharem estas babaquices de mafiosos.
Corja!

Charge do dia

No Império Oriental do Fah-Bulah

[...] A exemplo do Brasil, Fah-Bulah decidiu começar tudo de novo. A soberana Hou-Sefi 2ª, da dinastia Peh-Teh, herdeira política de Luh-Lah 1º, 'O Grande', disputa o amor do povo com os jovens Hae-Cioh e Duh-Duh-Kã-Pos.

O povo de Fah-Bulah, de tradição pacífica, deu para protestar nas ruas. O que levou Hou-Sefi 2ª a concluir que o império padece de excesso de felicidade. Farto de tanto progresso econômico e social, o povo exige mais prosperidade. Daí o anúncio de que a soberana deseja uma nova Fah-Bulah —com povo mais otimista e com comerciantes dispostos a lucrar menos, pelo bem do império.
Hae-Cioh e Duh-Duh-Kã-Pos alegam que uma nova Fah-Bulah só será possível se a dinastia Peh-Teh for arrancada do poder. Espécie de imperador emérito, Luh-Lah 1º, 'O Grande', defende com tenacidade o seu legado.
Ele afirma que, sob a aparência jovial de Hae-Cioh, esconde-se um abominável homem das Neves, que ameaça mastigar os benefícios sociais e engolir os empregos criados na Era Peh-Teh. Quanto a Duh-Duh-Kã-Pos, Luh-Lah 1º insinua que ele cospe no prato em que comia até ontem.
Um dos principais obstáculos para o surgimento de uma nova Fah-Bulah é a proliferação de ratos. Eles estão em toda parte, sobretudo nas proximidades dos cofres. Para cada homem, existem pelo menos dez ratos no império.
São ratos diferentes. Em vez de roer, sugam. Em maioria, os ratos lutam por uma Fah-Bulah mais, digamos, ratocêntrica. Não querem mais ser chamados de ratos, mas de “aliados''. O povo vai ratificar?, eis a grande dúvida que o repórter tentará elucidar durante o recesso. A experiência do Império oriental de Fah-Bulah pode ser muito útil para compreender o que sucede no Brasil.

by Josias de Souza
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