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Poesia da hora

O amor não é burocrático.

O amor é:

Cego
Surdo
Mouco
Sem olfato
Cheio de tatos e burro.

by Joel Neto

Quando o MPF e o Judiciário fazem política, a defesa tem de ser política, por Fernando Brito no Tijolaco


Acertou em cheio o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva em seu pronunciamento em resposta ao comício promovido ontem pela força tarefa da Operação Lava jato.

Porque as acusações que está sofrendo têm natureza política, não jurídica, são fiapos retorcidos aos quais que se agarra o Ministério Público para fazer o que é, desde o princípio, o objetivo de Moro & Cia.

O cordeiro não enfrentará o lobo com argumentos "técnicos" como o de que não pode turvar a água estando rio abaixo, como não pode ter sido beneficiado com o recebimento de um apartamento que não recebeu.

A quinquilharia da guarda das caixas de um acervo de bens de que ele não pode dispor e tem a obrigação de preservar, sem receber pra isso? Quer dizer que se Lula alugar duas vagas e deixar as caixas na garagem do prédio e sumir uma daquelas jóias oferecidas, estaria tudo bem?

Sobretudo, qual é a vantagem auferida por Lula e em troca de qual favorecimento? Em tese, antigamente, não valia supor, em matéria de direito penal.

Em artigo publicado há mais de um ano o Dr. Lênio Streck transcreve uma narrativa fabulosa de Leon Tolstoi para provar o absurdo da situação:

Um camponês entrou com uma ação contra o carneiro. A raposa ocupava naquele momento as funções de juíza. Ela fez comparecer na sua presença o mujique e o carneiro. Explicou o caso.
— Fale, do que reclamas, oh camponês?
— Veja isso, disse o ele, na outra manhã eu percebi que me faltavam duas galinhas; eu não encontrei delas nada além dos ovos e das penas, e durante a noite, o carneiro era o único no quintal. 
A raposa, então, interroga o carneiro. O acusado, tremendo rogou graça e proteção à juíza.
— Esta noite, disse ele, eu me encontrava, é verdade, sozinho no quintal, mas eu não saberia responder a respeito das galinhas; elas me são, aliás, inúteis, pois eu não como carne. Chame todos os vizinhos, ajuntou ele, e eles dirão que jamais me tiveram por um ladrão. 
A raposa questionou ainda o camponês e o carneiro longamente sobre o assunto, e depois ela sentenciou:
— Toda noite, o carneiro ficou com as galinhas, e como as galinhas são muito apetitosas, a ocasião era favorável, eu julgo, segundo a minha consciência, que o carneiro não pôde resistir à tentação. Por consequência, eu ordeno que se execute o carneiro e que se dê a carne ao tribunal e, a pele, ao reclamante".

A acusação do MP a Lula de ser o "comandante da propinocracia é parecida. Não se aponta um ato de favorecimento mandado ou praticado por ele.

Mas o juiz é uma raposa e das raposas só o rebanho protege o carneiro.

Lula - a história mal começou

O ex-presidente Lula fez hoje à tarde em pronunciamento à imprensa nacional e internacional sobre a denúncia do Ministério Público Federal apresentada ontem contra ele.

Em sua fala, Lula alfinetou FHC, que, segundo ele, apostou no seu fracasso. "Ele não sabia que eu tinha em mente o fracasso do Lech Walesa. Eu dizia: eu não posso fracassar e tinha como uma profissão de fé não errar", disse.

"Eu fui humilde: se cada brasileiro pudesse realizar três refeições por dia, eu já tinha realizado a obra da minha vida", acrescentou.

Lula destacou que o ex-presidente Juscelino Kubitschek deve ter sido vítima de mais inquéritos do que ele. Getúlio em quatro anos de democracia se matou, afirmou.

"Tentaram fazer comigo o que fizeram com a Dilma em 2005. O objetivo era tirar o Lula já em 2005", declarou.

Para Lula, o seu "fracasso não teria despertado tanto ódio contra o PT. O que despertou a ira foi o sucesso desse governo". "Se quiserem me tirar, vão ter que disputar comigo na rua", ressaltou.

Sobre o impeachment de Dilma Rousseff, ele lembrou que foi articulado "por um homem que acaba de ser cassado". "Conseguiram dar um golpe pacífico", disse, ponderando, no entanto, a violência da Polícia Militar contra manifestantes.

"Se eles tratassem ladrão como tratam a molecada honesta que vai para rua, talvez não tivesse tanto ladrão. É uma vergonha jornalista ir para a rua de capacete", criticou.

O ex-presidente falou então sobre as instituições no País, e como elas se fortaleceram durante seu governo. Mas afirmou que "a lógica de hoje é a manchete, não os autos de um processo". "Quem é que nós vamos criminalizar?", perguntou, em crítica à Lava Jato. "Só ganha de mim aqui no Brasil Jesus Cristo", acrescentou, sobre acusações contra ele.

Sobre a coletiva do MP, afirmou: "Eles construíram uma mentira, uma inverdade, como se fosse um enredo de uma novela. E tá chegando o fim do prazo, afinal de contas já cassaram o Cunha, já elegeram o Temer, pela via indireta, pelo golpe, já cassaram a Dilma, agora precisa concluir a novela. Acabar com a vida política do Lula. Porque não existe outra explicação para o espetáculo de pirotecnia".

"Eu respeitaria mais a família deles do que eles respeitaram a minha. Vocês pensam que foi fácil suportar a invasão da minha casa? Invadiram as casas dos meus filhos", citou Lula. "Até os meus discursos eles levaram do instituto, certamente pra plagiar".

Ele ironizou o senador Aécio Neves (PSDB-MG) ao dizer que "tinham provas de um helicóptero com 400kg de cocaína, mas não tinham convicção, então liberaram".

"Não sei porque fazer uma coletiva para apresentar a prova de um crime, e não tem crime, tem convicção. Ninguém respeita a lei desse país mais do que eu", assegurou. "Sou daqueles que acreditam que só com instituições fortes há democracia", acrescentou.

Lula acredita que "Janot deve estar pensativo hoje", que "os ministros do STF devem estar pensativos. O que aconteceu? À custa do que esse espetáculo? Por que vender um produto que não tem como entregar? Não adianta matar e esquartejar, como fizeram com Tiradentes". "Vocês vão ter problema com o golpe que vocês deram", alertou.

"Vocês não podem permitir que meia dúzia de pessoas estraguem a reputação de uma instituição como o Ministério Público. Eu conheço gente que vive por cinco minutos de fama na televisão, essa pessoa vive pouca. A única coisa que eu peço, por favor, é que respeitem a minha família", pediu.

"Eu não tenho tempo de parar, o país que eu sonho ainda está muito distante de ser construído. Nada, só Deus, pode me fazer parar de lutar", afirmou. "Esta meninada que tá vindo pra rua lutar é um Lula multiplicado por 50 milhões de Lulas pelo país!".

O ex-presidente fez uma provocação aos procuradores, especialmente a Dallagnol, ao dizer que "tem gente que passou em concurso público que é analfabeto político, não sabe o que é governo de coalizão". "Quando eu transgredir a lei, me punam para servir de exemplo. Mas quando eu não transgredir, procurem outro para criar problema", pediu Lula.

Ele disse ainda que "cada petista tem que começar a andar de camisa vermelha". "Estou com 70 anos e com vontade de viver mais 20, a história mal começou", discursou.

Wanderley Guilherme, a vasta maioria é da mesma organização criminosa

Desde ontem não ia à blogosfera, preservando a normalidade de minha pressão sanguínea.

Pelo mesmo motivo, não assisto aos espetáculos de canastrice de posses judiciárias, discursos oficiais e denúncias, mais do que sem provas, sem pudor.

Fui ao Conversa, assisti a todos os vídeos e li todas as matérias.

É espantoso como a impunidade progride: esses rapazes curitibanos são esbirros do Procurador Geral, por sua vez afilhado de crisma do STF.

É um grave equívoco acreditar que ainda existe separação de Poderes no Brasil: membros do Executivo, Legislativo e Judiciário pertencem todos, em vasta maioria, à mesma organização criminosa.

Não há diferença substantiva entre declarações do ministro Gilmar Mendes, pronunciamentos de Rodrigo Janot, traques oratórios de Michel Temer e decisões da Câmara dos Deputados.

Só faltam as Forças Armadas, mas o oco presidente da República irá chamá-las, já, já.

O editorial cereja do O Globo está redigido.

abraço,
Wanderley Guilherme

Lava jato, um circo recheado de palhaços

No final da tarde do dia 14/9 a Força Tarefa responsável pela famigerada Operação Lava Jato ao apresentar perante a imprensa denúncia contra o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-primeira-dama Marisa Letícia e mais seis pessoas se superou. Num verdadeiro espetáculo circense a Lava Jato encontrou no procurador da República Deltan Dallagnol o mágico que faltava neste circo de horrores, de arbitrariedades e de autoritarismo que tramita sob o pálio do juiz Federal Sérgio Moro.

Somente um grande ilusionista ou um respeitável mágico para fazer com que os expectadores acreditem naquilo que foi exibido pelo Procurador diante dos holofotes da mídia. Neste processo penal do espetáculo e midiático Luiz Inácio Lula da Silva é apontado como o grande vilão e o principal culpado pelas mazelas do país, é elegido pelo procurador da República como "maestro de uma organização criminosa".

Como todo mágico o representante do Ministério Público Federal faz caras e bocas para iludir a plateia. Nosso mágico não serrou a mulher ao meio; não fez truques com cartas; não tirou coelho da cartola; não fez ninguém levitar e nem desaparecer. Nosso mágico inovou e transformou Lula em proprietário de um apartamento contra todas as evidências. Nosso mágico, se iludindo com a própria retórica, transformou Lula no maior criminoso da história. Fazendo portanto jus ao nome de ilusionista, ou seja, aqueles que praticam a arte performativa que tem como objetivo entreter o público dando a ilusão de que algo impossível ou sobrenatural ocorreu.

Sem qualquer prova e, portanto, sem justa causa para oferecimento da denúncia os procuradores da República capitaneado pelo procurador Dallagnol transformaram a coletiva em verdadeiro comício contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Chegaram ao desplante e ao descaramento de dizer que embora não tivessem provas tinham a convicção de que tudo é verdade. Prova, para que prova se temos mágicos!

Não senhores procuradores, vossas excelências não são deuses, não são paladinos da justiça e, também, não são heróis. Vossas excelências são funcionários da República e, portanto, do povo brasileiro que merece respeito.

O povo brasileiro não se deixará iludir, ludibriar e enganar, mesmo com o todo o aparato tecnológico, mesmo diante de tanta verborragia, mesmo diante de tanta pompa e arrogância. Acusações infundadas, levianas e sem lastro probatório não passarão. A farsa será em breve destruída. O grande truque não sobreviverá a justiça.

Autor - Leonardo Isaac Yarochewsky - Advogado e Professor

Lava jato e a volta do cipó de aroeira

Não tenho prova. Mas, tenho convicção que os procuradores da força-tarefa da Operação lava jato e o juiz(?) Sérgio Moro são cúmplices do golpe e foram comprados pelas Organizações Globo, alguma dúvida?


MPF e o power point

Por que Dallagnol (parece nome de esquizofrênico) e seus comparsas do MPF - ministério público federal - não apresentam o power point de Fhc, Serra, Alckmin, Michel Temer e cia?

Para colaborar com eles, taí o de Aécio Neves (Psdb-MG), um dos políticos mais delatados da lava jato e um dos menos investigados. Confiram:


Lava jato - o alvo é Lula

O objetivo de Moro é exterminar Lula

Se há alguma coisa de que Lava Jato não pode ser acusada é de surpreender.

O indicionamento de Lula, agora: você quer coisa mais óbvia?

Há muito tempo ficou claro que o objetivo de Moro e da Lava Jato está longe de ser erradicar a corrupção: é acabar com o PT. Mais especificamente, com Lula.

Todo o resto foi perfumaria. A plutocracia — à qual Moro serve — usou o pretexto da corrupção porque é um tema que comove a classe média despolitizada, manipulável e cheia de ódio contra os pobres.

Em 1954 contra GV foi o mesmo. Dez anos depois contra Jango foi utilizado o mesmo expediente.

E outra vez a mesma coisa se dá agora.

Nas delações, emergiram acusações seriais contra políticos como Aécio, Jucá e vários outros. Nada deu em nada.

O alvo é Lula, Lula e ainda Lula.

O paradoxo é o seguinte: Lula é massacrado pela conjunção da Lava Jato com a imprensa, notadamente a Globo. E mesmo assim nas pesquisas ele aparece numa liderança confortável.

Que a plutocracia faz com isso?

Tira Lula de cena. Dá um jeito de impedi-lo de concorrer em 2018. Se as circunstâncias permitirem, prende-o. (Esta é uma cartada mais arriscada.)

As ruas têm que reagir. Gritar basta para a plutocracia. Os plutocratas não podem tratar o Brasil como seu quintal e tudo ficar por isso mesmo.

Já não é perseguição o que se faz contra Lula. É carnificina.

E isso não pode ser tolerado.

Sobre o Autor

O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.