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Mensagem da madrugada

Conte comigo
Conte comigo, mesmo sem contar a mim tanta coisa que lhe pesa no coração, que lhe amargura e resseca o fundo d\'alma.
Conte, nas horas mais abandonadas da vida, quando o olhar, vagando em derredor, só divisar deserto.
Conte comigo, mesmo sem vontade de contar com ninguém ou certo de que não vale a pena contar com mais ninguém, nesta vida.
Conte comigo, devagarinho, deixando que a boa vontade vá dizendo, sem nada forçar, à medida em que acreditar.
Conte, durante as agonias, que, de um tempo para cá, não deixam em paz seu cansado coração, pois o bom da vida consiste em encontrar um amigo.
Conte, nas horas inesperadas, quando as tempestades despregam repentinas e tombam por cima da sua cabeça triste.
Conte comigo, para re-aprender a cantar, durante a vida, e a viver de serenas e pequeninas felicidades.
Conte comigo, para eu ajudá-lo a ter rosto bom e quieto, ao menos na presença dos filhinhos menores, que vivem dos rostos abertos.
Conte, para auxiliá-lo no amargo carregamento da cruz.
Conte comigo, para ficar sabendo, de experiência, que há na vida muita coisa linda, coisa escondida, prêmio de quem se venceu na dor.
Conte, para triunfar, no ritmo vagaroso do dever, na cadência da paz diária, aprendendo a teimar com as teimas da vida madrasta.

Rir é o melhor remédio

É tão raro nos dias de hoje as companhias aéreas oferecerem refeições a bordo que fiquei surpreso ao ouvir a comissária perguntar ao passageiro sentado a minha frente:aeromoça
- Gostaria de Jantar?
- Quais são as opções? – perguntou ele.
- Sim ou não – respondeu ela.
Kervyn Dimney.
caveiraEscrito no rodapé da nota fiscal de uma funerária:
“Obrigado. Volte sempre.”
Carmela A. Henriquez
twittarTwittar piada
Depois que comprei para minha mãe um CD player e alguns CDs, ela ficou empolgada ao descobrir que não precisava mais rebobinar ou adiantar fitas, nem manipular a agulha do toca-discos.
Sabendo que ela era limitada em relação a tecnologia, telefonei alguns dias depois para saber como estava se saindo.disco
- Bem. Escutei Shania Twain hoje de manhã – disse.
- O CD inteiro? – perguntei.
- Não – respondeu -, só um lado.
Courtney Dyer
astronauta
Soube do astronauta claustrofóbico?
Ele só precisava de um pouco de espaço.

Papa Francisco -


[Está acontecendo um Golpe de Estado suave no Brasil]
Reunido com a Presidência do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), órgão colegiado dos bispos de toda o continente, Francisco advertiu que pode ​​estar acontecendo um "golpe de estado suave” em alguns países da região, numa referência mais do que direta ao caso brasileiro após o afastamento da presidente legitimamente eleita Dilma Rousseff (PT); entre diversas questões episcopais, o papa manifestou preocupação na seara política com os problemas sociais dos países latino americanos em geral e com a eleição nos Estados Unidos, em particular, por falta de atenção mais viva à situação social dos mais pobres e excluídos
Dilma apresentou proposta para o Congresso aprovar o deficit primário de 96 bilhões para este ano. Não aprovaram e ainda usarem isso como desculpa para o Golpe no relatório do Anastacia (empregadinho do Aécio Neves da Cunha).

Pois não é que o Traíra e seus cúmplices apresentaram proposta no Congresso para o deficit primário deste anos ser de 170,5 bilhões?...

E com certeza a corja aprova, o pig colocou vaselina no Cunha deles e dos paneleiros (as).


Assim ficaram as paneleiras e paneleiros






O traíra invoca "segurança nacional" e barra protesto


Com centenas de manifestantes do MTST na vizinhança, presidente interino antecipou a volta a Brasília neste domingo (22); o grupo de sem teto, descontente com os cortes no programa Minha Casa, Minha vida, estava concentrado no Largo da Batata com o objetivo de chegar à casa de Temer em Pinheiros; grande contingente policial, no entanto, determinou o fechamento do acesso das ruas próximas à casa dele alegando tratar-se de um perímetro de segurança nacional; “Acho curioso invocarem a segurança nacional para barrar os manifestantes. Fazia tempo que isso não acontecia", disse Guilherme Boulos, coordenador do MTST, relacionando o episódio a uma prática comum no regime militar; desde que chegou à presidência provisória, Temer não colocou os pés na rua

Jogo de bola na praia


by Picasso - o mestre dos ismos

O Traíra fica ilhado

SP 247 – Temendo manifestações contra seu governo, marcadas para acontecer hoje domingo 22, o presidente interino Michel Temer está ilhado em São Paulo. Seguranças fecham as vias de acesso à rua da residência onde mora o peemedebista.

O ato, organizado pela Frente Povo Sem Medo, está previsto para sair do Largo da Batata às 14h. O plano era seguir até a residência de Temer, em Alto de Pinheiros, zona oeste da cidade, que ficou palco de diversas manifestações contra o governo nos últimos dias.

Outro protesto contra Temer acontece no centro do Rio de Janeiro na manhã deste domingo. O ato foi marcado para hoje porque o presidente interino participaria da inauguração do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na capital, que foi adiada para o dia 5 de junho. A concentração foi às 10h na Candelária. Manifestantes usam camisa com a frase: 'Lutar sempre, Temer jamais'.

Em todo o País, o governo provisório tem sido alvo de protestos, que focaram, recentemente, na crítica contra o fim do Ministério da Cultura. Diante de dezenas de ocupações em diversas cidades, o governo recuou e recriou o ministério – que funcionaria com status de Secretaria, subordinada ao ministério da Educação.

Neste sábado 21, os shows da Virada Cultural na capital paulista, como de Ney Matogrosso e Alcione, foram marcados por gritos de "Fora, Temer" e cartazes de "Temer jamais". Diversas outras apresentações do evento tiveram o mesmo clima político, tanto no palco quanto por parte do público.

Em 11 dias de interinidade, Michel Temer ainda não teve nenhuma agenda pública.

Busca de DNA de Lula nos presídios será última cartada da Lava Jato, por J. Carlos de Assis*

Contemporâneos de minha geração tiveram o privilégio de ler diariamente, nas páginas da velha "Última Hora", a coluna do inesquecível Stanislaw Ponte Preta. Era uma verdadeira catarse em face do besteirol produzido pela ditadura militar nos anos de 64 a 68. Acho que foi nesse último ano, às vésperas da atrocidade do AI-5, que Ponte Preta (Sérgio Porto) morreu, escapando de uma perseguição política que seria certa. Antes, porém, ele deixou o legado de uma crítica humorística ferina e incomparável da atuação dos militares que haviam usurpado o poder político no país. Essa crítica jamais seria ultrapassada.

Os anos 60 eram, ao lado do tempo da ditadura, o tempo dos festivais. Ponte Preta criou então o Febeapá, Festival de Besteira que Assola o País. Recolhia diariamente e publicava a imbecilidade produzida na gestão do governo pelos generais e coronéis de plantão e despejada sobre o povo brasileiro através de portarias, leis e decretos, ou ainda através de ordens para a censura. Vindo ao tempo presente, porém, não encontro, de memória, um único fato introduzido no Febeapá que se compare a esse verdadeiro monumento à estupidez e inutilidade judicial que é a investigação do "sobrinho da primeira mulher de Lula envolvido com a Odebrecht"!

Estamos assistindo, pasmos, a uma grande mobilização policial, de procuradores e de juiz, todos ganhando salários e vantagens extravagantes – e por isso custando os olhos da cara à República, já estropiada por uma recessão que eles próprios produziram na Lava Jato - , para procurar chifre na cabeça de cavalo. É que a possibilidade de um sobrinho da ex-mulher de Lula ter alguma coisa a ver com corrupção é absolutamente nula, e, caso exista, não tem absolutamente nada a ver com o próprio Lula. São relações privadas entre a Odebrecht e o sobrinho da ex-mulher, que só uma investigação politicamente orientada poderia tomar como suspeitas.

A investigação do "sobrinho da primeira mulher de Lula" - uma pessoa sem nome, mas que não obstante tem direito a insistentes chamadas da tevê Globo e longa exposição nessa emissora -, está na categoria de eventos dignos de aparecerem em lugar de destaque no neoFebeapá, o Febeapá da Lava Jato.   Entretanto, não é tão humorístico como na primeira fase do governo militar. É um ato de perseguição grotesco, que denota o fracasso nas investigações midiáticas anteriores relativas ao chamado tríplex e ao sítio, nenhum dos dois nunca se provou pertencer a Lula. Como não conseguiram essa prova, catam cabelo na casca de ovo, para não se desmoralizarem completamente.

Na verdade, esses Torquemadas tupiniquins, adestrados pelos torturadores norte-americanos nas delações premiadas, estão desesperados por reconquistar na televisão o espaço perdido para o impeachment, assim como para justificar a perseguição policial, judicial (procuradores e juiz) e midiática que promoveram contra o ex-presidente mais popular do país depois de Getúlio, e, para os pobres, no mesmo patamar de Getúlio. Para destruí-lo é preciso ir fundo, segundo os procuradores-policiais. É preciso, ao que parece, investigar todos os presídios do país para verificar se, entre os bandidos, encontram algum DNA de Lula. Esse bandido será então proclamado comparsa de alguma "organização criminosa" chefiada pelo ex-presidente!

*Economista, professor, doutor pela Coppe/UFRJ

Fábula requentada por Sebastião Nunes

Ali Babá e os 400 mil ladrões do seu irmão


  Kassim estava irritadíssimo. Sentado no imponente trono de ouro, diamantes, rubis, esmeraldas, topázios, ametistas e águas-marinhas, o Imperador dos Ladrões vomitava cobras e lagartos em cima de auxiliares diretos e indiretos:
            – Cambada de velhos-ricos idiotas! Só porque sou multimultimultibiliardário, acham que tenho de ficar esfolando a bunda nessa cadeira cravejada de joias, como qualquer reizinho da Idade Média. Quem me dera ser um simples vaga-lume, pairando livremente no firmamento!
           Sim, Kassim tinha dessas ambiguidades. Embora espumasse de ódio por qualquer ninharia, mandando degolar amigos íntimos ao menor escorregão, nunca perdia a deixa para uma citação pseudoliterária da pior qualidade.
           O problema não era tanto o espinhoso trono, mas a quantidade de ladrões reunidos em sua quadrilha. Nos primórdios das aventuras furta-afana-abafa-surrupia, mal conseguira meia dúzia de malucos dispostos a partilhar os déficits da contabilidade mambembe. Agora, quando possuía uma caverna super-hiper-camuflada, super-hiper-equipada e super-hiper-enormérrima, o bando crescia como formigueiro na primavera. Segundo o último balanço, eram 166.667 homens, 133.333 mulheres e 100.000 jovens aprendizes, totalizando 400.000 ladrões, todos da mais refinada extração, sem contar o harém particular, privilégio de lideranças fortes como a sua, constituído de 365.000 belíssimas odaliscas, ou seja, 1.000 gostosuras para cada dia do ano
PAUSA PARA EXPLICAÇÕES
A idade para ingressar na quadrilha oscilava entre a mínima de 20 anos e a máxima de 65, para homens. Para mulheres, entre 18 e 55 anos. Aos 75, eram os homens compulsoriamente aposentados, recebendo o percentual que lhes cabia das infinitas riquezas, percentual escrupulosamente contado, medido e pesado pelo honestíssimo tesoureiro-mor. As mulheres se aposentavam aos 65, podendo daí em diante curtir numa boa a vida de esplendor que sem dúvida desfrutariam, com sua parcela também contada, medida e pesada, escrupulosamente, pelo tesoureiro-mor.
PAUSA PARA NOVAS EXPLICAÇÕES
O referido tesoureiro-mor, que acumulava os cargos de ministro da fazenda e presidente do banco central, era o milésimo centésimo nomeado nos escassos 11 anos em que Kassim reinava sobre os ladrões. Desse total, os 1.099 primeiros haviam sido enforcados em galhos de tamareira, depois de apanhados com a boca na botija, perdão, com a mão metida em um dos milhares de sacos de joias e moedas de ouro. Seus esqueletos nus brilhavam ao sol do Golfo Pérsico, pois Kassim não era besta de morar no deserto. Com exemplos tão clamorosos, nem era preciso exigir de um tesoureiro honestidade total, integral e absoluta. Sua única alternativa estava na longa fileira de ossadas penduradas, rebrilhando de brancura e balançando ao vento.
PAUSA PARA EXPLICAÇÕES FINAIS
365.000 odaliscas era o máximo que qualquer potentado oriental ou mesmo ocidental, também dados a estripulias eróticas, jamais reunira. Salomão, o Sábio, contava com apenas 200 amantes, menos de uma por dia do ano. Harum-Al-Rachid, o Favorito de Alá, reunira nos tempos de maior fausto apenas 1.460 jovenzinhas em flor, quatro para cada dia do ano. John F. Kennedy e Mick Jagger, conhecidos garanhões, nunca passaram de oito por noite, totalizando 2.920 cada um. Fica evidente que, possuindo 1.000 odaliscas por noturnália (de sono ou de vigília, sabe-se lá), Kassim jamais, ainda que fosse um Hércules do sexo, um Aquiles do erotismo ou um Napoleão das guerras vulvo-penianas, jamais, repetimos, chegaria a conhecer, biblicamente falando, um centésimo do cobiçado e alvoroçado rebanho.
VOLTANDO À IRRITAÇÃO REAL
O que mais irritava Kassim, como dissemos, não era tanto o trono duro, mas o número excessivo de ladrões que o cercavam. 400.000 ladrões! E isso para um homem da maior honestidade, que pautara toda a sua vida pela retidão moral e pelo perfeito cumprimento das leis, nos menores detalhes. Isso, sim, era profundamente irritante. Ladrão, sim, mas ladrão honestíssimo, estimado e paparicado por todos, no Senado, da Câmara dos deputados, na FIESP, no STF e nas Procuradorias Gerais de Justiça, pois era evidente que, em seu reinado mais-do-que-moderno tais aberrações (perdão, tais entidades) eram não só necessárias como indispensáveis ao bom andamento dos furtos (perdão, dos negócios) nacionais e mesmo supranacionais.
ALI BABÁ ENTRA NA HISTÓRIA
Foi quando, depois de rebolar o traseiro para lá e para cá pela milésima vez, tentando adequar o conteúdo ao continente, Kassim se lembrou do irmão mais novo, que atendia pelo codinome de Ali Babá, veja você que idiotice. Mais que depressa, chamou o primeiro-tenente, Abracadabra, e o segundo-tenente, Salamaleque, disposto a bolar um plano muito, mas muito inteligente, que permitisse aos três se safarem com sua parte da riqueza (nem um rubi a mais, honestidade acima de tudo), deixando o resto da quadrilha com enorme fortuna e sob a competente liderança do irmão. E foi o que fizeram. Depois de muito confabular, decidiram cooptar o querido Ali, que morava no Brasil, com breve, eloquente e amorosa carta de fraternal saudade. Que colou, como sempre acontece nas histórias de fadas e bruxas.
VISITANDO A CAVERNA CENTRAL
Ali Babá chegou do Brasil, parou diante da caverna, percebeu a tropelia dos ladrões e se escondeu. Ouviu as palavras mágicas, que decorou, com vírgula e tudo: “Em nome da família, da propriedade, de Deus e da Lambança Geral.” Quando o bando se afastou, depois que todos os 400.000 ladrões entraram e depositaram as novas riquezas honestamente adquiridas, Ali Babá se aproximou, recitou as palavras mágicas, a porta se abriu e ele entrou.
Ficou embasbacado? Nem por isso. Com sua super-hiper-calculadora eletrônica, multiplicou os sacos pelo valor médio, dividindo tudo por 400.000. E concluiu que no Brasil os negócios eram muito melhores. Para isso, contava com pelo menos 70% de todos os candidatos nas próximas eleições gerais para todos os cargos de todos os altos e baixos escalões. Além dos convidados para as diversas mordomias (perdão, para os diversos órgãos), do primeiro ao trigésimo terceiro escalão.
Filosoficamente, concluiu: se antes do golpe os negócios no Brasil já eram excelentes, causando inveja em todo o mundo pela competência larapial, manipulativa e contorcionista da Câmara, do Senado e do Judiciário, depois então nem se fala. Era de se babar de gozo. E Ali Babá riu, com seus botões dourados, do magnífico trocadilho que acabara de produzir sem qualquer esforço intelectual.
Na moral desta fábula ilustrada, ilustres membros da Câmara, do Senado e do Judiciário da quadrilha de Kassim partilham o butim arrecadado no último assalto federal.

Poesia do dia

Por que você ama quem você ama?
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não-fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não tem a maior vocação para príncipe encantado, e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita de boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara? Não pergunte para mim.

Você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem o seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar (ou quase). Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém. Com um currículo desse, criatura, por que diabo está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó! Mas ninguém consegue ser do jeito do amor da sua vida!
by Martha Medeiros



O Traíra está preparado para o teste das ruas?

Ontem sábado, estava prevista a inauguração de um trecho do VLT, no Rio de Janeiro, que contaria com a presença do presidente interino, Michel Temer, mas ele desistiu de participar, alertado por assessores do risco de vaias, o que fez com que o evento fosse adiado para 5 de junho; na Virada Cultural, em São Paulo, o "Fora, Temer!" dominou os intervalos entre as apresentações, assim como nos espaços ocupados do Ministério da Cultura; ontem, em Belo Horizonte, a presidente afastada Dilma Rousseff passou pelo teste ao ser ovacionada por 40 mil pessoas em Belo Horizonte, aos gritos de "Volta, querida"; Temer luta para ter seus votos no Congresso, mas não tem o apreço do povo; esse modelo de governabilidade é sustentável por muito tempo?

247 – Em dez dias de interinidade na presidência da República, Michel Temer ainda não travou contato com a população. Até agora, ele passou todo o tempo encastelado nos Palácios do Planalto e do Jaburu ou em seu escritório político, como fez neste sábado.

Dias atrás, ele pretendia comparecer ao velório do cantor Cauby Peixoto, mas deixou de comparecer temendo ser vaiado. Neste sábado, estava também prevista a inauguração de um trecho do VLT do Rio de Janeiro, mas Temer desistiu de ir e o evento foi adiado para 5 de junho.

O temor é um só: de que a estreia de Temer seja marcada por vaias gigantescas da população e gritos de "Fora, Temer", como se ouviu nos espaços ocupados do Ministério da Cultura e nas primeiras apresentações, neste sábado, da Virada Cultural, em São Paulo.

Numa situação oposta, a presidente afastada Dilma Rousseff recebeu o carinho da população na noite de ontem, em Belo Horizonte, quando 40 mil pessoas a saudaram aos gritos de "Volta, querida" – o que não foi exibido no Jornal Nacional, como se um ato desse porte, em apoio à presidente eleita, pudesse ser ignorado.

Nos próximos dias, Dilma deverá reforçar seu contato com a população. Ela avalia deixar a "prisão" do Palácio da Alvorada – onde suas visitas são controladas por uma barreira militar – e fazer coisas comuns do cotidiano, como ir às compras, ao cinema, a restaurantes e até sair para tomar um simples sorvete.

Temer, ao contrário, irá ao parlamento, discutir suas primeiras medidas econômicas, que não trarão nem a CPMF nem a reforma da Previdência.

Para se sustentar no poder, Temer necessita conquistar os votos de 54 senadores apenas – e não da população, que deu 54 milhões de votos à presidente Dilma. Mas, por mais que ele consiga se manter na presidência, não é um sustentável um modelo de governabilidade onde o soberano não se arrisca a colocar os pés na rua. Especialmente num país que está prestes a sediar os Jogos Olímpicos.