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Aos monstros morais

Legal, justa e humanitária a permissão para Lula velar o neto Arthur. Só monstros morais se manifestaram contra. Agem como os toturadores que idolatram. São ameaça a democracia. Não deveriam causar nenhuma surpresa. Sempre foram assim. São coerentes ao usar a barbárie como arma política.
Veja o que alguns desses monstros morais disseram Aqui
Todo mundo quer ser bom, mas da lua só vemos um lado
Vida que segue...

Democraticídio, por Tereza Cruvinel

- O pior cego é aquele que não quer ver. O problema disso é que numa democracia a maioria dos eleitores e eleitoras levam toda população (mesmo os que não votam) para o abismo. Aconselho a todos que enxergam e sabem o que Bolsonaro significa, a lutar pela liberdade e contra a barbárie -
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As advertências sobre o risco Bolsonaro para a democracia não são choro antecipado de perdedor, artifício de petistas desesperados para virar o jogo.
O democraticídio virá, não apenas porque condiz com a natureza autoritária do deputado-capitão, mas porque, se eleito, não será capaz de dar outra resposta aos impasses que enfrentará.
Os avisos vêm até dos que ajudaram a semear o antipetismo, um dos mais fortes nutrientes da candidatura favorita.
Outros, que poderiam falar mais alto, justificam a omissão com a bazófia de que, ainda que ele tente, nossas instituições terão força para evitar qualquer ruptura.
Em 1964 também tínhamos instituições que pareciam funcionar, mas elas não apenas cederam ao primeiro movimento de tanques.
Elas ajudaram a executar a parte civil do golpe. Bolsonaro e seu entorno, a começar do vice troglodita, nunca esconderam o pendor autoritário e a saudade da ditadura, nos elogios da tortura e nas homenagens ao grande torcionário, Brilhante Ustra.
E sempre expôs com sinceridade brutal seus preconceitos contra mulheres, gays e negros.

O risco Bolsonaro, por Paulo Kliass

A maior parte do ano de 2002, os grandes meios de comunicação, o GAFE - Globo, Abril, Folha, Estadão -, publicaram matérias, pesquisas e boatos espalhando o terror no país, na sociedade. Era catástrofe, a tragédia anunciada que estava embutida na eventual vitória de Lula nas eleições de Lula naquela eleição.  Esse movimento foi chamado genericamente de “risco Lula”. Na verdade, ele compunha de maneira ardilosa com outro grande mito criado pela “intelligentsia” vinculada ao financismo. 

Ele procurava sintetizar o conjunto das dificuldades para que o crescimento da economia fosse alcançado por nossas terras: o tal do “custo Brasil”. À medida em que até aquele momento a nossa dependência com relação aos recursos externos era muito elevada, a lógica de comportamento do investidor/especulador estrangeiro era apresentada como o “risco Brasil”.

Esse foi o conjunto de variáveis que estimularam a propagação da chantagem implícita na campanha contra a candidatura de Lula há 16 anos atrás. O Brasil iria quebrar. A economia iria para o fundo do poço. O capital estrangeiro sairia para nunca mais voltar. A inflação explodiria. E o maior exemplo disso era a cotação da taxa de câmbio no mercado financeiro, onde os poucos mastodontes operadores manipulavam a cotação do dólar de forma irreal e meramente especulativa. As imagens assustadoras iam desde a fala de artistas como Regina Duarte e seu medo, até ameaças explícitas de agentes do mercado financeiro para uma suposta revoada de capital caso José Serra não vencesse as eleições. Pois a realidade que se seguiu à década posterior a 2003 foi exatamente a oposta.

No pleito atual, a situação é bem distinta. A estratégia de marketing da campanha de Bolsonaro é a tentativa de se apropriar do sentimento generalizado de uma espécie de multi-descontentamento da maioria da população e canalizar essa energia a favor do capitão-deputado. O arco de abrangência é amplo e inclui as pessoas que são contra tudo o que está aí, as pessoas que são contra os políticos em geral, as pessoas que têm críticas aos governos do PT, as pessoas que são a favor da Operação Lava Jato. Além disso, incorpora as pessoas que aceitam passivamente as orientações dos líderes religiosos de suas comunidades fundamentalistas ou ainda as que concordam com as propostas de natureza autoritária, homofóbica, machista e hipocritamente moralista do candidato.

A barbárie do dia passado a luto

Aos gritos de Bolsonaro, Bolsonaro, Bolsonaro, de hienas bípede mata travesti a facadas em bar no centro de São Paulo.

Para mim quem vota nesse monstro tem as mãos sujas de sangue inocente causadas pela intolerância e facismo dessa matilha.

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Marcelo Auler: a barbárie chegou

A 19 dias do segundo turno, portanto, sem qualquer definição do que acontecerá e de quem presidirá o país nos próximos quatro anos, os adeptos da candidatura do capitão já se sentem donos do país. Respaldados apenas no bom resultado do primeiro turno, demonstram a quem ainda não conseguiu enxergar como pretendem comandá-lo. Não é nada agradável. Ao que parece, sentiram-se livre para demonstrar do que são capazes: impor medo e terror.
O quadro ao lado, recebido pelas redes e ampliado, demonstra apenas alguns acontecimentos ocorridos nos últimos dias nos mais diversos cantos do país. São fatos reais, em cidades diversas, sempre com a mesma marca: foram protagonizados por adeptos da candidatura de Jair Bolsonaro e mostram a violência. O desprezo pela vida. O desrespeito ao diferente ou a quem não pensa igual.
Não é demais lembrar que no dia 6 de setembro, o gesto tresloucado de Adélio Bispo de Oliveira, um mineiro com suspeitas de problemas psíquicos, atingiu o presidenciável Jair Bolsonaro em plena campanha, em Juiz de Fora (MG). Mesmo conscientes de estarem em uma disputa eleitoral acirrada, os demais candidatos se solidarizaram ao deputado federal do PSL, condenaram o gesto e até reduziram, na época, os ataques políticos. Manifestaram repúdio à violência com a qual não tinham qualquer envolvimento.
Nos últimos dias, porém, cenas de violência se repetem com uma frequência grande. Em comum o fato de serem protagonizadas por eleitores ou militantes da campanha do capitão do Exército. Muitas delas gravadas em vídeos. A maioria com registros na polícia. Demonstram que os militantes da candidatura militar – que acabam se confundindo com verdadeiros milicianos – diante dos resultados do primeiro turno, sentiram-se autorizados para, à luz do dia, e mesmo na presença de testemunhas, mostrar a violência que defendem e são capazes de realizar.
O mais impressionante é o silêncio obsequioso – autorizador? – de Bolsonaro. Ele próprio ainda se recuperando de um tresloucado ato de violência. Violência que, há muito, defende e propaga.
Se ele não pode responder pelos gestos de seus seguidores, apesar de muitos deles terem sido incentivados pelo discurso de ódio que sempre pregou, pode sim ser cobrado pelo silêncio diante de tamanha violência.
Silêncio que não se resume ao candidato à presidência. É compartilhado também pelo candidato ao governo do Rio de Janeiro, Wilson Witzen. Este, mesmo se vangloriando de ser ex-tenente dos Fuzileiros Navais – “onde aprendemos a hierarquia e a disciplina” – e ex-juiz federal, assiste impassível – e aplaude –  discursos de ódio dos candidatos coligados, como se fosse algo natural.
Tal como ocorreu em Petrópolis, cidade serrana fluminense, dias antes do primeiro turno. Ali, em momento lembrou-se de defender a lei e, principalmente, a civilidade. Tal como deveria ter aprendido ao pertencer às Forças Armadas e à magistratura. Em compensação, no debate político com o adversário, tenta se mostrar forte ao prometer dar-lhe voz de prisão diante de possível crime de injúria.
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Dilema



Resumindo a situação em que o país se encontra:
No segundo turno vamos decidir se queremos 
a civilização (Haddad) ou a barbárie (Bolsonaro).
Simples assim.
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Uma homenagem ao ambulante Luiz Carlos Ruas, espancado até a morte na noite de Natal

O Índio do metrô que encantou
Singela homenagem que fazia muito bem, por Casé Angatu via Facebook
Conheci o Índio, vendedor ambulante, na Estação do Metrô Pedro II no final dos anos 90 quando lecionava na UNIABC em São Caetano do Sul. Na volta quase sempre passava pela barraquinha dele. Depois que deixei de trabalhar em São Caetano e ia andando do Tatuapé até a UNIFMU na liberdade para lecionar, por vezes, também dava uma passadinha por lá. 
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“Seu Índio” ou "apenas Índio” (o que já é muito) era uma figura única em sua simpatia ... gente pra lá de boa. Generoso permitia que pagassemos depois quando nao tinhamos dinheiro.
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Puxando pela memória um dia ele disse, me chamando também de Índio: 
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- “O Índio sabia que meu apelido é Índio?” Então perguntei:
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- “Você é Índio de onde?” Ele respondia, sempre sorrindo com aquela cara de gente boa:
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- “Sou lá do norte do Paraná (sempre entendia como Pará), mas não sei se sou Índio mesmo ... mesmo assim todo mundo me chama de Índio desde novo” ... e dava risada. Dizia eu:
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- “O senhor gosta de ser chamado de Índio?” Índio respondia:
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- “Gosto e muito” Eu falava:

- “Então você é Índio ... Seu Índio ... Isto que importa ... sua alma ...”
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Não lembrava o nome da cidade dele, mas lendo a matéria sobre o seu Encantamento, o nome é Guaraci (Paraná) – denominação Indígena para o Sol. Conversamos muitas coisas, entre elas a nossa idade. Lembro que nossa idade era quase a mesma ... e comentávamos: “Índio não envelhece...” e dávamos risada.
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Os anos passaram e não via mais o Índio, especialmente depois que mudei pra Bahia. Nem sabia que ele continuava na Estação Don Pedro.
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Fiquei com o coração doendo pela forma brutal como “Índio” Encantou no dia de natal - 25 de dezembro de 2016. Não irei comentar a brutalidade da morte porque não faz parte de nossa anga. Quando alguém nos faz crueldades como esta costumo dizer algo da sabedoria ancestral: "o que é seu está guardado e não sou eu quem irá lhe dar". 
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Como também sempre digo: "Não possuímos rancor, mas temos memória". Em nome desta memória de uma cidade (São Paulo) cheia de "Seus Índios" eu escrevo.
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Chorei e ainda com os olhos cheio de lágrimas escrevo esta pequena homenagem-lembrança ao Índio. O coração está apertado. Talvez por isto que escrevo este texto como forma de desabafar e, acima de tudo, sensibilizar neste mundo, por vezes, impermeável a sensibilidade.
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Na minha próxima estadia em Piratininga irei passar na Estação Don Pedro para, em silêncio, homenageá-lo. Homenagear o “Seu Índio” da Estação Pedro II.
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Sabe ... lendo e ouvindo o noticiário ... Índio Encantou como um Awa Gwarini Atã (Índio Guerreiro e Forte). Encantou defendendo outras pessoas que, como nós (com cara de Índio), sofrem preconceitos cotidianos. 
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Na minha lembrança e de muitos ficará a imagem dele como aparece na foto que copiei do noticiário ...sorriso fácil ... o Índio gente pra lá de boa. Nunca tirei foto dele porque não é meu costume e naquela época, quando conhecemos, fotografar não era "comum".
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Daqui a pouco irei conversar com as Encantadas das Águas e das Matas aqui em Olivença Indígena e Encantada...
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“Eu vi gemer lá na mata, ê 
Eu vi gemer lá na mata, ah
Seu Índio é Índio guerreiro 
que Tupã deixou na Terra para lutar pelo ideal
Viva nosso pai Tupã que ama muita gente”
AiÊNTÊN SEU ÍNDIO !!!*