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A frescura do dia

FGV - Fundação Getúlio Vargas - estuda criação do índice FIB - Felicidade Interna Bruta -, para substituir o PIB - Produto Interno Bruto -. Pior é que vão gastar uma muita bufunfa para inventar esta marmota.

Como acho isto uma tremenda besteira sugiro que também estudem criar o...

PIAB - Produto Interno Alegre Bruto -.
PIBB - Produto Interno Besta Bruto -.
PIPB - Produto Interno Palhaçada Bruto - e outros mais deste tipo.

Haja paciência para aguentar tanta frescura.

Ah, falando em frescura...criem também o índice do PIFB - Produto Interno de Frescura Bruto -.

Se fosse uma imagem engraçada

[...] uma uma foto de mulher pelada, todo mundo compartilhava
mas, como é algo que envergonha a humanidade...

Cascata & Cachoeira a dupla revelação de 2012

Sucessos conhecidos por poucos da dupla goiana Cascata & Cachoeira: *Canção " Las Vegas ", 2008 não teve a repercussão merecida pelos meios piguianos de comunicação. Porém, com o estrondoso e inegável sucesso da * Canção " Monte Claro " eles não tiveram mais como esconder o talento ímpar da dupla goiana em ganhar dinheiro com a exploração de caça-níqueis e  bingos. 

A opinião pública [ não a publicada ] também exige que o Procurador Geral da República - Roberto Brindeiro Gurgel -, explique a lentidão para reconhecer o trabalho da dupla, se desde 2008 já tinha conhecimento das obras dos artistas.

Esta próxima semana é esperada a chegada da dupla ao topo das paradas políticas.

Vamos aguardar. 

Zé Dirceu: pago para ver o novo SRC diminuir o spread bancário



Alexandre Tombini, presidente do Banco Central (BC) afirmou que o Sistema de Informações de Crédito (SCR) deverá ajudar a diminuir o spread bancário. "O detalhamento das informações vai permitir atuação do BC como regulador tanto microprudencial quanto macroprudencial de uma forma mais precisa e efetiva ao longo do tempo", disse no lançamento do serviço em São Paulo.

Na opinião do executivo do BC, reproduzida pelo Estadão, os dois segmentos que mais se beneficiariam seriam os dos grupos de renda menor e das micro e pequenas empresas, que são segmentos de alto impacto e geração de emprego.

O novo sistema deverá ampliar em 10% os valores já analisados pelo BC, que até aqui eram perto de 134 milhões de informações. Isto é, todas as transações a partir de R$ 5 mil, ou um montante total de R$ 1,79 trilhão. 

Agora, o BC analisará operações de crédito a partir de R$ 1 mil. Com isso, calcula-se que serão avaliadas 155 milhões de informações, englobando mais R$ 166 bilhões em transações.

Nem inflação em queda, nem Selic em baixa...


Pago para ver se o novo Sistema de Informações sobre o Crédito do Banco Central vai mesmo reduzir o spread bancário, como afirma Alexandre Tombini. Apesar do otimismo do presidente do BC e da própria FEBRABAN, nem a queda da inflação e nem a da Selic, até agora, surtiram qualquer efeito no spread bancário...

Ainda assim é obvio que o cliente com garantias e solvência tende a ter um spread menor. A questão principal, aqui, ainda continua a ser a falta de concorrência no setor, evidentemente monopolizado por dois grandes bancos privados e dois estatais.

Briguilino: Pig você não pode ganhar sempre

Os blogueiros e jornalicos do PIG - Partido da Imprensa Golpista - devem atravessar o fim de semana eufóricos porque a presidente Dilma Rousseff, concedeu entrevista exclusiva de duas horas à rivistinha [in]Veja - logo quem? O panfleto que mais tentou e continua tentando derrubar o PT, Lula e Dilma.

A finalidade desta entrevista não é mostrar o que pensa a presidente sobre os problemas do Brasil e o que fazer para enfrenta-los. Mas, sim usa-la para não colocar o seu deus, paladino da moral e ética -Demóstenes Torres - na capa, tomando banho de Cachoeira.

Porém que tal saber um pouco do que pensa e faz a presidente? Leia Aqui

Para ser feliz



Para ser feliz basta olhar a sua volta e perceber 
todas as coisas boas que você já conquistou.
Basta perceber todas as pessoas que te adoram e que 
estão com você nos momentos de dificuldade.
Você não pode olhar apenas para as lágrimas que um dia 
molharam seu rosto, mas sim para os sorrisos 
que já enfeitaram seus lábios.
Você não pode procurar a felicidade em lugares 
onde ela não esteja.
A felicidade está sim ao seu alcance, ela está nas coisas 
simples da vida que nos trazem alegria.
Para ser feliz basta lembrar que há um Deus no céu que guia 
a sua vida, que te ama com um amor incondicional e 
que ele sim completa a sua vida e lhe traz 
a verdadeira felicidade.

Que país foi este?

Comentário do Laguardia sobre a postagem  "Reacionários, medíocres e fracos": 

Reacionário é todo aquele que resiste a uma mudança, que quer que as coisas continuem como estão.

Neste sentido Luiz Inácio Lula da Silva e seus adoradores são os maiores reacionários que o Brasil já teve.

Eis alguns poucos motivos:

1. A política econômica continua a mesma, juros altos para combater a inflação. Nada mudou.

2. Continua a política de privatizações, rebatizada com o nome de concessões.

3. Continuam as alianças políticas com as velhas raposas do coronelismo do século passado - José Sarney, Renan Calheiros, Romero Jucá, Jader Barbalho, Paulo Maluf e outros.

4. Continua a velha política do "é dando que se recebe", principalmente com os políticos da base aliada.

5. Continuam as mesmas políticas sociais implantadas nos governos anteriores, como o Bolsa Família, Luz para todos, Minha Casa Minha vida, etc.

6. Continua a política da tropa de choque do governo federal agir no congresso nacional em defesa dos corruptos.

7. Continua a deteriorização da qualidade do ensino público no Brasil.

8. A saúde pública já virou caso de policia. Nada é feito para melhorar o atendimento ao povo.

9. O transporte público é desumano e ineficiente.

10. Continua a impunidade dos que cometem crimes contra o povo brasileiro.

Não há nada no mundo mais reacionário do que o apoio ao governo mais corrupto que o Brtasil já teve.

Nunca na história deste pais se roubou tanto impunemente. 

Meu comentário sobre o texto acima: O título do post e a opinião e o voto da maioria do povo brasileiro mostra que o Laguardia faz parte dos 5% que ainda vivem no país desgovernado pela tucademopiganalhada. Que tinha como ídolos: FHC, Dantas, Agnelli e por aí vai...

Associação do Pig com o crime organizado


por Luis Nassiff
Está na hora de se começar a investigar mais a fundo a associação da Veja com o crime organizado. Não é mais possível que as instituiçÕes neste país - Judiciário, Ministério Público - ignorem os fatos que ocorreram.
Está comprovado que a revista tinha parceria com Carlinhos Cachoeira e Demóstenes. É quase impossível que ignorasse o relacionamento entre ambos - Demóstenes e Cachoeira.
No entanto, valeu-se dos serviços de ambos para interferir em inquéritos policiais (Satiagraha), para consolidar quadrilhas nos Correios, para criar matérias falsas (grampo sem áudio).
Até que a Polícia Federal começasse a vazar peças do inquérito, incriminando Demóstenes, a posição da revista foi de defesa intransigente do senador (clique aqui), através dos mesmos blogueiros das quais se valeu para tentar derrubar a Satiagraha.
Valendo-se da falta de coragem do Judiciário, arvorou-se em criadora de reputações, em pauteira do que deve ser denunciado, em algoz dos seus inimigos, valendo-se dos métodos criminosos de aliados como Cachoeira. Paira acima do bem e do mal, um acinte às instituiçÕes democráticas do país, que curvam-se ao seu poder.
O esquema Veja-Cachoeira-Demóstenes foi um jogo criminoso, um atentado às instituições democráticas. Um criminoso - Cachoeira - bancava a eleição de um senador. A revista tratava de catapultá-lo como reserva moral, conferindo-lhe um poder político desproporcional, meramente abrindo espaço para matérias laudatórias sobre seu comportamento. E, juntos, montavam jogadas, armações jornalísticas de interesse de ambos: do criminoso, para alijar inimigos, da revista para impor seu poder e vender mais.
Para se proteger contra denúncias, a revista se escondeu atrás de um macartismo ignóbil, conforme denunciei em "O caso de Veja".
Manteve a defesa de Demóstenes até poucas semanas atrás, na esperança de que a Operação Monte Carlo não conseguisse alcança-lo (clique aqui). Apenas agora, quando é desvendada a associação criminosa entre Cachoeira e Demóstenes, é que resolve lançar seus antigos parceiros ao mar.

A presidente e a elite do PIB brasileiro

Esta semana 28 empresários(a) representantes da elite econômica do país tiveram um encontro com a presidente Dilma Rousseff. Abaixo as principais reivindicações feitas por eles:
  • Redução de impostos
  • Redução do custo da energia
  • Melhores condições logísticas do país
  • Proteção da indústria nacional
  • Desvalorização do real
  • Prorrogação da redução do IPI
  • Aumento para 10%  (hoje é 3%) alíquota do "Reintegra" 
  • *Que o governo trabalhe para a carga horária do trabalhador não tenha redução
Que podemos ver, a elite brasileira não mudou (nem vai mudar) nada. Querem mesmo é regalias e mais regalias. Pedi benefícios e mais benefícios e não oferecem um contrapartida sequer. Para completar ainda pressionam o governo para ser contra os *trabalhadores.


Desafio todos, todos os empresários (sem exceção) do país a abrir suas contas e provar que não são sonegadores. O que provar isto terá um escravo seu para o todo sempre, Eu.


Mas, no popular tem isso não...é ladrão e ponto final.

Ajude 1 milhão de brasileiros ler a Privataria Tucana

O jornal Brasil de Fato quer levar o Privataria Tucana a todos os recantos do Brasil. A ideia nasceu do fato de que, mesmo com preços promocionais, o livro tem um custo alto para boa parte dos orçamentos: cerca de 30 reais. Além disso, por problemas de distribuição, o livro não chegou ainda aos lugares mais distantes dos grandes centros do país.
Portanto, a edição especial do Brasil de Fato servirá ao mesmo tempo para fazer propaganda do livro e matar a curiosidade de muitos leitores que não conseguem comprá-lo.
O jornal não vai, obviamente, reproduzir todo o livro. A ideia é uma edição que inclua alguns trechos, mais comentários, ilustrações e, provavelmente, uma entrevista com o autor.
Amaury Ribeiro Jr., consultado sobre a ideia, topou.
A ideia é imprimir um milhão de cópias e usar a rede de distribuição dos movimentos sociais, a única capaz de rivalizar com as emissoras de televisão no Brasil: chegar aos bairros mais pobres das periferias das grandes metrópoles, ao interior do Nordeste e aos vilarejos da Amazônia.
Todo o trabalho será voluntário.
Para assegurar a lisura e transparência desta campanha, montamos uma comissão formada pelos jornalistas: Altamiro Borges (Barão de Itararé), Igor Felippe Santos (MST) e Nilton Viana (editor-chefe do Brasil de Fato).
Agora, precisamos de sua contribuição para pagar as despesas de impressão.
Deposite qualquer quantia para:
SOCIEDADE EDITORIAL BRASIL DE FATO (CNPJ 05.522.565/0001-52)
Banco: Bradesco
Agência: 0296 – 8
Conta Corrente: 67.621 – 7
ou
Banco: Banco do Brasil
Agência: 0383 – 2
Conta Corrente: 16.580 – 8

Fotografia do dia

Que delíciaaaaaaa

Reacionários, medíocres e fracos

[...] o nordestino é antes de tudo um forte. Um reacionário é antes de tudo um fraco.

[...]  Um fraco que conserva ideias como quem coleciona tampinhas de refrigerante ou maços de cigarro – tudo o que consegue juntar mas só têm utilidade para ele. Nasce e cresce em extremos: ou da falta de atenção ou do excesso de cuidados. E vive com a certeza de que o mundo fora da bolha onde lacrou seu refúgio é um mundo de perigos, pronto para tirar dele o que acumulou em suposta dignidade.
Para ele, tudo o que é diferente tem potencial de destruição
Como tem medo de tudo, vive amargurado, lamentando que jamais estenderam um tapete à sua passagem. Conserva uma vida medíocre, ele e suas concepções e nojos do mundo que o cerca. Como tem medo, não anda na rua com receio de alguém levar muito do pouco que tem (nem sempre o reacionário é um quatrocentão). Por isso, só frequenta lugares em que se sente seguro, onde ninguém vai ameaçar, desobedecer ou contradizer suas verdades. Nem dizer que precisa relaxar, levar as coisas menos a sério ou ver graça na leveza das coisas. O reacionário leva a sério a ideia de que é um vencedor.
A maioria passou a vida toda tendo tudo aos alcance – da empregada que esquentava o leite no copo favorito aos pais que viam uma obra de arte em cada rabisco em folha de sulfite que ele fazia – e cultivou uma dificuldade doentia em se ver num mundo de aptidões diversas. Outros cresceram em meios menos abastados – e bastou angariar postos na escala social para cuspir nos hábitos de colegas de velhos andares. Quem não chegou aonde chegaram – sozinho, frise-se – não merece respeito.
Rico, ex-pobre ou falidos, não importa: o reacionário clássico enxerga em tudo o que é diferente um potencial de destruição. Por isso se tranca e pede para não ser perturbado no próprio mundo. Porque tudo perturba: o presidente da República quer seu voto e seus impostos; os parlamentares querem fazê-lo de otário; os juízes estão doidos para tirar seus direitos acumulados; a universidade é financiada (por ele, lógico) para propagar ideias absurdas sobre ideais que despreza; o vizinho está sempre de olho na sua esposa, em seu carro, em sua piscina. Mesmo os cadeados, portões de aço, sistemas de monitoramento, paredes e vidros anti-bala não angariam de todo a sua confiança. O mundo está cheio de presidiários com indulto debaixo do braço para visitar familiares e ameaçar os seus (porque os seus nunca vão presos, mesmo quando botam fogo em índios, mendigos, prostitutas e ciclistas; índios, mendigos, prostitutas e ciclistas estão aí para isso).
Como não conhece o mundo afora, a não ser pelas viagens programadas em pacotes que garantem o translado até o hotel, e despreza as ideias que não são suas (aquelas que recebeu de pronto dos pais e o ensinaram a trabalhar, vencer e selecionar o que é útil e o que é supérfluo), tudo o que é novo soa ameaçador. O mundo muda, mas ele não: ele não sabe que é infeliz porque para ele só o que não é ele, e os seus, são lamentáveis.
Muitas vezes o reacionário se torna pai e aprende, na marra, o conceito de família. Às vezes vai à igreja e pede paz, amor, saúde aos seus. Aos seus. Vê nos filhos a extensão das próprias virtudes, e por isso os protege: não permite que brinquem com os meninos da rua nem que tenham contato com ideias que os retirem da sua órbita. O índice de infarto entre os reacionários é maior quando o filho traz uma camisa do Che Guevara para casa ou a filha começa a ouvir axé e namorar o vocalista da banda (se ele for negro o infarto é fulminante).
Mas a vida é repleta de frestas, e o tempo todo estamos testando as mais firmes das convicções. Mas ele não quer testá-las: quer mantê-las. Por isso as mudanças lhe causam urticárias.
Nos anos 70, vivia com medo dos hippies que ousavam dizer que o amor não precisava de amarras. Eram vagabundos e irresponsáveis, pensava ele, em sua sobriedade.
Depois vieram os punks, os excluídos de aglomerações urbanas desajeitadas, os militantes a pedir o alargamento das liberdades civis e sociais. Para o reacionário, nada daquilo fazia sentido, porque ninguém estudou como ele, ninguém acumulou bens e verdades como ele e, portanto, seria muito injusto que ele e o garçom (que ele adora chamar de incompetente) tivessem o mesmo peso numa urna, o mesmo direito num guichê de aeroporto, o mesmo lugar na fila do fast food.
O reacionário vive com medo. Mas não é inofensivo. Foto: Galeria de GorillaSushi/Flickr
Para não dividir espaços cativos, frutos de séculos de exclusão que ele não reconhece, eleva o tom sobre tudo o que está errado. Sabendo de seus medos e planos de papel, revistas, rádios, televisão, padres, pastores e professores fazem a festa: basta colocar uma chamada alarmista (“Por que você trabalha tanto e o País cresce tão pouco?”) ou música de suspense nas cenas de violência (“descontrolada!”) na tevê para que ele se trema todo e se prepare para o Armagedoon. Como bicho assustado, volta para a caixinha e fica mirabolando planos para garantir mais segurança aos seus. Tudo o que vê, lê e ouve o convence de que tudo é um perigo, tudo é decadente, tudo é importante, tudo é indigno. Por isso não se deve medir esforços para defender suas conquistas morais e materiais.
E ele só se sente seguro quando imagina que pode eliminar o outro.
Primeiro, pelo discurso. No começo, diz que não gosta desse povinho que veio ao seu estado rico tirar espaço dos seus. Vive lembrando que trabalha mais e paga mais impostos que a massa que agora agora quer construir casas em seu bairro, frequentar os clubes e shoppings antes só repletos de suas réplicas. Para ele, qualquer barberagem no trânsito é coisa da maldita inclusão, aqueles bárbaros que hoje tiram carta de habilitação e ainda penduram diplomas universitários nas paredes. No tempo dele, sim, é que era bom: a escola pública funcionava (para ele), o policial não se corrompia (sobre ele), o político não loteava a administração (não com pessoas que não eram ele).
Há que se entender a dor do sujeito. Ele recebeu um mundo pronto, mas que não estava acabado. E as coisas mudaram, apesar de seu esforço e sua indignação.
Ele não sabe, mas basta ter dois neurônios para rebater com um sopro qualquer ideia que ele tenha sobre os problemas e soluções para o mundo – que está, mas ele não vê, muito além de um simples umbigo. Mas o reacionário não ouve: os ignorantes são os outros: os gays que colocam em risco a continuidade da espécie, as vagabundas que já não respeitam a ordem dos pais e maridos, os estudantes que pedem a extensão de direitos (e não sabem como é duro pegar na enxada), os maconheiros que não estão necessariamente a fim de contribuir para o progresso da nação, os sem-terra que não querem trabalhar, o governante que agora vem com esse papo de distribuir esmola e combater preconceitos inexistentes (“nada contra, mas eles que se livrem da própria herança”), os países vizinhos que mandam rebas para emporcalhar suas ruas.
Muitas vezes o reacionário se torna pai e aprende o conceito de família. Vê nos filhos a extensão das próprias virtudes, e por isso os protege: não permite que brinquem com os meninos da rua nem que tenham contato com ideias que os retirem da sua órbita
O mundo ideal, para o reacionário, é um mundo estático: no fundo, ele não se importa em pagar impostos, desde que não o incomodem.
Como muitos não o levam a sério, os reacionários se agrupam. Lotam restaurantes, condomínios e associações de bairro com seus pares, e passam a praguejar contra tudo.
Quando as queixas não são mais suficientes, eles juntam as suas solidões e ódio à coletividade (ironia) e passam a se interessar por política. Juntos, eles identificam e escolhem os porta-vozes de suas paúras em debates nacionais. Seus representantes, sabendo como agradar à plateia, são eleitos como guardiões da moralidade. Sobem a tribunas para condenar a devassidão, o aborto, a bebida alcoolica, a vida ao ar livre, as roupas nas escolas. Às vezes são hilários, às vezes incomodam.
Mas, quando o reacionário se vê como uma voz inexpressiva entre os grupos que deveriam representá-lo, bota para fora sua paranóia e pragueja contra o sistema democrático (às vezes com o argumento de que o sistema é antidemocrático). E se arma. Como o caldo cultural legitima seu discurso e sua paranoia, ele passa a defender crimes para evitar outros crimes – nos Estados Unidos, alvejam imigrantes na fronteira, na Europa, arrebentam árabes e latinos, na Candelária, encomendam chacinas e, em QGs anônimos, planejam ataques contra universitários de Brasília que propagam imoralidades (leia mais AQUI).
O reacionário, no fim, não é patrimônio nacional: é um cidadão do mundo. Seu nome é legião porque são muitos. Pode até ser fraco e viver com medo de tudo. Mas nunca foi inofensivo.

Adeus Chico

Um Gênio na arte de fazer rir, Chico Anysio era um artista multimídia, antes mesmo de a expressão ser inventada. Começou no rádio. Fez teatro e cinema. Escreveu dezenas de livros. Compôs música. Cantou. Mas foi na TV que se consagrou como o maior humorista brasileiro de todos os tempos. Os 209 personagens que criou divertiram várias gerações de brasileiros. E bordões como "Afe, tô morta", do pai de santo Painho, e "E o salário, ó!", do saudoso professor Raimundo, caíram no gosto popular. 

Em Brasília, ele recebeu a última homenagem pública em vida, pelo projeto Mitos do Teatro Brasileiro. Emocionado, não perdeu a irreverência e o bom humor, mesmo sentado numa cadeira de rodas: 

"Estou aqui no meio dos grandes: Dulcina de Moraes, Procópio Ferreira, Dercy Gonçalves, Nelson Rodrigues e Cacilda Becker", disse. "Tomei até um susto, porque todos estão mortos. Pensei: será que eu vou ter que morrer também?" A plateia, que já o aplaudia de pé, explodiu numa sonora gargalhada. 

Chico lutava contra a morte havia três meses. Ontem, aos 80 anos, perdeu a batalha.

Em nota, Dilma lamenta morte de Chico Anysio: "foi um dos artistas mais brilhantes" (Antônio Cunha/Esp. CB/D.A Press )