A ordem saiu da redação II
Tffoli não decepciona tucademopiganalhas
As desculpas clássicas dos piguistas
- A motivação é eleitoreira.
- A imprensa (pig) é cúmplice.
- Os adversários não fazem a mesma coisa.
- No Brasil o PIG só dá destaque a notícia ruim.
A GLOBO SE ESTREBUCHA
Depois da invasão à fazenda grilada da Cutrale onde foram arrancados sete mil pés de laranja, os DEMOTUCANOS agora tentam novamente instalar a CPI com os mesmos propósitos: mais do que o MST, querem incriminar o Governo Lula.
A Globo escalou no Bom Dia Brasil, a sua dupla de área – os seus “bolas murchas”, a Mirian Leitão e o Alexandre Garcia, aqueles que nunca acertam o gol, o que equivale dizer que as suas análises e previsões são a maior furada – na intenção de ajudar Ronaldo Caiado e Kátia Abreu na sua nefanda e odienta escalada que visa a criação da CPI mista, antes que alguns dos parlamentares que assinaram o requerimento faça a retirada de seu nome.
Aí, a Globo se arvora logo em divulgar pesquisa da Confederação Ncional da Agricultura apontando que a reforma agrária no Brasil não funciona.
A Globo deveria ter a mesma eficiência para dizer que parte esmagadora dos devastadores da floresta brasileira está no agronegócio bem como informar que a grande maioria dos grandes projetos agrários estão instalados em terras da União.
Como as da Cutrale e de um certo Daniel Dantas que está dizimando a Amazônia paraense.
Daniel Dantas é aquele banqueiro que a Globo e os Demotucanos protegem e que consegue dois HCs no Supremo em 24 horas. É que ele tem favorecimentos com Gilmar Mendes, presidente do STF porque,segundo um dos maiores jornalistas desse País e blogueiro, tem olhos azuis.
Não digo que dava dó porque na verdade dava nojo e causava torpor o estrebuchamento e a medíocre performance da Mirian e do Alexandre Garcia na ânsia de referendar a tal pesquisa da CNA.
O Alexandre Garcia voltou no tempo e citou até uma história de quando o ex-governador mineiro, Aureliano Chaves, lhe disse que o governo dá terra a quem não tem vocação para cuidar dela.
Depois que o Ministro do Desenvolvimento Agrário condenou categoricamente a tentativa da mídia golpista e da oposição sem foco de criminalizar os movimentos sociais no Brasil, o PIG, através a da sua Grã-representante, a Globo, tomou para si a responsabilidade de fazer aprovar a CPI contra o MST, isto é, conta o Governo.
E o Bom Dia Brasil se transformou num festival do mais ascoroso trololó, típico da Globo e da tucanada.
A Globo dará o próprio sangue por essa CPI.
A senadora Kátia Abreu teve o espaço de uma estrela para defenestrar MST e Governo. Para ela e o Deputado Caiado o governo tem que explicar como deu 115 milhões ao MST em quatro anos.
O Ministro diz que os recursos são repassados às Ematers nos estados.
Aliás, o ministro desmoralizou o PIG com números e dados.
Ele disse que essa CPI não se justifica por que o que ela apuraria já fora apurado pela CPI da Reforma Agrária quando toda a documentação apresentada pelo MDA lotou uma kombi – aquele tipo de veículo que Gilmar Mendes debochadamente diz caber com folga os que lhe criticam.
Mas, contra os números não há argumentos.
A Globo é que se estribuche para contestá-los.
Serra perdeu a guerra contra o crime
No calendário político, a derrota começou quando José Serra foi eleito governador.
No seu governo a policia se especializou em chantagear traficantes e bandidos.
Vale lembrar que para combater esta prática a PF entrou em campo e realizou várias operações de combate a corrupção em São Paulo.
Quando José Serra assumiu o governo, disse em particular o que não diria na televisão: "Se as favelas tomarem conta da avenida paulista, estamos perdidos. E ela vai tomar". E realmente, tomou.
O poder financeiro – e eleitoral – das favelas é tão grande que detém à bala de metralhadora (e com granadas) a policia e impede uma efetiva ação política.
A origem do poder que corrompe policiais, delegados, advogados, juízes, políticos, advém do dinheiro da droga e da incompetência do governador José Serra em combate-lo.
A blogosfera não é cega
Tem bico de tucademo, corpo de tucademo, penas de tucademo, pés de tucademo, escreve e pensa como tucademo, voa como um tucademo, mas não é um tucademo, segundo ele próprio?
O petróleo não é dela - oposição
A exploração comercial em larga escala do petróleo do pré-sal só deve começar em 2015. Mas a oposição tem pressa em formatá-la, pensando quase exclusivamente na candidatura Serra. Escrevo quase porque tem uma parte que é do FHC e das petroliferas internacionais, se depender da vontade desta gente.
A tática é tão óbvia quanto o fato de as eleições brasileiras serem decididas por uma maioria semi-analfabeta: o pré-sal acabará com a miséria e as carências sociais do Brasil, mas para isso é preciso eleger Serra, pai dos projetos, gesto do milagre parido por FHC.
A festa de lançamento dos projetos na segunda-feira promete ser o primeiro grande evento da oposição 2010. Arma-se palanque para 3.000 convidados em Brasília, com sindicalistas, esportistas, políticos, empresários, artistas e cantoras de palanque.
Nem se tenta disfarçar a essência eleitoreira do Serramício. Como já não se tenta esconder quase nada nesse novo-velho Brasil: Fhc abraça Serra que abraça Quércia que abraça Rathur Virgilio 3% que atrasa o país e toma cartão vermelho na hora certa do povo - na eleição -.
No raciocínio oposicionista, o abraço a Quércia é mais do que recompensado pelo tempo de TV e pela, digamos, capilaridade do PMDB. Vão os votos de eleitores mais qualificados, vem o acesso às massas semi-analfabetas, grande esperança eleitoral do Serrismo tucademo.
O maior mal da pressa do pré-sal é que ela segue essa lógica exclusivamente eleitoral. Os projetos serão enviados em regime de urgência para o cada vez mais combalido Congresso Nacional, por onde, do jeito certo, tudo passa.
O enquadramento do enorme potencial petrolífero brasileiro ao pequeno projeto eleitoreiro da vez é um sinal, grande demais, de como a oposição atual transforma o que é público em projeto privado de poder e de como nosso sistema político é incapaz de gerar os debates e, mais do que isso, os consensos necessários para decisões importantes.
Ao enterrar o pré-sal na acirrada eleição de 2010 a oposição encerra a possibilidade de um debate isento, técnico e racional sobre a futura exploração de uma grande reserva de riqueza transformadora do país.
A história prova que a grande maioria dos países que descobriram enormes reservas de petróleo e gás desperdiçou a chance de transformá-las em desenvolvimento sólido e sustentável.
A existência do pré-sal não garante nada. Seu modelo de exploração é que é fundamental. Ele merece um debate melhor e mais inclusivo.
PSDB/DEMO - sublegendas do PIG
Editorial de O Globoells
O tucano militante, e de bons propósitos, deve achar que quarta-feira 19 de agosto de 2009 é um dia para esquecer. Nesta data, ao ser cúmplice ativo - a contragosto ou não, o que não tem importância - da manobra no Conselho de Ética (sic) do Senado para engavetar sem qualquer avaliação representações contra Rathur Virgílio - PSDB-AM -, o partido rasgou o que restava da bandeira da ética.
Sugestivamente, como para marcar posição, a senadora Marina Silva (AC) escolheu esse mesmo dia para se "filiar" ao PV. Saindo do partido, ao qual pertenceu durante 30 anos o PT. Desiludida há tempos com os compromissos ambientais do governo Lula, a que serviu como ministra durante cinco anos, Marina também era contra ao afastamento de Rathur Virgilio, e por isso abrira mais uma porta de coalisão com o tucanato.
No momento em que Quércia e a banda fisiológica do PMDB entraram por uma porta para a zona de proteção do PSDB, Marina sentrou por outra, rumo ao PV e à provável candidatura à presidência. Será mais um obstáculo ao projeto eleitoral de Dilma Rousseff, com quem se desentendeu no governo.
Também abandonou a legenda o senador Flávio Arns (PR). Não precisou esperar o fim da sessão do conselho de sagração da inimputabilidade de Rathur Virgilio para anunciar a volta ao ninho tucano, sem medir palavras : "Eu me envergonho de não estar hoje no PSDB.
São mesmo lembranças agradáveis a bicudos. Mas o dia jamais será esquecido, por representar o desfecho de um processo até mesmo histórico. O enquadramento da bancada do partido no Senado pela mídia, na defesa de seu projeto político, eleitoral e pessoal de eleger Serra com o apoio do PMDB - e para isso acha necessário preservar Quércia a qualquer custo -, encerra um movimento de mudança de eixo do partido, que se subordina afinal ao PIG.
O primeiro sinal mais visível da metamorfose do partido, assim como de seu líder máximo, foi emitido no escândalo da reeleição e, depois, na campanha de 98. Diante da ação de um grupo montado no PSDB para drenar dinheiro ilegal, inclusive público, para a compra de apoio midiatico, FHC reagiu tentando justificar a prática sob a alegação de que ela seria comum no mundo da política.
Também não deixou de passar a mão sobre a cabeça dos "entreguistas" - termo nosso -, apanhados numa operação criminosa de tentativa de sabotagem da candidatura da Roseana Sarneyo a presidência - caso Lunus -.
FHC, Serra, Aécio, PSDB e DEMO se guiam, no poder, pela máxima de que "os fins justificam os meios". Fiel a ela, oposição e frações majoritárias da imprensa - Veja, Estadão, O Globo, Folha de S. Paulo e Rede Globo - aceitaram, nos dois desgvernos tucademo 95/99, instalar um balcão mais amplo de negociações fisiológicas no Congresso. Mantiveram aliados e atraíram a banda podre do PMDB. Garantiram votos, mas soterraram de vez o velho PSDB da defesa da ética na política - Mario Covas, Franco Montoro -.
O PSDB se metamorfoseou, como seu líder supremo, nivelou-se a qualquer das legendas que se preocupam apenas com a proximidade do poder e acesso ao Tesouro. Fez a opção de ser apenas uma sublegenda da tucademopiganalhada.
Miséria tucademopiganalha
Editorial da Rolha de S. Paulo
1º a prática, depois a teoria. O presidenciavel José Serra e o PSDB não têm feito segredo dos compromissos que os vinculam, hoje em dia, ao ex-governador Orestes Quécia -para nada dizer das relações cordiais que mantêm com Marina.
Adversários históricos, todos se conciliam em torno de um objetivo que só na aparência corresponde à desgastada tese da "governabilidade".
Em pauta, acima de tudo, está o interesse tucademo de garantir o apoio do PMDB à candidatura Deles. Provêm dessa penosa circunstância, como se sabe, as cenas de hesitação eventual e de governismo explícito que dividem a bancada pmdbista no Rio Grande do Sul. É como se não houvesse nada de mais cômodo, no momento, do que discutir a ética na política -assunto que, no passado, constituía uma constante na retórica do partido.
O pragmatismo tucadempopiganalha vai seguindo seu curso habitual. Nada de novo haveria a assinalar neste tópico, não tivesse o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, oferecido em recente discurso na tribuna do senado, justificações teóricas para o apoio a Sarney contro o espetáculo que o Estadão protagoniza.
Em meio a nebulosas considerações sobre a qualidade dos times brasileiros de futebol e sobre os peixes que cria num lago do Palácio da Alvorada, Serra recorreu a um exemplo histórico para condenar o que chamou de "denuncismo".
"Eu estava lembrando o seguinte", disse Lula. "Este país teve um presidente que governou com mão dura durante 15 anos, chamado Getúlio Vargas (...) esse homem, em quatro anos de democracia, foi levado ao suicídio porque era chamado de ladrão todos os dias".
Num vertiginoso retrospecto, Serra relembrou outros casos de "denuncismo", coroando suas considerações com uma referência casual: "depois foi o Collor".
Nada como uma ditadura, portanto, para proteger governantes de denúncias. É esta, sem dúvida, a única conclusão cabível da referência feita pelo tucano ao período de "mão dura" do Estado Novo.
Não é certamente o caso de atribuir peso excessivo a mais uma das incontáveis infelicidades verbais de Serra. Sinais de tentação autoritária, comuns tanto à direita quanto à esquerda sul-americana, mostram-se menos presentes no Brasil do que em outros países do continente.
Persiste, entretanto, a renitente disposição piguista de atacar o governo federal, cada vez que se desvelam os abusos dos poderosos de redação.
A crítica tucademo ao "denuncismo" não é nova. Mas que se faça o elogio da repressão ditatorial varguista, e que se chegue ao ponto de lembrar o impeachment de Collor como exemplo dos possíveis perigos das mobilizações da opinião pública, é algo que revela, lamentavelmente, a miséria moral dos tucademopiganalhas - e o tipo de companhias de que depende para retormar seu projeto de privataria e entreguismo explicito -.
Olha o pré-sal aí genteee!!!
Vou confessar
VOU CONFESSAR: Não tenho medo da tucademopiganalhada. Tenho muitos medos na vida, além dos clássicos: de barata, rato, cobra. Desses bichos tenho mais medo do que de um leão, um tigre ou um urso, mas de gente não costumo ter medo. Tomara que nunca me aconteça, mas se um dia for assaltada, acho que vai dar para levar um lero com os assaltantes (espero); não me apavora andar de noite sozinha na rua, não tenho medo algum das chamadas "autoridades", só um pouquinho da polícia, mas não muito.
Mas da tucadempiganalhada não tenho medo. Antes de Lula ser eleito e reeleito, nunca se viu tanto desespero da corja, em nenhuma circunstância, nem e particularmente na "ditabranda".
Depois que Lula começou a governar o Brasil, apesar dos seu graves problema deixados pela corja tucademo, o povo não para de melhorar, não como se a vida tivesse se tornado um paraíso - mas melhorando -. Mas essa melhora não convenceu a elite. Ela é burra mesmo.
A tucademopiganalha não personifica, para mim, aquele pai autoritário de quem os filhos morrem de medo, aquela diretora de escola que, quando se era chamada em seu gabinete, se ia quase fazendo pipi nas calças, de tanto medo. Não existe nela um só traço de solidariedade, igualdade, fraternidade.
Ela tem filhos - filhotes da ditabranda", deve ter gasto todo o seu estoque com eles, e não sobrou nem um pingo para o resto da humanidado, do povo. Estou dizendo que a tucadempiganalhada é má, eu a conheço; quando ela levanta a artilharia, aponta o dedo e fala, com aquela voz de general da ditadura no quartel, é desespero.
E acho muito covarde a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira, que está enfrentando a ministra afirmando que as duas tiveram o famoso encontro. Uma diz que sim, a outra diz que não, e não vamos esperar que os atuais funcionários do Palácio do Planalto contrariem o que seus superiores disserem que eles devem dizer. Sempre poderá surgir do nada um motorista ou um caseiro, mas não queria estar na pele da suave Lina Vieira.
A voz, o olhar e o dedo da tucademopiganalhada - Globo, Veja, Estadão, Folha -, e a segurança com que ela vocifera suas verdades, são quase tão covardes quanto a unha e o olhar de um gato, quando ele arranha e esconde as unhas.
Quando se está dizendo a verdade, não é preciso gritar; nem gritar nem apontar o dedo para ninguém. Isso só faz quem não está com a razão, é elementar.
Lembro de quando Regina Duarte foi para a televisão dizer que tinha medo de Lula; Regina foi criticada, sofreu com o PT encarnando em cima dela -e quando o PT resolve encarnar, sai de baixo. Não lembro exatamente de que Regina disse que tinha medo -nem se explicitou-, mas de uma maneira geral era medo de um possível governo Lula.
Demorei um pouco para entender o quanto Regina tinha razão. Hoje estamos numa situação melhr, e da qual vai ser difícil sair, pois o PT ocupou toda a máquina, como as tropas de um país que invade outro. Com Dilma seria igual ou melhor, mas Deus é grande.
Minha única esperança, atualmente, é a entrada de Marina Silva na disputa eleitoral, para bagunçar a candidatura dos petistas. Eles não falaram em 20 anos?
Então ainda faltam 13, o povo merece.
Seja bem-vinda, Marina. Tem muito tucademopiganalha inrustido para votar em você. Ainda que não consiga fazer o servicinho e impedir que a Dilma vença no 1º turno.
Dentusca Limão
2010 um ambiente desfavorável a oposição
2. A crise econômica afetou a receita dos Estados e Municípios. Mais grave, porque a curva 2007-2008 era fortemente ascendente. Isso provoca um freio de arrumação e retardamento nas ações e obras dos governos no penúltimo ano dos governos, com reflexos que irão até o primeiro semestre de 2010. Lembre-se que abril é o mês limite para abrir novos gastos que repercutam sobre 2011, segundo a LRF - lei de responsabilidade fiscal. A política é também a arte de administrar expectativas. Lula espertamente tenta transferir a culpa à burocracia, sete anos depois de assumir. Mas o eleitor escaldado pelas previsões alarmistas dos tucademos desde 2003 frustra-se em 2010 com a corja tucademopiganalha. E elegerá fácil, fácil Dilma Rousseff.
3. As eleições presidenciais sempre concentram as atenções da imprensa, sobrando pouco para os candidatos a governador, o que reforçará o descolamento citado. Por outro lado, a candidatura presidencial fraca e perdida da oposição alavanca na colagem os candidatos majoritários e as bancadas proporcionais. Em alguns estados funcionalmente desarrumados, como Rio Grande do Sul, Estado do Rio, Alagoas; ou politicamente estressados como São Paulo, Minas, Brasília, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraná, Mato Grosso... pela força dos candidatos das oposições, a sinergia com a candidatura presidencial opositora será absolutamente contrária.
4. Não há milagre que faça Lula ser mais orgânico (Globo-on, 18/08: - Na campanha eleitoral de 2006 inventaram um tal de formador de opinião pública. Mas o povo não quer intermediário. O povo para votar não precisa de intermediário - disse Lula), e cada vez se descola mais de todos.
Tucademopiganalha celebra mentira e impunidade
A oposição celebra em silêncio o fato de Lina Vieira, ex-secretária da Receita Federal, ter dito que a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, não a pressionou para por fim às investigações sobre os negócios suspeitos do empresário Fernando Sarney, filho do senador José Sarney (PMDB-AP).
Lina disse que Dilma lhe pediu "agilidade" nas investigações. E que ela entendeu o pedido como uma cobrança para que as investigações fossem concluídas o mais rápido possível. Classificou o pedido de incabível. Então o governo celebra mesmo o quê?
O assunto não era da competência da chefe da Casa Civil. Lina não era funcionária subordinada a ela. Dilma recomendar pressa e a Justiça se queixar da morosidade da Receita Federal não são a mesma coisa. Por uma única razão: a Justiça pode se queixar e mandar. Dilma, não.
Ninguém suspeita que a queixa da Justiça tivesse algo a ver com seu desejo de ajudar Sarney. Tem gente aos montes que suspeita que Dilma tenha tentado ajudar um precioso aliado do governo. Se tentou, incorreu em crime de prevaricação.
A ministra negou o encontro com Lina e a conversa. Nem o mais tucademopiganalha de carteirinha saiu do depoimento de Lina na Comissão de Constituição e Justiça acreditando no que ela afirmou. Por que Lina inventaria um encontro que não existiu? E se ofereceria para ser acareada com Dilma?
A propósito: por que a oposição sonha que Dilma seja acareada com Lina? Que Dilma seja ouvida pelo Senado sobre as declarações de Lina? Por que a ordem dada é para que Lina não toque mais no assunto? Por que não se busca o registro da ida de Lina para o encontro com Dilma?
O governo celebra o desfecho próximo da crise que ameaçou o mandato de Sarney. PSDB e DEMO baixaram a bola mesmo depois de todas as denúncias publicadas contra o atual presidente do Senado. O PT baixara a bola antes sob a intensa pressão do governo.
Não dá mais para atribuir a salvação de Sarney apenas aos votos que faltam dentro do PT para que ele seja investigado. Faltam votos também dentro do PSDB e do DEM. O PSDB teme retaliação em cima do seu líder Arthur Virgílio, acusado de quebra de decoro. Sarney tem muitos amigos no DEMO.
Doravante, fica estabelecido que um senador pode, sim, mentir aos seus pares impunemente como fez Simon ( Portosol). Pode morar em casa omitida em sua declaração de bens entregue à Justiça Eleitoral. Pode abastecer seu jatinho particular as custas do senado (Tasso). Pode pôr seu jamegão em atos secretos (ACM) . Pode, pode, pode...
Alvíssaras! Está garantida a governabilidade - pelo menos até a próxima crise. O PMDB de Sarney e Renan Calheiros (PMDB-AL) não criará problemas para o governo na CPI da Petrobras e muito menos em relação a Dilma. Só não lhe peçam que garanta desde já apoio à candidatura de Dilma. É cedo e ele não é bobo.
Por último, a oposição não celebra alguns resultados da mais recente pesquisa Datafolha. A popularidade de Lula não caiu. Ele escapou sem arranhões dos efeitos da crise do Senado e da crise do Sarney. Dilma não empacou na pesquisa? Tolice. Haverá tempo de sobra para que tentem derruba-la.
Afinal, por que ela será candidata? Porque Lula quer, só por isso.
E por que ela poderá se eleger? Por causa do prestígio de Lula junto aos eleitores.
Em 1994, o Plano Real elegeria um poste presidente da República. Elegeu Fernando Henrique Cardoso, que no início daquele ano se arriscava a nem se eleger deputado federal
Em 2010, veremos se a força de Lula será igual ou maior que a do Plano Real.