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Não basta ser pobre

[...] tem que usar pote de sorvete para colocar feijão na geladeira

Prá desopilar

Não basta ser pobre...

tem que lamber a tampinha de iogurte.

A incompreensão

- Por mais que eu tente, Deus é uma ideia que não consigo entender.
- Por isso que inventaram a Fé.

Porque hoje é domingo

O coração deveria ter as opções:

Deletar

Bloquear

Excluir histórico

Mensalão a farsa piguista

O mundo mineral, vegetal e animal sabe que o que aconteceu foi o famigerado caixa 2. 

Eleitores, políticos, jornalistas, advogados, juízes de qualquer instância, todos sabem: os partidos com maiores recursos assumem compromissos de ajuda financeira às campanhas dos partidos modestos. São acordos firmados entre líderes de partido, normalmente, e os líderes dos partidos socorridos se responsabilizam pela distribuição interna dos recursos. Foi isso o que disse, com todas as letras, o então deputado Roberto Jefferson, em sua denúncia original: retivera e não repassara R$ 4 milhões que recebera do Partido dos Trabalhadores para a campanha eleitoral do Partido Trabalhista Brasileiro. Só os participantes conhecem em pormenor como são negociados e levados adiante esses compromissos, mas alegar desconhecimento de que assim são as eleições no país, em todos os níveis e há vários anos, só interessa a quem deseja omitir a responsabilidade do Legislativo e do Superior Tribunal Eleitoral na criação dos incentivos que antecederam a criação do mais espantoso mercado de marquetagem eleitoral em países de economia média e transformaram cada segundo de televisão em ativo negociável. Leia mais>>>

O livro - O sentido do Lulismo



Os Sentidos do Lulismo

Quixeramobim faz o maior queijo de coalho do mundo


Pela sexta vez consecutiva no FestLeite, realizado na Praça da Matriz de Santo Antônio, no Centro de Quixeramobim, a marca do maior queijo do mundo foi superada. O queijo desta edição do festival especial foi quase três vezes maior ao tamanho do apresentado em 2007, com 350kg, quando o desafio começou. De lá para cá, o peso só aumentou na disputa pelo título de maior queijo do mundo.

Em 2008, foram 718kg. Em 2009, 780kg. Em 2010, 910,5 quilos, batendo a marca mundial, dos holandeses. No ano passado, o queijo alcançou a marca de exatos 1.007kg. Este ano foram 1.023 quilos ou seja, mais 16 quilos que o ano passado.

A folha é uma porcaria

A folha publica neste domingo uma história em quadrinhos para contar o mensalãoÉ a redução do problema a uma historieta infantil, para qualquer idiota entender.

Mas, não é assim tão infantil, inocente, à la Hans Christian Andersen. É uma sujeira. Exala mau cheiro. Uma espécie de "Al Capone para Crianças", editado pela Abril Educação.

O preto, os rostos deformados e satanizados. A omissão do contexto. Simplificar para deformar.

A vilanização do Lula, do Dirceu e do PT.

A glorificação do herói da Renata Lo Prete (quando ela vai devolver o Prêmio ?), o Thomas Jefferson.

O bandido e o mocinho.

A Folha desenha o Brasil numa pocilga. Seus impasses e seus políticos parecem porcas prenhas.

Como se o Brasil fosse a Folha. Uma porcaria. Assim, literalmente: porca-ria.

Paulo Henrique Amorim


Arte vegetal

Bance
Cubaxi

Por diversas vezes, escrevi que os grandes amores não morrem, apenas adormecem.

Divagar sobre coisas românticas, aos olhos voltados para os contextos atuais dos relacionamentos ditos modernos, parecem coisas piegas, melosas. Falar sobre amor a muitos remete às frases feitas para artistas de cinema ou novelas nas suas confissões estudadas nas cenas em ambientes à meia-luz e música lenta. O amor está quase sendo uma coisa ultrapassada. Hoje, é curtição, pegação e a moçada aceita sem o menor pudor. Olha o saudosismo aqui! É isso mesmo, tem nada, não. Cada um no seu tempo, fazendo a sua história, seguindo seu rumo. Para quem vem de outro milênio e pertence a outro século existe uma licença para sentir saudades. E saudade, diga-se de passagem, é coisa difícil de explicar, mesmo na nossa língua, é preciso sentir e cada um sente de uma maneira. Para uns, dói tanto que faz a gente chorar. É bem mais que um aperto no peito, quase um vontade de fazer o tempo voltar, refazer tudo, consertar tudo, pedir perdão, dar um pedaço da própria vida para não sentir esse engasgo, esse aperto que pode chegar a qualquer momento, e não pede licença. Vai ficando e só vai embora quando entende, quando leva cada uma das nossas lágrimas mais caras nomeadas dos nossos gemidos mais profundos. Tudo isso, dito assim, pode até fazer sentido para quem vem dos tempos de onde eu vim. Para os mais jovens, "besteira!" E pode até ser mesmo. Continua>>>

Poesia dominical

Não se questione...
Se eu mudei ou não.
Se estou feliz ou triste 
Se estou gorda ou magra
Se tenho ou não dinheiro
Se gosto ou não de você
Vá viver sua vida!!!

Afinal da minha, eu faço tudo que me dá vontade!

Boa Tarde!

Coluna dominingal de Paulo Coelho


Preparado para o combate, mas com dúvidas

Estou vestindo uma estranha farda verde, cheia de zíperes, feita de tecido grosso. Minhas mãos estão com luvas, de modo a evitar ferimentos. Carrego comigo uma espécie de lança quase da minha altura: sua extremidade de metal possui um tridente de um lado e uma ponta afiada do outro.

E diante dos meus olhos, aquilo que será atacado no próximo minuto: meu jardim.

Com o objeto em minha mão, começo a arrancar a erva daninha que se misturou com a grama. Faço isso durante um bom tempo, sabendo que a planta retirada do solo irá morrer antes que se passem dois dias.

De repente, me pergunto: estou agindo certo?

Aquilo que chamo de "erva daninha" é na verdade uma tentativa de sobrevivência de determinada espécie, que demorou milhões de anos para ser criada e desenvolvida pela natureza. A flor foi fertilizada a custa de incontáveis insetos, transformou-se em semente, o vento espalhou-a por todos os campos ao redor, e assim - porque não está plantada em apenas um ponto, mas em muitos lugares - suas chances de chegar até a próxima primavera são muito maiores. Se estivesse concentrada em apenas um lugar, estaria sujeita aos animais herbívoros, uma inundação, um incêndio, ou uma seca.

Mas todo este esforço de sobrevivência esbarra agora com a ponta de uma lança, que a arranca sem qualquer piedade do solo.

Por que faço isso?

Alguém criou o jardim. Não sei quem foi, porque quando comprei a casa ele já estava ali, em harmonia com as montanhas e com as árvores ao seu redor. Mas o criador deve ter pensado longamente no que fazer plantado com muito cuidado e planejamento (existe uma aleia de arbustos que esconde a casa onde guardamos lenha), e cuidado dele através de incontáveis invernos e primaveras. Quando me entregou o velho moinho - onde passo alguns meses por ano - o gramado estava impecável. Agora cabe a mim dar continuidade ao seu trabalho, embora a questão filosófica permaneça: devo respeitar o trabalho do criador, do jardineiro, ou devo aceitar o instinto de sobrevivência que a natureza dotou esta planta, hoje chamada de "erva daninha"?

Continuo arrancando as plantas indesejáveis, e as colocando em uma pilha que em breve será queimada. Talvez eu esteja refletindo demais sobre temas que nada tem a ver com reflexões, mas com ações. Entretanto, cada gesto do ser humano é sagrado e cheio de consequências, e isso me força a pensar mais sobre o que estou fazendo.

Por um lado, aquelas plantas têm o direito de se espalhar em qualquer direção. Por outro lado, se eu não as destruir agora, elas terminarão por sufocar a grama. No Novo Testamento, Jesus fala de arrancar o joio, de modo a não se misturar com o trigo.

Mas - com ou sem o apoio da Bíblia - estou diante do problema concreto que a humanidade enfrenta sempre: até que ponto é possível interferir na natureza? Esta interferência é sempre negativa, ou pode ser positiva às vezes?

Deixo de lado a arma - também conhecida como enxada. Cada golpe significa o final de uma vida, a não existência de uma flor que iria desabrochar na primavera, a arrogância do ser humano que quer moldar a paisagem ao seu redor. Preciso refletir mais, porque estou neste momento exercendo um poder de vida e de morte. A grama parece dizer: "proteja-me, ela irá me destruir". A erva também fala comigo: "eu viajei de tão longe para chegar ao seu jardim - por que você quer me matar?"

No final, o que vem ao meu socorro é o texto indiano Bhagavad Gita. Lembro-me da resposta de Khrisna ao guerreiro Arjuna, quando este mostra-se desalentado antes de uma batalha decisiva, atira suas armas no chão, e diz que não é justo participar de um combate que terminará matando seu irmão. Khrisna responde mais ou menos o seguinte: "Você acha que pode matar alguém? Sua mão é Minha mão, e tudo que você está fazendo já estava escrito que seria feito. Ninguém mata, e ninguém morre".

Animado por esta súbita lembrança, empunho de novo a lança, ataco as ervas que não foram convidadas a crescer em meu jardim, e fico com a única lição desta manhã: quando algo indesejável crescer na minha alma, peço a Deus que me dê a mesma coragem para arrancá-lo sem qualquer piedade.