Por diversas vezes, escrevi que os grandes amores não morrem, apenas adormecem.

Divagar sobre coisas românticas, aos olhos voltados para os contextos atuais dos relacionamentos ditos modernos, parecem coisas piegas, melosas. Falar sobre amor a muitos remete às frases feitas para artistas de cinema ou novelas nas suas confissões estudadas nas cenas em ambientes à meia-luz e música lenta. O amor está quase sendo uma coisa ultrapassada. Hoje, é curtição, pegação e a moçada aceita sem o menor pudor. Olha o saudosismo aqui! É isso mesmo, tem nada, não. Cada um no seu tempo, fazendo a sua história, seguindo seu rumo. Para quem vem de outro milênio e pertence a outro século existe uma licença para sentir saudades. E saudade, diga-se de passagem, é coisa difícil de explicar, mesmo na nossa língua, é preciso sentir e cada um sente de uma maneira. Para uns, dói tanto que faz a gente chorar. É bem mais que um aperto no peito, quase um vontade de fazer o tempo voltar, refazer tudo, consertar tudo, pedir perdão, dar um pedaço da própria vida para não sentir esse engasgo, esse aperto que pode chegar a qualquer momento, e não pede licença. Vai ficando e só vai embora quando entende, quando leva cada uma das nossas lágrimas mais caras nomeadas dos nossos gemidos mais profundos. Tudo isso, dito assim, pode até fazer sentido para quem vem dos tempos de onde eu vim. Para os mais jovens, "besteira!" E pode até ser mesmo. Continua>>>

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