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Nelson Barbosa anuncia 83 bilhões de reais em estímulo ao crédito

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Ministro da Fazenda anunciou em sua fala no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social a disponibilização de R$ 83 bilhões para estímulo à economia; entre as medidas, Nelson Barbosa anunciou a autorização da utilização do R$ 17 bilhões do FGTS como garantia para o crédito consignado e a retomada da linha de pré-custeio do Banco do Brasil, na modalidade crédito rural, no valor de R$ 10 bilhões; Barbosa defendeu também a criação de um limite legal para o crescimento do gasto público e propôs a definição de uma margem fiscal legal para acomodar flutuações da receita

Economia

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Juro menor atrai até Classe A

A forte redução dos juros também mudou a vida financeira dos brasileiros endinheirados. Com a taxa Selic a 7,25% ao ano, os milionários começam a achar mais vantajoso tomar crédito do que pôr a mão no bolso para adquirir bens de valor elevado - imóveis de altíssimo luxo, aviões, helicópteros etc. - e até para realizar investimentos.

O volume de crédito no segmento de private banking - que abriga clientes que têm mais de R$ 1 milhão só para aplicações - cresceu 33,2% em 2012 (até setembro, último dado disponível), mais que o dobro do crédito para pessoa física em geral. 


"Nossa carteira de crédito no private cresceu 50% no ano passado. Na parte imobiliária, o volume dobrou", diz Luiz Severiano Ribeiro, diretor do Itaú.

Crediário recusado


Após queda de rendimento nas ações de todas as empresas terminadas em X - como OGX, BMX, MMX, McDonaldX, PhllipX e LeviX -, o megaempresário Eike Batista fez uso de seu network em busca de novas fontes de financiamento. Não logrou êxito no segundo páreo do Jockey Club, onde perdeu 150 reais, tampouco conseguiu arrecadar fundos com a venda de rifas no centro de São Gonçalo.
Aturdido e desencorajado, Eike tentou, em vão, recorrer a um crediário na Ricardo Eletro. "Não conseguiram aprovar meus comprovantes de renda", reclamou o bilionário.
Sem alternativas, Eike tentou acalmar o mundo através de uma vídeo-conferência traduzida para 73 idiomas e convertida, simultaneamente, para 65 moedas locais. "Eu me casei com a Luma e eduquei o Thor. Não há crise que eu não saiba superar", argumentou. Imediatamente, todas as bolsas mundiais entraram em convulsão.

Contrariado, Eike anunciou sua adesão ao comunismo de resultados: 
"Funciona para o Lula, pode funcionar comigo" 

Para salvar seu Império e conquistar mais tempo de TV, Eike cogitou uma coligação com Paulo Maluf. O ex-prefeito já mandou avisar: "Só se vier conversar e tirar foto comigo chez moi!".
No final do dia, Eike foi visto pedindo dinheiro emprestado a garçons do Cervantes.

Plano agrícola 2012


A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (28), durante cerimônia de lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013, no Palácio do Planalto, que não haverá restrições de recursos para a agricultura. Segundo ela, se os R$ 115,2 bilhões destinados para a safra 2012/2013 não forem suficientes, poderá haver novo aporte de recursos.
“Nós colocamos R$ 115 bilhões de recursos para dar suporte ao empreendedorismo e às iniciativas do agronegócio brasileiro e aqui eu quero assumir o compromisso manifestado pelo ministro Mendes Ribeiro. Não haverá restrições de recursos caso os R$ 115 bilhões sejam empregados de forma a não conseguir chegar ao final da safra. Não há restrições de recursos”, disse.
A presidenta disse que os produtores brasileiros também serão beneficiados pela redução das taxas de juros. O Plano Agrícola e Pecuário reduz de 6,75% para 5,5% a taxa anual de juros, o que representa uma diminuição de 18,5% nos custos dos financiamentos para o produtor rural.
“Nós estamos nesta safra oferecendo mais recursos com taxas de juros menores. A redução da taxa de juros, que é um movimento que estamos vendo ocorrer em toda a economia, é uma marca desse plano também. A agricultura também está sendo beneficiada por essa redução”.
Dilma afirmou ainda que o governo estuda a criação de uma agência de assistência técnica e extensão rural que trabalharia em conjunto com órgãos estaduais e as associações do setor agropecuário. De acordo com a presidenta, essa agência teria como função a disseminação das melhores práticas na agropecuária através de protocolos e pacotes tecnológicos, além da especialização de agentes públicos.

Dilma derruba juros

Depois do BB - Banco do Brasil - anunciar uma drástica redução dos juros a CEF - Caixa Econômica Federal - surpreende com política ainda mais agressiva.

Na segunda-feira a Caixa reabre com pacotes inéditos para clientes de outras instituições e taxas a partir de 1,35% ao mês para o cheque especial.

 A Caixa distribuirá aos correntistas de outros bancos formulários para "migração" da conta-salário e oferecerá linha de financiamento chamada "Crédito Azul", pela qual o cliente poderá quitar a "dívida cara" na concorrência e se refinanciar com juros menores no banco estatal.

Apesar de o BB ser o maior banco brasileiro, a Caixa tem mais capacidade de abordar clientes de outras instituições. Além de ter 80% do crédito imobiliário no país, ela recebe clientes de outros bancos porque é a gestora do FGTS e implementa serviços sociais do governo, como pagamento de seguro-desemprego, PIS, Bolsa Família e o Fies (crédito estudantil). Juntando todos, o banco tem 56,8 milhões de clientes -- quase 30% da população do país.

Bancada pela presidente Dilma Rousseff, a iniciativa dos bancos públicos visa estimular a economia por meio do consumo e forçar Itaú, Bradesco e Santander a reduzirem suas taxas sob o risco de perderem mercado, como ocorreu na crise de 2009.

Se o BB informou que cobrará 3% ao mês no chamado rotativo do cartão de crédito (quando o cliente não paga a fatura integral) só no caso de clientes de outros bancos que aderirem ao banco, a Caixa atacará com um piso de 3,97% ao mês para todos nessa modalidade.

No caso do crédito com desconto em folha de pagamento (consignado), o piso será de 0,84% ao mês, praticamente a mesma taxa de 0,85% que será cobrada pelo BB para aposentados do INSS, linha conhecida pelo baixo risco de calote.

Para crédito pessoal, em um financiamento de R$ 15 mil em 36 meses, as taxas irão variar entre 2,33% ao mês a 2,53%.

A Caixa também anuncia na segunda uma linha de crédito de R$ 8 bilhões para capital de giro direcionado a micro e pequenas empresas.


Para divulgar a redução nos juros, a Caixa fez um anúncio de 30 segundos na TV, estrelado pela atriz Camila Pitanga, batizado de "Caixa Melhor Crédito".
gerentes treinados.


Em São Paulo, os gerentes da Caixa receberam ontem um folheto com o material de divulgação do corte nos juros, intitulado "Corte Histórico de Juros na Caixa", com a atriz Camila Pitanga como garota-propaganda ""ela já havia sido a estrela do comercial que mostrou os resultados de 2011 do banco.
por TONI SCIARRETTA
FABIO MAZZITELLI 
Editoria de Arte/Folhapress

Crédito

[...] BNDES destina R$ 4 bi as pequenas e micros empresas

O volume mais que dobrou de 2009 para 2010: 
saltou de R$ 11,6 bilhões para R$ 23,7 bilhões. A sigla do banco – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – ganha densidade quando a instituição fortalece as pequenas empresas, base do crescimento do País e da distribuição de renda.

Segundo a instituição, no cômputo geral do crédito do sistema financeiro, a expansão foi de 11% na faixa dos aportes de até R$ 100 milhões, volume máximo destinado às MPEs nos últimos 12 meses. Outra forma de apoiar o pequeno negócio foi a taxa de juros praticada para esse mercado: desde março, a taxa para a compra de bens foi de 6,5%, ante os 8,7% destinados  às grandes empresas 8,7%.

O apoio às PMEs e ao empreendedorismo é um ponto chave da política de desenvolvimento de qualquer País, o Brasil incluído. Para os especialistas, o fortalecimento dos pequenos negócios se deve à combinação da estabilidade monetária com algumas ações do governo federal, entre elas, o próprio cartão BNDES, que, em 2010, concedeu mais de R$ 4 bilhões ao segmento. Em 2011 as projeções do banco são atingir R$ 8 bilhões.

Banco Palmas

Um grupo de pesquisadores japoneses da Hokkaido University, com PhD em Economia, estão desde o último sábado, dia 19, em Fortaleza, estudando o funcionamento do Banco Palmas, no Conjunto Palmeira. Eles estão interessados em conhecer experiências bem sucedidas de combate à pobreza espalhadas pelo mundo.

A intenção dos pesquisadores estrangeiros, que permanecerão na Capital cearense até amanhã, é aprender técnicas simples de geração de renda e produtividade para replicá-las em pequenas províncias japonesas, distantes dos grandes centros urbanos do gigante asiático, que estão sofrendo com problemas de desemprego e estagnação econômica.

Honra em contribuir
Para o coordenador Geral do Banco Palmas, Joaquim de Melo Neto, é um orgulho para os moradores do bairro receber doutores de uma das principais universidades do Japão. "É uma honra essa visita. Eles estão em busca de experiências que deram certo. É também uma prova de que o modelo adotado aqui é comprovadamente efetivo no enfrentamento à pobreza, através do crédito de produção e de consumo", conta.

Segundo ele, a principal fonte de estudo dos japoneses concentram-se nas ações de microfinanças, em especial, o modelos das moedas sociais. "Eles têm bastante interesse em descobrir o desenvolvimento desse tipo de trabalho que acontece aqui, através do Banco Palmas. Querem que, inclusive, a gente vá lá visitar o Japão, posteriormente, para acompanhá-los. Eles estiveram na França e, agora, no Brasil, nos procuraram para que a gente possa contribuir com suas pesquisas", afirmou.

Os doutores japoneses também estiveram com representantes do governo estadual, na Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Estado (STDS) para identificar outras estratégias de apoio à economia local aplicados no Estado.

Modelo internacional
Segundo Joaquim, estão agendadas visitas de estudiosos espanhóis, em abril, e de professores do Canadá, em junho deste ano.

O modelo de economia solidária no Conjunto Palmeira foi criado pela associação comunitária do bairro na década de 1980. Desde então, passou a ter reconhecido internacional. Conforme o coordenador geral do Banco Palmas, pesquisadores dos Estados Unidos da América, Inglaterra, Alemanha, México, Portugal e países africanos.

ILO SANTIAGO JR.REPÓRTER

Coluna Econômica

O clube dos grandes amigos da inflação

 Defendida pelos economistas de mercado, o sistema de "metas inflacionarias" precisa ser revisto no país.
Em tese o sistema funciona assim:
Define-se uma meta inflacionária a ser alcançada em determinado período. O Banco Central passa a monitorar um conjunto de variáveis para estimar o desempenho da meta. Mas, principalmente, as expectativas dos agentes do mercado financeiro. Se as expectativas excedem a meta, aumenta os juros. Se estão abaixo da meta, diminui os juros.
O instrumento atua especificamente sobre a demanda. Aumentando os juros, espera desestimular a demanda trazendo os preços de volta ao patamar planejado.
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Os problemas são inúmeros.
  • O primeiro, é que o sistema emperrada de transmissão das taxas de juros no país. Cartelização no sistema bancário, distorções na tributação, spreads elevadíssimos, faz com que a demanda tenha pouca sensibilidade a movimentos pequenos na taxa Selic. Nos EUA, mudança na casa decimal já interfere nas expectativas dos agentes econômicos. Por aqui, os movimentos precisam ser violentos, para surtirem efeito.

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  • O segundo ponto é que os agentes econômicos consultados – economistas e operadores de mercado – são beneficiários diretos de elevação de taxas de juros. Por isso mesmo tem uma visão viciada sobre as expectativas dos preços. Sempre tendem a supervalorizar altas pontuais e a minimizar quedas de atividade – como ficou claríssimo na crise econômica de 2008.

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  • O terceiro ponto é que o sistema de consultas do BC é viciado. Os economistas consultados não estão interessados em fornecer informações objetivas sobre o cenário futuro da inflação, mas em acertar o que o BC pensa. Assim, basta o BC sinalizar que irá aumentar os juros para todo o mercado passar a apostar em uma inflação maior – mesmo que, em suas análises, eles prevejam inflação menor.

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  • O quarto ponto é que as planilhas do BC não são operadas por economistas capazes de perceber grandes inflexões na economia. Quando ocorrem mudanças expressivas, os indicadores levam de dois a quatro meses para registrar. Em dezembro de 2008 a economia estava desmanchando mas o BC, baseado em séries históricas que retratavam os meses passados, falava em "atividade econômica robusta".

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  • O quinto ponto é que os modelitos do BC jamais estabeleceram correlações corretas entre ajuste fiscal e taxas de juros. Seguidamente justifica-se a alta dos juros com o argumento de que a Fazenda não está fazendo sua parte no ajuste fiscal. A imprensa reproduz acriticamente tais afirmações, com a convicção dos crentes, como se tais afirmações fossem dogmas divinos, sem necessidade de comprovação científica.

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Com isso, o combate à inflação passa a ter ganhadores óbvios: os rentistas detentores de títulos públicos. Esses ganhos fazem com que mantenham sempre em alta as expectativas inflacionárias.
O BC poderia combater eventuais excessos de demanda com ferramentas tradicionais – redução de prazo de financiamento, aumento de depósito compulsório, aumento de tributação sobre operações de crédito. Com isso acabaria com o clube dos amigos da inflação. 
por Nassif
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os juros ao consumidor são os mais baixos dos últimos 15 anos

Neste Natal, quem não resistir às tentações de consumo e decidir comprar um produto que não poderá ser pago à vista, terá ao menos um consolo: os juros ao consumidor são os mais baixos dos últimos 15 anos. E podem ficar ainda mais acessíveis até o fim do ano.

Levantamento realizado pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostra que, em setembro, os juros médios ofertados para pessoa física em diversas modalidades de crédito foram de 6,74%.

A taxa praticada pelo comércio foi ainda mais baixa: 5,65% ao mês. Numa parcela de R$ 200, por exemplo, R$ 11,30 correspondem apenas aos juros. O valor era de R$11,88 em setembro de 2009.

A diferença pode parecer pequena. Ao final de um prazo longo, porém, representa economia significativa. Entretanto, o que mais chama atenção na redução dos juros em 2010 não é propriamente o efeito que eles causam no bolso do consumidor, mas sim o que essa queda sinaliza. "A queda dos juros mostra, em primeiro lugar, que os bancos estão muito dispostos a conceder crédito", afirma Celso Grisi, professor de Economia da Fundação Instituto de Administração (FIA) e presidente da Fractal Instituto de Pesquisa. "E também indica que, em meio a tanta concorrência, o banco pode até reduzir mais o juro para não perder o cliente".

Os bancos estão, de fato, emprestando mais. Segundo o Banco Central, a concessão de crédito no Brasil cresceu cerca de 20% nos oito primeiros meses de 2010 ante o mesmo período do ano passado. Com a criação de quase 2 milhões de empregos formais no ano e boas perspectivas para o futuro da economia nacional, as instituições financeiras ficam menos temerosas para emprestar. Nesse cenário, a inadimplência também recua. E por tudo isso o crédito ficou mais barato, mesmo que a taxa básica de juros (Selic) tenha subido em 2010.

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Governo vai cortar impostos para elevar crédito

Plano é aumentar a fatia do crédito privado nos financiamentos de longo prazo, hoje dominado por operações do BNDES

Alexandre Rodrigues – O Estado de S.Paulo

O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, confirmou ontem que o governo estuda medidas de desoneração fiscal para títulos privados de dívidas de longo prazo, como debêntures, e de incentivo à securitização de créditos imobiliários. As propostas devem integrar o conjunto de medidas que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, prometeu para estimular alternativas de financiamento de longo prazo para investimentos.
Atualmente, a maior parte do financiamento para investimentos recai sobre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que tem sido alvo de críticas por causa do custo fiscal que aportes de recursos do Tesouro provocam. Segundo Barbosa, o governo estuda formas de incentivar o mercado de capitais e a securitização de contratos imobiliários como forma de aumentar a participação do crédito privado no financiamento de longo prazo.
Está em cogitação a desoneração ou a redução do Imposto de Renda sobre títulos usando dois critérios. Poderia conceder o benefício para títulos privados que tenham prazos mais longos, a partir de um patamar a ser definido, ou privilegiar os papéis por finalidade, como os destinados a financiar projetos de infraestrutura, como portos e ferrovias.
“Isso não está fechado. Temos duas alternativas. Pode ser uma combinação delas. E independentemente disso, quando se fala de medida tributária, há a questão do espaço fiscal para poder fazer”, disse o secretário, após participar de uma homenagem à economista Maria da Conceição Tavares na sede do BNDES.
Segundo Barbosa, as medidas só serão anunciadas após as eleições, “entre outubro e novembro”. Ele rejeitou o uso da palavra “pacote” e disse que são apenas “medidas de desenvolvimento financeiro”, no mesmo contexto da criação das letras financeiras, de março deste ano.
Papel do Estado. O governo mira o desenvolvimento do mercado de capitais e do setor imobiliário, mais robustos em países que têm financiamento privado de longo prazo desenvolvido.
“Isso não quer dizer que o Estado não terá um papel. Tem um papel. Principalmente em áreas com grande retorno social e privado talvez não tão elevado.” Segundo Barbosa, o governo busca um “meio termo”. Ele disse que o governo pode ajudar com medidas tributárias e regulatórias.
Um exemplo seria o desconto gradual de créditos imobiliários antigos que forem securitizados do porcentual obrigatório de 65% dos recursos captados na poupança que os bancos são obrigados a aplicar no financiamento de imóveis. “O setor solicitou que esse desconto não seja imediato, que seja feita de forma gradual, de modo a estimular essa securitização. Estamos analisando”, disse Barbosa.
Para o secretário, o BNDES continuará a ter papel importante no financiamento de longo prazo, especialmente na infraestrutura e no apoio às exportações. Segundo ele, o governo já definiu a transformação da Agência Finame, do BNDES, em Eximbank.

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Minha Casa, Minha Vida já alcançou 63% da meta

A Caixa Econômica Federal informou que o programa de habitação “Minha Casa, Minha Vida” atingiu 630.886 contratos assinados em âmbito nacional desde o seu lançamento, em abril do ano passado, no valor de R$ 35,85 bilhões. O montante corresponde a 63% da meta. Em 6 de setembro, a instituição também registrava 418.860 propostas em análise. Considerando apenas 2010, o número de contratos assinados corresponde a 355.358 unidades no valor de R$ 21,8 bilhões.

Do total contratado desde o lançamento do programa, 292.229 unidades (46%) atenderam a faixa de renda até três salários mínimos, enquanto 65.191 unidades (10%) contaram com recursos do Orçamento Geral da União (OGU). No mesmo período também foram financiadas 196.649 unidades (31%) pelo programa para famílias com renda de três a seis salários, enquanto 76.817 (12%) atenderam a faixa de renda de seis a dez salários.
Dentro do programa já foram entregues 160.883 unidades e a expectativa da instituição é de entregar mais 101.494 habitações até o final do ano. Pelos cálculos do vice-presidente de governo da Caixa, Jorge Hereda, neste ano ainda serão entregues 78.086 unidades para a faixa de renda de até três salários mínimos – com recursos do Orçamento – mais 2.707 unidades para essa mesma faixa de renda, além de 13.841 unidades para as famílias com renda de três a seis salários e 6.860 unidades na faixa de renda de seis a dez salários.
No Estado de São Paulo já foram contratadas 125.103 unidades habitacionais no mesmo período dentro do programa, totalizando R$ 8,5 bilhões. Em 2010, o montante total financiado pela Caixa para a casa própria no Estado chega a R$ 12,8 bilhões, beneficiando 170.132 famílias. Conforme comunicado da instituição, se mantido esse ritmo até o final do ano, a expectativa é de que o volume financiado pelo banco no Estado irá superar os R$ 18 bilhões.
De acordo com dados divulgados mais cedo pelo banco, neste ano até 3 de setembro o volume aplicado em habitação atingiu a soma recorde de R$ 47,6 bilhões – superando a performance do ano passado, de R$ 47,05 bilhões. Se o ritmo de contratações for mantido até dezembro, prevê a presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, a carteira de crédito imobiliário do banco deve atingir R$ 70 bilhões neste ano. Anteriormente, a estimativa da instituição para 2010 girava em torno de R$ 60 bilhões.

FABIANA HOLTZ Agencia Estado

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Ampliação do Minha Casa, Minha Vida


Neste sábado, Dilma falou de um de seus projetos de ampliação do “Minha Casa, Minha Vida”. E disse algo que fará muitos elitistas torcerem o nariz: incluir a mobília básica dos imóveis financiados pelo programa no próprio financiamento da habitação. Por que eles torcerão o nariz? Porque é brutalmente econômico, de um lado. E porque agrega  um valor  imenso – objetivo e subjetivo – à nova moradia de pessoas que viviam em condições precárias.
Porque é econômico? Porque a mobília básica de uma casa simples – uma geladeira, um fogão, uma televisão, uma cama de casal, duas de solteiro, uma mesa e quatro cadeiras custam, no varejo, talvez só um pouco mais de 5% do valor de uma moradia, hoje na faixa de R$ 50 mil. No atacado, se você considerar algo como um milhão de unidades de cada item, talvez não chegue a 3% disso. Menos ainda, se existir renúncia fiscal de IPI, IOF  e de ICMS nas operações de produção, crédito e venda. E, ainda, a intermediação do ponto de venda final do comércio. Até mesmo os prazos de entrega mais dilatados – coincidindo com as entregas das unidades habitacionais – alivia custos das indústrias, por permitir fluxos de produção seguros.
Um nada, portanto, no volume de crédito que o programa envolve. E valores que podem ser garantidos com um valor ínfimo nos financiamentos.
Mas que serão um valor muito expressivo na mudança de vida que proporcionarão aos brasileiros que estão tendo, pela primeira vez, uma moradia digna. Alguns saem de situações onde as moradias que ocupam são improvisos, montados com o que se pode e o que se consegue.
Mobília e eletrodomésticos sempre foram símbolos de ascenção social. Este valor simbólico ajuda a promover mudanças de hábitos e comportamentos sociais. A formação de uma nova classe média passa por isso.Nos EUA, que eles admiram tanto, os eletrodomésticos foram o grande apelo da formação do modelo de vida americano, nos anos 50.
Se esta anscenção  for  acompanhada – talvez seja o que mais tenha faltado no início do Governo Lula – da formação  de uma consciência de que isso é possível porque os brasileiros passam a olhar a si mesmo como um povo, uma coletividade capaz , nossa auto-estima e solidariedade serão elementos de educação para a cidadania.
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CEF - Bom negócio é fazer negócio com o povo

Quando a gente bate no sistema financeiro, não é por uma postura obtusa na base dos jargões dos “parasitas do capital”. Negativo. Um sistema financeiro equilibrado e direcionado para o desenvolvimento do país é uma enorme alavanca para o progresso harmônico da nação.
A Caixa Econômica Federal foi um dos instrumentos do governo para irrigar a economia durante a crise financeira internacional de 2008/2009, garantindo a oferta de crédito a juros baixos, o que levou o Brasil a ser um dos primeiros países a sair da turbulência que até hoje perdura em vários outros lugares. E isso não a impediu de lucrar. Muito ao contrário, seus ganhos continuam batendo recordes, o que prova o acerto da medida do governo Lula, que confiou no povo brasileiro. Continua>>>

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O planejamento estratégico do BB

Uma das melhores conseqüências da crise de 2008 foi o reposicionamento do Banco do Brasil no mercado bancário.
Em um momento em que o sistema bancário, como um todo, passava a jogar na defensiva, o controlador do BB (União) determinou que ele avançasse na oferta de crédito. Analistas econômicos da mídia espalharam o terror, qualificando de interferência política e prognosticando queda no valor das ações do banco, devido à explosão futura da inadimplência.
Dois anos depois, a operação foi um sucesso. Permitiu ao banco recuperar o primeiro lugar em ativos – que havia perdido após a compra do Unibanco pelo Itaú -, ampliar em 1,5 pontos sua participação no mercado de crédito, com níveis de inadimplência inferiores aos da concorrência. Mais que isso, contribuiu para mudar a filosofia dos bancos comerciais, rompendo o acordo tácito que impedia uma competição maior no segmento.
Cumpriu uma função pública e fez um bom negócio.

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Cresce oferta de crédito de longo prazo

Os bancos vêm ampliando gradualmente a oferta de crédito de longo prazo às empresas. Para as grandes companhias, as linhas já chegam a sete anos, com carência superior a 12 meses e pagamentos escalonados de acordo com a necessidade de fluxo de caixa. Para as pequenas e médias, três anos é o limite. 

Pela primeira vez em muitos anos estamos financiando com recursos genuínos de longo prazo", diz Carlos Leibowicz, diretor de corporate do Santander. 

As tesourarias dos bancos estão conseguindo captar recursos com prazos acima de cinco anos e há maior preocupação em "casar" ativos - emitir papéis com prazos semelhantes aos dos empréstimos. 

Walter Malieni, diretor de crédito do Banco do Brasil, diz que as linhas mais longas são desenhadas para grandes empresas que precisam liberar caixa para investimentos, ampliações ou aquisições. 

A Caixa Econômica Federal, que agora quer avançar no segmento corporativo, busca funding de longo prazo, diz Márcio Percival, vice-presidente. Ela captou quase R$ 1 bilhão em letras financeiras de até cinco anos que devem financiar investimentos.

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Bancos buscam as pequenas e médias companhias

As pequenas e médias empresas se tornaram as estrelas da carteira de crédito dos grandes bancos de varejo, conforme os balanços do segundo trimestre já divulgados. Enquanto as grandes companhias se voltam para o mercado de capitais e as Pessoas físicas reduzem a demanda por crédito, as pequenas e médias empresas ganharam um reforço natural.

No Bradesco, o crédito para o segmento teve o melhor desempenho de todos, com expansão de 6,7% frente ao segundo trimestre e de 21,4% em 12 meses. 

No Itaú Unibanco, o crédito a empresas com receita anual até R$ 150 milhões subiu 6,7% de março a junho. O banco admitiu 4,2 mil funcionários no primeiro semestre basicamente para atender essa área. 

O Santander também reforçou com mais 500 gerentes o quadro de 3 mil pessoas da divisão de pequenas e médias empresas. 
O crédito cresceu 4,7% no último trimestre.

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Mercado brasileiro ainda pode absorver mais crédito

Apesar do crescimento expressivo do volume de crédito no Brasil no último ano, os bancos privados têm capacidade de impulsionar ainda mais o setor.

De acordo com a doutora em História Econômica pela USP, Claudia Kodja, o governo federal ainda é o principal fornecedor de financiamentos no País.

Segundo o Banco Central, o estoque de operações de crédito subiu 8,1% no primeiro semestre de 2010.

Nos últimos 12 meses, a alta é de 19,7%.

Os dados da autoridade monetária apontam que mais de um R$ 1,5 trilhão foram emprestados, ou 45,7% do Produto Interno Bruto.

O juro médio cobrado nos empréstimos para as pessoas físicas está em 40,4%, o menor índice desde 1994.
Ouça Claudia Kodja

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