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Banco Palmas

Um grupo de pesquisadores japoneses da Hokkaido University, com PhD em Economia, estão desde o último sábado, dia 19, em Fortaleza, estudando o funcionamento do Banco Palmas, no Conjunto Palmeira. Eles estão interessados em conhecer experiências bem sucedidas de combate à pobreza espalhadas pelo mundo.

A intenção dos pesquisadores estrangeiros, que permanecerão na Capital cearense até amanhã, é aprender técnicas simples de geração de renda e produtividade para replicá-las em pequenas províncias japonesas, distantes dos grandes centros urbanos do gigante asiático, que estão sofrendo com problemas de desemprego e estagnação econômica.

Honra em contribuir
Para o coordenador Geral do Banco Palmas, Joaquim de Melo Neto, é um orgulho para os moradores do bairro receber doutores de uma das principais universidades do Japão. "É uma honra essa visita. Eles estão em busca de experiências que deram certo. É também uma prova de que o modelo adotado aqui é comprovadamente efetivo no enfrentamento à pobreza, através do crédito de produção e de consumo", conta.

Segundo ele, a principal fonte de estudo dos japoneses concentram-se nas ações de microfinanças, em especial, o modelos das moedas sociais. "Eles têm bastante interesse em descobrir o desenvolvimento desse tipo de trabalho que acontece aqui, através do Banco Palmas. Querem que, inclusive, a gente vá lá visitar o Japão, posteriormente, para acompanhá-los. Eles estiveram na França e, agora, no Brasil, nos procuraram para que a gente possa contribuir com suas pesquisas", afirmou.

Os doutores japoneses também estiveram com representantes do governo estadual, na Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Estado (STDS) para identificar outras estratégias de apoio à economia local aplicados no Estado.

Modelo internacional
Segundo Joaquim, estão agendadas visitas de estudiosos espanhóis, em abril, e de professores do Canadá, em junho deste ano.

O modelo de economia solidária no Conjunto Palmeira foi criado pela associação comunitária do bairro na década de 1980. Desde então, passou a ter reconhecido internacional. Conforme o coordenador geral do Banco Palmas, pesquisadores dos Estados Unidos da América, Inglaterra, Alemanha, México, Portugal e países africanos.

ILO SANTIAGO JR.REPÓRTER