Mostrando postagens com marcador Homossexualismo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Homossexualismo. Mostrar todas as postagens

A estória homossexual que os intolerantes gostariam de apagar da Bíblia


Os evangélicos fundamentalistas que estão por trás (opa) de todas as batalhas pelo obscurantismo no Brasil usam a Bíblia a seu bel prazer.
A justificativa para a “cura gay”, por exemplo, é baseada em versículos como este do Levítico:
“Se um homem se deitar com outro homem como quem se deita com uma mulher, ambos praticaram um ato repugnante. Terão que ser executados, pois merecem a mor­te.”
Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios, outro favorito da turma, ensina o seguinte: “Não errais: nem os impuros, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem malakoi, nem arsenokoitai herdarão o reino de Deus”.
Os livros dos felicianos e malafaias traduzem essas palavras gregas como “efeminados e homossexuais”. Traduções mais recentes e criteriosas preferem “pervetores”, “pervertidos” ou “imorais”.
Paulo, que se chamava Saulo e era um devasso antes de se converter cristão, fazia uma referência à licenciosidade do Império Romano sob Nero — o qual, segundo a tradição, o decapitou.
Mas a história que os crentes preferem ignorar é a de Davi e Jônatas, presente em Samuel I e II.

XVII artigo do dia



O que o Edy do Pinochet tem a ver com a calça [cu] de [dos] Bolsonaro?



As pessoas que estão compartilhando fofocas sobre um suposto romance do Carlos Bolsonaro com o primo estão esperando o que para entender que isso é muito estúpido? Querem ofendê-lo? Atingir o pai com o "defeito" do filho? Estão competindo pra ver quem é mais quinta série? Ou resolveram jogar fora a máscara de defensores da diversidade pra mostrar que no fundo vocês também não gostam de viado e se ele for mesmo gay deve ser escrachado publicamente?
Não estou defendendo a privacidade do cara, a quem eu também considero repugnante como pessoa pública. Mas não pode ser mais embaraçoso ver companheiros autoproclamados "de esquerda" nessa fofoca! E não só por não haver coisa mais fascista do que tirar alguém do armário à força (quem quer que seja), mas principalmente pelo que significa toda essa insinuação. Um cara que propaga ideias nazistas virar alvo de investigação online sobre uma possível homossexualidade? Onde querem chegar com isso?
Exemplifico com uma notícia que oportunamente coincide com esse fuxico que está rolando no Brasil: foi anunciada a publicação de um livro que reunirá supostas cartas trocadas entre Augusto Pinochet, o ditador chileno, com o senador e ideólogo de direita Jaime Guzman. O livro "denuncia" que ambos teriam vivido um romance. Os trechos divulgados das cartas são de cair o queixo. "Torturaria comunistas só para ver-te sorrir", "Mi Hitler criollo", "Logo nos veremos e será como um tiro na cabeça" "Com muito afeto, seu Ditador".
Pessoas "de esquerda" aqui no Brasil (muitas públicas, inclusive) se apressaram em compartilhar a notícia com comentários de psicologismo leigo sobre a relação entre a sexualidade reprimida e a violência sanguinária do maior genocida das ditaduras latino americanas do século XX. Sério, gente? Ele derramou rios de sangue só porque não gozou gostoso? Conte-me mais...

Pergunto: a que serve historicamente comprovar-se a homossexualidade em um homem desses, senão eximir de responsabilidade todas as forças políticas e sociais que o sustentaram? Não foi então por pressão das elites econômicas chilenas, dos grandes empresários e da igreja que derrubou-se o governo popular de Salvador Allende? Não foi pela continuidade da Operação Condor sobre as Américas que os EUA enviaram seus aviões para bombardear o Palácio La Moneda com o presidente dentro? Não foi sob a desculpa da "ameaça vermelha" que o Chile impediu o avanço de políticas sociais? Não foi por ódio aos pobres? Pela exploração do cobre e do salitre? Pelo alinhamento ao imperialismo norte americano?
Digam então a uma mulher cujo filho tenha sido estripado e jogado de um avião no meio do oceano que na verdade o problema é que o Pinochet queria dar pro coleguinha e não rolou! Convençam a História de que as mais de 80 mil pessoas presas, torturadas e/ou mortas o foram graças aos problemas sexuais de um único homem. Então as mulheres estupradas, crianças desaparecidas, fome, miséria, a entrega de riquezas naturais e a destruição nacional entram na conta do trauma sexual da maricona? Me poupem!

Pode ser, eventualmente, que Pinochet fosse homossexual. E isto pode, sim, ser relevante para estudos psicossociais que relacionem repressão sexual à violência. Ganha a ciência, é verdade. Mas essa discussão não equaciona os fatos políticos para a solucionar a revolução que urge. Só desvirtua e subverte lógicas.
No campo da oposição política, agora a esquerda também é fiscal de fiofó? Sermos moralistas não é só vergonhoso e contraditório, mas estrategicamente burro. Porque o que sustenta esse projeto insustentável que os Bolsonaro apresentam é o discurso moral. Sem isso eles não tem nenhuma força. Os liberais econômicos, sozinhos, não elegem mais ninguém. Por isso a direita não investiu no Amoedo e o Alckmin, coitado, deu com os burros n'água. O negócio é o moralismo!
Estamos hoje no Brasil, sob a ameaça desse grupo conservador que instalou-se no poder com expressiva votação de parcela do nosso povo graças ao discurso da moral. Ou vocês acham que o currículo do Paulo Guedes teve mais influência junto ao eleitorado do que a mamadeira de piroca do whatsapp? Os eleitores abraçaram sem constrangimentos a causa do ódio aos LGBTI's que a família Bolsonaro vendeu. Enquanto fala-se sobre Damares ser uma "cortina de fumaça" para camuflar os já aparentes indícios de corrupção e autoritarismo, a mim evidencia-se que o Delinquente da República está entregando o que prometeu: aos eleitores, a exclusão dos LGBTIs e o porte de armas, e aos patrocinadores, a flexibilização do Estado para explorações e massacre. Calculem a equação que resultará disso.
Todos sabem, inclusive muitos eleitores do Bolsonaro já suspeitam, que esse governo é uma desgraça para o país e para o povo. Mas ele tende a se manter no poder com tranquilidade enquanto for capaz de manipular o medo irracional, quase supersticioso, da ameaça imoralíssima que vem da esquerda. Damares tem papel fundamental na manutenção de Bolsonaro no Planalto. Parem de ajuda-la! Deixem o rabo do Carlucho dentro das cuecas e cuidemos de descobrir como combater esse governo assumidamente evangélico fundamentalista com inteligência.
Precisamos estar fortes, como diz a canção, mas precisamos também, e muito, estarmos atentos!
Salvador, 17/01/2019 
por Beatrice Papillon
***



Cura gay


Doutor juiz, quem é bissexual tem de ser tratado com dose dupla de medicamentos e terapia ou apenas a metade?

Juiz decreta que homossexualismo é doença


O juiz Waldemar Cláudio de Carvalho "decretou" liminarmente que a "cura gay" pode ser usada por profissionais de psicologia. A Organização Mundial da Saúde deixou de considerar homossexualidade como doença desde 1990. Vendo esta decisão imagino o seguinte diálogo:

A professora pergunta a aluna:

- Bety por que não veio a escola durante a semana passada?

- Professora, eu estava doente.

- O que você tinha, algo grave?

- Não professora, é que passei a semana me sentindo lésbica.




Hipocrisia e indignação seletiva

Dias desses o deputado federal Jair Bolsonaro abriu a latrina e falou  um monte...foi um auê. 

Movimento negro, Gays, LGBTs e o escambau entraram em transe, uma histeria só. Cansei de ler artigos, textos, crônicas, desabafos e vaticínios que somos racista e homofóbicos [ generalização imunda]...

Chamam um jogador de futebol de macaco, histeria. É racismo!

Chamam um jogador de vôlei de gay, mais histeria. É homofobia!

Agridem uma mulher pobre e a chamam de cachorra vira-latas. Faz-se um silêncio aterrador...

Onde estão os paladinos da moral e da ética?...

Os defensores dos fracos e oprimidos?...

Onde estão?








Movimento LGBT passou da conta

O meu direito começa onde termina o teu. O teu direito termina onde começa o meu. O meu direito, o teu direito começa e termina onde começa o direito de todos.




O movimento LGBT lutou para ter seus direitos civis reconhecidos na lei. Conseguiram. É justo e tem o meu apoio.

Agora, estão querendo obrigar as Igrejas, as Religiões a realizar o casamento homossexual. Estão errados.

As Igrejas, as Religiões tem o direito de fazer casamento de quem quiser.

Se eu tivesse uma religião, defenderia a realização de casamento de gays, lésbicas etc.

Mas, respeitaria a decisão da maioria.

Se a maioria decidisse que não realizaria casamento homossexual, eu acataria a decisão.

O nome disso é democracia.

Portanto ativistas LGBTs tá na hora de vocês respeitarem a opinião e o direito dos outros.

Entenderam ou quer que eu desenhe?

Bispo disse que cura hétero, heteras e assexuados na inauguração do Reino de Deus

A inauguração da Igreja Salomé, a sede da Igreja Homossexual do Reino de Deus, que aconteceu ontem segunda-feira (03/08), na Jurema - distrito de Quixeramobim -, foi marcada pela vista inédita do suntuoso espaço e pela presença de políticos e celebridades.

Mas quem imagina que foi falado apenas de "amor ao próximo" se enganou redondamente.

Durante o sermão do bispo Romério Fornicome, a heterossexualidade entrou em questão e ele afirmou que está acostumado a "curar heteros e heteras sexuais".

Em sua fala o bispo garantiu que conseguiu largar o vício em drogas por meio da fé e que a Igreja é mais eficaz que qualquer outro tratamento médico.

"Eu cheirava uma tonelada de cocaína, mil pedras de crack, amazônias de maconha e via as paredes derretendo". 

Depois engatou dizendo que conseguia curar qualquer tipo de vício e convidou "heteros, heteras e assexuados e assexuadas" para o tratamento. 

Prometeu que mais cedo do que tarde todo mundo assumirá que é gay, lésbica e bissexual. 

"Ser hétero é uma doença. Mas tem cura. O sangue do capitão gay tem poder. Só a viadagem nos libertará", concluiu eufórico.

Ser homofóbico é, cada vez mais, seguir no caminho mais rápido para o desprezo social

A homofobia é um medo real ...mas, exatamente do quê?

Em um ambiente de aceitação crescente, nós condenamos sentimentos homofóbicos, em especial nos homens, por que achamos que eles vêm de dentro do indivíduo e são, portanto, sua total responsabilidade. Um homem que diz coisas odiosas sobre gays é “retrógrado”. Ele está protegendo seu status social ou, talvez, seja secretamente gay. Ele precisa crescer ou sair do armário.
De qualquer jeito, a existência contínua da homofobia — à parte dos óbvios problemas — levanta questões sobre sua natureza básica: será que teorias psicológicas como aquelas acima realmente explicam por que a homossexualidade, especificamente, evoca tal medo, do tipo que motiva fala e ação violenta?
A única forma de responder a essas questões é parar de pensar na homofobia como uma escolha pessoal e entendê-la como o inevitável e deliberado resultado da cultura na qual os homens americanos são criados.
Claramente, homens na América têm crescido aprendendo a ter medo da homossexualidade. Mas não apenas pelas razões que nós tipicamente pensamos — não apenas por causa de religião, insegurança sobre sua própria sexualidade ou uma aversão visceral aos pênis de outros homens. A verdade é que eles estão com medo porque a heterossexualidade é muito frágil.

Homossexualismo - porque o beijo gay deve ser comemorado

Ontem foi um dia histórico. A Rede Globo, após tantos anos exibindo relacionamentos gays em suas novelas sem nunca mostrar um beijo explícito, finalmente exibiu a primeira cena de beijo entre dois homens.
A comemoração pelo país foi enorme.
No mesmo instante as redes sociais ferveram com fotos tiradas de aparelhos de TV, com o registro desse momento. Uma euforia tomou conta de muitos gays e héteros. Foi algo semelhante ao que sente um torcedor apaixonado quando seu time de futebol vence um campeonato.
Por que algo tão simples gera toda essa emoção em tantas pessoas?
É porque elas perceberam que foi vencida mais uma batalha da longa guerra contra o preconceito. Quando a maior rede de televisão finalmente mostra um beijo gay numa novela, isso significa que a aceitação aos homossexuais avançou um pouco mais.
Muitos estão dizendo: “Essa cena não vai fazer os gays serem menos discriminados nas ruas. Não vai mudar nada!”
Discordo.
Pequenos atos como esses são simbólicos. Quando vistos por milhões de pessoas ao mesmo tempo, várias delas passam a refletir sobre o assunto. Talvez passem a ver um relacionamento gay com outros olhos.
Durante a minha infância e adolescência, sempre que ouvia falar em gays, era no pior sentido possível. A palavra “gay” era um grande xingamento e ainda é para muitos.
Quando se tinha raiva de alguém, a palavra gay logo saía da boca como forma de atacar o cara de quem não se gostava. O repúdio a essas pessoas era total, sendo tolerados apenas na condição de bobos da corte, para rirmos deles.
Hoje claramente se nota uma mudança. Vemos alguém famoso fazendo uma declaração preconceituosa contra gays e recebendo uma avalanche de críticas de todos os lados, incluídos héteros. É maravilhoso que não seja mais tão bem aceito falar mal deles.
Alguns que criticam constantemente a Globo se irritaram com a empolgação sentida com a tão esperada cena do beijo, por pensarem que a exibição dessa cena só vai beneficiar a própria Globo, deixando-a mais forte.
Creio que isso não seja um motivo para o desânimo. Pior seria se o conservadorismo tivesse vencido mais essa batalha. A Globo  vai continuar sendo poderosa por muito tempo. Melhor que cresça através de atos positivos do que através de moralismos exagerados.
A luta da comunidade LGBT é a de muitas pessoas que sonham em serem tratadas da mesma forma que quaisquer héteros nos dias de hoje. É a luta de um grupo que não aguenta mais ter de esconder o que sente, o que pensa e o que faz.
Eles querem ter o direito de dar as mãos na rua, de se beijarem e se abraçarem, como qualquer outro casal, sem que sejam agredidos física ou verbalmente. Para quem vive tamanha opressão, qualquer passo na direção de uma maior aceitação ou tolerância da sociedade é de fundamental importância e será comemorado com a maior euforia.
O beijo entre Niko e Félix na novela das nove não é algo que deva ser enxergado como uma “vitória da Globo”. É principalmente uma vitória de todos na sociedade que lutam contra o preconceito.
Fabiano Amorim
Sobre o Autor
Fabiano Amorim é nascido em Palmeiras dos Índios, e atualmente mora em Maceió, Alagoas. Ele escreve no blog http://fabiano-amorim.blogspot.com.br. É autor do aclamado documentário “Derrubaram o Pinheirinho”, sobre a reintegração de posse do acampamento Pinheirinho em São Jose dos Campos.

Saindo dos armários

Uma das diferenças entre Barack Obama e Bill Clinton, ou melhor, entre a época de um e a de outro, pode ser observada na última declaração do atual presidente sobre drogas. Em termos de costumes, a geração do marido de Hillary usava a meia verdade para confessar pecados do passado. Quando admitiu ter fumado maconha na juventude, fez logo a ressalva hipócrita: “Fumei, mas não traguei.” Ah, bom, então tudo bem. Já Obama revelou com todas as letras ter fumado, tragado a outrora chamada “erva maldita” e, pior, cheirado cocaína.
Fernando Henrique, que hoje encabeça uma corajosa campanha pela descriminalização do uso das drogas, teria dito o mesmo. Mas ele nega, até porque, garante, nunca usou nem cigarro comum (na campanha para a prefeitura de SP, em 1985, Jânio Quadros difundiu o boato devastador de que seu adversário, se eleito, o que não aconteceu, iria promover a distribuição de maconha nas escolas públicas).
Agora são tempos de abrir os armários. Veja outro tema tabu, a homossexualidade, cuja defesa não é mais apenas uma bandeira dos militantes. Depois que o STF reconheceu por unanimidade a união gay como legal (com direito a herança, pensão e adoção) e depois que o Papa Francisco recusou-se a estigmatizar os homossexuais (“Quem sou eu para julgá-los?”), a condição deixou de ser uma doença ou uma patologia social para ser o que é, uma opção sexual, com visibilidade cada vez maior em filmes, peças e novelas.
Apenas um exemplo. O personagem mais carismático de “Amor à vida” é uma bicha — e bicha má, como ele mesmo se classificava, de jogar criancinha em caçamba. O público já esqueceu essa e outras maldades de Félix, continua achando graça em seus trejeitos, está aceitando como natural sua redenção e torce para ele ficar com Nico, a bicha do bem. Se isso não acontecer, não será pela vontade popular, mas talvez porque, tecnicamente, a solução se mostraria impraticável. Segundo me ensinou um entendido, os dois só conjugam na voz passiva, o que tornaria a união homoafetiva inutilmente redundante. A conferir. Cartas para a coluna do Ancelmo.
Pode-se alegar que esse liberalismo só acontece na arte, já que na vida real, aqui e lá fora, continua havendo preconceito e violência homofóbica. Ou seja, mesmo num mundo ideal, sem intolerância, haverá sempre resíduos, como um Marco Feliciano e um Putin, para lembrar Shakespeare: “O mal que os homens praticam sobrevive a eles.”
Já tenho minhas divas do verão. São elas Soraya Ravenle, do musical sobre Chico Buarque; Laila Garin, de “Elis”; Dira Paes e Patrícia Pillar, de “Amores roubados"; Maya Gabeira, das ondas gigantes; e, mais formosa e irresistível do que todas, Alice, que dispensa justificativa.
de Zuenir Ventura

Opção e orientação sexual, tem imbecilidade maior?

Moyses Macedo, filho de Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da TV Record, assumiu sua homossexualidade nas redes sociais na última segunda-feira, de acordo com o site O Fuxico Gospel. 

O jovem mora em Manhattan, Nova York, onde leva uma vida modesta e sem qualquer problema quanto à orientação sexual. De acordo com vizinhos, não é novidade para ninguém que ele seja gay.

Mesmo assim, a saída do armário de Moyses está sendo amplamente divulgada em sites gospel do Brasil.


Apesar de viver “escondido” por conta de sua rebeldia, o rapaz cresceu nos Estados Unidos e já esteve envolvido em algumas polêmicas absurdas, como uma suposta gravação onde se masturba, joga a Bíblia para o alto e aponta o dedo do meio para o público.

Quais as dificuldades de um pai ao descobrir um filho transexual?

É muito complicado criticar os pais que não aceitam o filho transexual . 
O homossexual pode passar a vida sem que se perceba que ele faz parte de uma minoria. O transexual não tem como esconder. Estou com o caso de um menino de 9 anos, que nasceu menina. Estamos tendo problemas para trabalhar a questão na escola. Os colegas e professores estranham. É um percurso muito complicado para os pais.
Qual é a realidade dos adolescentes transexuais hoje?
Temos casos de tentativa de suicídio. Muitos ficam desesperados na hora da puberdade. Por isso defendemos a interrupção, com hormônios. O ideal é bloquear a puberdade, para ter tempo de fazer um acompanhamento psicológico antes da chegada dos hormônios. Sem esse cuidado, muitos começam a tomar hormônio clandestinamente. As características sexuais secundárias os fazem sofrer muito, porque a sociedade ainda não sabe que isso existe. É o maior sofrimento que se pode imaginar para um jovem.
Pelo que observa, com que idade o jovem se percebe transexual?
É muito importante o acompanhamento de um endocrinologista. Mas sem dúvida na pré-adolescência, quando esses sinais da transexualidade aparecem, a criança já deveria usar hormônio. Até mesmo antes dos 12 anos. E é esse aconselhamento, para a redução de danos, que fazemos no GPH.
Edith Modesto, Escritora e fundadora do Grupo de Pais de Homossexuais

Pastor e ex-travesti: "sou 100% heterossexual"

Na semana passada, gritos e bate-boca marcaram uma audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília. O motivo: estava sendo discutido o projeto de decreto legislativo 234/11, conhecido como projeto de "cura gay" dos homossexuais. A proposta do deputado João Campos (PSDB-GO) quer derrubar o dispositivo do Conselho Federal de Psicologia que proíbe profissionais de atender pacientes gays que desejam mudar sua orientação sexual.
Para alguns especialistas, essa mudança é impossível. Não é o que pensa o pastor Joide Miranda, de 47 anos. O religioso mora em Cuiabá com a esposa Edna, com quem está há 17 anos, e seu filho Pedro, de 1 ano e 9 meses. Na capital matogrossense, ele fundou a ABexLGBTT (Associação Brasileira de Ex-LGBTTs), entidade que ajuda pessoas que "desejam deixar voluntariamente o estado da homossexualidade".
O estímulo para aqueles que o procuram é a sua própria história: aos 12 anos, Joide assumiu sua homossexualidade, aos 14, virou travesti, aos 21, foi viver uma relação homoafetiva com um italiano e, aos 26 anos, deixou tudo para trás após virar evangélico. Hoje, diz estar 100% restaurado na sua identidade heterossexual.
“A homossexualidade é uma conduta aprendida. Deus restaurou minha identidade e, quando ele faz isso, não há força maligna que faça voltar atrás”, diz ele. “A pessoa precisa substituir aqueles desejos, comportamentos, amizades e a forma de falar. Tem que encher a mente com as coisas de Deus. Precisa do esforço da pessoa”, ensina o pastor.
A entrevista ao iG ocorreu durante uma viagem ao Rio, onde foi convidado a pregar em uma igreja evangélica em Marechal Hermes, bairro da zona norte da cidade. No bate-papo, recheado de citações bíblicas, Joide Miranda contou sua história, descreveu o que um homossexual deve fazer para deixar de sentir desejo por pessoas do mesmo sexo, disse como iniciou o romance com sua esposa, criticou igrejas evangélicas GLS e fez alertas aos pais sobre os desenhos que as crianças assistem, citando o filme " Rio ". Leia a entrevista:

10 dúvidas sobre a "cura gay":

Carlos Henrique Gothchalk:

*Feliciano, por favor me tira essas dúvidas?
  1. Se eu conseguir um atestado num posto de saúde afirmando que estou GAY, posso faltar ao trabalho?
  2. No caso pra se curar, precisamos nos encaminhar a alguma UPA? Ou eles buscam em casa?
  3. Meu plano de saúde cobre?
  4. Existe remédio genérico?
  5. Existirá uma ilha, ou cidadezinha, na qual jogariam todos os GAYS pra se curarem que nem fizeram com os leprosos? (Nesse caso seria até interessante).
  6. E os bissexuais? Tomariam metade da dose do remédio?
  7. Vai existir uma vacina pra GAY que nem existe a vacina pra GRIPE pra impedir os héteros de darem uma escorregada? (Acho válido, conheço vários).
  8. No caso de Pessoas que não assumem sua homossexualidade como "Bolsonaros e Felicianos", haverá internação compulsória?
  9. No caso de psicólogos homossexuais, eles podem continuar trabalhando? Ou precisam se ausentar até estarem devidamente curados?
  10. No caso daqueles que já realizaram a troca de sexo, podemos considerá-los doentes ou não? (Por exemplo, um homem que fez a troca de sexo e se tornou legitimamente uma mulher, que hoje em dia é casada com um homem, nesse caso, se ela fizer a cura GAY, não se tornaria lésbica?

63% dos brasileiros aceitariam filho homossexual

O Instituto Briguilino de Opinião Popular - IBOP - divulgou hoje sexta-feira (31) uma pesquisa onde revela que 63% dos brasileiros aceitariam um filho homossexual. Pelo documento, 62% se posicionaram a favor de gays terem os mesmos direitos que “casais tradicionais”. 
O IBOP ouviu 1.264 pessoas em todas as regiões brasileiras no primeiro trimestre de 2013 para saber a opinião do brasileiro sobre homossexualidade.

ARH: Há dez anos recuperando o homem que pode existir em você


A ARH é uma associação de recuperação de homossexuais, de âmbito internacional, com sede na cidade de San Francisco - EUA, que conta com filiais em Campinas - SP, Santos Dumont - MG, Airuorca - MG, Oliveira - MG, Ijuina - MT, Pelotas - RS e Valença - RJ.

E por que escrevemos para você?

É simples: Mantemos uma equipe ativa que recebe informações sigilosas de amigos de homossexuais do mundo inteiro, e seu nome chegou a nosso cadastro.
Baseados em declarações de seus amigos "íntimos", visualizamos em você o
homossexual do tipo BLOPAR (Bicha Louca Padrão Ainda Recuperável), o que nos dá segurança em afirmar que atingiremos sua quase total recuperação.

Como mostra de nossa seriedade, comunicamos que já estão sob nossos cuidados e em terapia permanente os senhores Pedro Bial, Rafael Greca, Vitor Fasano, e o atleta Richarlysson entre outros que estão conseguindo considerável progresso, apesar de classificados na categoria II (Irremediavelmente Irrecuperáveis).

Contamos com sua força de vontade e compreensão.

Aconselhamos como medidas preparatórias, observarem as seguintes regras:

Silas Malafaia: ninguém nasce gay


O evangélico Silas Malafaia rebateu, através de carta enviada por e-mail à redação de A TARDE, nesta terça-feira, 5, os argumentos usados em vídeo pelo biólogo, mestre em genética e doutorando na Universidade de Cambridge (Inglaterra), Eli Vieira, postado na internet como resposta às declarações polêmicas do pastor feitas ao programa de entrevistas De Frente com Gabi, da apresentadora Marília Gabriela, no último domingo, dia 3. As declarações de Malafaia causaram uma onda de protestos nas redes sociais, por conta do teor homofóbico das falas do religioso. O vídeo de Eli Vieira, por sua vez, foi publicado como resposta ao apelo do deputado federal Jean Wyllys (Psol - RJ), que também por meio das redes sociais, no próprio domingo, conclamou os "homens e mulheres da ciência a não se calarem ante a estupidez fundamentalista e o cinismo dos exploradores comercias da fé!" 
No texto, o pastor evangélico diz estar enviando "sua resposta ao doutorando em Genética". Confira a íntegra da carta do pastor Silas Malafaia:
"Minha resposta ao doutorando em Genética, que me parece estar defendendo a sua causa na questão da homossexualidade:

Toda a argumentação que ele apresenta é apenas suposição científica, sem prova real, e tremendamente questionada pela própria Genética.  É igual à Teoria da Evolução, uma argumentação científica que não pode ser provada.

Não existe ordem cromossômica homossexual, só de macho e fêmea.  Então, pseudodoutor, não existe uma prova científica de que alguém nasce homossexual, apenas conjecturas.
Dados de pesquisas americanas:

Homofobia pode ser fobia de si mesmo


Marcos Guterman
Estudo recente indica que a homofobia é mais comum entre indivíduos que se dizem heterossexuais, mas que sentem atração por pessoas do mesmo sexo e tiveram de reprimir esse desejo por causa de pais autoritários, informa o Science Daily.
A pesquisa, a ser publicada no Journal of Personality and Social Psychology,seria a primeira a documentar o papel dos pais e da orientação sexual na construção da hostilidade aos homossexuais.
“Em muitos casos, são pessoas que estão em guerra consigo mesmas”, diz Richard Ryan, co-autor do trabalho. 
Os gays seriam uma ameaça a esses indivíduos porque sua mera existência seria uma forma de expor publicamente a homossexualidade que eles se esforçam em esconder. 
Casos em que ativistas antigays foram flagrados em atos homossexuais são citados na pesquisa, como prova dessa situação. 
“Fazemos piada com essa hipocrisia, mas essas pessoas são, elas mesmas, vítimas de repressão”, diz Ryan. 
“Homofobia não é engraçada. Às vezes, ela tem consequências trágicas.”

Depois de morto Lucio Dalla sai do armário

[...] e ri da hipocrisia italiana
Lucio Dalla não era conhecidíssimo no Brasil. “Caruso”, sua canção mais famosa, até que fez bastante sucesso por aqui no começo dos anos 90, em sua própria voz ou na de Luciano Pavarotti. Também era o autor de “Gesù Bambino”, que ganhou uma versão em português, “Minha História”, assinada por seu amigo Chico Buarque.
Apesar disto, sua morte súbita na semana passada, a três dias de completar 69 anos, não mereceu muito destaque na imprensa brasileira.
Já na Itália não se fala em outra coisa. Dalla tinha entre seus conterrâneos o mesmo status que Chico tem por aqui. Seu desaparecimento já seria comoção suficiente para parar o país. Mas aí estourou um escândalo, e bem no dia de seu funeral na catedral de Bolonha, sua cidade natal. Lucio Dalla era gay.
Um único leigo falou durante a missa: o ator e poeta Marco Alemanno, de 32 anos. Primeiro o rapaz recitou a letra de “Le Rondini” (”As Andorinhas”), um dos muitos hits do falecido. Depois disse que havia crescido ao lado dele, e o agradeceu por tudo que ele lhe deu e ainda dá. E então rompeu num pranto convulso, enquanto que os padres ao fundo faziam cara de pôquer.
Coube à jornalista Lucia Annunziata, uma das mais respeitadas da Itália, colocar os pingos nos i em seu programa de TV. “O funeral de Lucio Dalla é um dos exemplos mais fortes do que significa ser gay na Itália. Você vai à igreja, fazem os seus funerais e o enterram no rito católico. Basta você não dizer que é gay. É o símbolo do que somos. Há permissividade, contanto que olhemos para o outro lado”.
A homossexualidade de Dalla não era exatamente um segredo guardado a sete chaves. Muita gente sabia. Simplesmente não se comentava. O próprio Dalla jamais veio a público para dizer se gostava disto ou daquilo, mas também não se escondia. Foi visto constantemente na companhia de Alemanno ao longo dos últimos dez anos.
Mas as palavras de Annunciata tiveram repercussão imediata, para o bem e para o mal. Muita gente concordou com ela: de fato, a Itália é o país mais atrasado da Europa Ocidental em termos de direitos igualitários. Enquanto que os também católicos Espanha e Portugal já legalizaram o casamento gay, na Itália não existe sequer a união civil entre pessoas do mesmo sexo. A influência avassaladora da Igreja vai muito além dos muros do Vaticano.
A jornalista também está sendo acusada de arrancar o compositor à força do armário, quando ele não está mais aqui “para se defender”. O próprio empresário de Dalla correu para dizer que Alemanno era só um bom amigo, e que a moça vista ao seu lado durante o serviço fúnebre é sua “companheira”.
Querendo ou não, o fato é que Dalla provocou, depois de morto, uma discussão muitíssimo necessária em seu país. A Itália tem uma relação hipócrita com seus gays e lésbicas: “vocês podem tudo, contanto que jamais se assumam à luz do dia”. Aliás, essa hipocrisia se estende a muitos outros aspectos da vida cotidiana.
E é parecidíssima, obviamente, com a que vigora no Brasil. Por aqui, volta e meia morre uma celebridade que vivia sua sexualidade na sombra, e ai daquele que comentar em voz alta as preferências do morto: estará lhe ofendendo a honra.
Lucio Dalla vinha de uma geração que aprendeu que ser gay era crime, e morava num país onde seu amor era considerado pecado mortal. Enquanto vivo, preferiu não se expor nem levantar bandeiras. Mas agora, seja lá onde estiver, duvido que não ache graça dessa polêmica toda. Era um grande artista, e os artistas amam a liberdade.

 por Colunistas F5 e Tony Goes