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do Sujíssimo blogueiro Rodrigo Vianna
Desde a campanha de 89 que não se via um ato político com tamanha carga de emoção em São Paulo. Os paulistas que votam no PT (e também aqueles que, apesar de não gostarem tanto do PT, resolveram reagir à onda de ódio e conservadorismo que tomou conta das ruas) foram nesta segunda-feira/20 de outubro para o TUCA – histórico teatro da PUC-SP, no bairro de Perdizes. Continua>>>
Humor
Briguilinks do dia
De sujissimo blogueiro Rodrigo Vianna: Caros Segue meu relato sobre o que vi ontem no TUCA em São Paulo. Foi impressionante.AbsRodrigo.A FORÇA SIMBÓLICA NO ATO COM DILMA E LULA NA PUC DE SÃO PAULO Desde a campanha de 89 que não se via um ato político com tamanha carga de emoção em São Paulo. Os paulistas que votam no PT (e também aqueles que, apesar de não gostarem tanto do PT, resolveram reagir à |
Paulo Nogueira - Aécio desconstruiu Aécio ...Implacavelmente Uma das palavras da moda nestas eleições é "desconstrução". Ela tem sido usada pelos colunistas VPs, em tom de pretensa indignação, para definir o que o PT teria feito com Marina, no primeiro turno, e Aécio, no segundo. Ah, sim: entenda, por VPs, as Vozes dos Patrões. Marina é história. Tratemos da "desconstrução" de Aécio. Desconstruir implica torcer fatos, |
A hora é de ocupar as ruas. E garantir nas ruas a vitória no domingo Três pesquisas divulgadas ontem – Datafolha, CNT/MDA e Vox Populi – mais outras divulgadas entre a 6ª feira e o fim de semana pp., todas atestam o crescimento da candidatura da presidenta Dilma à reeleição. Ampliam-se, também, provam essas pesquisas, o apoio popular e a aprovação ao governo, bem como a queda da rejeição da nossa candidata, ao mesmo tempo em que sobe a do nosso adversário, o |
"Esse homem é muito bom. Ajuda todo mundo" Posted: 21 Oct 2014 03:56 AM PDT Tenho certeza que todo mundo conhece essa realidade revelada nesse texto abaixo, seja em Cláudio-MG ou Iguatu-Ceará. Além de todo Brasil. É para continuar lutando contra esses privilégios e abusos que nós (Povo) vamos reeleger Dilma Roussef. Leia, curta, compartilhe, retwitte e comente a reportagem do jornalista Joaquim Carvalho (DCM) Em abril de 2012, o Fantástico, da Rede Globo, |
Vivemos atrás do significado maior de qualquer coisa que resuma uma época, seja a propagação do vírus Ebola ou a conversão da água do volume morto do Cantareira em drink-ostentação. Os brasileiros do futuro talvez elejam 2014 como um ano histórico. Dirão que foi o ano em que a política ingressou de vez na Idade Mídia, tornando-se um mero ramo da publicidade.O Datafolha mais recente, divulgado na |
Presságio Donde vem a voz sussurrante Que, com a brisa da noite Chega lúgubre e, de chofre Se apossa dos meus ouvidos? Como chega a poeira fina De sepulturas recentes Grudando nos meus cabelos? Cheiro de flor de mortalha Ativo no meu olfato Insistindo em recordar... Por que mais um calafrio anunciando a presença incômoda do assassino comum? Por que, se de antemão A |
E chegando ao final da campanha presidencial de 2014, eis que muitos apontam o favoritíssimo da presidente Dilma. Pois é... Mas, eu prefiro me lembrar de quem cantou essa canção a muito tempo atrás. E bem que lembro, deve dar: Parabéns ao Marcos Coimbra e quem quiser que me dê parabéns também (rsss) reconhecimento não faz mal a ninguém. Confiram: Anorexia política Dilma Favoritíssima Porque |
Rodrigo Vianna: Dilma entra na reta final com leve favoritismo A eleição entra na última semana com um cenário ainda indefinido. Mas agora já não há "ondas" no horizonte. Em agosto, tivemos a "onda verde" de Marina. Depois, a "onda azul" de Aécio – que foi basicamente uma onda antipetista com forte sotaque paulista. E a "onda vermelha" de Dilma? Não houve. Nem haverá. Mesmo assim, ela é quem entra na reta final com leve favoritismo. Explico… Ao |
Fhc, Psdb e cia compraram a reeleição Jornal GGN - Fernando Rodrigues, em entrevista cedida à equipe do documentário O Mercado de Notícias, crava: existiam, sim, "provas cabais", denunciadas pela Folha de S. Paulo, da compra de votos no Congresso para garantir a reeleição do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1997. "Isso era um fato. Vários jornalistas sabiam. (...) As provas eram incontestáveis. Os deputados |
Dilma é brizolista
De sujissimo blogueiro Rodrigo Vianna:
Caros
Segue meu relato sobre o que vi ontem no TUCA em São Paulo.
Foi impressionante.
Abs
Rodrigo.
A FORÇA SIMBÓLICA NO ATO COM DILMA E LULA NA PUC DE SÃO PAULO
Desde a campanha de 89 que não se via um ato político com tamanha carga de emoção em São Paulo. Os paulistas que votam no PT (e também aqueles que, apesar de não gostarem tanto do PT, resolveram reagir à onda de ódio e conservadorismo que tomou conta das ruas) foram nesta segunda-feira/20 de outubro para o TUCA – histórico teatro da PUC-SP, no bairro de Perdizes.
O TUCA tem um caráter simbólico. E o PT, há tempos, se descuidara das batalhas simbólicas. O TUCA foi palco de manifestações contra a ditadura, foi palco de atos em defesa dos Direitos Humanos. Portanto, se há um lugar onde os paulistas podem se reunir pra dizer "Basta" à onda conservadora, este lugar é o teatro da PUC.
O PT previa um ato pra 500 ou 800 pessoas, em que Dilma receberia apoio de intelectuais e artistas. Aconteceu algo incrível: apareceu tanta gente, que o auditório ficou lotado e se improvisou um comício do lado de fora – que fechou a rua Monte Alegre.
Em frente ao belo prédio, com suas arcadas históricas, misturavam-se duas ou três gerações: antigos militantes com bandeiras vermelhas, jovens indignados com o tom autoritário e cheio de ódio da campanha tucana, e também o pessoal de 40 ou 50 anos – que lembra bem o que foi a campanha de 89.
No telão, a turma que estava do lado de fora conseguiu acompanhar o ato que rolava lá dentro. Um ato amplo, com gente do PT, do PSOL, PCdoB, PSB, além de intelectuais e artistas que estão acima de filiações partidárias (como o escritor Raduan Nassar), e até ex-tucanos (Bresser Pereira).
Bresser, aliás, fez um discurso firme, deixando claro que o centro da disputa não é (nunca foi!) corrupção, mas o embate entre ricos e pobres. "Precisou do Bresser, um ex-tucano, pra trazer a luta de classes de volta à campanha petista" – brincou um amigo jornalista.
Gilberto Maringoni, que foi candidato a governador pelo PSOL em São Paulo, mostrou que o partido amadurece e tende a ganhar cada vez mais espaço com uma postura crítica – mas não suicida. Maringoni ironizou o discurso da "alternância de poder" feito pelo PSDB e pela elite conservadora: "Somos favoráveis à alternância de poder. Eles governaram quinhentos anos. Nos próximos quinhentos, portanto, governaremos nós".
O "nós" a que se refere Maringoni não é o PSOL, nem o PT. Mas o povo – organizado em partidos de esquerda, em sindicatos, e também em novos coletivos que trazem a juventude da periferia para a disputa.
Logo, chegaram Dilma e Lula (que vinham de outro ato emocionante e carregado de apelo simbólico – na periferia da zona leste paulistana). Brinquei com um amigo: "bem que a Dilma agora podia aparecer nesse balcão do TUCA, virado pro lado de fora onde está o povo…". O amigo respondeu: "seria bonito, ia parecer Dom Pedro no dia do Fico". Muita gente pensou a mesma coisa, e começaram os gritos: "Dilma na janela!"
Mas a essa altura, 10 horas da noite, só havia o telão. As falas lá dentro, no palco do Teatro, foram incendiando a militância que seguia firme do lado de fora – apesar da chuva fina que (finalmente!) caía sobre São Paulo. Vieram os discursos do prefeito Fernando Haddad, de Roberto Amaral (o presidente do PSB que foi alijado da direção partidária porque se negou a alugar, para o tucanato, a histórica legenda socialista), e Marta Suplicy…
Vieram os manifestos de artistas e professores – lidos por Sergio Mamberti. E surgiram também depoimentos gravados em vídeo: Dalmo Dallari (o antigo jurista que defende os Direitos Humanos) e Chico Buarque.
Quando este último falou, a multidão veio abaixo. A entrada de Chico na campanha teve um papel que talvez nem ele compreenda. Uma sensação de que – apesar dos erros e concessões em 12 anos de poder – algo se mantem vivo no fio da história que liga esse PT da Dilma às velhas lutas em defesa da Democracia nos anos 60 e 70.
Nesse sentido, Chico Buarque é um símbolo só comparável a Lula na esquerda brasileira.
Aí chegou a hora das últimas falas. Lula pediu que se enfrente o preconceito. Incendiou a militância. E Dilma fez um de seus melhores discursos nessa campanha. Firme, feliz.
O interessante é que os dois parecem se completar. Se Lula simboliza que os pobres e deserdados podem governar (e que o Estado brasileiro não deve ser um clube de defesa dos interesses da velha elite), Dilma coloca em pauta um tema que o PT jamais tratou com a devida importância: a defesa do interesse nacional.
Dilma mostrou – de forma tranquila, sem ódio – que o PSDB tem um projeto de apequenar o Brasil. Lembrou os ataques ao Brasil nas manifestações contra a Copa (sim, ali o que se pretendia era rebaixar a auto-estima do povo brasileiro, procurando convencê-lo de que seríamos um povo incapaz de receber evento tão grandioso), lembrou a incapacidade dos adversários de pensarem no Brasil como uma potência autônoma.
Dilma mostrou clareza, grandeza e calma. Muita calma.
Quando o ato terminou, já passava de 11 da noite. E aí veio a surpresa: Dilma foi – sim – pra janela, para o balcão do Teatro voltado pra rua.
dilma-no-tucaNo improviso, sem microfone, travou um diálogo com a multidão, usando gestos e sorrisos. Parecia sentir a energia que vinha da rua. Dilma, uma senhora já perto dos 70 anos (xingada na abertura da Copa, atacada de forma arrogante nos debates e na imprensa), exibiu alegria e altivez.
Foram dez minutos, sem microfone, sem marqueteiro. O povo cantava, e Dilma respondia – sem palavras. Agarrada às grades do pequeno balcão, pulava e erguia o punho cerrado para o alto. Não era o punho do ódio. Mas o punho de quem sabe bem o lado que representa.
Dilma não é uma oradora nata, não tem o apelo popular de um Lula. Mas nessa campanha ela virou líder. O ato no TUCA pode ter sido o momento a marcar essa passagem. Dilma passa a ser menos a "gerente" e muito mais a "liderança política" que comanda um projeto de mudança iniciado há 12 anos.
Dilma traz ao PT uma pitada de Vargas e Brizola, de trabalhismo e de defesa do interesse nacional. E o PT (com apoio da militância popular, não necessariamente petista) finalmente parece ter incorporado Dilma não como a "continuadora da obra de Lula", mas como uma liderança que se afirma por si. Na luta concreta.
Uma liderança que – na reta final, nessa segunda-feira de garoa fina em São Paulo – pulava feito menina no ritmo da rua, pendurada no histórico balcão da PUC de São Paulo. Dilma ficou maior.
Paulo Nogueira - Aécio desconstruiu Aécio
A hora é de ocupar as ruas. E garantir nas ruas a vitória no domingo
Pesquisas mostram mudança, com Dilma rumo à vitória
Frase do dia
Poesia do dia
Donde vem a voz sussurrante
Que, com a brisa da noite
Chega lúgubre e, de chofre
Se apossa dos meus ouvidos?
Como chega a poeira fina
De sepulturas recentes Grudando nos meus cabelos?
Cheiro de flor de mortalha
Ativo no meu olfato
Insistindo em recordar...
Por que mais um calafrio anunciando a presença incômoda do assassino comum?
Por que, se de antemão
A carne sabe e aguarda
Insone, o fio da foice...
Francisco Cleóbulo Teixeira
“Esse homem é muito bom. Ajuda todo mundo”
Sobre o Autor
Dor de cotovelo
Vivemos atrás do significado maior de qualquer coisa que resuma uma época, seja a propagação do vírus Ebola ou a conversão da água do volume morto do Cantareira em drink-ostentação. Os brasileiros do futuro talvez elejam 2014 como um ano histórico. Dirão que foi o ano em que a política ingressou de vez na Idade Mídia, tornando-se um mero ramo da publicidade.
O Datafolha mais recente, divulgado na noite desta segunda-feira (20), reforça a sensação de que o principal fenômeno político da atual sucessão presidencial tem sido, até o momento, o triunfo da ideologia da desconstrução. Depois de triturar Marina Silva, expurgando-a do segundo turno, a usina de demolição em que se converteu o comitê de Dilma Rousseff passa no moedor a imagem de Aécio Neves.
O quadro ainda é de empate estatístico. Mas inverteram-se as posições. Nas duas primeiras sondagens do segundo turno, Aécio aparecia à frente de Dilma: 51% a 49%. Agora, é a petista quem ostenta a superioridade numérica: 52% a 48%.
Aécio não desabou como Marina. Porém, a campanha de Dilma, a mais marquetada da temporada, vai transformando-o, devagarinho, numa paçoca em que se misturam a apelação do bafômetro à merecida cobrança por atos como a construção do agora célebre aeroporto de Cláudio. Tudo isso recoberto com um creme demofóbico que gruda no candidato tucano as pechas de ameaça aos mais pobres e amigo dos muito ricos. Nessa caricatura de segundo turno, Armínio Fraga faz o papel de Neca Setúbal.
Os efeitos são eloquentes. A taxa de rejeição de Aécio ficou maior que a de Dilma: 40% a 39%. Há 12 dias, diziam que jamais votariam no tucano 34% dos eleitores. Rejeitavam a petista 43%. Há mais e pior: Aécio derrete em pedaços do mapa onde sua candidatura parecia mais sólida. Por exemplo: Em 9 de outubro, ele ostentava uma vantagem de 21 pontos sobre Dilma no Sudeste. Hoje, a diferença é de nove pontos.
Não é só: inverteram-se as curvas de preferência eleitoral no estratégico grupo da dita classe média emergente. Nesse nicho, que responde por pouco mais de um terço dos votos em disputa, Aécio prevalecia sobre Dilma na semana passada por 52% a 48%. Agora, é ela quem está na dianteira: 53% a 47%.
Esse naco naco do eleitorado é composto de gente que progrediu nos últimos anos, sobretudo na Era Lula. São pessoas que atingiram o ensino médio e embolsam até cinco salários mínimos mensais. Em tese, são suscetíveis ao discurso petista da mudança "com segurança'' não como "um tiro no escuro".
O jogo continua aberto. Há um derradeiro debate pela frente, na tevê Globo. Mas seja qual for o resultado, 2014 consolida-se como o ano da verdadeira nova política, essa que é 100% feita de publicidade. A sucessão parece um teatro de bonecos japonês.
Chama-se bunraku. Nele, os bonecos são manipulados por pessoas vestidas de preto contra um fundo escuro. A plateia vê os manipuladores. Mas finge que eles não estão lá. No caso da eleição brasileira, o homem de preto é João Santana.
Antigamente, o candidato era um pretensioso que invadia a programação do horário nobre da tevê para fazer merchandising do próprio umbigo. Hoje, a melhor candidatura é a que se ocupa de apontar defeitos nos umbigos alheios.
Há um déficit de discussão sobre o que está por vir depois da posse. Mas quem se importa?
Presságio, por Cleóbulo Teixeira
Para o livro do Cleófates
Donde vem a voz sussurrante