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Fim do mistério em " Privataria Tucana "

Serra não ama FHC, que não ama Aécio, que não ama Preciado, que não ama Ricardo, que não ama Dantas, que não ama Verônica, que não ama Verônica que não ama Amaury, que é odiado por todos eles depois que lascou a tucademopiganalhada toda com a publicação do livro " A privataria tucana ".
Joel Neto

A CPI da Privataria Tucademo vem aí

É uma vitória dos " doidos " e " sujos " do Brasil

A “Folha” levou uma semana para falar no livro de Amaury. Talvez esperasse as orientações do “comitê central”. As orientações parecem ter chegado sem muita clareza. O jornal da família Frias, num texto opaco que nenhum jornalista teve coragem de assinar, levanta suspeita não contra Serra e sua turma de especialistas em “offshore” – mas contra o premiado repórter Amaury Ribeiro Jr.

A “Folha” não se preocupou com a “ficha” do Bob Jefferson antes de noticiar o chamado “Mensalão”. O que importava ali era a denúncia. Bob falou e a mídia correu para “provar” o roteiro que ele indicou (sem nenhuma prova, diga-se). Havia verdades na fala de Bob, mas tambem alguns exageros. O “Mensalão” propriamente dito (que a Globo tentou transforma no “maior escândalo da história”) não existia no sentido de um pagamento mensal a deputados governistas. Mas havia, sim, um esquema subterrâneo, que o PT parece ter herdado dos tucanos de Minas. 

Da mesma forma, a “Folha” não se preocupou em saber se o homem que denunciava o Ministro Orlando Silva era ou não um bandido. Valiam as acusações, sem provas. O roteiro estava pronto. O ministro que provasse a inocência.

Com Amaury e a Privataria Tucana, há provas aos montes. Há documentos no livro. Mais de cem páginas. E há o currículo de um repórter premiado. Mas a “Folha” faz o papel de advogada do diabo. Quem seria o “coiso ruim” que a “Folha” quer defender?

Outro dado curioso. Lula foi ao poder e jamais investigou as privatizações. Havia um acordo tácito (e tático) para não promover caça às bruxas. Na Argentina, no México, na Bolívia, a turma dos privatas foi demolida. Aqui no Brasil, eles dão consultoria e palestras. Coisas do Brasil. Feito a jabuticaba.

Dez anos depois, a história das privatizações ressurge, pelo esforço e a coragem de um jornalista que alguns consideram “doido”, por mexer com “gente tão poderosa”. Amaury tem aquele jeito afobado, e o olhar injetado que só os sujeitos determinados costumam mostrar. Agora, querem desqualificá-lo. Covardia inútil.

Até porque um outro sujeito chamado de “doido”, o delegado e deputado federal Protógenes, botou o livro debaixo do braço e saiu coletando assinaturas para a CPI da Privataria. Nessa quinta-feira, dia 15 de dezembro, Protógenes anuncia ter atingido mais de 171 assinaturas.

A CPI da Privataria vem aí. Contra a vontade de Otavinho, Ali Kamel, Civita e dos colunistas histéricos que servem a essa gente. Meia dúzia de blogueiros sujos (obrigado, Serra) avisou o público: há um livro sobre as privatizações na praça. A brava “CartaCapital” – de Mino Carta, Sergio Lirio e Leandro Fortes – publicou 12 páginas sobre o livro. E os leitores nas redes sociais espalharam a notícia.

Verdade que setores da grande imprensa furaram o bloqueio – a notícia saiu na Record, Record News, Gazeta, Portal Terra… Mas e na Globo e na CBN que convocam “marchas contra a corrupção”? Silêncio dos cemitérios sicilianos.

Não importa. O barulho foi feito pelos blogs, pelas redes sociais e pelos poucos jornalistas que não se renderam ao esquemão do PIG. É uma turma que colegas mais bem estabelecidos costumam chamar de “gente doida da internet”.

Pois bem. A conexão dos “doidos” e “sujos” ganhou o primeiro round nesse episódio da Privataria. Como já havia ganho no caso da bolinha de papel em 2010.

José Serra não é Carlos Lacerda. E o Gregório dele é branco e rico


Gregório Fortunato, o controverso chefe da guarda presidencial de Getúlio, morreu pobre e preso, acusado de ser o mandante do atentado da rua Tonelero.
Gregorio Preciado, o controverso parceiro de Serra nos negócios apontados como irregulares na CPI do Banestado – sepultada pelo então Senador Antero Paes de Barros, como mostrei antes, que depois de perder o mandato ganhou um emprego de Conselheiro da Sabesp, empresa de esgotos (e água) de São Paulo -, está longe da miséria que marcou o final da vida do “anjo negro” (ou devo evitar a expressão, como diz o Serra, por ser “racista”?).
Além daquelas confusões, o Gregório do Serra está metido em outras.
Ele é acusado de ter se beneficiado de uma ajuda do ex-governador baiano Paulo Souto para comprar, em condições nebulosas, a paradisíaca ilha do Urubu, ao largo de Trancoso, litoral Sul da Bahia, que você vê na foto..
Em março de 2009, o deputado Emiliano José, da Bahia, disse da tribuna da Câmara:
-De acordo com as informações fornecidas à imprensa pelo advogado César Oliveira, no Processo nº 359.983-3, ao final do seu governo, o Governador Paulo Souto doou a Ilha do Urubu aos herdeiros da família Martins, posseiros da área em questão. Quatro meses depois, os herdeiros venderam essas terras ilegalmente – teriam que preservá-las por 5 anos -, por R$1 milhão, ao empresário Gregório Marin Preciado. Segundo Oliveira, mais ou menos 1 ano depois, Gregório Preciado revendeu o terreno a um megaespeculador belga, Philippe Meeus, por R$12 milhões.
Para o advogado, no mínimo, houve leniência por parte do Estado. O terreno vale, hoje, R$50 milhões, pois se trata de uma das áreas mais valorizadas da América Latina.
Nas denúncias, César Oliveira informa ainda que “Gregório Marin Preciado, espanhol, naturalizado brasileiro, é casado com a prima de José Serra, Governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência da República. O Sr. Gregório Marin Preciado responde a uma ação penal do Ministério Público Federal por uma dívida de R$55 milhões, que foi perdoada irregularmente pelo Banco do Brasil. Ele tomou também um empréstimo de R$5 milhões no Banco do Brasil e deu a Ilha do Urubu como garantia, enquanto litigava com a família Martins, disputando a posse da Ilha.
Serra não conseguiu chegar aos pés de Lacerda, em matéria de talento em servir à direita, como fez o “Corvo” com Vargas. Mas, em matéria de gregório, reconheçamos, saiu-se muito melhor.

Nada foi publicado

E como sempre desde antes do quartel de abrantes, o pig silência estrondosamente quando o assunto é a privataria patrocinada pela tucademopiganalhada.
A carta que o jornalista Amaury Ribeiro Jr. [3 prêmio Esso e  4 Vladimir Herzog] encaminhou a seus colegas, que reproduzo abaixo, obtida no Blog do Nassif , onde também podem ser baixados os documentos oferecidos por Amaury, em aqui e aqui não merece uma linhazinha nos grandes jornalecos do país.
Leia e tire suas conclusões.

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Polícia Federal descobre ligação entre fiscogate e Aécio Neves

A Polícia Federal já farejou o elo que vincula a quebra de sigilo fiscal de tucanos e familiares de José Serra ao hoje senador por Minas Gerais, Aécio Neves.

Deve-se a revelação ao "blogueiro sujo" Briguilino. Em notícia veiculada no blog dele [Blog do Briguilino], ele informa o seguinte:



1. A investigação da PF descobriu que foi o jornalista Amaury Ribeiro Jr. quem encomendou os dados fiscais de pessoas ligadas ao PSDB e a Serra.

2. Amaury atuou num “grupo de inteligência” de Aécio Neves, que operava na fase de pré-campanha da escolha do candidato do PSDB.  

3. Os dados fiscais obtidos mediante pagamento. Chama-se Dirceu Rodrigues Garcia o intermediário da compra. É despachante. Atua em São Paulo.

4. A PF soube que o repórter Amaury contactou o despachante Dirceu graças ao cruzamento de informações telefônicas.

5. Numa primeira inquirição, Dirceu negou participação nos malfeitos. Confrontado com os dados extraídos das contas de telefone, mudou o depoimento.

6. O despachante disse que Amaury lhe pagou R$ 12 mil pela obtenção das informações protegidas por sigilo fiscal.

7. Constavam da encomenda as declarações de IR de Veronica Serra e Alexandre Borgeois, filha e genro do presidenciável tucano.

8. O pacote incluiu também dados fiscais de Eduardo Jorge, dirigente do PSDB; Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-ministro de FHC...

...Gregório Preciado, marido de uma prima de Serra; e Ricardo Sérgio Oliveira, ex-diretor do BB na era tucana e ex-coletor de campanhas do PSDB.

9. Segundo o despachante Dirceu, uma vez obtidos os dados, o repórter Amaury deslocava-se até São Paulo para recolhê-los.

10. No caso da filha e do genro de Serra, o sigilo fiscal foi quebrado na agência da Receita em Santo André.

11. O despachante Dirceu acionou o Office-boy Ademir Cabral, que contactou outro despachante: Antonio Carlos Atella.

12. Coube a Atella, munido de procurações falsas, retirar as declarações de renda de Verônica e do marido dela nos balcões do fisco em Santo André.

13. Quanto às informações dos outros personagens, foram extraídas dos computadores do fisco na agência de Mauá.

14. Aqui, Atella acionou, segundo a PF, outro despachante. Chama-se Fernando Araújo Lopes.

15. Para obter os dados, Fernando Araújo pagou à servidora Adeilda dos Santos, lotada à época no fisco de Mauá.

16. A investigação da PF foi aberta depois que o repórter Leonardo Souza da veiculação de notícia levada por Leonardo Souza às páginas da Folha em junho.

17. Revelou-se que dados fiscais sigilosos do tucano Eduardo Jorge constavam das folhas de dossiê que circulava no grupo de “inteligência” do governador Aécio Neves.

18. O repórter Amaury sempre negou participação na quebra dos sigilos. Não admite tampouco ter prestado serviços para a pré-campanha de Aécio.

19. Amaury participou, porém, em abril, de reunião ocorrida num restaurante de Brasília. Nesse encontro, revelado por ‘Veja’, montar esquema para espionar Serra.

20. Nessa época, coordenava o grupo de “inteligência” do comitê de Dilma o jornalista Luiz Lanzetta. Ele também tomou parte da reunião de abril.

21. Depois que a movimentação do grupo foi às manchetes, Lanzetta afastou-se da campanha petista. E grupo que ele coordenava foi desfeito.

22. O flat em que o repórter Amaury se hospedou em Brasília foi custeado pelo PT. Em entrevista à Veja, ele disse que petistas teriam furtado dados de seu laptop.

23. A encomenda dos dados fiscais de tucanos, parentes e amigos de Serra foi feita , segundo a PF, em outubro de 2009.

24. Nessa época, Amaury era funcionário do jornal ‘O Estado de Minas’. Nos subterrâneos, o petismo insinua que o diário mineiro é próximo de Aecio Neves.

25. Há dois meses, o secretário nacional de Comunicação do PT, André Vargas (PR), declarou que Amaury investigava Serra graças a acerto de Aécio com o jornal.

26. Aécio disputava com Serra a vaga de candidato do PSDB ao Planalto. Daí, segundo Vargas, o interesse em desgastar o correligionário.

27. Ainda de acordo com Vargas, coube a Fernando Pimentel (PT-MG) levar para dentro do comitê de Dilma os dados coletados por Amaury.

28. Aécio classificou a versão do petista Vargas de rematada tolice. Fernando Pimentel também contestou o “amigo”.

29. A PF já inquiriu no inquérito do Fiscogate 37 pessoas. Indiciou sete. Entre elas os despachantes Dirceu Rodrigues, Antonio Atella e Fernando Araújo; o Office-boy Ademir Cabral e a servidora Adeildda. Amaury, por ora, não foi indiciado.



Mais informações vocês encontram Aqui  e Aqui
Por pura preguiça aproveitei um texto do blogueiro limpinho e cheiroso Josias de Souza

Tenho certeza que da mesma forma que por preguiça [seletiva, parcial e conveniente] ele não escreveu quase nada sobre o que Leandro fortes e Daniel Florencio escreveram da estreita ligação entre o jornalista Amaury Ribeiro Junior e o então governador de Minas Aécio Neves.

Ah, a foto lá em cima [para quem não sabe] é da cidade administrativa presidente Tancredo Neves, sede do governo mineiro.
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As mentiras de Serra vão caindo uma a uma

por Carlos A. Barbosa 
Feito um castelo de cartas...
As farsas produzidas pelo ninho tucano vão caindo uma a uma. Primeiro foi o folheto em nome da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) pregando voto contrário a Dilma Ruosseff (PT) aos fiéis da Igreja Católica, desautorizado depois pela própria CNBB em nota distribuída à imprensa. Depois a descoberta da gráfica onde estavam sendo confeccionados o “folhetim”, de propriedade, inclusive, de uma filiada ao PSDB.
Pra completar, agora cai oficialmente a farsa montada pela tucanalha de que petistas teriam montado um dossiê sobre a quebra de sigilo fiscal de Verônica Serra, filha de Zé Serra, e mais alguns outros familiares seu.
O jornalista Amaury Ribeiro Jr. confirmou em depoimento à Polícia Federal que encomendou dados de dirigentes tucanos e familiares de José Serra (PSDB), como o Briguilino revelou hoje.
Essas informações, obtidas ilegalmente em agências da Receita Federal em São Paulo, foram parar em um dossiê que, no começo do ano, circulou no comitê dilmista.
O repórter disse que iniciou seu trabalho de investigação quando era funcionário do jornal Estado de Minas, para “proteger” o ex-governador tucano Aécio Neves –que à época disputava internamente no PSDB a candidatura à Presidência.
Amaury não admitiu que pagou pelos dados nem que pediu a quebra de sigilo fiscal dos tucanos. O despachante Dirceu Rodrigues Garcia, porém, declarou à PF que o jornalista desembolsou R$ 12 mil em dinheiro vivo e que entregou a ele as informações protegidas por lei.
Amaury não disse à polícia se recebeu ou não orientação de Aécio ou de outros políticos do PSDB de Minas para levar adiante a pesquisa. Afirmou que iniciou a apuração após ter tomado conhecimento de que uma equipe de inteligência liderada pelo deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), ligado a Serra, estaria reunindo munição contra Aécio.
Obs do blog: Lembrai-vos do sequestro do empresário Abílio Diniz, dono da rede de supermercados Pão de Açúcar, na véspera da eleição presidencial em que Lula perdeu para FHC, quando acusaram petistas de estar por trás do sequestro, e depois de esclarecido o caso ficou provado que não tinha ninguém do PT entre os sequestradores

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O verdadeiro mapa do tesouro não leva a Mauá

Prestem atenção nesse trecho de uma reportagem assinada por Amaury Ribeiro Junior:
“Spencer concentrava seus negócios caribenhos na caixa postal 662 do Edifício Citco, em Road Town, nas Ilhas Virgens, endereço do escritório da Citco, especializado na abertura de empresas offshore.”
David Eric Spencer é um advogado dos EUA que prestava serviços a Ricardo Sérgio - tucano que atua nos bastidores, foi diretor do Banco do Brasil no governo FHC, durante as privatizações, e é muito próximo a Serra. A reportagem acima é de 2003 e foi publicada pela revista Istoé.
Foi naquela época que Amaury começou a investigar a barafunda financeira do tucanato. Dinheiro que vai, dinheiro que vem. Genro, filha… As seguidas reportagens renderam um processo de Ricardo Sérgio contra Amaury. O jornalista pediu “exceção de verdade” (quando o sujeito que é processado por calúnia pede para provar que a afirmação feita é verdadeira), e foi no âmbito dessa ação que Amaury ganhou o direito de acessar a ampla documentação recolhida pela CPI do Banestado – documentação que o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) guardava a sete chaves.
Foi a partir dessa documentação que Amaury recolheu o grosso do material que integrará seu livro sobre as privatizações tucanas e os estranhos caminhos do dinheiro. Amaury saiu da Istoé, rodou por aí. Trabalhou no “Estado de Minas”, sempre coletando rico (!) material sobre as peripécias financeiras que ligam São Paulo, Buenos Aires, Miami, Nova York e as Ilhas Virgens.
Os segredos de Verônica Serra e do genro de Serra (no país da piada pronta, o cara tinha que ter esse nome: Alexandre Bourgeois – Alexandre Burguês) não estão nas declarações de Imposto de Renda que vazaram no ABC paulista. O vazamento, se de fato ocorreu, é criminoso. E deve ser investigado. Mas o importante não é o que está nos documentos de Mauá ou Santo André, e sim o que aparece nas empresas registradas nas Ilhas Virgens.
O mapa da mina (ou o mapa de Minas?) aponta pra lá!

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