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Atacado recua mais que o esperado e IGP-M registra deflação em maio

igpm
Os preços no varejo  ainda sofrem pressão, mas  comportamento dos preços por atacado, regista a Fundação Getúlio Vargas, recuaram mais do que os adivinhos do “mercado” esperavam.
Conta as previsões expressas no malsinado Boletim Focus, do BC, onde as instituições finaceiras emitem seus palpites em geral aterrorizantes, o Índice Geral de Preços de Mercado – que mede a variação de preços entre os dias 21 de cada mês – marcou uma deflação de 0,13%, contra uma inflação de 0,78 % em abril e 1,86% em março.
O “mercado” confiava numa inflação de 0,23% no IGP-M e, há um mês, que o índice ficaria em 0,4%.
Não quer dizer que o país vai registrar deflação em seus índices oficiais. Embora os preços no atacado tenham caído e 0,65%, os cobrados ao consumidor tiveram alta de e 0,68%, em maio, frente a 0,82%, em abril.
O IPCA, que é a inflação oficial, deve vir perto de 0,5%, um pouco abaixo disso.
Mas quer dizer que as pressões sobre o preço do varejo deixaram de existir, na maioria dos produtos.
E que, como no ano passado, podemos ter uma taxa de inflação perto de zero em junho e julho, mesmo com as pressões sobre preço de serviços em algumas cidades que receberão jogos da Copa.
Existe uma carta regularidade – que, aliás, precisa ser quebrada – nas elevações de preço no início do ano, motivada pela soma do verão – que afeta preços de produtos de alimentação – e a elevação de despesas como educação, impostos e, este ano, tarifas de transporte coletivo.
O IGP-M não é uma “prévia” da inflação, mas é, com toda a certeza, uma “prévia” da tendência dos preços ao consumidor.
O que significa, para tristeza da oposição, que o exagero na dose de pessimismo e “urubulização” da economia pode ter efeito inverso ao que se esperava.
Retraiu-se tanto a demanda  que os preços perderam força e vão iniciar o segundo semestre perto da estabilidade.
Justo o período eleitoral.
A oposição, cuidado, pode sofrer de “overdose”.

A inflação fora de controle

O IPC - Índice de Preços ao Consumidor - no município de São Paulo teve deflação de 0,13% na 4ª quadrissemana de julho, depois de cair 0,16% na 3ª prévia do mês, de acordo com a FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas -. Em junho, o indicador fechou com alta de 0,32%.
Na passagem da 3ª medição de julho para a 4ª , o grupo Alimentação foi de um recuo de 0,62% para queda de 0,40% e Saúde passou de uma alta de 0,26% para 0,33%. Despesas pessoais foram de aumento de 0,34% para 0,45%.
Habitação registrou desaceleração, indo de elevação de 0,45% na 3ª quadrissemana para fechar julho em 0,40%. O mesmo ocorreu com Educação (0,07% para 0,06%). Permaneceram no terreno negativo entre a 3ª pesquisa e o levantamento final do mês passado, Transportes (-1,21% para -1,30%) e Vestuário (-0,20% para -0,26%).
by Valor

Por que razão manter juros tão altos se agora temos deflação?

Isso mesmo.
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A primeira prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) da Fundação Getúlio Vargas indicou um recuo de 0,09% nos preços. 


O indicador aponta para um "período de calmaria", acredita o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros. 


"O resultado já estava previsto em larga medida. Já havia expectativa de que depois de alguns meses de pressão, os preços viessem mais baixos", disse o economista. Continua>>>


Em todos os estágios do Índice de Preços ao Produtor Amplo ( IPA), o fenômeno se repete. Há deflação de 0,57% nas matérias-primas brutas, 0,52% em bens intermediários e 0,5% em bens finais. Outro índice revela deflação – o Índice de Preços ao Consumidor, de 0,18%. O movimento tem origem nas quedas de 1,11% em transportes e 0,82% em alimentos.

Fed deixa a cartilha de lado

José Paulo Kupfer
Pode ter sido apenas um passo ‘simbólico’, como afirmaram alguns analistas, mas a decisão do banco central americano de estender a política chamada de afrouxamento quantitativo sinaliza que algo não cheira bem na maior economia do mundo. Ainda é cedo para apostar no duplo mergulho, mas, em compensação, a probabilidade de que aconteça está aumentando.
A política de “afrouxamento quantitativo” consiste na compra, pelo Banco Central americano (Fed), de títulos no mercado. No auge da crise, a instituição comprou bônus lastreados em hipotecas de alto risco. Parte desses papéis está vencendo e o Fed, em vez de liquidar a operação, decidiu usar os recursos para comprar títulos do próprio governo americano. O objetivo é jogar mais dinheiro na economia. Com isso, acredita, continuará estimulando a atividade econômica.
Só se prolonga uma medida, digamos, heterodoxa como essa, se a economia não responde como se esperava. É o que parece estar acontecendo. O PIB americano do segundo trimestre, por exemplo, mostrou números bem inferiores ao dos três primeiros meses do ano.
O aumento da perspectiva de um novo mergulho dos Estados Unidos numa deflação não é uma boa notícia para economia global – Brasil incluído. A esperança é que, depois desse primeiro sinal, se confirme a disposição do Fed para romper com dogmas econômicos.
Nesses tempos de exacerbação fiscalista, um dos principais complicadores para uma saída da crise é o fato singelo de que, numa conjuntura de deflação, não é possível, por definição, defender a ideia de que sempre devemos perseguir um pouco menos de inflação.
Mesmo assim, políticas deflacionárias continuam sendo aviadas. É difícil entender como políticas deflacionárias – de contenção de déficits públicos e contração monetária – possam operar, positivamente, num quadro de deflação. Se, como afirmam seus defensores, tal política é eficaz para conter surtos inflacionários, fará sentido recorrer a ela para fazer o serviço inverso?
O mais sensato, para escapar de uma deflação, pareceria ser, simplesmente, inverter o roteiro: elevar os gastos públicos e afrouxar a política monetária. É o que têm martelado analistas de prestígio, como o Prêmio Nobel Paul Krugman (lei o blog do Krugman, publicado aqui no site E&N do Portal Estadão) e o colunista do Financial Time Martin Wolf. Não sem levar bordoadas.
Será que a cartilha vencerá o bom senso? O Fed – ufa! – parece responder com um ainda tímido, mas esperançoso  “não”.

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