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Das imbecilidades do Brasil


A diplomacia brasileira tem como sonho ser membro permanente da ONU - Organização das Nações Unidas -. pergunto:

Pra que?

Nenhum gênio consegue responder. E por que?

Simplesmente porque o Brasil não é uma potência nuclear.

O resto?

É blablarinagem.

***

Essa notícia você não assistirá no Telejornaleco Nacional

Geração de energia eólica bateu recorde em 02/11
A geração eólica no Brasil bateu novo recorde na última segunda-feira (2), com 4.215 megawatts (MW) médios entregues ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O recorde anterior tinha sido registrado em 9 de agosto, com 3.921,5 MW médios. Contribuiu para esse resultado principalmente a geração eólica na região Nordeste.
A energia gerada pelos ventos no feriado de Finados em todo o Brasil atingiu quantidade suficiente para abastecer aproximadamente 18,5 milhões de unidades consumidoras residenciais, com base no consumo de energia elétrica residencial de 164 kWh/mês.
As usinas eólicas brasileiras aumentaram em 98,2% a produção acumulada de energia nos últimos doze meses, considerando o período de setembro de 2014 a agosto de 2015 em comparação ao mesmo período anterior.
De acordo com dados do mais recente Boletim Mensal de Monitoramento do Sistema Elétrico do Ministério de Minas e Energia (MME), a geração eólica em agosto de 2015 foi de 3.364 MW médios, ante 1.865 MW médios alcançados no mesmo mês do ano anterior.
Itaipu
A geração hidrelétrica na Usina de Itaipu também bateu recorde no dia 1º de novembro, atingindo a maior geração de energia em uma hora. Às 21 horas do dia primeiro dia do mês foram gerados 7.426 MWh/h pela hidrelétrica, superando o recorde anterior, de 7.424 MWh/h, registrado em 08 de outubro de 2012.
do Portal Brasil
Uai, mas desde 2002 os especialistas da oposição não dizem que vamos ter outro apagão (igual o do desgoverno Fhc)? 

Belo Monte derrota os ecoxiitas entreguistas

Para abrigar a 4ª maior hidrelétrica do mundo, Altamira e municípios vizinhos estão recebendo investimentos de R$ 3,7 bilhões em projetos nas áreas social e ambiental


A hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), está com 77% das obras realizadas. Em novembro deste ano, começa a funcionar uma usina menor, que representa 3% da capacidade total. A primeira das 18 máquinas da unidade maior entra em operação em março de 2016. Até lá, no entanto, Altamira e outros dez municípios do Pará já sentem os efeitos positivos levados pelo empreendimento gigantesco da usina.

Os municípios da região receberão, ao todo, R$ 3,7 bilhões de investimentos nas áreas social e ambiental. É a contrapartida por abrigar a quarta maior hidrelétrica do mundo, capaz de gerar 11 mil MW (megawatts) de energia e atender 60 milhões de pessoas no Brasil. “É um projeto complexo e feito, por exemplo, para não alagar um milímetro de terra indígena”, diz o presidente da Norte Energia, Duílio Diniz de Figueiredo.

Quando venceu a disputa pela usina de Belo Monte, a Norte Energia se comprometeu a realizar o ambicioso plano de compensação para minimizar eventuais impactos sociais e ambientais. O exemplo a ser evitado é o da rodovia Transamazônica, inaugurada em 1972 e que não beneficiou a região. “Com 103 anos, a cidade de Altamira tinha esgoto a céu aberto e só dez por cento de água”, assinala o executivo da empresa.

O projeto de saneamento em Altamira prevê R$ 300 milhões de investimento para seus 106 mil habitantes, seguindo a tecnologia usada em Paris. Haverá oito reservatórios de água potável. Os municípios da região receberão um total de R$ 485 milhões para rede de água e esgoto. Segundo o presidente da Norte Energia, Altamira ainda se livrou do lixão no centro da cidade. No lugar, foi construído um moderno aterro com gramado.


Agora cobram e protestam por a obra ainda não ter sido concluída





Iresponsabilidade e demagogia assim 
você 
vê 
na 
Globo



Paulo Moreira Leite: Falta energia e falta vergonha

- Mas sobra semvergonhice de muita gente -
É inacreditável. Os cortes de energia ocorridos nos últimos dias têm sido usados por economistas e observadores ligados à oposição para sua revanche diante dos benefícios obtidos pela população mais pobre nos últimos anos e tentar desgastar o governo.
O argumento é sentimental: dizer que ocorreu uma grande ampliação do consumo, em particular de eletro-domésticos, mas lamentar em tom lacrimoso que não houve um aumento correspondente na oferta de  energia.
O truque é esconder o que ocorreu com nossa oferta de energia — e quem é responsável pelo que acontece agora. Não estamos falando de um episódio que aconteceu ontem ou na semana passada nem há dois anos, mas de uma política de décadas.
Qualquer que seja a causa real para os cortes de energia dos últimos dias, a verdade é que o país estaria em situação muito mais segura e confortável se não tivesse sido obrigado a enfrentar —  e ceder — diante de pressões poderosas, ocupadas  em atrasar os principais  investimentos no setor, com argumentos razoáveis, absurdos ou apenas estúpidos mas que, na prática, apenas contribuíram para enfraquecer o desenvolvimento do país. O governo Lula-Dilma encontrou o dinheiro, fez o projeto, definiu como seria feito — mas foi impedido de seguir em frente, por campanhas políticas, de marketing, ou através da judicialização do debate.
Segunda maior hidroelétrica do país, a terceira maior do mundo, Belo Monte é um projeto de três décadas, que sofre um massacre  sistemático e agressivo,  inclusive campanhas internacionais com estrelas de Hollywood, onde se multiplicaram  ações na Justiça e repentinas preocupações com o bem-estar dos trabalhadores dos canteiros de obras apenas para justificar o apoio a todo tipo de paralisação. Poderia estar pronta, contribuindo para acender lâmpadas no país inteiro, mas só vai entrar em funcionamento no ano que vem. Irá produzir menos da metade de seu potencial porque a pressão ecológica levou a uma reforma do projeto para agradar entidades ambientais.
Contra a usina de Madeira se insurgiram os amigos de um tipo especial de bagres que se reproduzem pelo rio — e poderiam ser ameaçados pelas turbinas.
Faça sua lista e não esqueça de incluir as usinas nucleares que, de uma forma ou de outra, asseguram energia para a maioria das sociedades desenvolvidas, inclusive aquelas que financiam milionárias entidades ecológicas abaixo da linha do Equador. Não pense em teorias da conspiração.
É disputa de interesses, pura e simplesmente, tão antiga como a história do capitalismo. Falando na forma de caricatura, apenas para tornar as questões mais claras: houve uma época na qual as potências mundiais usavam a religião para submeter os povos da América e da Ásia com a ameaça do inferno cristão. Hoje, a ameaça de destruição da Terra serve como argumento ideológico para manter tudo como está — e azar de quem ainda não possui aquilo que necessita e tem direito.
É claro que Marina Silva tem explicações a dar nesse debate, vamos combinar. Suas responsabilidades são óbvias, ainda mais como candidata presidencial, que se apresenta como porta-voz da natureza ameaçada. Emprestou um prestígio adquirido na luta popular para causas que nada têm a ver com a melhoria no bem-estar das maiorias. Ajudou a dividir a resistência brasileira para defender o direito ao desenvolvimento. Mas não só.
Esse discurso só tem ressonância porque expressa interesses muito maiores, que nada têm a ver com os brasileiros que lutam dia e noite por um destino melhor na floresta — mas às grandes forças que sempre governaram o mundo e trabalham diariamente para manter tudo como está. Não foi por acaso que o esforço do PSDB para ampliar nosso parque energético esteve perto da nulidade.
Não se trata de negar a importância de medidas preservacionistas. Elas podem e dever ser estimuladas. A questão é de prioridade: preservar a natureza ou o status quo? Para quem? Para beneficiar o que?
O debate é este.



Fernando Brito: Uma imprensa sem cérebro, um leitor que… nem tanto

A matéria mais acessada na página de economia do site da Folha, neste momento, é a que noticia que o Brasil bateu, pelo quarto mês consecutivo, o recorde de produção de petróleo e gás natural, extraindo  quase 3 milhões de barris entre petróleo e gás natural em cada dia de setembro deste ano, 12,6% a mais do que um ano antes.


Luis Nassif: o dia em que os entrevistadores foram obrigados a se explicar para Dilma

Em geral, entrevistas com autoridades visam obrigar o entrevistado a sair da zona de conforto das afirmações não questionadas. Na entrevista de hoje, ocorreu o contrário: Dilma obrigou os colunistas do jornal a saírem da zona de conforto das afirmações reiteradas que, pela força da repetição - e da falta de contraponto -, tornaram-se verdades acabadas para seus leitores.

Brasil investe na expansão de geração e transmissão de energia

O Brasil atingiu em junho a capacidade instalada total de 129 mil MW em geração de energia elétrica. Em entrevista ao Blog do Planalto, o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner, falou sobre aumento de capacidade do parque gerador brasileiro. De acordo com ele, esse potencial foi aumentado em 4 mil MW. A meta é ultrapassar os 6 mil MW até o fim de 2014.
Para essa expansão estão em construção grandes usinas. Na região Norte, por exemplo, com usinas de Girau e de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia, contribuirão com aumento de capacidade em 6,9 MW e mais de R$ 35 bilhões em investimentos; a usina de Belo Monte, no Pará, contribuirá com mais 11,2 MW e está orçada em R$ 28,9 bilhões. Além de gerar milhares de empregos e ampliar a renda das populações locais, também garante abastecimento de energia limpa a estados da Região, em substituição à produção de energia elétrica gerada por usinas térmicas à diesel, mais poluentes.
Há também em construção usinas menores, hidráulicas, térmicas, de biomassa e eólicas. Apenas de energia eólica há obras para aumentar a capacidade em mais de 10 mil MW. Em 2006 ocorreram os primeiros leilões desta matriz energética e a capacidade geradora é, atualmente, cerca de 3.000 MW. Obras em execução aumentarão esta capacidade em mais de 10.000 MW. Ainda para 2014, estão previstos dois leilões, um deles de energia reserva, abrangendo fontes eólica, de biomassa e solar.
“É claro que isso não representa um percentual muito elevado dentro da matriz energética, mas já começa ter uma significância. Se busca uma diversificação da matriz, não concentrar somente numa determinada fonte. Além do que tem a própria variação de custos dessa energia, mas principalmente buscando energias renováveis. À medida em que você diversifica suas fontes, você tem uma maior segurança no suprimento da energia elétrica”, avalia o secretário.
Linhas de transmissão
Assim como o aumento da capacidade de geração de energia, a expansão do sistema de linhas de transmissão faz parte do objetivo de atender o crescimento de carga e continuar atendendo a demanda crescente do país. Ildo Grüdtner também falou sobre a expansão das linhas de transmissão no país. O Sistema Interligado Nacional (SIN), cuja função é permitir a transferência entre subsistemas nas diferentes regiões do país, tem hoje de 118 mil km de linhas de transmissão; já estão definidos e leiloados novos 30 mil km. Apenas em 2014 devem ser concluídos mais 6 mil km de linhas de transmissão.

O Sistema Interligado Nacional contempla quase todas as capitais, faltando somente Macapá, que será integrada ainda em 2014 e Boa Vista, em 2016.
“Está sendo concluída a interligação Manaus-Tucuruí em que nós fizemos a travessia do Rio Amazonas. É uma obra de engenharia fantástica em que as duas torres para fazer essa travessia têm uma altura equivalente à Torre Eiffel. Está em implantação, deve ser concluída ainda nesse ano o sistema de transmissão em corrente contínua das usinas do Rio Madeira. Uma linha de transmissão já está em operação e a segunda linha vai ser concluída ainda em 2014. Essas são as maiores obras em transmissão”, explicou.

Elio Gaspari é *jorna-lista

*Jorn-alista - o texto abaixo é uma prova cabal. FHC ou qualquer tucademo entreguista assinaria embaixo. Leiam:
Quando a doutora Dilma assumiu a Presidência, uma ação da Petrobras valia R$ 29. Hoje ela vale R$ 12,60. Somando-se a perda de valor de mercado da Petrobras à da Eletrobras, chega-se a cerca de US$ 100 bilhões.
Isso significa que a gestão da doutora comeu um ervanário equivalente à fortuna do homem mais rico do mundo (Bill Gates, com US$ 76 bilhões), mais a do homem mais rico do Brasil (Jorge Paulo Lemann, com US$ 19,7 bilhões). Noutra conta, a perda do valor de mercado das duas empresas de energia equivale à fortuna dos dez maiores bilionários brasileiros.
Se o governo da doutora Dilma deve ser avaliado pela sua capacidade executiva, o comissariado petista contrapõe ao conceito de “destruição criadora” do capitalismo a novidade da destruição destruidora. No caso do preço dos combustíveis, de quebra, aleijou o mercado de produção de álcool.
Há empresas como a Polaroid, por exemplo, que vão à ruína porque vivem de uma tecnologia caduca. Outras cometem erros de concepção, como as aventuras amazônicas da Fordlândia e do Jari. É o jogo jogado. A perda de valor da Petrobras e da Eletrobras está fora dessas categorias.
Acusar a doutora Graça Foster pelos maus números da Petrobras seria uma injustiça. A desgraça derivou de uma decisão de política econômica, mas responsabilizar o ministro da Fazenda, Guido Mantega, pelo que acontece nessa área seria caso de atribuição indevida.
O que agrava o episódio é que tanto a Petrobras como a Eletrobras atolaram por causa de uma decisão politicamente oportunista e economicamente leviana.
Tratava-se de vender energia a preços baixos para acomodar o índice do custo de vida, segurando a popularidade do governo. O truque é velho. Mesmo quando deu resultados políticos imediatos, sempre acabou em desastres para a economia.

Onde estão os especialistas que previram o apagão em 2013?


Graças aos recentes investimentos do governo federal no setor elétrico, o fantasma da falta de energia, comum no País na década de 90, desapareceu.

A estabilidade na produção elétrica permitiu um crescimento de 3,5% no consumo nacional em 2013 em relação ao ano anterior.

Somente no comércio, o consumo de energia aumentou 5,7% no ano passado. Mais da metade dele foi puxado pelo incremento do setor na região Sudeste.

Já na região Nordeste, a ampliação foi de 11,5%.

Os dados são da Empresa de Pesquisa Energética, a EPE.

O movimento de alta é atribuído ao crescimento das vendas e ao aumento no número de empregados no País.

Para quem acompanha, não é novidade.

O desemprego caiu para o menor índice histórico (5,4%) e a projeção do crescimento nas vendas no varejo subiu para 4,7%, segundo a Confederação Nacional do Comércio, a CNC.

Haja energia!

Informe-se aqui: http://bit.ly/1bCxbgs

Um teste de sinceridade

Antes de ler o texto abaixo, faça um teste: 
Desligue o computador, o notebook por apenas um minuto e adivinha qual o tema do artigo.
Quando você religar o pc, o not, descobrirá que o assunto é a famosa Usina de Belo Monte.

QUEM PERDE NA GUERRA DE BELO MONTE

Há dois dias, a Justiça deu nova liminar que interrompe a construção da usina, planejada para ser a maior hidrelétrica em atividade no território nacional depois de Itaipu. O desembargador federal Antônio de Souza Prudente, do Tribunal Regional Federal da 1º Região (TRF-1) acoIheu denúncia do Ministério Público Federal, que afirma que não estão sendo cumpridas condições estabelecidas pelo Ibama. 

A decisão liminar de Souza Prudente determina a anulação da Licença de Instalação da usina. 

Não é o primeiro nem o último capítulo de uma guerra. 

Já existe uma determinação de suspensão de uma liminar semelhante, assinada pelo presidente do Tribunal. A licença de instalação da usina está em vigor, de qualquer maneira. 

Esta liminar representa a 27a. interrupção nos trabalhos desde que as obras tiveram início, em 2011. Sendo generoso, temos uma interrupção a cada mês e meio, em média. É um plano de guerra através dos tribunais, vamos combinar. 

Em matéria de judicialização, essa forma de interferir nas decisões do Estado sem levar em conta a soberania popular, que se manifesta nas urnas, pelo voto que escolhe os representantes da nação, deve ser um recorde mundial. 

O mini apagão sugerido no teste se justifica pelo seguinte. Para acompanhar o crescimento da economia, estima-se que o país precise ampliar em 5,2% ao ano sua oferta de energia na próxima década. Este cálculo é oficial. 
É assumido pelo ministério das Minas e Energia e pela Norte Energia, que constrói Belo Monte, fontes responsáveis pela maioria das informações deste texto. 

Você tem todo o direito de duvidar dos números mas é bom admitir que dificilmente irá encontrar informações muito diferentes. A ordem de grandeza, de qualquer modo, não se altera. É possível mudar a interpretação dos dados, naturalmente. 

Aí não estaremos discutindo Ciência mas política, esse saudável exercício civilizatório. O debate sobre Belo Monte parece uma discussão sobre meio ambiente. Não é. A questão envolve nosso desenvolvimento e o bem-estar da população, em especial a mais humilde. 
Desde que se descobriu que um cavalo poderia puxar uma carroça se sabe que não há desenvolvimento sem energia. E desde que a questão ambiental tornou-se um valor das sociedades contemporâneas, é um fator que deve ser levado em consideração. 

Em Belo Monte estamos falando de um investimento de R$ 27 bilhões, que emprega 24 000 trabalhadores e, envolve umas das formas mais limpas de geração de energia que se conhece. 

Estima-se que a energia de Belo Monte irá atender a 60 milhões de pessoas – quase um terço da população brasileira hoje. A menos que se pretenda prolongar nosso apagão de um minuto indefinidamente, seria preciso experimentar alternativas mais caras e mais poluentes para não deixar essa fatia imensa de brasileiros na treva. 

Por exemplo: para substituir a potencia de Belo Monte seria preciso construir 19 usinas termoelétricas, que iriam gerar uma poluição de 19 milhões de toneladas de gás carbônico por ano, valor superior às emissões totais de todo setor elétrico brasileiro em 2007. Outra possibilidade, sem dúvida menos poluente, seria energia solar. O custo seria 6 vezes maior. 

Neste exercício interativo, é só multiplicar sua conta de luz por seis para se ter uma ideia do que estamos falando. Imagine esse preço na conta das famílias mais pobres. 
É a regressão forçada à vela e à lamparina, certo? Lembra daquele economista que quer impedir a poluição atmosférica elevando o preço da carne e do leite para reduzir nossos rebanhos? É o mesmo raciocínio. 

Não custa relembrar algumas verdades conhecidas. Elaborado e reelaborado ao longo de três décadas, o projeto de Belo Monte é produto de uma sucessão de negociações. As medidas compensatórias, destinadas a beneficiar população do lugar, envolvem gastos de R$ 3,7 bilhões de gastos nos onze municípios atingidos. Não vou listar investimentos e melhorias em curso – algumas essenciais -- porque a ideia não é embelezar as coisas. Basta dizer que só por causa de Belo Monte a cidade de Altamira, com mais de 100 000 habitantes, ocupando uma área equivalente ao Ceará e maior do que o Acre, por exemplo, terá seu primeiro sistema de água e esgoto. 

Colocada no centro de uma mobilização internacional que há décadas procura colocar a Amazônia como uma reserva ecológica da humanidade – sob zelo dos Estados Unidos, naturalmente -- à margem da soberania do território brasileiro, é compreensível que a população local procure tirar proveito de todos holofotes, nacionais e internacionais, para arrancar cada dólar e cada real a mais para si, para suas famílias e seus descendentes. 

Não se pode, contudo, perder de vista um ponto essencial. Da mesma forma que a população norte-americana tem a palavra final sobre o Alaska e a população de todo país define o que fará com seus tesouros naturais, o destino sobre a Amazônia é uma discussão entre brasileiros. E, neste aspecto, é fácil reconhecer que o projeto de Belo Monte é uma proposta bem encaminhada. Ao longo de décadas de debate, várias mudanças foram realizadas, implicando em recuos e concessões dos chamados “desenvolvimentistas”. Nem todo mundo já percebeu mas os verdadeiros sectários, insensíveis, em grande medida reacionários, estão entre seus adversários.
Em relação ao projeto original, elaborado pelos padrões de uma época em que a questão ambiental estava fora da agenda, a usina ocupará um terço da área inicial. A tecnologia de geração de energia não se baseia em grandes reservatórios, como ocorre no mundo inteiro, mas no método fio d’água, que produz eletricidade de acordo com a velocidade do rio. Em relação ao que poderia gerar, Belo Monte terá uma produção considerada modesta, equivalente a 42% de seu potencial, contra uma média nacional superior a 50%. É o preço que se considerou conveniente pagar pelo respeito a cultura e hábitos da população da região. 

E é um preço tão alto que vários engenheiros da área hoje questionam se vale a pena construir uma usina com tão alto custo para benefícios relativamente baixos – ou se vale a pena abrir uma discussão política que até agora ficou fechada, em gabinetes que favorecem a ação de ONGs e lobistas ecológicos, para tentar chegar a parâmetros mais compensadores.

Em termos sociais, a obra irá provocar o deslocamento de 20 000 pessoas. É um numero respeitável, mesmo quando se considera que equivale a 5% da população da área, de 400 000 pessoas. 

Ao contrário do que se costuma divulgar, em momentos de súbito interesse pela sorte dos primeiros brasileiros, nenhuma das 12 áreas indígenas será alagada. Por exigência das negociações, será construído um canal de 20 km para que suas áreas não sejam atingidas. 

O esforço contra Belo Monte pode ser definido assim. Depois de reduzir ao máximo os benefícios que poderia gerar para o conjunto da população brasileira, tenta-se impedir sua construção de qualquer maneira, sob qualquer pretexto. 

Nesta situação, ocorre uma charada conhecida dos confrontos políticos, tão bem definida na fábula do Cordeiro e o Lobo. O detalhe é que, desta vez, muitas pessoas ainda não se deram conta de que o Lobo veste pele de cordeiro, o que é tema de outra fábula. 

O que acontece com Belo Monte, então? Desligue a luz por um minuto e tente imaginar.

Hoje temos mais energia que no ano passado no mesmo período

Assis Ribeiro: 
É mentira.
Toda a grande mídia e os seus bem informados comentaristas informantes do contra afirmaram que estávamos em grave crise de energia, que viria o apagão ou o racionamento de energia.

São Pedro também é petralha?


Dilma Rousseff vai exportar o Luz Para Todos

por Daniel Rittner direto de Brasília

O governo brasileiro vai exportar o programa Luz para Todos a países emergentes interessados em universalizar o acesso de seus habitantes ao serviço de energia elétrica. 
Países da África e América Latina são os maiores candidatos a receber assistência técnica do Brasil. Quatro acordos de cooperação já foram assinados – com Peru, Colômbia, Guatemala e Moçambique. Outros nove países iniciaram conversas com o Ministério de Minas e Energia, enviaram missões técnicas e poderão firmar convênios nos próximos meses. 
O grupo inclui Quênia, Zâmbia, Nicarágua e Índia.Neste fim de semana, em Abu Dhabi (Emirados Árabes), o ministro Edison Lobão pretende mostrar a experiência brasileira em reunião do Grupo de Alto Nível em Energia Sustentável para Todos. Lobão foi convidado para participar da reunião pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, que quer ter o Brasil como referência para a meta de universalizar o acesso ao serviço de eletricidade e de aumentar o uso de energias renováveis.
”Ninguém no mundo tem a experiência que o Brasil possui”, afirma o ministro. Ele cita a ligação à rede elétrica de comunidades na Amazônia, onde a dificuldade logística faz com que seja necessário o uso de postes de fibra de vidro, com apenas 10% do peso de um poste de concreto.
“É esse tipo de conhecimento acumulado que vamos mostrar a outros países.”
Dados recém-compilados pelo ministério apontam que 247,8 mil ligações foram realizadas no ano passado, levando o número de unidades consumidoras beneficiadas para 2,9 milhões desde 2004, quando foi lançado o Luz para Todos. Calcula-se que 14,5 milhões de pessoas tenham ganhado acesso à energia elétrica. Em menos de 1% dos casos, em vez de levar a rede de distribuição a comunidades isoladas, a solução adotada foi implantar geração própria – eólica, solar ou a diesel, em último caso.
O acesso a luz, quase sempre, teve impacto econômico relevante. Depois de conectadas à rede elétrica, 79% das famílias adquiriram aparelhos de TV e 73% compraram geladeiras. Isso representou a venda de 2,3 milhões de TVs, 2,1 milhões de geladeiras e 1,1 milhão de liquidificadores.
Cerca de 49% das ligações feitas até agora foram feitas no Nordeste. A maior parte das 414 mil ligações previstas até 2014 se concentra no Norte, especialmente na Amazônia, segundo Ildo Grudtner, secretário de Energia Elétrica do ministério “Parece pouco, mas talvez o que resta pela frente dê mais trabalho do que todo o trabalho executado anteriormente”, diz.
Quanto aos acordos de cooperação com outros países, Grudtner afirma que a assistência brasileira normalmente consiste em explicar a estruturação financeira do Luz para Todos, sua complexidade técnica, a gestão do programa e a forma de priorização dos atendimentos. Encargos setoriais, como a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e a Reserva Global de Reversão (RGR), são as principais fontes de financiamento do programa.

Tucademopiganalhice é isto

"Estudo" e "matéria" paga pelas concessionárias de energia divulgadas pelo Restadão:


Estudo em análise no Ministério de Minas e Energia mostra que a renovação das concessões do setor elétrico, a partir de 2015, é mais vantajosa que a realização de novas licitações. Uma das vantagens dessa opção, segundo o documento, seria a redução das tarifas de eletricidade. O governo, no entanto, teria de alterar a lei que impede prorrogações de contratos. As empresas que detêm as concessões querem a renovação, mas pedem garantias de que não terão de reduzir as tarifas de forma drástica. 

A corja é imunda!

Fome

[...] e Energia

Por Jean Marc Sasson*, colunista do Ambiente Energia – Em meu segundo artigo, escreverei sobre dois temas importantes no mundo atual: fome e energia. Aparentemente, seriam dois temas sem qualquer relação. Mas não são.
Em tempo de votação do Código Florestal cujo relatório é tão criticado, esta análise que farei entre agricultura, alimentos, geração de energia e fontes de energia limpas é de grande importância.
Um dos pontos polêmicos da reforma do Código Florestal é se deve manter a Reserva Legal, incluindo nos cômputo destas áreas de APP e excluindo áreas que seriam agricultáveis. Segundo os ruralistas, estaríamos realizando um desfavor ao setor que mais contribui à balança comercial brasileira, aquele cujas exportações são o carro-chefe do Brasil.
De fato, o Brasil, um país continental de clima tropical, permite o cultivo de diversas culturas, entre elas a cana-de-açúcar, soja, milho, mamona, cacau entre outras. Estas culturas servem de matéria-prima para os biocombustíveis, gerando o etanol – proveniente da cana-de-açúcar – e o biodiesel – proveniente de plantas e gordura animal. Continua>>>

Fome e Energia



 – Em meu segundo artigo, escreverei sobre dois temas importantes no mundo atual: fome e energia. Aparentemente, seriam dois temas sem qualquer relação. Mas não são.

Em tempo de votação do Código Florestal cujo relatório é tão criticado, esta análise que farei entre agricultura, alimentos, geração de energia e fontes de energia limpas é de grande importância.
Um dos pontos polêmicos da reforma do Código Florestal é se deve manter a Reserva Legal, incluindo nos cômputo destas áreas de APP e excluindo áreas que seriam agricultáveis. Segundo os ruralistas, estaríamos realizando um desfavor ao setor que mais contribui à balança comercial brasileira, aquele cujas exportações são o carro-chefe do Brasil.
De fato, o Brasil, um país continental de clima tropical, permite o cultivo de diversas culturas, entre elas a cana-de-açúcar, soja, milho, mamona, cacau entre outras. Estas culturas servem de matéria-prima para os biocombustíveis, gerando o etanol – proveniente da cana-de-açúcar – e o biodiesel – proveniente de plantas e gordura animal.
O biocombustível é uma fonte de energia renovável e teoricamente limpa. O exemplo da cana-de-açúcar explica o porquê do etanol ser considerado um combustível limpo. Apesar de emitir gases de efeito estufa na sua combustão, seqüestra gás carbônico no seu cultivo, isto é, na prática a emissão e o seqüestro se equivalem. O ciclo de vida do etanol possui lançamento zero de gases de efeito sstufa. Assim, em comparação aos combustíveis fósseis que não são renováveis e contribuem para o aquecimento global, os biocombustíveis aparecem como parte da solução.
Visando a independência dos combustíveis fósseis e de seus preços voláteis, bem como o incremento ao mercado brasileiro de combustíveis, em 2005 foi promulgada a Lei nº 11.097. Ela se preocupou com os efeitos econômicos, sociais e ambientais. Vejam só! Está presente o triple botton line da sustentabilidade.  Tem a vertente econômica porque seu preço é mais barato que o da gasolina (com exceção do período entressafras), social na medida em que favorece a produção familiar ao isentar em 100% de PIS e Confins caso proveniente de agricultura familiar do Norte ou Nordeste contra apenas 32% se não oriundo de cultivo familiar, e ambiental, por óbvio, pelos motivos supracitados.
Estabeleceu, ainda, que a ANP seria responsável pela implementação da Política Nacional de petróleo, gás natural e, agora, dos biocombustíveis e pela fiscalização e aplicação de sanções das atividades neste setor. Autorizou a inserção de biocombustíveis no diesel na proporção de 2% do diesel até 2008, 5% até 2013 e hoje já se pensa em 20%, mas com a certeza de podermos evoluir muito mais, tendo em vista que nos Estados Unidos os automóveis movidos com 100% de biodiesel têm apresentado rendimentos surpreendentes.
Hoje este setor está consolidado e muito se celebra a vocação dos biocombustíveis. Tanto é, que até mesmo os Estados Unidos, considerados a segunda força deste setor logo atrás de nós, estão considerando a possibilidade de importar nossos biocombustíveis, além de enviarem técnicos americanos para verificarem e aprender com a produção brasileira.
Deixando de lado os benefícios ambientais e econômicos, deve ser ressaltado um dos grandes problemas sociais que os bicombustíveis provocam.  Questiona-se se a utilização destes vegetais para a produção de energia seria o ideal em detrimento da produção de alimentos e a erradicação da fome. Esta última, aliás, tem sido uma das principais bandeiras levantas pelos governos petistas de Lula e Dilma.
Ao permitir que leguminosas sejam fontes de matéria-prima dos biocombustíveis, milhões de brasileiros que estão abaixo da linha de pobreza deixarão de ser alimentados. E não apenas os brasileiros. A cada década a população mundial cresce exponencialmente demandando cada vez mais por alimentos. Caberia deixar de produzir alimentos, bem tão básico da vida humana, para produzir energia? Ou ainda, valeria ter o preço dos alimentos majorados a favor do barateamento dos combustíveis?
Relatório da O.N.U. divulgado em 2007 chamou a atenção para este fato. Segundo o relatório, “Os biocombustíveis líquidos podem ameaçar a disponibilidade de suprimentos de comida adequados ao desviar terra e outros recursos de produção das plantações para alimento”. “Muitas plantações hoje usadas como fonte de biocombustível requerem terra agricultável de alta qualidade uso significativo de fertilizantes, pesticidas e água.” Contudo, este documento de 64 páginas, reconhece que “sistemas de bioenergia modernos bem projetados podem de fato aumentar a produção local de comida”. Se o combustível ficar significativamente mais barato, a cadeia de produção e distribuição de alimentos também pode baratear o produto final.
Outro problema, a produção de monoculturas, como a soja no Mato Grosso, tem contribuído para o avanço da fronteira agrícola na Amazônia. A custa de desmatamento, as monoculturas rumam em direção à região Amazônica, o que prejudicaria o benefício ambiental do combustível. Para a produção de cana-de-açúcar, milhares de hectares da Mata Atlântica foram suprimidos. Do que adianta ser um combustível limpo se ao mesmo tempo provoca o desmatamento de milhares de árvores?
Diante deste cenário, urge uma maior atuação do IBAMA cuja maior atribuição é exercer o poder de polícia ambiental, fiscalizando se há ocorrência de desmatamento para a plantação destas monoculturas. Ao governo serve o exemplo da Europa que em 2008 através de lei comunitária, determinou que é proibido a produção de bicombustível em  florestas, áreas pantanosas, reservas
naturais ou áreas de extrema biodiversidade, além de forneceram incentivos fiscais para sua produção.

É verdade que o Programa Proálcool incentivou a produção a partir da cana-de-açúcar. Mas é necessário estender e criar outros programas federais a outras culturas. Já há um tímido incentivo à produção da mamona no Nordeste e na Caatinga como um todo, do dendê no Norte e Amazônia e da soja no Cerrado, Sul e Sudeste. Contudo, o conhecimento sobre o cultivo destas leguminosas é pequeno e o investimento em tecnologia está longe do ideal. A exploração de muitas delas, hoje, é economicamente inviável. Faz-se imperativo, assim, o investimento em pesquisas para o descobrimento de novas fontes de biocombustíveis baratas e competitivas.
A energia, sem dúvida, é fundamental para o progresso da humanidade. Já dizia Lavoisier que na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Não há transformação sem energia.  Mas antes de querer a transformação é necessária a sobrevivência. E para isso é necessário o acesso a alimentos a preços razoáveis.
Portanto, cultive os alimentos. Alimente esta ideia. Esse é o principal combustível da humanidade.
* Jean Marc Sasson é advogado com especialização em gestão ambiental pela COPPE/UFRJ. O colunista também é editor do blog Verdejando (www.verdejeando.blogspot.com)

Energias renováveis

[...] agência a caminho

A CI - Comissão de Serviços de Infraestrutura - do Senado Federal aprovou a proposta que autoriza o Poder Executivo a criar a ANER - Agência Nacional de Energias Renováveis -, voltada para a utilização das formas mais limpas de transformação de energia e para seu uso sustentável, como é o caso da eólica e da solar.
Pelo projeto de lei (PLS 495/09), que segue agora para análise da CCJ - Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, em decisão terminativa, a nova agência terá como objetivo institucional a coordenação do processo de transição do uso intensivo de energias não renováveis para formas renováveis, bem como o estudo e a elaboração de políticas públicas para apoiar o aprimoramento da matriz energética nacional, visando ao desenvolvimento sustentável.
Segundo Marcelo Crivella (PRB-RJ), autor do projeto, a energia renovável é uma das soluções “inadiáveis para a garantia sustentável do planeta, por se tratar de uma energia barata, limpa e confiável”.
Na justificação da proposta, ele lembra que, em 2009, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou a Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena), com o objetivo de promover uma rápida transição para o uso de energias desse tipo em escala global. Para Crivella, a criação da Aner, além de facilitar o diálogo com a Irena, vai integrar o país mais rapidamente nessa nova realidade mundial.
O relator da matéria, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), concorda com o autor. Ele lembra que o Brasil, por ser “dono de um invejável potencial desse tipo de transformação energética, dará um grande passo ao criar uma agência nacional semelhante à Irena.
Controvérsia – Alguns membros da comissão questionaram, no entanto, a necessidade de criação de uma nova agência reguladora no país. O primeiro a se posicionar foi Cyro Miranda (PSDB-GO), para quem a nova autarquia pode aumentar o chamado “custo Brasil’ e servir ainda de “flanco para abrigar apadrinhados”. A mesma opinião foi externada por Blairo Maggi (PR-MT). Para ele, a agência poderá se transformar em mais um “órgão burocrático”.
Para resolver a questão, Flexa Ribeiro chegou a sugerir a realização de uma audiência pública para debater a necessidade de criação da Aner, mas foi alertado por José Pimentel (PT-CE) que a proposta ainda vai ser analisada pela CCJ.
Pimentel explicou que, por não haver previsão constitucional para projetos de caráter “autorizativo” – isto é, que não precisam ser obrigatoriamente implementados -, a Câmara dos Deputados tem arquivado todas as propostas nesse sentido e as encaminhado em forma de sugestão ao Executivo.
Segundo informou, projeto que busca resolver esse problema, criando uma nova forma de proposição (PRS 74/09) para possibilitar a sugestão de senador a outro poder, já está aguardando votação no Plenário do Senado. Enquanto isso, a CCJ tem optado por não colocar na pauta propostas de cunho autorizativo. (Com informações da Agência Senado)