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Para prender Lula só outro domínio da farsa

\o/ Perguntas a Lula sugerem [demonstram] fragilidade da tese de propina
Vindas a público um dia após as manifestações, as perguntas feitas pelos investigadores da Lava Jato ao ex-presidente Lula sugerem fragilidade para provar a tese de que o petista recebeu propina da Petrobras.

Apesar de a Lava Jato completar dois anos neste mês, nas perguntas formuladas pelos delegados no depoimento prestado no último dia 4 de março, não houve menção a uma única delação premiada que apontasse que o ex-presidente tivesse participado de algum acerto de propina com empresas em troca de contratos na Petrobras.

As perguntas dos investigadores da Lava Jato sugerem que haveria confusão entre a contabilidade do Instituto Lula e da empresa de palestras do ex-presidente, a LILS. Insinuam que as palestras no exterior poderiam ser fachadas de lobby, mas não apresentam uma evidência nesse sentido. Lançam suspeitas sobre o repasse de recursos a fornecedores do instituto. Repetem indagações já amplamente divulgadas e comentadas a respeito do sítio de Atibaia e do apartamento no Guarujá.

Há momentos constrangedores e engraçados ao falar de vinhos, tralhas do acervo presidencial, pedalinhos e diárias da Polícia Federal. Mas, ao contrário de indagações feitas nos vídeos em que delatores foram ouvidos, não houve uma pergunta na seguinte linha: “Fulano de Tal acusa o sr. de ter cometido o seguinte crime nessas circunstâncias. O que o sr. tem a dizer a respeito disso?”.

Por ora, há mais evidências de trocas de favores do que de recebimento de propina.

Das duas, uma. Ou os investigadores não mostraram até agora todas as armas que possuem contra Lula e estão escondendo o jogo por estratégia. Ou, sem algo mais forte, fizeram uma primeira investida para jogar verde e colher maduro.

Se for levado em conta o depoimento dado pelo ex-presidente, ainda há um longo caminho a ser percorrido até que eventualmente seja confirmada a tese anunciada pelo procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima em entrevista no dia da Aletheia: a de que Lula seria o chefe de um esquema de compra de apoio político por meio de propina em contratos da Petrobras. A não ser que os investigadores estejam pensando em recorrer à Teoria do Domínio do Fato.
por Kennedy Alencar

Meme do dia

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Briguilinks

Fernando Brito - o Brasil de verdade não esteve na Paulista. Vamos leva-lo à rua dia 18?





Quem ainda tiver dúvida sobre que "voz das ruas" o Dr. Sérgio Moro pretende que seja ouvida e se imponha, veja os números da pesquisa Datafolha sobre o perfil dos manifestantes da Avenida Paulista. É o desmonte numérico do discurso hipócrita da mídia de que "o país não está dividido, está unido".

Se o Brasil – ou mesmo São Paulo – tivesse um perfil de renda e instrução semelhante, eu fechava este blog e ia me dedicar a escrever apenas sobre literatura, costumes, talvez escrever um romance.

Quatro entre cada cinco manifestantes (77%) têm curso superior, o triplo do indicador do Município de S. Paulo, que dirá do Brasil.

Dois terços 63%) têm renda superior a cinco salários mínimos, o triplo da capital paulistana, o que dirá – e põe o que dirá nisso- do Brasil.

O melhor governo que o Brasil já teve? FHC, para 60%. Dispensa comentários, não é?

Essa é a verdade que emerge dos dados concretos, não do desavergonhado coro midiático que se formou, onde os interesses das elites arrastam duas multidões: os que desejam o Brasil todo para as elites e os inscientes, que não o percebem.

Aí está o caminho, que exige, para ser atingido, uma capacidade de superação de nossos próprios "eus" de classe média, sempre pronto a transformar nossos próprios mundos em centro do universo.

É urgente que sejamos capazes de, muito além do "institucional" deixemos – tardiamente – claro que o alvo de tudo isso são as conquistas parcas que teve o povo brasileiro.

Não porque o povo brasileiro odeie suas elites, ao contrário. São as elites deste país – e os que se deixam arrastar no seu caudal que odeiam o povo brasileiro – a quem acham indolente, vagabundo, sempre disposto a fazer filhos e nunca a trabalhar.

Mas o povo brasileiro está parado, perplexo, avassalado diante da tempestade de mídia e, pior, de nossa incapacidade de dizermos que é com ele, acima de tudo, que temos compromissos e enxergamos a riqueza deste país.

Não haverá costura política, acordo parlamentar, composição de forças que possa ser costurado sem que o povão aguilhoe este coro.

Em lugar de nos perdermos, agora, discutindo erros do passado, cuidemos de que exista um futuro para a democracia e para o direito do povo brasileiro tem ao menos a voz do voto direto para ser ouvido.

Temos uma batalha a travar. Parece impossível, certamente é dificílima. Mas é a única que pode reposicionar o país no rumo da normalidade democrática.

O resto, infelizmente, será a caminhada para uma sociedade de ódio, de autoritarismo, de mandonismo que, como em 1964, começa com a classe média abrindo-lhes as portas e, como se viu logo depois, sendo por ele devorada.

do Tijolaço


Dilma e as manifestações


\o/ antes e depois
No Twitter do Movimento Contra a Coxinização

Política por Aldo Fornazieri


\o/ A crise, os generais, os exércitos e os cenários
Preâmbulo
Para usar uma analogia militar para entender a crise atual se pode dizer que o ex-presidente Lula é um general com parte do exército desorganizada e parte em franca deserção. O principal problema dele é que não tem um Estado Maior. Nenhum general vence guerras sem Estado Maior. No governo não há Estado Maior. Há mais de um ano em crise, o governo nunca organizou um comitê de crise. Os ministros da casa não contam. Podem dizer uma coisa ou outra e Dilma faz o que quer. A desorganização é total. O PT não comanda mais nada. A militância não acredita na direção. Também não há um comando estratégico no partido para enfrentar a crise. Não há definições táticas, estratégicas, defesas, forças de ataque, nada.

Povo na rua não produz crime de responsabilidade nem vale mais que 54 milhões de votos


\o/ Independente do tamanho das manifestações, a oposição e os meios de comunicação engajados na derrubada da presidente Dilma Rousseff ainda têm um problema: com que crime de responsabilidade irão justificar um eventual impeachment?; desde o início da crise política, que começou no dia em que o PSDB não aceitou o resultado das eleições, as forças golpistas ainda não encontraram um fato concreto, com força jurídica, que legitime uma mudança forçada de governo; nos próximos dias, parlamentares serão pressionados por grupos como a Globo a ouvir a "voz das ruas", mas ninguém ainda é capaz de apontar qual foi o crime de responsabilidade cometido por Dilma
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Fernando Brito - O que fazer agora?


\o/ 
ato
Uma das coisas boas em escrever um blog é que a gente sai do figurino frio do “jornalismo de jornal” onde, quase sempre que você encontrar uma matéria muito carregada de adjetivos, acredite, ela é contra você.
Então, sirvo-me desta licença para dizer que imagino que o leitor deste blog – salvo os trolls espíritos-de-porco que, como não têm ideias a defender, dedicam seu tempo a criticas as alheias – está, tal como eu, entre perplexo e angustiado com os acontecimentos de hoje.
Má hora para longos raciocínios, busca de erros, de razões profundas por termos chegado a este ponto: as ruas cheias por uma multidão que, de rica e remediada e branca que é, não tem nem mesmo os motivos da brutalidade e da deseducação formal para ser assim, odiosa e linchadora.
Hora, apenas, para um cair em si e ver o que devemos a este país, aos que ensaiaram sua modernização soberana, recusando a condição de colônia, aos que nos trouxeram de volta à democracia, às liberdades, ao direito de sermos o que somos e dizermos o que pensamos.
Tempo de medir, apenas, o que podem ser as ruas cheias do Brasil moreno, mestiço, sofrido, se ele perceber que pode voltar a confiar nos que, mal e mal, procuraram falar em seu nome e defender seus interesses.
Eu não vou às ruas defender o que o PT é ou o que foi, mas o que representou para o povo brasileiro, que seja mal e mal.
Porque é isso o que fica na História, como ficaram de Getúlio as conquistas sociais que são um nada, perto do ideal, mas são um infinito para os que eram escravos antes dele.
Vou defender um Lula e, até um PT -embora neste eu creia menos – que necessariamente serão mais incisivos, mais firmes, menos todos e concessivos do que foram.
Porque a fúria do conservadorismo que contra eles se voltou não pode ser pelos defeitos, porque defeitos – e muito mais graves-  vivemos por séculos e isso nunca foi motivo de uma campanha de extermínio como a que assistimos neste momento.
Não, nestes dias não vou procurar falar com quem ache o PT perfeito e a Lula um anjo.
Vou procurar falar com os que reclamam, recheiam-se de senões, falam de decepções e frustrações.
E perguntar-lhes: é por isso que você vai deixar haver um golpe, vai deixar que o país caia no fascismo, que nossas liberdades sejam aniquiladas e que o povo brasileiro seja despojado daquele pouco que, mal e mal, os governos petistas lhe proporcionaram?
Menos os homens fazem a história do que são feitos por ela.
A resposta á perplexidade só pode ser uma: decisão, na hora em que a liberdade e os direitos do povo brasileiro pedem por ela.
Não sei se Dilma o compreenderá. Sobre Lula, tenho boa dose de certeza.
E se de todos posso ter dúvidas, como você pode as ter, de nós mesmos não podemos tê-las, sem que isso represente uma deserção do que pensamos e sentimos.
É essa a pergunta que todos os dias farei e a resposta que a todos darei.
Não temos a máquina de manipulação da Justiça e da mídia, mas ainda temos a nós mesmos para falar, mostrar e ousar.
A direita encheu as ruas por contra de um longo processo de omissões daqueles que, agora, avança para destruir.
Se não quisermos fazer o mesmo, tudo o que não podemos fazer é cometer o mesmo erro da omissão.