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Jornal Nacional esculhamba o Cara por anos e dá 03 segundos para ele se defender

A edição do jornal nacional de ontem quinta-feira (15/03/2017) foi de uma sordidez exemplar.

Um motivo para que, ao virar a canoa, se concretize o projeto irresistível do professor Wanderley Guilherme dos Santos: estatizar o departamento de jornalismo (sic) da Globo!
Para começar, o jn do Gilberto Freire com “i” dedicou 2'40" às manifestações impressionantes contra a Reforma (sic) da Previdência do MT, ou Treme (antes que o amigo navegante se esqueça: não deixar de assistir a "cadê o Ali Babá dos ladroes do Janot?").
2'40" sem direito a "sobe som", o que, na linguagem da televisão, significa "não permitir que alguém na matéria fale, ou abra a boca".
Não subiu o som nem do Lula, que lá esteve.O Freire com "i" re-estabeleceu a regra do regime militar: só a imagem - e olhe lá - do Lula.
A voz do Lula, nunca!

(Por falar nisso, amigo navegante: não parece estranho que o jn dê tanto espaço ao Chico Alencar, do PSOL do Rio? O que ele, Chico, fez de errado?)
Tanta economia com a preparação para a greve geral, como diz o Miro e abundância de espaço para "a defesa" dos "acusados" na lista do jn.
Sim, o jn tem a sua lista do Janot, que, como se sabe, é muito mais importante que a lista do Janot.
É uma lista em que o Santo, o Alckmin, não aparece e nela tem mais petista que tucano.
O risco é o Supremo jogar a lista do Janot no lixo e adotar a lista do jn...
(O Globo Overseas Investment BV, em sua versão escrita - moribunda versão - dedica toda a página 3 à lista do jn e ignora a do Janot!)
Aí, num gesto de generosidade e benemerência, o jn reservou 3 minutos para a "defesa" das vítimas de sua lista.
2'40" para as manifestações e 3 minutos para a "defesa" dos destruídos por um repórter do jn (que revela traços inesquecíveis da Miriam Leitão): num "furo" de vazamento, foi ele quem apresentou a lista das vítimas.
Mas, não adianta, porque a Fel-lha pôs o nome do Alckmin na pedra, como tinha feito, desde a véspera, o próprio PiG cheiroso.
O jn adota o que, nos Estados Unidos, se chama de "falsa equivalência".
Você esculhamba a mãe do cara por três horas e, numa suposta equivalência, concede ao filho da ... três segundos para se defender.
Formidável.
E tudo isso no espectro magnético que pertence ao povo brasileiro e num regime de concessão outorgado pelo povo brasileiro!
Dilma, vai lá e usa o controle remoto, Presidenta!
Meu nessa ótima postagem de PHA tem apenas o título. 
É por achar que ele subestimou em muito, o tempo que a Rede Globo vem esculhambando Lula e o PT.

Aécioporto se traiu

No telejornal (sic) do Gilberto Freire com “i” (*) o Arrocho Neves se traiu.

Ao falar sobre o aeroporto que construiu para o Titio se percebe:

- Anastasia e Pimenta da Veiga, ao seu lado, demonstram desalento e ceticismo;

- O candidato gagueja;

- Diz que a região tem 300 indústrias que “produzem produtos” (e, portanto, mereciam coisa melhor -PHA);

- Jogou fora a longa exposição: 37″ numa matéria de 3′17′- ou seja, teve mais tempo do que o Lula no jn, em toda a sua carreira de homem público;

- Não bastasse a “linguagem do corpo”, que passava credibilidade igual a zero – parecia tucano paulista a discorrer sobre o trensalão – cometeu ato falho imperdoável: falou “economicamentes”.

Como é que o “i” deixou passar essa ?

Pano rápido.

Em tempo: como bom tucano, ainda se refere à Fel-lha (**), que fez a denúncia, com o repórter Lucas Ferraz, como “um grande jornal paulista”.

Deve estar à espera de um novo Datafalha, em que, segundo a Quenedy – essa moça vai longe … -, apareça como grande vitorioso !

Em tempo2: o que diria o Máximo Consultor Armínio NauFraga sobre a construção do aeroporto do Titio ? Ele concorda com a intervenção estatal em Claudio, ou preferiria que o próprio Titio, agente privado, construísse o aeroporto ?

Em tempo3: o Globo Overseas soterra o aeroporto do Titio. Ataulfo Merval trata da versão bolinha de papel do Padim Pade Cerra sobre o Golpe de 64 como se fosse um “Estadista do Império”, do Nabuco ! O noticiário é escasso. Amanhã, quarta-feira, some no Globo.

Paulo Henrique Amorim



(Escre) *Ver-mal e o idiota de subjetividade são iguais

Liga o profeta Tirésias, depois de assistir à esmagadora vitória da Holanda, “a magnífica”, sobre a Costa Rica.

Como a Alemanha – outra “magnífica” – contra a França, o melhor jogador da Holanda tinha sido o goleiro especialista em pegar pênalti …

(Quer dizer que se houver um pênalti durante o jogo, vai ser uma têta para a Argentina …)

- Alô, grande Profeta Tirésias, onde estás ?

- Vim dar um pulo na Europa Setentrional.

- O que… setentrional ?

- Sim, sua besta ! A Europa do Norte !

- Ah, desculpe !

- A Europa da Alemanha, da Holanda !

- Mas, por que ?

- Porque os idiotas da objetividade …

- Quem ? Idiotas de onde ?

- Da objetividade … Vai me dizer que você nunca leu o Nelson Rodrigues ? Aquele que chamava de vira-lata, Narciso às avessas os cronistas desportivos brasileiros que só viam mérito nos setentrionais … Aqueles de saúde de vaca holandesa …

- Mas, não entendi, grande Profeta … Narciso às avessas…

- São esses da crônica desportiva que se olham no espelho e morrem de vergonha …

- De ser brasileiro …

- Isso !

- Mas, grande Profeta, não me constava que você desse a menor bola para idiotas da objetividade em matéria de futebol.

- “Futêbol”, como dizem em São Paulo. No resto do Brasil, você sabe, é “futibol”…

- Sei, sei, Profeta. Mas, por que você resolveu se irritar com eles, agora ?

- Ora, sua besta ! Porque, apesar deles, houve a Copa.

-  Copa das Copas …

- Essa mesmo.

- Então, você se viu obrigado a ler esses caras, ouvir eles na tevê.

- E aí descobri uma coisa muito interessante. Eles são iguais ao Ataulfo Merval (*).

- Você viu que o Rodrigo Vianna passou a chamar ele de Ver-Mal ?

- É ótimo !!!

- Mas, o que o idiota da objetividade tem a ver com o Ver-Mal ?

- São algumas identidades. Veja lá. Primeira, acham o Brasil uma m…

- Sim, isso é óbvio. O Brasil é uma m… quando os trabalhistas estão no Governo, Profeta. No tempo do Farol de Alexandria …

- Que Farol, rapaz ?

- O FHC: o que iluminava a Antiguidade e foi destruído num terremoto de nome Lula…

- Ah, sim. Não, você tem razão, no tempo do Farol isso aqui era uma Suécia …

- E o que mais aproxima os dois tipos nativos ?

- A arrogância intelectual. O Ver-Mal nunca foi a Madureira e o idiota da objetividade nunca foi a Cuiabá. Nunca deu uma caneta ou cama de gato. E acabam que entendem de Brasil.

- E do mundo.

- Sim, o que eles entendem do mundo é o que o Renato Machado diz no Mau Dia Brasil e das transmissões da ESPN e da Fox.

- Verdade, Profeta. Se soltar eles no metrô de Nova York vão acabar no ladies room…

- Não seja cruel.

- Não acertam uma, não é isso ?

- Sim. O Ver-Mal disse que Aécio de vice do Cerra era uma dupla imbatível…

- Tomara que os americanos tenham acreditado. E o idiota da objetividade ?

- O idiota da objetividade disse que a Espanha era favorita.

- E pediu desculpas ?

- Jamais !

- Não é o mesmo que disse que o México era uma potência, depois a potência era o Chile, depois a Colômbia … ?

- Esse mesmo. E tem outra identidade.

- Qual, grande Profeta ?

- Os dois escrevem muito mal. Se expressam como se carregassem o Faustão nas costas. Você jamais dará um sorriso, se enriquecerá, terá prazer intelectual com a leitura de um ou outro. É como se aqueles robots japoneses passassem a escrever para o PiG (**).

- Entendi. Nunca leram Nelson Rodrigues, Armando Nogueira…

- Ou Mário Filho ! Camus !

- Mas, só isso ?

- Não, tem uma outra. A identidade mais significativa. Eles são irrelevantes. Não acrescentam um centímetro de informação ou analise ao que você já sabe. Sabe o que eles me lembram ?

- O que, grande Profeta ?

- Aqueles surdos irrecuperáveis.

- Como assim ?

- Você pergunta uma coisa e eles respondem outra !

Pano rápido.

Paulo Henrique Amorim

Paulo Henrique Amorim - a raiva Santa

O olhar de Dirceu vale mais que mil palavras

Uma foto de Dirceu na portaria do prédio onde começou a trabalhar conta tudo.

Ele tem as cicatrizes do sofrimento.

Em tem também o olhar do desafio, da resposta, do combate.

Um mês de alimentação normal, um pouco de sol, e esse aspecto frágil vai embora.

Sobrevive o político militante, que tem uma causa: a dos pobres e oprimidos.

Joaquim Barbosa o atingiu, o enfraqueceu, mas vai embora em opróbrio.

Como herói dos que fizeram dele um instrumento político.

Queriam quebrar o PT e encarcerar o Lula.

Perderam nos dois rounds.

Barbosa tornou-se dispensável.

Barbosa é um homem oco, vazio.

Os adversários de Dirceu tem nome, sobrenome e endereço.

Não são como os de Barbosa, que ele não teve coragem de denunciar, na saída melancólica.

Dirceu tem dentro dele uma raiva santa: o acerto de contas.

Como um condenado injustamente.

José Dirceu ganhou.

Ele passa esse fim de semana em casa, com a filha de três anos, o ponto mais agudo de sua tristeza.

Paulo Henrique Amorim - Barbosa e o MP

Um mensalão para matar o PT
Expulsa os 40 ladrões e mantém o Ali Babá sob controle

Barbosa se aproxima do fim.

Para evitar os 10 a 1, ele abriu mão até da relatoria do mensalão do PT (sim, porque o dos tucanos prescreveu antes de existir).

Cabe voltar um pouco atrás e tentar entender como se deu o – incompleto – Golpe de Estado do mensalão do PT.

(Até que, no terceiro turno, na Justiça Eleitoral, que precisa ser extinta, os trabalhistas deixem o poder.) 

O Golpe do mensalão do PT começa na denúncia inepta contra Collor.

(Clique aqui para ler o que disse Paulo Nogueira sobre o pecado capital de Mario Sergio Conti, e aqui para examinar os vínculos entre Conti, a Fel-lha (*) de SP – de mau hálito insuportável – e Dantas.)

Collor começou a cair não foi no detrito sólido de maré baixa, mas com uma denúncia inepta do MP de Aristides Junqueira.

Tão inepta que o Supremo sequer recebeu para julgá-la.

O mensalão do PT se revigora com o trabalho do Padim Pade Cerra, aliado ao MP, de destruir a candidatura de Roseana Sarney, em 2002.

Nesses dois episódios, Ministério Público se equipa e legitima para desempenhar o papel que a Elite dele espera: moralizar a política.

“Moralizar a Política”, numa sociedade até recentemente escravocrata, significa depurar a política dos “tarados” mestiços, geneticamente corruptos e, portanto, dos trabalhistas e seus aliados, como as organizações sociais e os sindicatos.

O MP se tornou a tutela dessa eugenia política.

Como disse Sepúlveda Pertence do Ministério Público, “criei um monstro”.

O Ministério Público não responde a ninguém, investiga quem quer e tem à disposição um coletivo de aparelhos do tipo “Guardião” para bisbilhotar quem bem entender – como diz o Conversa Afiada, o MP é o DOI-CODI da Democracia.

O MP não precisa mais denunciar ninguém.Basta um “procurador” da chamada “República” convocar uma coletiva da imprensa piguenta (**), dizer que tem sérios indícios de que alguém é ladrão, que o serviço está feito – sem oferecer denúncia…

DataCAF - Instituto de Pesquisas do Conversa Afiada

O Conselho Editorial do Conversa Afiada decidiu lançar um DataCaf para acabar de vez com esse duopólio Golpista do Globope e da Datafalha.

(A Sensus é um Datafalha fajuto. Não conta.)

Assim como o Datafalha e o Globope, o DataCaf tem lado.

Como se sabe, na cadeira do dragão até os números falam.

Com o DataCaf também será assim.

Como a Bolsa já “precificou” o próximo Datafalha – clique aqui para ler também “Bláblá derruba a Bolsa”.- o DataCaf estreia na véspera do próximo Datafalha.

Porque, como se sabe, agora, no Brasil vai ter uma eleição por semana.

É a democracia indireta em que só o Otavinho e o Montenegro votam.

Nem no regime militar o colégio eleitoral era tão fechado.

DataCaf terá uma margem de erro como a de seus congêneres.

Ampla, flexível, vai pra lá e pra cá, conforme o lado que se quer proteger.

No caso do DataCaf a margem de erro, na estreia foi de 50%.

Assim como o Datafalha e o Globope, o DataCaf vai escolher a dedo o universo pesquisado.

Por exemplo: quando quer eleger o Arrocho Neves, só pesquisa no Alto Leblon e nos jantares do João Dória.

É vitória na certa.

Mas, não entrevista qualquer um.

Tem vestir uma gravata Hermès e calçar sapatos Gucci.

O número de pesquisados também varia.

Por exemplo, nessa estreia, limitamos o número de entrevistados a 25, para cortar custos, porque a publicidade está magra.

Mesmo para um blog notoriamente chapa branca como este.

Então, o Conselho Editorial do Conversa Afiada tem o prazer de oferecer a seus leitores o primeiro resultado que certamente será corroborado pelo Datafalha.

Arrocho Neves ganha no primeiro turno !

A Dilma teve 45% das preferências.

Mas, como a margem de erro é de 50%, foi possível dar a Arrocho Neves 55% das preferências.

Sobre os brancos, nulos e “não sabem” são cartas na manga que o DataCaf reserva para o caso de o Tribunal Superior Eleitoral – sempre vigilante ! – desconfiar de alguma coisa.

Os acionistas controladores do DataCaf informam, aqui, de público, à CVM – clique aqui para ler 


“CVM não dá bola para o estrago que a Blablá fez na Bolsa” – que compraram ações da Petrobras ANTES de divulgar o resultado.


Vazou um pouquinho.

E quando as ações subiram de fato, vendeu aos otários que nascem toda hora.

Como se sabe, “inside information”, ou “informação privilegiada” é atributo dos espertos e o “mercado” tem a obrigação de premiá-los.

O próximo DataCaf antecederá, em dias, o próximo Globope.




E já suspeita que, pelo jeito, com as entrevistas já feitas no iFHC, na sorveteria Diletto e na Enoteca do Ricardo Sergio – o nosso próximo universo pesquisado -, o Padim Pade Cerra deverá ter 30%.


Nas eleições de 2018!


Paulo Henrique Amorim no Conversa Afiada

Paulo Henrique Amorim a as regalias do presidente do Supremo

Joaquim Barbosa quer que José Dirceu morra na cadeia?

Imagine, amigo navegante, se os tucanos em todos os seus mensalões fossem condenados pelo Supremo.
E que houvesse uma outra acusação contra os petistas e o Supremo decidisse, por 8 a 1, mandar o Dirceu para a Primeira Instância.
O que faria o PiG ?
O Ataulfo Merval (**) ?
Provavelmente chamaria a Frota dos Presidentes Kennnedy e Johnson para fechar o Supremo !

PHA - PT ajudou a condenar Dirceu

Quem mais teme a liberdade de Dirceu? O Barbosa ou o *PT?...

Não deve parecer estranho que a nota oficial do Diretório Nacional do PT, da semana passada, tenha sido tão discreta ao defender o José Dirceu, condenado à prisão perpétua pelo Presidente Joaquim Barbosa.

Aliás, o PT jamais mencionou pelo nome os companheiros condenados.

O PT defendeu os condenados do mensalão com o constrangimento de quem é obrigado a proteger o genro chantagista.

(Ou não foi o PT que demitiu e depois readmitiu o Delúbio ? Não foi o PT que tirou o Genoino da Presidência ? E trata o Dirceu como se fosse chefe de ONG ?)

E por que ?

Porque o PT fez, como a UDN, uma interpretação moral do mensalão, ou melhor, da AP 470.

O PT ficou com vergonha de seus líderes.

O Tarso Genro, o José Eduardo Cardozo, o zé do Dantas, esses, então, só não celebraram porque seria um erro político fatal.

O PT jamais enfrentou o Supremo.

E jamais enfrentou o Supremo na arena em que o Supremo julgou a liderança petista: na arena política.

Dirceu, Genoino e João Paulo foram condenados sem prova.

E Delúbio cometeu um crime eleitoral, já prescrito, o de Caixa 2.

O PT ganhou a eleição de 2002 e dois de seus principais aliados estavam quebrados: o PTB de Roberto Jefferson, e o PL de José Alencar.

O que ia fazer o Dirceu ?

Renunciar à vitória e não deixar o Lula governar ?

Ele fez o que TODOS os partidos brasileiros fazem– com exceção, é claro, do imaculado PSDB: mandou o Delúbio recorrer ao Caixa 2.

Clique aqui para ler sobre como se governa no Brasil: em “parece que o Governo Dilma quer se ferrar com a CPI”.

O PT corria o risco de levar e não governar.

O que esteve em jogo no Supremo foi se o PT tinha o direito de governar, mesmo depois de ganhar a eleição.

Quando o Ministério Público Federal, sob a batuta do inesquecível Antonio Fernando – depois advogado de Daniel Dantas – denunciou “Ali Babá e os 40 ladrões”, para regozijo do PiG (*), quis dizer assim: se o Lula botar a cabeça pra fora, a gente pega o Ali Babá !

O Supremo queria, nessa ordem: a cabeça do Dirceu, Genoino, Gushiken e João Paulo.

Depois, a do Lula e da Dilma.

Foram trucidados três presidentes do PT – Gushiken, Dirceu e Genoino e um Presidente da Câmara, o João Paulo, na linha direta de sucessão do Presidente.

(Gushiken foi absolvido à beira da morte, sem ouvir a retratação do Pizolatto – clique para ler “fala, Pizzolato, fala !”). 

O objetivo do Supremo não era “restaurar a moralidade”!

Era decepar o PT.

E conseguiu.

Com a ajuda do PT.

Porque o PT – a “UDN de tamancas”, segundo o Darci Ribeiro – se deixou conduzir pela cantilena moralista.

E o que estava em jogo era o PODER !

Não era Ética, a Ética do Gilmar Dantas (**).

A nota do Diretório revela que o PT não entendeu a relevância da queda do crime de quadrilha, nos embargos infringentes.

O Joaquim Barbosa e o Ataulfo Merval de Paiva (***) entenderam perfeitamente.

É porque sem o crime de quadrilha não tem domínio de fato.

Sem a quadrilha, o Dirceu dominava o que ?

Que quadrilha ?

A de São João ?

A queda do crime de quadrilha desmancha a lógica de toda a condenação dos petistas.

E é por isso que a revisão criminal se torna inevitável.

O que pode permitir, eventualmente, que Dirceu reassuma o controle político do PT, formalmente, mais cedo do que se pensa.

O Barbosa entendeu a natureza do julgamento muito mais do que o PT.

Barbosa entendeu que o gesto desafiador do Dirceu – e do Genoino – , com os punhos cerrados, erguidos, atingia o estômago do processo.

Eu não fui condenado – e muito menos derrotado, diz o gesto.

E é por isso que Barbosa deixará Dirceu na masmorra enquanto for tolerável. 

Até o ponto em que não contribuir para reforçar a imagem de mártir que já cobre Dirceu.

Pouco antes de ser preso, um dos condenados disse ao ansioso blogueiro: 

“Eles acham que vão nos derrotar, nos abater ? Eles não entendem do que somos feitos. Nós somos quadros. Nós somos de Partido. Nós vamos fazer o que fazemos até a morte. Nós não temos compulsória aos 70 anos.”

Dirceu pode estar na rua, em regime aberto, por volta de novembro.

Quem mais teme esse momento não é o Barbosa, que já terá ido embora.

É o PT.

A defesa da Petrobras tem que ser Política. Não é coisa pra Gerente

A obra mais duradoura dos governos trabalhistas terá sido a reapropriação da Petrobras pelo povo brasileiro.

Como se sabe, o Príncipe da Privataria fez um rombo no casco do monopólio e tratou de desidratar a Petrobras para fatiá-la e vender aos pedaços.

O auge do processo entreguista seria rebatizar a empresa de “Petrobrax” – quanto custou o “estudo” para bolar o nome e que jenio ganhou com ele ?

A eleição de um presidente trabalhista roda, roda, e gira em torno da Petrobras, porque a Petrobras está no meio da Avenida Chile – e no meio do Brasil.

Não por acaso a Globo Overseas praticou outra fraude eleitoral, ao “editar” a entrevista do Gabrielli.

A Big House não admite que o Lula (com a ajuda do Gabrielli, do Haroldo Lima e da Dilma) tenha construído o “modelo de partilha”.

Não admite que eles tenham feito o maior lançamento de ações da História do Capitalismo e entregue ao Governo Dilma a responsabilidade – cumprida com êxito – de realizar o primeiro leilão do pré-sal.

Na partilha.

O regime de partilha equivale a botar fogo na dispensa da Big House.

A Big House não perdoa o Lula de ter reconstruído a indústria naval –  com a Petrobras – e dar 75 mil empregos a brasileiros – e, não, a cidadãos de Cingapura, como pretendiam o Principe Privateiro e o então presidente da Petrobrax, o delfim neolibelês (*), Francisco Gros.

Os trombones da Big House não aceitam que o Brasil venha a ser o maior produtor de plataformas do mundo, porque aqui se instalou, com os trabalhistas herdeiros de Vargas, um “capitalismo de características brasileiras”.

É por isso que Pasadena – leia aqui “os pingos nos ï” ”- se tornou, com a falência do “apagão” e a fracassada elevação do pepino, o ponto de referencia da oposição que se materializa no PiG (**).

É a tentativa de atingir a Dilma, a gerente, o Lula – e, acima de tudo, a Petrobras.

A Big House quer o poder e a Petrobras – não necessariamente nessa ordem !

Porque governar o Brasil significa governar a Petrobras.

E quem governa a Petrobras determina o perfil do futuro do Brasil.

Se será um Brasil para os brasileiros ou um Brasil para os amigos da Big House.

Aqueles a quem o Fernando Henrique oferece os ombros.

É por isso que a defesa da Petrobras – também responsabilidade da Dilma – não pode ser técnica.

Coisa para gerente – clique aqui para ver “não há eleição para Gerente da República”.

A defesa da Petrobras tem que ser travada no ringue da politica, no campo enlameado da eleição.

Tem que sujar as mãos.

De óleo.

E de furia.

(Vargas percebeu isso e se matou antes que o Cerra entregasse a  Petrobras à Chevron)

Vamos supor que a compra de Pasadena tenha sido um erro de gestão.

O que está longe de ser provado – clique aqui para ler a explicação de Gabrielli .

Os ilustres empresários privados do Conselho de Administração  concordaram com a compra de Pasadena e disseram isso, desde que “estourou  a crise.

Seria impensável imaginar que Gerdau, Fabio Barbosa e Claudio Haddad – campeões da livre iniciativa – referendassem um um erro tão grosseiro.

Ou se deixassem tapear por burocratas de segundo escalão de empresa pública.

Os acionistas da Gerdau, da Abril e do Insper ficariam decepcionados !

Mas, para efeito de raciocínio, vamos supor que Pasadena tenha sido um erro.

Vamos admitir – o que está longe de ser verdade – que o “prejuízo” com Pasadena, mesmo nas contas exorbitantes da Urubóloga, tenha provocado um rombo na plataforma P-36 …

O que é, digamos, uma proposição hilariante…

(Por falar em hilariante, clique aqui para ver como a Urubóloga noticia o Globope)

Mas, que empresa não comete erros, amigo navegante ?

A Globo, por exemplo …

A Globo foi à concordata.

E, porque não conseguiu levantar dinheiro no BNDES – nos termos aviltantes propostos ao presidente Carlos Lessa – foi obrigada a ajoelhar-se à banca internacional – como diria aquele dos múltiplos chapéus - teve que ajoelhar-se “à banca”.

A Globo torrou o que se calcula em US$ 100 milhões de dólares na Tele Monte Carlo, porque achou que ia dar uma rasteira no Berlusconi …

A Globo cometeu um erro elementar de gestão, porque, ao contrário de milhares de empresas brasileiras, acreditou no Real do Fernando Henrique e se endividou em dólares.

Aquela lorota de o Real valer o que valia o dólar.

(Como demonstrou o Luiz Nassif , no livro “Cabeças de Planilha”– clique aqui para ler entrevista devastadora – o único que tinha motivos nobres para acreditar na lorota – do R$ 1 = US$ 1 – foi o André Lara Resende, que, há pouco tempo, reapareceu numa suspeita de chantagem de Daniel Dantas contra Fernando Henrique , no livro“sem Gilmar não haveria Dantas”, de Rubens Valente.)

Como diz o Mino Carta, os filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – acreditaram na Miriam Leitão e quase quebram.

Para salvar-se, a Globo contratou o mesmo executivo que Fernando Henrique levou para criar a  Petrobrax.

E o jenio saiu a vender ativos da Globo.

O J. Hawilla e o Boni o receberiam para jantar com champagne Cristal, sempre que quisesse.

Mas, os filhos do Roberto Marinho, se pudessem … 

Não fossem o Globope e o BV – e o BV é a maior fatia do faturamento de 190 agencias de publicidade do Brasil -, a Globo não teria como pagar o salário dos atores que não estão ar.

Entre outras coisas.

E olha que o BV da Globo é de solar ilegalidade, segundo a decisão do julgamento do mensalão – Fase I, aquela que o Ataulfo Merval de Paiva (***) recebeu como os Dez Mandamentos. 

Agora, aqui entre nós, amigo navegante, tivesse você uns trocados … compraria ações da Globo Overseas ou da Petrobras?

Paulo Henrique Amorim

Editorial do Jornal Nacional - um exercício de hipocrisia

O jornal nacional dedicou 97′ a um raro “editorial”.

Chamou de “editorial”.

Se o critério fosse explicitar a “opinião do patrão”, 99% das “reportagens” deveriam vir com o selo “editorial”, uma vez que o jn do Gilberto Freire com “i”(*) se sustenta na editoria “o Brasil é uma m…”. 

O “repórter” da Globo, na Avenida Paulista, incentiva manifestante a protestar contra a Dilma.

No Rio, a Globo se sentou à frente da casa do governador e, na Avenida Rio Branco e na Central do Brasil, deu inesgotável cobertura às “manifestações democráticas”. 

O William Bonner abandonou  uma cerimônia de entrega do “Oscar” de “efeitos especiais”, no Dolby Theater, em Los Angeles para ancorar, das 15h às 23h, ininterruptamente, as manifestações em todo o Brasil, em junho.

Fenômeno jamais visto na história da Globo: derrubar toda a programação do horário nobre e seu encaixe comercial para se dedicar a um evento “jornalístico”, sem break.

Globo conseguiu capturar o movimento dos doentes infantis do transportismo, que falavam fino com os tucanos e resolveram falar grosso com o Haddad – com a ajuda, claro, da Polícia do Alckmin.

As suaves apresentadoras da GloboNews dirigiam as manifestações – o Maracanã é aí em frente ! ; isso mesmo, pela direita você sobe na ponte !

Vamos combinar, diria o PML: a Globo e o PiG manipulam as manifestações para derrubar a Dilma.

Com a lógica do “estamos numa Democracia” – não perca o retumbante vídeo “Black bloc usa o direito de resposta contra a Globo” -  a Globo e seus frágeis aliados – Folha (**) e Estadão – estimulam um movimento que pode ter o efeito de um putsch na abertura da Copa.

Mas, se não for na Copa, será mais adiante e mais adiante.

Como diz o notável analista de manifestações, Marcelo Freixo, na pág.  A6, do PiG cheiroso, o “Valor”, onde “defendeu as manifestações”, mas condenou a “escalada de violência”, é claro, e previu com a certeza dos profetas do caos:

“A gente está vivendo um momento preocupante (sic). A Copa do Mundo vai acirrar os ânimos, a crise do Governo (Sergio) Cabral vai acirrar os ânimos. Este é um ciclo difícil de ser quebrado.”

Claro !

É difícil de ser quebrado, porque os Governos Estaduais são ineptos.

Não sabem lidar com esse tipo de ameaça à ordem publica – leia “Não vai ter Copa é um caso de polícia”.

O Governo Federal não criou a Guarda Republicana.

O Governo Federal não tem Chefe de Polícia, porque o zé da Justiça é inepto, inapetente, e carece de  autoridade  moral para enfrentar os vândalos (e os puros).

Não era ele quem deveria estar, ontem, na televisão, em rede nacional, a consolar a viúva do Santiago e anunciar medidas para estancar o Golpe (em marcha) ? 

(Ou seria melhor levar o Bernardo Plim-Plim para assegurar o sagrado direto de a Globo derrubar a Dilma, desde que fique “neutra” no Paraná?)

Diante de uma monumental desordem pública, estimulada e fortalecida pela Globo, o Governo Federal não pode se esconder sob a desculpa constitucional de que isso é “problema estadual”.

E como o ciclo é difícil de ser interrompido, o melhor negócio para os Golpistas é esticar a corda, o “ciclo” do Freixo, até a Dilma cair.

Mas, a batata da Globo assou.

morte do cinegrafista da Band é um mau presságio.

E se ele fosse da Globo ?

É difícil, porque a Globo prefere cobrir as manifestações de helicóptero e repórteres desconhecidos e não identificados.

Mas, a batata da Globo assou – clique aqui para ver o que manifestantes jogaram na sede da Globo em São Paulo.

Se houver mais e mais mortes – como antecipa (com contido gáudio) a manchete da Folha “País (sic) tem a 1ª (sic) morte por ataque de manifestante em protesto”.

Primeira, mas não a única, nessa série de “um ciclo difícil de ser quebrado”.

Qual era o objetivo da manifestação em que o cinegrafista da Band foi assassinado ?

Protestavam contra o que ?

Qual a diferença entre o que os manifestantes da Central queriam e os pleitos dos “rolezeiros”, que o PiG endeusou ?

E a turma da doença infantil do transportismo ?

Protestou quando o Presidente Barbosa impediu o Haddad de aumentar o mesmo IPTU que o ACM Neto aumenta em Salvador e os tucanos aumentaram desde que chegaram ao poder há 20 anos (ciclo por se encerrar) ?

Basta que seis pedestres atravessem o sinal na Avenida Paulista com a Augusta que a Globo – de helicóptero, com a câmera fechada – transformará num ato do “ciclo”.

Este é um Golpe da e na televisão.

Como o que tirou Chávez temporariamente do poder, em 2002.

Chávez voltou em 47 horas.

O Golpe provocou não uma, mas 27 mortes.

Portanto, segundo a Folha, há 26 por acontecer.

O Chávez voltou.

Dilma voltaria ?

Com essa Globo ?

Como esse Supremo ?

Com esse Senado ?

Com essa bancada do PT no Senado ?

Ora, Bonner, ora Gilberto Freire, esse jogo é mais bruto do que vocês pensam.

O gênio saiu da garrafa.

Pergunta aos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – se eles estão felizes com o “ciclo”. 

E se a Dilma não cair ?

E se o fogo se espalhar ?

Paulo Henrique Amorim