A obra mais duradoura dos governos trabalhistas terá sido a reapropriação da Petrobras pelo povo brasileiro.
Como se sabe, o Príncipe da Privataria fez um rombo no casco do monopólio e tratou de desidratar a Petrobras para fatiá-la e vender aos pedaços.
O auge do processo entreguista seria rebatizar a empresa de “Petrobrax” – quanto custou o “estudo” para bolar o nome e que jenio ganhou com ele ?
A eleição de um presidente trabalhista roda, roda, e gira em torno da Petrobras, porque a Petrobras está no meio da Avenida Chile – e no meio do Brasil.
Não por acaso a Globo Overseas praticou outra fraude eleitoral, ao “editar” a entrevista do Gabrielli.
A Big House não admite que o Lula (com a ajuda do Gabrielli, do Haroldo Lima e da Dilma) tenha construído o “modelo de partilha”.
Não admite que eles tenham feito o maior lançamento de ações da História do Capitalismo e entregue ao Governo Dilma a responsabilidade – cumprida com êxito – de realizar o primeiro leilão do pré-sal.
Na partilha.
O regime de partilha equivale a botar fogo na dispensa da Big House.
A Big House não perdoa o Lula de ter reconstruído a indústria naval – com a Petrobras – e dar 75 mil empregos a brasileiros – e, não, a cidadãos de Cingapura, como pretendiam o Principe Privateiro e o então presidente da Petrobrax, o delfim neolibelês (*), Francisco Gros.
Os trombones da Big House não aceitam que o Brasil venha a ser o maior produtor de plataformas do mundo, porque aqui se instalou, com os trabalhistas herdeiros de Vargas, um “capitalismo de características brasileiras”.
É por isso que Pasadena – leia aqui “os pingos nos ï” ”- se tornou, com a falência do “apagão” e a fracassada elevação do pepino, o ponto de referencia da oposição que se materializa no PiG (**).
É a tentativa de atingir a Dilma, a gerente, o Lula – e, acima de tudo, a Petrobras.
A Big House quer o poder e a Petrobras – não necessariamente nessa ordem !
Porque governar o Brasil significa governar a Petrobras.
E quem governa a Petrobras determina o perfil do futuro do Brasil.
Se será um Brasil para os brasileiros ou um Brasil para os amigos da Big House.
Aqueles a quem o Fernando Henrique oferece os ombros.
É por isso que a defesa da Petrobras – também responsabilidade da Dilma – não pode ser técnica.
Coisa para gerente – clique aqui para ver “não há eleição para Gerente da República”.
A defesa da Petrobras tem que ser travada no ringue da politica, no campo enlameado da eleição.
Tem que sujar as mãos.
De óleo.
E de furia.
(Vargas percebeu isso e se matou antes que o Cerra entregasse a Petrobras à Chevron)
Vamos supor que a compra de Pasadena tenha sido um erro de gestão.
O que está longe de ser provado – clique aqui para ler a explicação de Gabrielli .
Os ilustres empresários privados do Conselho de Administração concordaram com a compra de Pasadena e disseram isso, desde que “estourou a crise.
Seria impensável imaginar que Gerdau, Fabio Barbosa e Claudio Haddad – campeões da livre iniciativa – referendassem um um erro tão grosseiro.
Ou se deixassem tapear por burocratas de segundo escalão de empresa pública.
Os acionistas da Gerdau, da Abril e do Insper ficariam decepcionados !
Mas, para efeito de raciocínio, vamos supor que Pasadena tenha sido um erro.
Vamos admitir – o que está longe de ser verdade – que o “prejuízo” com Pasadena, mesmo nas contas exorbitantes da Urubóloga, tenha provocado um rombo na plataforma P-36 …
O que é, digamos, uma proposição hilariante…
(Por falar em hilariante, clique aqui para ver como a Urubóloga noticia o Globope)
Mas, que empresa não comete erros, amigo navegante ?
A Globo, por exemplo …
A Globo foi à concordata.
E, porque não conseguiu levantar dinheiro no BNDES – nos termos aviltantes propostos ao presidente Carlos Lessa – foi obrigada a ajoelhar-se à banca internacional – como diria aquele dos múltiplos chapéus - teve que ajoelhar-se “à banca”.
A Globo torrou o que se calcula em US$ 100 milhões de dólares na Tele Monte Carlo, porque achou que ia dar uma rasteira no Berlusconi …
A Globo cometeu um erro elementar de gestão, porque, ao contrário de milhares de empresas brasileiras, acreditou no Real do Fernando Henrique e se endividou em dólares.
Aquela lorota de o Real valer o que valia o dólar.
(Como demonstrou o Luiz Nassif , no livro “Cabeças de Planilha”– clique aqui para ler entrevista devastadora – o único que tinha motivos nobres para acreditar na lorota – do R$ 1 = US$ 1 – foi o André Lara Resende, que, há pouco tempo, reapareceu numa suspeita de chantagem de Daniel Dantas contra Fernando Henrique , no livro“sem Gilmar não haveria Dantas”, de Rubens Valente.)
Como diz o Mino Carta, os filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – acreditaram na Miriam Leitão e quase quebram.
Para salvar-se, a Globo contratou o mesmo executivo que Fernando Henrique levou para criar a Petrobrax.
E o jenio saiu a vender ativos da Globo.
O J. Hawilla e o Boni o receberiam para jantar com champagne Cristal, sempre que quisesse.
Mas, os filhos do Roberto Marinho, se pudessem …
Não fossem o Globope e o BV – e o BV é a maior fatia do faturamento de 190 agencias de publicidade do Brasil -, a Globo não teria como pagar o salário dos atores que não estão ar.
Entre outras coisas.
E olha que o BV da Globo é de solar ilegalidade, segundo a decisão do julgamento do mensalão – Fase I, aquela que o Ataulfo Merval de Paiva (***) recebeu como os Dez Mandamentos.
Agora, aqui entre nós, amigo navegante, tivesse você uns trocados … compraria ações da Globo Overseas ou da Petrobras?
Paulo Henrique Amorim