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O ódio da mídia à Petrobras

por FERNANDO BRITO

Manchete de O Globo e do Valor, agora à noite: Petrobras tem queda de 6,7% na produção de setembro
Isso significa uma redução de 2, 21 milhões de barris por dia para 2,06 milhões de barris por dia. Ou 150 mil barris por dia, certo?

Lá no meio da matéria, lê-se que a Petrobras atribui a redução, às "paradas programadas de unidades para manutenção, como a P-52″, localizada no campo de Roncador.
Quanto produziu a P-52, em Roncador? 150 mil barris de petróleo por dia, a quantidade da "queda" na produção de petróleo que vendem ao incauto leitor.

É "apenas" a maior plataforma em produção no país, segundo os dados da Agência Nacional de Petróleo.

Detalhe, a P-52, esta da foto, é a plataforma que opera no lugar da fatídica P-36, que matou  os nossos petroleiros no acidente de março de 2001, que era era a maior plataforma de produção de petróleo no mundo antes de seu afundamento dramático.

E a plataforma tem de parar? Tem, para não haver acidentes e o prazo médio de parada é de dois anos. Com a queda no preço do petróleo, a Petrobras aumentou o número de paradas técnicas este ano, por uma razão muito simples: quando se para de produzir petróleo a US$ 50 dólares o barril perde-se a metade do que se perderia ao parar quando vale US$ 100 dólares o barril.

É como o piloto de corrida que para para o "pit stop" quando tem "bandeira amarela".

Os ajustes no mercado de álcool

Coluna econômica
Afinal, o Brasil ainda pode aspirar ser líder no mercado global de etanol? A crise recente do produto obriga a uma série de mudanças no modelo.
Como lembra Luciano Losekann, do Instituto de Energia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 2007 o governo divulgou estudo que mencionava a possibilidade do Brasil atender com etanol a 5% do consumo mundial de gasolina. Melhorando a tecnologia, poderia chegar a 10% em 2025, produzindo 205 bilhões de litros de etanol no país.
A crise deste ano mudou as perspectivas. Em abril, o preço do etanol hidratado e anidro nas usinas de São Paulo bateram os mais altos valores da série histórico dos últimos 10 anos. Na bolba, o etanol hidratado chegou a 40% a mais do que no mesmo período de 2010, impactando também o preço da gasolina em 15%.reço ao produtor no Estado de São Paulo
Esse movimento especulativo fez com que pela primeira vez, desde o início da era dos veículos flex em 2003, houvesse queda (de 8%) do consumo de álcool hidratado em 2010, em relação a 2009, produzindo um rebuliço no mercado de combustível. A queda no consumo de etanol provocou aumento de 17% no consumo da gasolina.
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Segundo Losekann, alguns fatores conjunturais contribuíram para isso, como a crise financeira mundial e a valorização contínua do Real desestimulando os investimentos em novos projetos. Mas suas preocupações são com os fatores estruturais.
Sua análise concentrou-se nos dados da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) e a disponibilidade de cana-de-açúcar para a produção de etanol.
Houve problemas para a safra de 2010/2011. A produção de cana cresceu 3,5% em relação à safra anterior, bastante inferior à média de 9,5% nos cinco anos anteriores.
Mas o problema central foi o desvio da produção para açúcar, estimulado pela alta das cotações internacionais. Houve alta de 7,8% na destinação de cana para a produção de açúcar, contra apenas 0,5% para etanol.
Para a próxima safra, o quadro não melhora. A última estimativa é de crescimento de 2,9% na safra de cana, de 7,7% na parcela destinada ao açúcar e de -0.9% na destinada à produção de etanol.
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Quando se introduziu o carro flex, julgava-se estar afastado o problema da segurança de abastecimento. O problema foi quando os incentivos para a produção foram carreados para usinas também flex – que poderiam arbitrar entre a produção de álcool e de açúcar.
A queda no consumo de etanol provocou a necessidade de importar 3 milhões de barris de gasolina – o Brasil praticamente tinha interrompido a importação do produto nos últimos anos.
Demorou-se para atuar sobre o percentual de mistura do álcool na gasolina – que permaneceu em 25%. Se tivesse sido reduzida com antecedência, afirma …., teria impedido a pressão altista sobre os preços.
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A decisão de colocar a ANP (Agência Nacional do Petróleo) para regular o mercado de etanol muda o quadro. Espera-se, com isso, que não mais se repitam os problema deste ano.


A batalha para prejudicar a Petrobras


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Um festival de matérias, artigos, análises e editoriais inunda a imprensa hoje, relativo basicamente a duas medidas que têm a ver com a Petrobras e a Agência Nacional de Petróleo (ANP): a Medida Provisória (MP) baixada pelo governo classificando o etanol como combustível e atribuindo a ANP sua regulação; e a determinação da Petrobras, via sua BR Distribuidora (e à bandeira Ipiranga, por ela comprada recentemente) de baixar os preços dos combustíveis em no mínimo 10%.


Folha de S.Paulo, para ficar em um caso, traz nada menos que três matérias/análises a respeito, quase uma página inteira. O festival todo traz a mesma catilinária de sempre: a atribuição à ANP para fazer a regulação do etanol e a determinação à BR Distribuidora/Rede Ipiranga para baixar os combustíveis em seus postos encerram riscos de uma intervenção do Estado no mercado, na economia.

Ou seja, o grande número de matérias e a linha editorial seguida por elas nada mais é do que uma reafirmação de posição da nossa mídia contra a ação da Agência e da estatal. Fazem parte, são mais um capítulo das permanentes campanhas da imprensa - jornalões à frente - contra a Petrobras. 

Como pano de fundo buscam desvalorizar ações da estatal

Em outras palavras, é a reafirmação do tudo pelo mercado e  contra a regulação e a intervenção governamental para defender o consumidor e a economia nacional. É todo um material que vem na linha ditada pela oposição, mais especificamente por tucanos de quatro costados.

Tem de tudo: há matérias que mostram a ojeriza da mídia à estatal explicitamente, e outras que a expõem nas entrelinhas. Mas a finalidade é explorar a valorização - ou não valorização - das ações de nossa maior estatal.

No fundo, portanto, trata-se de um ataque e  uma torcida para que as ações da empresa continuem caindo, ou pelo menos não se valorizando nos níveis que a própria mídia traçou mas que, no fundo, não quer que ocorra.

Petrobras

[...] inflação e pré-sal

Seria prudente ir devagar com o andor da Petrobras.
Trata-se de uma empresa pública, com os benefícios e as responsabilidades inerentes à sua condição. Goza dos privilégios de ser monopolista e tem obrigações institucionais com o país.
Dentro dessa lógica, recebeu a mais relevante das incumbências: ser peça-chave para a exploração do pré-sal e da política industrial daí decorrente. Trata-se de desafio portentoso para qualquer corporação mundial. E, aí, não dá para dispersar energias.
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Não se trata de desafio trivial. Há quarenta anos, a Inglaterra decidiu explorar o petróleo do Mar do Norte. Doze empresas se envolveram na empreitada, no pré-sal será apenas a Petrobras.
No estágio atual, na Petrobras, as preocupações transcendem o pré-sal, visto como um desafio assimilado. O desafio atual é o pós-sal, as descobertas de óleo leve no nordeste que provavelmente até 2020 transformação a Petrobras na maior empresa do planeta.
Embora seu planejamento preveja a produção de 3,5 milhões de barris dia (bpd) até 2020, é possível que em breve essa projeção salte para 5 milhões bpd.
É desafio para gente grande.
Hoje em dia, produzindo 2 milhões de bpd, a Petrobras movimenta o equivalente a 12 milhões bpd - a soma do transporte do petróleo para a refinaria, de lá para as distribuidoras e para os postos. Com 5 milhões bpd o desafio será grandioso, exigindo investimento, disponibilidade de navios, sondas etc.
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Trata-se de uma engrenagem complexa, um desafio gigantesco que exigirá acompanhamento permanente e obediência severa ao planejamento original. Dependendo de como o desafio for conduzido, em 2020 a Petrobras poderá se converter na maior empresa do mundo, com 110 mil funcionários, ou em uma empresa quebrada.
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O primeiro cuidado é com a geração de caixa da Petrobras. Foi de uma temeridade à toda prova a declaração do Ministro das Minas e Energia Edison Lobão, de segurar o preço dos combustíveis para ajudar no combate à inflação. Se não corrigir os preços, haverá queda de R$ 21 bi nos resultados. O lucro ficará abaixo de R$ 10 bi, contra R$ 35 bi do ano passado. Essa queda derrubará os preços das ações e reduzirá o espaço para captação de recursos.
Indaga-se: está previsto no planejamento?
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Outro aspecto relevante é em relação ao conteúdo nacional adquirido. Nos últimos anos, partiu da Petrobras a iniciativa de impor percentuais de conteúdo nacional aos seus equipamentos – especialmente sondas, plataformas e navios.
Essa política terá papel fundamental no amadurecimento do parque industrial brasileiro. Mas há limites para essa nacionalização, amarrados à própria dimensão e velocidade da exploração do pré-sal.
Numa ponta, fabricantes nacionais correrão para aumentar a oferta. Mas dificilmente darão conta do volume de encomendas. Portanto seria conveniente a ANP (Agência Nacional de Petróleo) não avançar nas exigências sem se ter um quadro claro da relação demanda-oferta pela indústria nacional.

Álcool anidro

[...] o Estado tem de intervir? Tem, veja porque 


A nossa imprensa, sempre dedicada a desinformar e a fazer “campanhas” contra a Petrobras não conseguiu, em semanas, fazer uma matéria tão esclarecedora quanto a que publicou ontem a agência Reuters.
Com base nos dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da USP, que monitora os preços do setor, o quadro fica escandaloso.
O preço do álcool anidro  – aquele que é misturado à gasolina por razões técnicas e ambientais – vendido pelas usinas de cana às distribuidoras subiu, entre 21 de janeiro e 20 de abril acumulou uma alta de 122 por cento. Passou de R$ 1,22 para R$ 2,72.
Com a alta, que tinha condições de processar álcool anidro – o processo é diferente da produção, pois há adição de cal virgem para reduzir a presença de água – correu para o que dava mais lucro.
Nesse período, o preço do anidro representou uma vantagem média de 65% sobre o hidratado.
Como o preço do anidro alto empurra para cima o preço da gasolina que o contém, mesmo a Petrobras não alterando o preço da gasolina em suas refinarias (que se manteve em R$ 1,05), o valor nas bombas subiu.
E se a gasolina sobe, o álcool hidratado sobe atrás porque, ficando mais cara a  gasolina sobe a sua demanda e, como para fazer mais anidro a sua oferta diminuiu.
E como a frota de carros – e de carros flex – aumentou e carro não anda sem combustível, a ponta da procura estava garantida.
Tudo, portanto, é um jogo de opções por preços. Menos o efeito disso na economia em geral e na do cidadão em particular.
Agora, o preço do álcool está baixando. Nas usinas, mas não nos postos.
E vai cair mais. Por isso, as distribuidoras  compram apenas o necessário à demanda de curto prazo, porque sabem que, amanhã, vão comprar mais barato. Nada de estoques, portanto.
O quadro que estamos vivendo hoje – com reflexos severos em toda a economia, como mostraram hoje os dados do IBGE, que estão no post anterior – é resultado da liberdade que as usinas têm de produzirem o quanto quiserem de cada produto (acrescente aí o açúcar, outra opção) e das distribuidoras de administrarem seus estoques ao bel-prazer das conveniências financeiras.
A m,edida provisória assinada por Dilma Rousseff, que passa a tratar o álcool como o que ele é (combustível) e não mais como outro produto agrícola qualquer dá poderes à ANP para entrar nessa roda.
Pode estabelecer cotas, controlar a produção  de cada produto processada, medir estoques das distribuidoras, limitá-los na safra  ou fixá-los volumes mínimos nos períodos em períodos críticos como os de hoje.
Embora a MP esteja em vigor, não se teve notícia de nenhuma ação da ANP.
E nós, que vergonha, dependemos que uma agência de notícias estrangeira se interesse em desvendar as razões do aumento de preço dos combustíveis. A nossa prefere ficar batendo na Petrobras, pressionando por um aumento de preço pela empresa e torcendo, torcendo muito, para isso fazer estourar a inflação e desgastar Dilma.

por Zé Dirceu

A polêmica sobre nossos combustíveis

Simplesmente incompreensível a reação do setor sucroalcooleiro diante do anúncio do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, de que "nos próximos dias ou semanas haverá mudanças na política do etanol no Brasil" e serão adotadas medidas para regular o combustível.

Ora, essas medidas são positivas. Foram determinadas pela presidenta Dilma Rousseff e visam controlar os preços altos e evitar um desabastecimento do produto no mercado. O ministro, inclusive, garantiu que o setor sucroalcooleiro contará com novas políticas que lhe darão instrumentos oficiais - entenda-se, do governo - de apoio para o setor. 

"O governo está disposto a apoiar o setor para que sejam retomados os investimentos que começaram a se tornar difíceis a partir da crise de 2008. Mas, para fazer isso, exige garantia de suprimento e uma série de outras circunstâncias (garantias) que só se obtém por meio da regulação", afirmou o ministro.

Além disso, há a possibilidade do etanol ter um regulamento próprio dos combustíveis - hoje a atividade se situa muito na esfera da produção de açúcar - vinda, por exemplo, via Agência Nacional de Petróleo (ANP). Quanto à taxação do açúcar, o ministro foi claro: o assunto está ainda em discussão (leiam).

Para ANP, União deve ficar mais dona da Petrobras

Diretor-geral da ANP - Agência Nacional do Petróleo -, defende que fatia estatal seja ampliada de 32% para mais de 40% na capitalização 



A capitalização da Petrobras traz a chance da União mais dona da empresa. 

O diretor-geral, Haroldo Lima, espera que a participação estatal aumente dos atuais 32% para mais de 40%.



Haroldo Lima, que é filiado ao PC do B, defende também, em entrevista a Valdo Cruz, que o preço do barril das reservas do pré-sal que a União cederá à Petrobras seja o "mais alto possível"; Especialistas apontam valor entre US$ 5 e US$ 6. Para Lima, esse número é baixo. 

A consultoria contratada para avaliar o preço dos 5 bilhões de barris prometeu entregar o laudo no fim deste mês. 
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Petróleo em Araripe

Técnicos da Ipex já marcaram os pontos em que serão colhidas amostras para pesquisa de petróleo.

A Bacia do Araripe recebe, no próximo dia 15, os primeiros técnicos que farão pesquisas na área para identificar a presença de petróleo e gás em condições comerciais para exploração. Em conjunto com a Agência Nacional de Petróleo (ANP), a Ipex Co. - empresa vencedora da licitação da agência para fazer a pesquisa - já elaborou o mapa com os pontos de amostragem que serão utilizados para os estudos no Estado.

A equipe técnica é formada por profissionais da Ipex e da ANP. De acordo com o diretor de Relações Institucionais da Ipex, Giovanni Toniatti, a equipe fará o reconhecimento de campo e a escolha das bases operacionais. "Eles ficarão uma semana lá. Então, no dia 1º de agosto, os trabalhos de campo, efetivamente, terão início", explica. A estimativa inicial era de que as pesquisas tivessem começado entre o fim de maio e início de abril, mas houve um atraso na questão de documentação necessária na ANP. Leia mais Aqui

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Quem tem medo da Petrobras?


Por Mauro Santayana

Os mesmos jornais que atacam a Petrobras revelaram, ontem, que a empresa foi, entre as não financeiras, a mais lucrativa das Américas, no segundo trimestre deste ano. Isso comprova que está sendo bem administrada. No passado se dizia que o melhor negócio do mundo era uma empresa de petróleo, e que o segundo melhor negócio do mundo continuava sendo uma empresa de petróleo, mesmo mal administrada. Se a Petrobras foi a empresa mais lucrativa da América – e na mesma lista não se encontram outras empresas petrolíferas – reforça-se o êxito da empresa criada por Vargas. Não há por que apelar para o concurso das petrolíferas estrangeiras na exploração do pré-sal. O contrário é que é o certo, e a Petrobras tem participado, com êxito, da exploração de petróleo no exterior, principalmente em associação com empresas também estatais.

Defensor da iniciativa privada, o ex-ministro Delfim Netto prefere não distinguir as empresas estatais das empresas privadas, senão pelo fato de serem bem ou mal dirigidas. A Petrobras, mesmo em seus anos piores, tem sido bem administrada porque, se os diretores nomeados falham, o corpo histórico de técnicos e administradores sabe cumprir seu dever e resistir – como resistiu ao golpe de 1997, perpetrado com a legislação conseguida pelo presidente Fernando Henrique, ao desfigurar a grande empresa.

Se os mais jovens soubessem que a Petrobras tem sido, desde suas primeiras horas, vitória da pertinácia nacional, estariam nas ruas, como estiveram seus pais e avós, repetindo o slogan poderoso de há mais de 50 anos: o petróleo é nosso. Ao reservar para o povo brasileiro o óleo fora das áreas de concessão, infelizmente já outorgadas aos estrangeiros, o atual governo volta sim, ao passado, como é da conveniência de nosso povo. Os que promoveram a amputação da Petrobras, durante o governo dos tucanos de São Paulo, voltam a se mobilizar contra o projeto do governo federal. O governo Lula está agindo constitucionalmente. Apesar de todos seus esforços, o senhor Fernando Henrique não chegou a quebrar o monopólio da União sobre o petróleo. Falam hoje da necessidade de que haja discussão, como se a sociedade, que se manifestou como pôde em defesa da estatal, tivesse sido ouvida em 1997, quando o governo repetia, com entusiasmo, o pensamento único neoliberal, e contava com a grande mídia para impô-lo ao Congresso e aos “formadores de opinião”. Convém que as normas do processo se definam imediatamente. Não há melhor momento para começar a construção do futuro do que agora.

Mesmo que haja excesso de otimismo com relação às jazidas do pré-sal, será imperdoável erro histórico não viabilizar a exploração das novas reservas. Todos os argumentos dos oposicionistas não dissimulam os interesses que se encontram por detrás de seus atos. Tal como no passado, começam a surgir institutos, associações e movimentos, com seus “consultores”, para contestar o controle da exploração do petróleo pelo Estado. Há quem diga que o petróleo não tem futuro. Se não tem futuro, tem presente. É pelo petróleo que os norte-americanos estão matando e morrendo no Iraque e no Afeganistão.

A matança dos inocentes

Duas notícias, destas horas, deviam mover a consternação e a indignação da sociedade brasileira. O assassinato de uma adolescente, em favela de São Paulo, por um agente da polícia municipal de São Caetano do Sul, provocou a reação irada da população. O Estado, há muito tempo, não tem conseguido preparar suas forças para manter a ordem. A jovem Ana Cristina foi baleada quando os guardas municipais perseguiam um homem, suspeito de roubar um carro. Para recuperar um veículo, mataram uma pessoa.

Ao retirar grupo do MST de uma fazenda que ocupava, em São Gabriel, a polícia militar gaúcha, além de assassinar pelas costas um lavrador, e de usar armas que provocam choque elétrico, cães, cavalos e bombas, aterrorizou e torturou, física e psicologicamente várias crianças. Um bebê foi ferido por estilhaços no rosto. O fato será denunciado ao Ministério Público pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

O ex-presidente da ANP, senhor David Zylberstein, genro do ex-presidente Fernando Henrique, disse que estatizar o petróleo é coisa de país com baixo IDH. É o que devemos então fazer, com o índice de desenvolvimento humano que temos, e que os fatos de Heliópolis e de São Gabriel confirmam.