da Carta Maior
A direita brasileira raspou o fundo do tacho e chegou à seguinte conclusão:
Marina é o último cartucho de Serra.
Todas as pesquisas divulgadas até a 6º feira convergem para um ponto de equilíbrio sedimentado:
Dilma tem 50% das intenções de votos (oscilou apenas um ponto depois de toda fuzilaria das últimas duas semanas).
Serra patina em torno de 25%.
Parece difícil ir além por suas próprias ‘qualidades’. Depois de tudo o que tentou, a boa vontade estatística, leia-se, o versátil Ibope do transformista Carlos Montenegro, lhe deu uma oscilação de amigo do peito de 3 mais pontos.
Anima a militancia da página 2 da Folha, mas é insuficiente.
Para levar a eleição ao 2º turno, resta ao conservadorismo nativo pintar-se de verde e bombar Marina Silva pelo ar, por terra e por mar, 24 horas por dia nos próximos oito dias.
O mutirão já começou.
Faz parte desse tour de force, por exemplo, a retardatária adesão do neoecologista Pedro Simon à candidatura do PV, nesta 6º feira.
O movimento ambientalista brasileiro encontra-se diante de uma encruzilhada histórica:
Tem oito dias para decidir se integra o campo de forças que lutam pela transformação do Brasil numa sociedade mais justa e sustentável, ou, ao contrário, como lamentavelmente sugere o comportamento de alguns de seus porta-vozes e lideranças lambuzadas com a atenção da mídia, se assume a condição subserviente de pé-de-palanque da direita e da extrema direita unidas no interior da coalizão demotucana.
Chico Mendes por certo não hesitaria em escolher seu lado se na reta final de uma disputa política, como agora, tivesse objetivamente duas opções de poder:
Um governo amarrado em torno dos compromissos históricos de Dilma e Lula ou um Brasil submetido ao comando da alarmante dupla Serra e Índio da Costa.
Resta saber qual será a escolha de Marina Silva.
A ver.
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