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Maior propina da Petrobras foi paga no governo Fhc (Psdb)



Nestor Cerveró, ex-diretor internacional da Petrobras, disse em delação premiada para força tarefa da Operação lava jato o pagamento de no mínimo 564,1 milhões de reais em propina envolvendo negócios da empresa e da BR Distribuidora, uma das suas subsidiárias.

Ele afirmou que o valor mais alto se refere à compra da petrolífera Argentina Pérez Companc, em 2002. E que rendeu 100 milhões de dólares em propina para integrantes do governo Fernando Henrique Cardoso (Psdb). Sem correção monetária hoje o valor seria de aproximadamente de 354 milhões de reais.

O resultado dessa denúncia?

Pode anotar:

Nenhum.

Para Moro e sua turma tudo que atinja tucanos graúdos...não vem ao caso.

Falta História e sobra istória na lava jato


cerveromascara
Há dois dias atrás, você lembra, o Valor Econômico publicou que, ao contrário do que chacoalharam os jornais em manchetes escandalosamente, Lula e Dilma não foram citados na tal “delação premiada” de Nestor Cerveró, algo que os demais jornais trataram quase em nota de rodapé.
Quanto a Lula, o que Cerveró teria dito sobre uma propina de US$ 4 milhões da Odebrecht para sua campanha em 2006 teriam virado dinheiro de outra empreiteira, a UTC, para o PT.
Veja como O Globo descreveu a “emenda”:

Operação lava jato não muda o foco, investigar só de 2003 para cá

- Se depender da quadrilha que comanda as investigações da Operação lava jato, nada vai mudar. Eles não investigaram o banqueiro André Esteves - que enriqueceu durante o governo FHC e foi padrinho de casamento de Aécio Neves (Psdb-MG) - nem tampouco o Gregório Preciado - amigo de José Serra (Psdb-SP), que teve as portas abertas para negociar com a Petrobras por "ordem superior", também durante o governo de Fernando Henrique. É mais que sabido para todo mundo que investigar qualquer tucano e corrupção antes de 2003 "Não vem ao caso" para o zanoio Sérgio Moro e seus parceiros.

Luis Nassif - quando parecia uma pausa, novas bombas na política
Quando se pensava que haveria uma trégua política da Lava Jato, surge o inesperado:
as denúncias que levaram à cadeia o senador Delcídio Amaral e o banqueiro André Esteves.
A prisão não decorreu diretamente da Lava Jato. Delcídio tentou convencer Nestor Cerveró a desistir da delação premiada. Prometeu interceder para libertar Cerveró e providenciar sua fuga para a Espanha. O filho de Cerveró, Bernardo, acertou com a Procuradoria Geral da República entregar Delcídio em troca de aliviar a prisão do pai.
O grampo resultou em um inquérito novo, da Polícia Federal de Brasília, sem a intervenção do juiz Sérgio Moro.
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Todo o envolvimento de Delcídio visava abafar as investigações sobre os negócios do BTG com a Petrobras na África. De posse do grampo, o Procurador Geral Rodrigo Janot encaminhou pedido ao STF (Supremo Tribunal Federal) para deter Delcídio. Ontem de manhã o STF autorizou a prisão e, no final do dia, o Senado convalidou a prisão.
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Há um conjunto amplo de desdobramentos nesse episódio.
O primeiro é o fato de Delcídio ser o líder do governo no Senado, e parlamentar com amplo trânsito em todos os partidos.
O segundo é que a degravação dos grampos joga um foco de luz em um personagem misterioso: Gregório Preciado, o espanhol casado com uma prima do Senador José Serra e seu parceiro histórico
Segundo as conversas entre Delcídio, Bernardo e seu advogado, Preciado era sócio e o verdadeiro operador por trás de Fernando Baiano, o lobista do PMDB na Petrobras.
Delcídio conta que, assim que o nome de Preciado foi mencionado, dias atrás, Serra passou a rodeá-lo visando buscar informações.
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Velho operador da Petrobras, em um dos trechos Delcídio revela que quem abriu a Petrobras para Preciado foi Paulo Roberto Costa, atendendo a ordens “de cima”. Na época, o governo ainda era de Fernando Henrique Cardoso e Serra Ministro influente.
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Pelas tendências reveladas até agora, dificilmente Sérgio Moro e a Lava Jato abririam investigação sobre Preciado. Pode ser que as novas investigações, feitas a partir de Brasília, revelem maior independência.
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Obviamente, em nada ameniza a situação do PT, do governo e do próprio Congresso.
Para prender Delcídio, o PGR e o STF valeram-se de uma certa esperteza jurídica: incluíram nas investigações um assessor de Delcídio, meramente para compor o número 4, mínimo para caracterizar uma organização criminosa.
Com a prisão de Delcídio, abre-se caminho para avançar sobre outros políticos. O STF assume um protagonismo, em relação direta com as bazófias de Delcídio nas gravações, arrotando suposta influência sobre Ministros do Supremo.
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Outro ponto de turbulência é a prisão de André Esteves.
Particularmente não tenho a menor simpatia por Esteves. Esteve envolvido com os rolos do CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), calou a imprensa com subornos milionários, não tem limites. Quando passei a denunciar as jogadas com o CARF, ele conseguiu me calar na Folha.
Mas, por outro lado, o Pactual assumiu um papel central em vários projetos relevantes para a retomada do crescimento.
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Aliás, será curioso conferir nos jornais de hoje o tratamento dado à prisão de André Esteves. Certamente será bastante poupado, se não por gratidão, ao menos por receio.