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Mais verbas vão remediar o sistema público de saúde?

odos tiram casquinha no dinheiro público, com a rede estatal pela hora da morte


 

"O atendimento dos pedidos dos trabalhadores e a extensão do plano de saúde para os parentes foram determinantes para a retomada das obras".
Nilson Duarte Costa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro (Sitraicp).

"A lógica do sistema (da saúde brasileira) induz criar a doença e a lucrar com ela, não a utopia médica de acabar com a doença".
Aloysio Campos da Paz, cujo trabalho à frente da Rede Sarah é exaltado em artigo do senador Cristóvão Buarque.

Doentes nos corredores: a rotina macabra nos hospitais públicos

Os trabalhadores que paralisaram as obras do Maracanã por 21 dias tinham entre suas principais reivindicações a conquista de um plano de saúde mais amplo, que alcançasse seus familiares. Nada mais deprimente. Até mesmo os peões estão incluindo, junto com suas reivindicações salariais (ou acima delas) a inscrição nos planos privados, temendo as traumáticas e escandalosas humilhações com risco de vida nos hospitais públicos.

Essa novidade nas pautas dos operários ganha relevo no momento em que a Câmara Federal aprova a regulamentação da Emenda 29, que, teoricamente, garante mais recursos para a saúde pública, ao estabelecer percentuais obrigatórios para a União, Estados e Municípios.

(Teoricamente porque se permanecer a redação atual, os Estados não incluirão como receitas repasses do governo federal para educação, o que reduz suas obrigações atuais em mais de R$ 7 bilhões. E porque a União não tem um percentual fixo: está obrigada a repetir o gasto do ano anterior mais a variação positiva do PIB).

O pleito operário é um atestado berrante do grau de descrédito da saúde pública no Brasil, atacada por informações sinistras: segundo o Sindicato dos Médicos do RJ, de janeiro a agosto deste ano, 6 mil pacientes morreram nos quatro maiores hospitais da cidade, na maioria dos casos devido às péssimas condições de atendimento.

No mesmo momento, uma auditoria da Controladoria Geral da União revelava superfaturamentos e outras irregularidades em seis hospitais federais no RJ, práticas que poderão acarretar um prejuízo superior a R$ 16 milhões.


Todos os discursos a respeito do estado terminal da saúde pública no Brasil abstraem a discussão do principal: com esse modelo de atenção, de natureza quase exclusivamente curativa, não haverá dinheiro que chegue.
De fato, como motor de todo esse quadro de penúria, há um complô de interesses conjugados, que seriam fatalmente afetados se o país adotasse uma consistente política preventiva, que reduziria drasticamente a clientela disponibilizada à gula de tais interesses.

Não se pode dizer que os R$ 150 bilhões orçados este ano pela União, Estados e Municípios sejam suficientes para prover os serviços, desde que houvesse seriedade na sua gestão. No entanto, o  modelo em si, com profissionais mal pagos e desmotivados, além das terceirizações, resiste a qualquer iniciativa de racionalização ou aumento de verbas. Hoje em dia, os recursos são maiores do que há dez anos, o que não se reflete nos serviços.

Como acontece em todas as rotinas de um sistema híbrido, em que o público e o privado transam sem qualquer recato, haverá sempre uma saúde pública desacreditada, ao gosto das poderosas empresas que intermediam a preços exorbitantes a chamada medicina de grupo.

Para que se possa pedir mais dinheiro para a rubrica precisam que milhares de brasileiros morram por causa de um atendimento tão imoral que joga até a peãozada no colo do sistema privado, um dos negócios mais lucrativos do país: 1 em cada 4 brasileiros caiu na sua rede, proporcionando um invejável faturamento – em 2010, R$ 73 bilhões contra uma despesa de R$ 58 bilhões, isto é, ganhos de R$ 15 bilhões, ou mais de 20% da receita.

Pode até ser que realmente haja necessidade de alocar mais recursos para a saúde pública. Para Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, "o gasto público em saúde é muito baixo (menos de US$ 350 per capita – inferior a Argentina, Uruguai, Chile, Costa Rica e Panamá). Do total de gastos com saúde, menos de 50% são públicos. São números muito abaixo daqueles dos países que têm sistemas similares ao SUS, inclusive na América Latina".

Quem garante que haverá alguma melhora por conta de mais recursos?  O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, calcula que precisamos para a área mais R$ 45 bilhões, isto é, o que se perdeu com o fim da CPMF. Mas esta supressão não repercutiu no atendimento: com ela e sem ela o ambiente caótico é o mesmo.

 Em São Paulo, uma única "OS" gerencia   22 unidades hospitalares. O Estado do Rio e a Prefeitura carioca seguem o mesmo caminho. Esse "novo modelo de gestão" aproveita a falência da administração pública, com suas roubalheiras crônicas, sua incompetência generalizada, sua ausência de vocação, com a farsa do "Estado faz que paga e o funcionário faz que trabalha", para vender uma alternativa nada confiável.
Mais dinheiro na rubrica não significa necessariamente mais dinheiro para os serviços públicos de saúde. Estes estão ganhando uma nova roupagem de privatização, com a transferência de gestão para "organizações sociais".
Ninguém da área quer mudar o sistema ambíguo de que se nutre, responsável por graves distorções que fazem os gastos paralelos em caráter particular superarem as verbas governamentais. E abastecem com o dinheiro dos impostos  uma meia dúzia de aproveitadores privados, não só através da terceirização, como das compras superfaturadas de medicamentos e serviços.

Quando digo que ninguém quer mudar, é ninguém mesmo. Todos os atores dessa farsa encontraram como tirar uma casquinha e se beneficiar do pano de fundo, o sistema público combalido. Sem esta condição deprimente, a cadeia de interesses espúrios perde fôlego e não se sustenta.

É como definiu muito bem o senador Cristóvão Buarque, em seu artigo de 27 de agosto último: "no sistema atual, mesmo com o SUS, a doença tem sido motivo para viabilizar o lucro das indústrias farmacêuticas e de equipamentos, bem como o salário de servidores, mais do que para atender aos doentes".

Por conta dessa trama diabólica, o cidadão não passa de bucha de canhão. Nada se faz para preservar sua saúde; pelo contrário, trabalha-se na direção oposta. Doente, precisando de atendimento, submetem-no a um pesadelo cruel, que atinge e dilacera a todos, mas principaliza no ritual macabro os mais velhos e é implacável com os pobres, presos por inanição aos açougues onde o plantonista tem de decidir diariamente quem vai deixar morrer e quem vai ser atendido, como admitiu um médico a alguns deputados que foram saber da situação em hospitais do Rio de Janeiro.

Por conta dessa insuficiência orgânica, 47  milhões de brasileiros já se renderam à bitributação na atenção médica, como acontece na educação, na previdência e na segurança, onde máquinas privadas são irrigadas pelas economias familiares, à margem dos altos impostos cobrados, isso sem falar numa boa fatia de atendimentos pagos à vista: o profissional que se garante liberta-se dos planos e faz seu próprio preço.

Contribui para essa capitulação a incrível conduta dos conselhos regionais de Medicina e dos sindicatos, que , já que os equipamentos públicos não teriam mais salvação.
Concentram suas fiscalizações nos hospitais públicos, enquanto a mídia as noticia como se o remédio mesmo fosse procurar um plano, já que os equipamentos públicos não teriam mais salvação. 
Exemplo disso: não foi o CRM quem flagrou medicamentos com prazo de validade vencido na sofisticada Clínica São Vicente, na Gávea, mas sim o pessoal da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Saúde Pública, acionada por alguém indignado. Na operação, a polícia achou mais de 80 produtos com prazo vencido e deteve o responsável pela farmácia, liberado depois de ouvido.

As fiscalizações fecham os olhos para os prazos de atendimentos via planos: uma consulta pode demorar até três meses, um exame de ultra-sonografia ou ressonância magnética, requisitados em abundância,  ídem. Na emergência de um hospital particular, o cidadão pode esperar até 8 horas para ser atendido, nada diferente dos públicos.
Os números são cada vez mais chocantes. Estudo circunstanciado do pediatra Gilson Carvalho, de São Paulo, revela a que ponto chegamos: em 2009, União, Estados e municípios somaram R$ 127 bilhões dos seus orçamentos, enquanto as áreas privadas faturaram R$ R$ 143 bilhões.

Detalhando: a União gastou R$ 58 bilhões; os Estados, R$ 34 bilhões e os municípios, R$ 35 bilhões. Os seguros de saúde faturaram R$ 64 bilhões, os gastos diretos somaram R$ 24 bilhões e os medicamentos custaram R$ 55 bilhões, somando tudo R$ 270 bilhões.

Junte-se a esse diagnóstico a crescente terceirização no âmbito do SUS, mais a renúncia fiscal no imposto de renda da pessoa física para gastos com saúde de R$ 6,5 bilhões, a renúncia fiscal de R$ 5,1 bilhões em medicamentos e os benefícios das entidades "filantrópicas" de R$ 2,1 bilhões. Ou seja, além do faturamento direto, o sistema privado ainda se sacia num modelo que lhe favorece de cabo a rabo cada vez mais.

Se realmente quiserem mais verbas para o sistema público e tiverem boas intenções, terão que ir fundo numa cirurgia transformadora: primeiro, precisam adotar com honestidade os procedimentos preventivos através dos médicos de família; depois, precisarão pagar decentemente aos profissionais da área, exigindo dedicação exclusiva, como preconiza o médico Aloysio Campos da Paz, responsável pela excelente qualidade do atendimento na rede Sarah.

 

 

 

  • Leia em Porfírio & Parceiros:
  • Água como arma de guerra na Palestina e no mundo.
  • Ana Echevenguá

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  • Muito além das questões religiosas, os conflitos no Oriente Médio fulcram-se na escassez de água regional. Apesar do inconcebível silêncio a respeito do tema, o mundo sabe que são os recursos hídricos que provocam e/ou contribuem para o acirramento dos conflitos. O exemplo clássico é a invasão por Israel das colinas de Golã, na Jordânia, onde está a nascente do rio Jordão.

    É sabido que israelenses, palestinos e jordanianos disputam os recursos hídricos do rio Jordão. Então, toda vez que pensarmos em invasão de terras no Oriente Médio, devemos relacioná-la com invasão de terras com água - superficial ou subterrânea.

    Desde 1948, Israel prioriza projetos, inclusive bélicos, para garantir o controle de água na região. Dentre estes:

    - a construção do Aqueduto Nacional (National Water Carrier);

    - nos anos 60, anexou os territórios palestinos de Gaza e Cisjordânia e tomou da Síria as Colinas do Golã, para controlar os afluentes do Rio Jordão.

    - em 2002, a construção do 'Muro de Segurança' viabilizou o controle israelense do Aquífero de Basin, um dos três maiores da Cisjordânia, que fornece 362 milhões de metros cúbicos de água por ano. Antes do muro, o Aqüífero fornecia metade da água para os assentamentos israelenses. A destruição de 996 quilômetros de tubulação de água deixou a população palestina do entorno do muro sem água para beber;

    - antes de devolver (apenas simbolicamente) a Faixa de Gaza, Israel destruiu os recursos hídricos da região. A Faixa - o que foi estipulado como território palestino – conta com 1,5 milhão de habitantes para uma área de 360 km², sem água.

    Por que a água nunca aparece de forma explícita nas discussões e negociações políticas da região?

    A água, na região, é vendida para o consumo humano e animal. É mercadoria vital: ou se compra água do vizinho ou se morre de sede.

    Imagino que não seja conveniente trazer este assunto à tona. Prin cipalmente porque, ali, os rios ultrapassam fronteiras. A água sempre foi um bem precioso naquela região. Hoje, ela é mais preciosa do que petróleo. É questão de segurança nacional. Daí a disputa pela posse de território que possua recurso hídrico.

    As regras internacionais para o uso compartilhado dessas águas, que são chamadas de transfronteiriças, não são cumpridas porque os tratados existentes não prevêem mecanismos de coação ou de coerção. Assim, os tratados que obrigam Israel a fornecer água potável aos palestinos. O Acordo de Paz de Oslo de 1993, por exemplo, estipulou que os palestinos deveriam ter mais controle e acesso à água da região. Mas tais regramentos – lex partibus - não são cumpridos.

    E o Tribunal Internacional de Justiça, até hoje, condenou apenas um caso relacionado com águas internacionais.
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Preciso de você

No meio da estrada da vida agitada
Nem mesmo esperava
Aconteceu você

Na vida que estava
Já não mais amava
Eu só caminhava
Aconteceu você

Você de mansinho
Me achegou no ninho
Cheio de carinho
Me fez reviver

Meu ego lá em cima
Encontrou a rima
Virou minha sina
Você, bem querer

E agora meu amor
O que é que eu vou fazer
Para onde quer que eu for
Quero estar só com você
E eu sei que meu amor
Eu não posso te prender
Porém sem você a dor
Vai tomar todo o meu ser 

Não posso te perder 
Não posso te prender 
Não posso depender 
mas simplesmente não sei 
mais viver sem você





A falácia [tucadempiguista] do aparelhamento do Estado

A recente divulgação pelo Ipea(Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) do estudo “Ocupação no setor público brasileiro: tendências recentes e questões em aberto” colocou em pratos limpos o que é fato e o que é discurso quando o assunto é nomeação política para cargos federais: o Governo Lula contratou três vezes mais servidores concursados do que seu antecessor, a gestão Fernando Henrique Cardoso.
Um dos motes repetidos à exaustão na campanha presidencial de 2010 pelo candidato do PSDB, José Serra, era justamente que o Governo Lula aparelhava o Estado com práticas de loteamento da máquina pública. Esse discurso, aliás, tem sido utilizado com frequência pela oposição para aludir a uma suposta ausência de critérios técnicos na nomeação de cargos públicos.
No entanto, o estudo do Ipea derrubou essa falácia e revelou que o nível de contratações na década de 2000 foi crescente, mas apenas repôs o nível de funcionários públicos concursados existente no começo dos anos 1990.
Há, portanto, conclusões duplamente incômodas aos tucanos: de um lado, desmascaram o discurso de campanha e de oposição do “aparelhamento”, que não tem amparo na realidade; e, de outro lado, apontam para um processo de sucateamento da máquina pública sob a gestão FHC. E sabemos que esse processo decorre de uma opção política.
De fato, o segundo mandato de FHC foi marcado pela prioridade conferida à contenção fiscal das despesas estatais e à privatização do patrimônio público nacional. Duas diretrizes do modelo neoliberal, adotado com entusiasmo pelos tucanos.
Como resultado, o tamanho do Estado foi reduzido, com graves perdas à capacidade de planejamento, formulação, gestão e execução de políticas públicas. Essa foi a face perversa da “herança maldita” deixada pelo PSDB na área da Administração Pública.
Tal tendência só foi revertida com o Governo Lula, que fez claras opções políticas opostas ao modelo tucano, dando início a um novo papel do Estado. Nosso caminho foi o de priorizar o crescimento econômico, o desenvolvimento sustentável, a distribuição de renda e a capacidade do Estado de estimular e induzir os vetores produtivos nacionais.
Trata-se de um modelo que se mantém e vem sendo aprofundado no Governo Dilma Rousseff, mas que precisou inicialmente superar a questão de como avançar com uma máquina estatal sem condições de planejar e realizar as políticas públicas.
Era fundamental, portanto, reanimar o Estado, contratar novos funcionários públicos e mirar no aumento da eficiência —metas que se mantêm, especialmente em áreas como a Educação, na qual precisamos avançar sem demora.
Esse novo caminho é claramente identificado no estudo do Ipea, que destaca “a preocupação em conferir maior capacidade burocrática ao Estado brasileiro, mediante o reforço de carreiras em áreas estratégicas”. Em outras palavras, não seria possível crescer sem fortalecer o Estado e as carreiras estatais, por meio de uma política clara e consistente de aumento do salário mínimo e do incremento de benefícios sociais.
Como destaca o Ipea, “o novo cenário de crescimento da economia que teve início em 2004 favoreceu o início de uma fase de expansão do quadro de pessoal da administração federal, bem como a política de ajustes graduais da remuneração dos servidores”.
Paralelamente, o Governo Lula promoveu a reabertura dos concursos públicos dirigidos em áreas prioritárias e estratégicas. Assim, conseguiu atender a três objetivos simultâneos: ampliar a capacidade estatal, recompor os funcionários que se aposentaram e substituir as contratações “terceirizadas” —esta, uma prática frequente dos governos tucanos.
Notem também que, em 2009,Estados e municípios gastaram o dobro com pessoal do que o governo federal, mais um dado que contradiz o “aparelhamento”. Para ser exato: 21,8%das despesas federais foram com pessoal, ou 4,3% do PIB, enquanto que, nos Estados, esses percentuais foram de 51,2% e 6,2%, respectivamente, e nos municípios de 48,9% e 3,5%.
É lamentável que as conclusões do Ipea tenham recebido destaque reduzido e provocado pouca repercussão, porque somente a divulgação ampla é capaz de derrubar o falso mito do aparelhamento.
Ademais, estudos como esses lançam luz sobre a evolução do Estado brasileiro e contribui decisivamente para identificarmos entraves e melhorias no desempenho estatal, permitindo que possamos intensificar esse processo de profissionalização do serviço público e combate à corrupção no interior da máquina estatal.
 porJosé Dirceu

Mensagem

Onde o amor prevalece ele é o poder. Onde o poder prevalece não existe amor.

Blog do Charles Bakalarczyk: Jeferson Fernandes branda na Tribuna da Assembléia...

Blog do Charles Bakalarczyk: Jeferson Fernandes branda na Tribuna da Assembléia...: Jeferson Fernandes, o deputado missioneiro Deputado Jeferson Fernandes (PT) critica aumento do auxílio-moradia dos ministros do S...

Filé assado com vinho e frutas secas

Ingredientes

  • 1 kg e duzentas gramas de filé 
  • 2 cubos de caldo de carne
  • 1 xícara de chá de vinho tinto
  • Óleo a gosto
Molho
    • 1 xícara e meia (chá) de água fervente
    • 150 g de damascos secos picados
    • 150 g de ameixa preta picada
    • 2 colheres (chá) de farinha de trigo
    • 1 colher (sopa) de água fria
    • 10 folhas de manjericão fresco picado
    Para cobrir
    Papel-alumínio

    MODO DE PREPARO
    1. Em uma superfície lisa corte a carne em fatias grossas sem separar as fatias da base.
    2. Passe os potinhos de caldo de carne entre as fatias até temperar de todos os lados.
    3. Coloque a carne em uma assadeira retangular grande (40 x 28cm), regue com o vinho tinto e reserve por mais 15 minutos.
    4. Preaqueça o forno em temperatura média (180 ºC).
    5. Espalhe o óleo sobre a carne entre as fatias, cubra com papel-alumínio e leve ao forno por 30 minutos.
    6. Retire o papel-alumínio e leve de volta ao forno por mais 10 minutos. MOLHO
    7. Passe a carne para uma travessa e reserve, coberta com papel-alumínio.
    8. Coloque a assadeira sobre a chama do fogão e junte a água fervente.
    9. Deixe ferver por 5 minutos ou até soltar todo o fundo. Passe por peneira e coloque em uma panela média.
    10. Junte o damasco, a ameixa e cozinhe em fogo alto por 5 minutos.
    11. À parte, dissolva a farinha na água fria e junte à panela. Cozinhe por mais 3 minutos, mexendo sempre até engrossar.
    12. Junte o manjericão e retire do fogo.
    13. Coloque sobre a carne e sirva em seguida.
    DICAS:
    • Prefira uma peça de filé mignon mais larga, assim, as fatias não ficarão muito finas. Se desejar uma carne mais mal passada, asse por 25 minutos sem o papelalumínio.
    • Experimente servir com arroz cozido com amêndoas e vinho branco.

A reinvenção da economia brasileira

Coluna econômica


 

Pela primeira vez em muitos anos, o país dispõe de uma política fiscal em consonância com a política monetária, a atuação da Fazenda e do Banco Central de colaboração e complementariedade.

Prova disso foi a reunião na manha de ontem, entre o Secretário de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, e o Diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Luiz Mendes, sobre a maneira de articularem ações para conter a especulação do dólar.

***

Esse fato, mais a mudança de paradigmas, a revisão de conceitos nos Bancos Centrais do mundo inteiro, provocou um turbilhão de analistas, economistas, ex-presidentes de Banco Central, comentaristas, numa atoarda infernal contra a decisão do BC de baixar em meio ponto (!) a taxa Selic.

Não perceberam a importância cada vez maior de olhar para frente, diz Holland, o avanço em relação a outros momentos da economia, em que a mera análise dos indicadores impedia de antecipar grandes movimentos de inflexão na economia.

***

No fundo, diz Holland, está ocorrendo um vendaval varrendo todas as supostas verdades econômicas estabelecidas nas últimas décadas. Bancos Centrais, economistas do mundo inteiro estão imersos em auto-crítica, revendo conceitos, parâmetros, juízos de valores.

"O mainstream da ciência econômica está dizendo: não estamos preparados metricamente para tomar decisões como tomávamos".

***

Nas últimas décadas tudo foi muito fácil por conta de eventos econômicos marcantes, o boom de inovações tecnológicas, o advento da China, aumentos de produtividade, de urbanização, permitindo ao mundo crescer com inflação menor.

Criou-se a ilusão de que esse dinamismo era decorrência de boas regras fiscais e monetárias. Eram regras que só funcionavam em situações de boom global, mas deixando um enorme conjunto de bombas de efeito retardado - que explodiram na crise de 2008.

A crise de 2008 mostrou uma ampla vulnerabilidade desse pensamento econômico. Foi fruto da fragilidade das regras e parâmetros utilizados.

***

Está-se em um processo profundo de revisão de métodos e princípios. Esta a dificuldade maior para o mercado assimilar a redução de meio ponto na taxa Selic, supõe Holland.

O manual diz que é impossível derrubar inflação com crescimento econômico de 4,5%. Criou-se a taxa de desemprego natural - uma média do desemprego dos últimos dez anos - e, a partir dela, movimentos pavlovianos: se a taxa ficasse abaixo da média significaaria mercado aquecido e necessidade de aumentar juros.

Essa regra não está mais funcionando, explica Holland. O Brasil tem um quadro hoje de difusão dos investimentos, nova classe média, políticas de renda. Os investimentos não estão mais concentrados em uma cidade, em uma região, não é mais o emprego industrial em São Paulo, como no passado. Naquele país pequeno de outrora, quando a economia desaquecia, a taxa de emprego caía na mesma hora. Agora, não reage na mesma rapidez devido à difusão dos investimentos.

***

Em cima das mudanças internas, um mundo em convulsão, a equação chinesa começando a perder fôlego, assim como seus efeitos deflacionistas. Nos próximos anos não se terá por algum tempo um mundo de inflação baixa nem de crescimento vigoroso. Então, todo o modelo matemático que vigorou nas últimas décadas ficou de pernas para o ar. Como incluir num modelo a incapacidade da União Europeia e dos Estados Unidos de fazer políticas monetária e fiscal?

Com isso - diz ele - o que se vê nos jornais é desespero, não análises qualificadas.

***

Da parte do governo, a Secretaria de Política Econômica da Fazenda, o BC e seu Departamento de Pesquisa Econômica, continuam analisando e quebrando a cabeça para entender os novos tempos.

Não existe estratégia nem para um lado nem para outro, diz Holland. O que tranquiliza a área econômica é o fato do país dispor de amplos, largos e variados instrumentos de política econômica,  como não se tinha há muitos anos.

Teoricamente:

1. Tem medidas macroprudenciais. Em situação de agravamento, com efeito sobre mercado de crédito e de consumidores, uma alternativa é remoção gradual e criteriosa dessas medidas.

2. Havendo efeito severo mais do que se está esperando, a própria redução da taxa de juros. O mercado está precificando queda de mais 150 pontos básicos (equivalente a 1,5 ponto) na Selic até início do ano que vem.

3. Resultados fiscais excepcionais, segundo Holland, tanto de arrecadação, resultado acumulado em 12 meses, dentro do ano - operando com 4% de superávit primário.

Taxa de desemprego chega a 6% em agosto

A taxa de desocupação apresentada no mês de agosto foi estimada em 6% para as seis regiões metropolitanas, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Embora o valor tenha ficado estável em relação ao visto em julho, essa é a menor taxa estimada para um mês desde o início da série, em 2002. No comparativo com agosto do ano passado, houve uma contração de 0,7 ponto percentual - na ocasião, a taxa foi estimada em 6,7%.

Nível de ocupação atinge 53,9%, diz IBGE

O nível de ocupação - proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas que se encontram em idade ativa - estimado durante o mês de agosto ficou em 53,9% no total das seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE. Os dados ficaram estáveis em relação ao visto em julho, e também ante agosto do ano passado. A análise do contingente de ocupados, segundo os grupamentos de atividade econômica, mostra que não houve variação significativa em nenhum dos grupamentos entre julho e agosto deste ano.

Prorrogada MP que trata de derivativos

O Congresso Nacional prorrogou por mais dois meses a Medida Provisória nº 539, que deu poderes adicionais ao Conselho Monetário Nacional (CMN) para restringir operações no mercado de capitais e derivativos. Inicialmente, a MP 539 foi publicada no Diário Oficial da União no dia 27 de julho. Na ocasião, o governo divulgou outras medidas com objetivo de cobrar uma espécie de pedágio sobre determinadas operações para dificultar a ação de especuladores.

Atividade econômica iniciou 3º trimestre com crescimento

Após a estagnação verificada em junho, a economia brasileira voltou a crescer em julho: os números apontam um crescimento de 0,4% durante o mês de julho, descontando-se as influências sazonais, segundo a consultoria Serasa Experian. Em relação ao mesmo mês de 2010, o crescimento da atividade econômica foi de 3% em julho, acumulando elevação de 3,5% nos primeiros sete meses de 2011. Nos 12 meses fechados em julho, a expansão da atividade econômica foi de 4,4%.

Pontualidade de pagamento das PMEs em queda

A pontualidade de pagamento das micro e pequenas empresas atingiu 95,2% em agosto – ou seja, a cada 1.000 pagamentos realizados, 952 foram quitados à vista ou com atraso máximo de sete dias, segundo a consultoria Serasa Experian. Na comparação com agosto de 2010, a pontualidade de pagamentos recuou 0,5 ponto percentual (estava em 95,7% no ano passado). Esta foi a sexta queda interanual consecutiva deste indicador. Na comparação com julho, a pontualidade cresceu 0,3 ponto (estava em 94,9%).

Produção industrial enfraquecida em agosto

A atividade industrial atingiu 54,9 pontos em agosto, acima do apresentado em julho, mas abaixo do considerado normal para o período, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Já a utilização da capacidade instalada (UCI) efetiva em relação ao usual registrou 47,5 pontos. Em média, a indústria operou com 76% da capacidade, ante 75% em julho. Mesmo com a tendência de aumento de demanda devido ao fim do ano, o avanço não foi suficiente para normalizar o nível registrado no período.




Tempos modernos

Antigamente as mulheres cozinhavam como as mães. Hoje bebem como os pais