Hoje não será manchete

A corja perdeu!

Pra minha Lú

Pra minha Lú

Pra minha Lú

Guantánamo não terá no Brasil

- Os corruptorres de sempre, desde Pedro Álvares Cabral querem continuar roubando e torturando o povo brasileiro. Vão conseguir não! -

O fim do Estado de Direito

Fernando Brito - Tijolaço

Sou de uma geração que cresceu tendo o Estado de Direito como um dos sinônimos de democracia.
O outro era o voto direto.
Custou-nos muito, nossa juventude, trazê-los de volta.
E, certamente por isso, é assustador ver que ele vai sendo, progressivamente, abolido em nosso país.
Com os arreganhos do Ministério Público, do Judiciário e sob os calorosos aplausos da imprensa.
A opinião pública, sobretudo a mais informada, patina à beira da histeria do “prende e arrebenta”, que julgávamos ido com Figueiredo.
Para alguns, porque para os que se dispõem atender às intenções dos “investigadores”, movidos por um cínico “arrependimento” que pode lhes deixar impunes, há quase que o carinho midiático.
A condução coercitiva do tesoureiro do PT à Polícia Federal, hoje, é mais um dos sinais de que voltamos ao arbítrio.
Nem as citações ao nome de João Vacari Neto são novas, nem ele se encontra desaparecido, nem mesmo foi intimado a depor e não compareceu.
Serviu, apenas, para simular uma “prisão”, causar um constrangimento, uma exposição que, afinal, só será merecida se houver provas.
Porque doações de empresas, especificamente de empreiteiras e, mais especificamente, de empreiteiras envolvidas na “Lava Jato” há para o PT, o PMDB, o PSDB e mais um monte de partidos.
Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas em São Paulo, com documentos da Justiça suíça comprovando o recebimento de dinheiro no exterior, não foi conduzido “sob vara”.
Roubam um processo de sonegação de um bilhão de reais da Globo e não convocam sequer um infeliz a depor.
É claro que, se há acusações, Vaccari deve ser intimado a depor. Ele não é diferente, melhor ou pior, que qualquer cidadão brasileiro, por ser dirigente do PT.
Mas não transformado em personagem de um processo midiático de “suposta prisão”.
A condução coercitiva a interrogatório já é, por si só, de duvidosa legalidade – porque o interrogatório é meio de defesa, não de acusação ou produção de prova, essencialmente.
Muito menos quando isso se faz sem que haja negativa de comparecer a esclarecimentos.
Tornaram-se repugnantes os métodos desta investigação, na prática conduzida – e só isso é um absurdo, Juiz conduzir investigação -,  pelo Dr. Sérgio Moro.
Os ladrões confessos pontificam, com uma quase “presunção da verdade” sobre tudo o que dizem, numa inversão de valores total.
Pessoas são metidas na cadeia e lá permanecem por meses , até que “resolvam”  acusar “agentes políticos”.
O juiz “exige”, para soltá-los, que se rompam todos os contratos de entes públicos com as empresas, haja ou não indícios de irregularidades neles.
Falta algo para que estejamos diante do arbítrio?
Ah, sim, a revogação daquela outra “coisinha” que tive, na juventude, como sinônimo de democracia.
O voto direto da população.

Josias de Souza: se Sérgio Machado caiu tudo pode acontecer

- Até o pig lembrar que Sérgio Machado era um tucano de quatro costados, homem de confiança de Tasso Jereisatti? Um tucano que o cearense deve muito?... Por exemplo: Se ele tivesse governado São Paulo, hoje os paulistas não estariam racionando água - e vocês jorna-listas, escondendo os tucanos responsáveis por essa incomprtência deslavada.
Corja!

Deus, como se sabe, existe e está em toda parte. Mas havia terceirizado o controle da Transpetro, desde 2003, ao ex-senador cearense Sérgio Machado, um afilhado político de Renan Calheiros. Muita gente já começava a duvidar da existência de Deus. Ou, por outra, suspeitava-se que Ele talvez não merecesse existir. Súbito, Machado decidiu exonerar-se.
Mencionado em delações da Lava Jato, Machado licenciara-se do comando da subsidiária da Petrobras em novembro do ano passado. Afastara-se por pressão, não por opção. Sua saída definitiva já seria uma grande notícia. Mas sucedeu algo mais relevante: Renan Calheiros abriu mão de indicar um substituto. Espanto! Pasmo!! Estupefação!!!
Todo mundo já tinha notado que a Operação Lava Jato tornara-se uma força da natureza. Ela venta, chove, troveja, relampeja. Descobre-se agora que funciona também como elixir contra pulsões patrimonialistas. Se Sérgio Machado caiu, tudo pode acontecer.

É duro!

[...] Mas quem disse que seria mole? 



Pode ser duro, mas quem disse que seria mole? À Presidenta não lhe falta inteligência e visão. Não é tonta, nunca foi. Sabia que o que viria seria um grande incêndio. Lula não quis enfrentar, é sagaz, também sabia. Sabia que da nossa militância seriam poucos a apoiá-la, posto que a maioria dos militantes estufam o peito para bradar bem alto que apoiam o PT, claro que sim! Desde que tudo esteja muito bem e o Estado esteja nadando num mar de glórias. Caso contrário criticam, criticam e criticam, exasperam e esmeram-se em críticas. Acho também eu que ela devia comunicar-se mais, mas como não tenho a solução para TODOS os problemas que enfrenta ela nesta gestão, prefiro informar-me mais do que proferir palavras ao vento. Será que toda a gente que está tecendo suas duras críticas a ela estão de olho no que está passando no congresso, senado, na economia, na educação, cultura e tantas outras coisas importantes. Ajudemos a governar protestando contra os desmandos de Cunha que já começaram, mas que os protestos contra os desonestos senhores e senhoras políticos/as e o apoio a Dilma sejam na rua e não atrás de uma tela de computador. É perigoso "fulanizar" e depois demonizar, pois agindo assim perde-se o foco dos objetivos a serem alcançados que é um governo verdadeiramente soberano. Livre. do povo. Como tem que ser.



DEFENDER A PETROBRÁS É DEFENDER O BRASIL

Leiam abaixo o manifesto e cliquem  aqui para assiná-lo:
Há quase um ano o País acompanha uma operação policial contra evasão de divisas que detectou evidências de outros crimes, pelos quais são investigadas pessoas que participaram da gestão da Petrobrás e de empresas fornecedoras. A ação institucional contra a corrupção tem firme apoio da sociedade, na expectativa de esclarecimento cabal dos fatos e rigorosa punição dos culpados.
É urgente denunciar, no entanto, que esta ação tem servido a uma campanha visando à desmoralização da Petrobrás, com reflexos diretos sobre o setor de Óleo e Gás, responsável por investimentos e geração de empregos em todo o País; campanha que já prejudicou a empresa e o setor em escala muito superior à dos desvios investigados.
A Petrobrás tem sido alvo de um bombardeio de notícias sem adequada verificação, muitas vezes falsas, com impacto sobre seus negócios, sua credibilidade e sua cotação em bolsa. É um ataque sistemático que, ao invés de esclarecer, lança indiscriminadamente a suspeita sobre a empresa, seus contratos e seus 86 mil trabalhadores dedicados e honestos.
Assistimos à repetição do pré-julgamento midiático que dispensa a prova, suprime o contraditório, tortura a jurisprudência e busca constranger os tribunais. Esse método essencialmente antidemocrático ameaça, hoje, a Petrobrás e suas fornecedoras, penalizadas na prática, enquanto empresas produtivas, por desvios atribuídos a pessoas físicas.
Ao mesmo tempo, o devido processo legal vem dando lugar ao tráfico seletivo de denúncias, ofensivo à consciência jurídica brasileira, num ambiente de obscuridade processual que propicia a coação e até o comércio de testemunhos com recompensa financeira. Na aparente busca por eficácia, empregam-se métodos que podem – isto, sim – levar à nulidade processual e ao triunfo da impunidade.
E tudo isso ocorre em meio a tremendas oscilações no mercado global de energia, num contexto geopolítico que afeta as economias emergentes, o Brasil, o Pré-Sal e a nossa Petrobrás.
Não vamos abrir mão de esclarecer todas as denúncias, de exigir o julgamento e a punição dos responsáveis; mas não temos o direito de ser ingênuos nessa hora: há poderosos interesses contrariados pelo crescimento da Petrobrás, ávidos por se apossar da empresa, de seu mercado, suas encomendas e das imensas jazidas de petróleo e gás do Brasil.
Historicamente, tais interesses encontram porta-vozes influentes na mídia e nas instituições. A Petrobrás já nasceu sob o ataque de “inimigos externos e predadores internos”, como destacou a presidenta Dilma Rousseff. Contra a criação da empresa, em 1953, chegaram a afirmar que não havia petróleo no Brasil. São os mesmos que sabotaram a Petrobrás para tentar privatizá-la, no governo do PSDB, e que combateram a legislação do Pré-Sal.
Os objetivos desses setores são bem claros:
  • - Imobilizar a Petrobrás e depreciar a empresa para facilitar sua captura por interesses privados, nacionais e estrangeiros;
  • - Fragilizar o setor brasileiro de Óleo e Gás e a política de conteúdo local; favorecendo fornecedores estrangeiros;
  • - Revogar a nova Lei do Petróleo, o sistema de partilha e a soberania brasileira sobre as imensas jazidas do Pré-Sal.

Para alcançar seu intento, os predadores apresentam a Petrobrás como uma empresa arruinada, o que está longe da verdade, e escondem do público os êxitos operacionais. Por isso é essencial divulgar o que de fato aconteceu na Petrobrás em  2014:
  • - A produção de petróleo e gás alcançou a marca histórica de 2,670 milhões de barris equivalentes/dia (no Brasil e exterior);
  • - O Pré-Sal produziu em média 666 mil barris de petróleo/dia;
  • - A produção de gás natural alcançou 84,5 milhões de metros cúbicos/dia;
  • - A capacidade de processamento de óleo aumentou em 500 mil barris/dia, com a operação de quatro novas unidades;
  • - A produção de etanol pela Petrobrás Biocombustíveis cresceu 17%,  para 1,3 bilhão de litros.
  • E, para coroar esses recordes, em setembro de 2014 a Petrobrás tornou-se a maior produtora mundial de petróleo entre as empresas de capital aberto, superando a ExxonMobil (Esso).

O crescente sucesso operacional da Petrobrás traduz a realidade de uma empresa capaz de enfrentar e superar seus problemas, e que continua sendo motivo de orgulho dos brasileiros.
Os inimigos da Petrobrás também omitem o fato que está na raiz da atual vulnerabilidade da empresa à especulação de mercado: a venda, a preço vil, de 108 milhões de ações da estatal na Bolsa de Nova Iorque, em agosto de 2000, pelo governo do PSDB.
Aquela operação de lesa-pátria reduziu de 62% para 32% a participação da União no capital social da Petrobrás e submeteu a empresa aos interesses de investidores estrangeiros sem compromisso com os objetivos nacionais. Mais grave ainda: abriu mão da soberania nacional sobre nossa empresa estratégica, que ficou subordinada a agências reguladoras estrangeiras.
Os últimos 12 anos foram de recuperação e fortalecimento da empresa. O País voltou a investir em pesquisa e a construir gasodutos e refinarias. Alcançamos a autossuficiência, descobrimos e exploramos o Pré-Sal, recuperamos para 49% o controle público sobre o capital social da Petrobrás.
O valor de mercado da Petrobrás, que era de 15 bilhões de dólares em 2002,  é hoje de 110 bilhões de dólares, apesar dos ataques especulativos. É a maior empresa da América Latina.
A participação do setor de Óleo e Gás no PIB do País, que era de apenas 2% em 2000, hoje é de 13%. A indústria naval brasileira, que havia sido sucateada, emprega hoje 80 mil trabalhadores. Além dos trabalhadores da Petrobrás, o setor de Óleo e Gás emprega mais de 1 milhão de pessoas no Brasil.
É nos laboratórios da Petrobrás que se produz nosso mais avançado conhecimento científico e tecnológico. Os royalties do petróleo e o Fundo Social do Pré-Sal proporcionam aumento significativo do investimento em Educação e Saúde. Este é o papel insubstituível de uma empresa estratégica para o País.
Por tudo isso, o esclarecimento dos fatos interessa, mais do que a ninguém, aos trabalhadores da Petrobrás e à população brasileira, especialmente à parcela que vem conquistando uma vida mais digna.
Os que sempre tentaram alienar o maior patrimônio nacional não têm autoridade política, administrativa, ética ou moral para falar em nome da Petrobrás.
Cabe ao governo rechaçar com firmeza as investidas políticas e midiáticas desses setores, para preservar uma empresa e um setor que tanto contribuíram para a atração de investimentos e a geração de empregos nos últimos anos.
A direção da Petrobrás não pode, nesse grave momento, vacilar diante de pressões indevidas, sujeitar-se à lógica dos interesses privados nem agir como refém de uma auditoria que representa objetivos conflitantes com os da empresa e do País.
A investigação, o julgamento e a punição de corruptos e corruptores, doa a quem doer, não pode significar a paralisia da Petrobrás e do setor mais dinâmico da economia brasileira.
É o povo brasileiro, mais uma vez, que  defenderá a empresa construída por gerações, que tem a alma do Brasil e simboliza nossa capacidade de construir um projeto autônomo de Nação.
Pela investigação transparente dos fatos, no Estado de Direito, sem dar trégua à impunidade;
Pela garantia do acesso aos dados e esclarecimentos da Petrobrás nos meios de comunicação, isentos de manipulações;
  • Pela garantia do sistema de partilha, do Fundo Social e do papel estratégico da Petrobrás na exploração do Pré-Sal;
  • Pela preservação do setor nacional de Óleo e Gás e da Engenharia brasileira.
  • Defender a Petrobrás é defender o Brasil – nosso passado de lutas, nosso presente e nosso futuro.

Federação Única dos Petroleiros

Operação lava jato e o golpe anunciado





Esquiber: Tesoureiro do PT está sendo vítima de abuso e perseguição política com a ajuda de um braço institucional do Estado

João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, está sendo vítima de uma investigação espetaculosa do Ministério Público Federal e dos abusos do juiz Sérgio Moro, a se confirmar a informação de que ele foi conduzido pela PF para depor na Lapa SP, no âmbito da operação Lava Jato.
Se há algum indício de crimes cometidos pelo tesoureiro, o instrumento seria a prisão provisória, jamais a condução coercitiva, medida usada somente quando o depoente se recusa a colaborar com as investigações e não comparece para prestar depoimento depois de sucessivas intimações. Não é o caso do tesoureiro do PT.
Amanhecer o dia com a policia federal na porta de casa para ser conduzido com auxílio de força policial e levado até uma superintendência da PF a pretexto de dá um depoimento, quando poderia ter sido intimado pelos meios convencionais é uma violação inaceitável das garantias individuais assentadas na constituição.
Diz matéria da Folha: "Nós queremos saber informações a respeito de doações que ele solicitou, legais ou ilegais, envolvendo pessoas que mantinham contratos com a Petrobras. Esse é o motivo pelo qual ele está sendo ouvido no momento", disse Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador-regional da República em São Paulo. Lira disse que a Polícia Federal tem "informações de doações legais e ilegais de pessoas que tinham contratos com a Petrobras. Os recursos nem sempre passam por destino legal."
É realmente necessário que a PF vá até a casa de um cidadão e o conduza a força para prestar depoimento, vaze para imprensa e isso se transforme em um grande escândalo que durante todo dia de hoje será pauta da mídia, quando o depoente em nenhum momento demonstrou má vontade em colaborar com as investigações?
A que serve isso? Serve ao propósito de jogar a opinião pública contra o PT e o governo e criar as condições políticas para o impeachment da presidenta. Sem apoio popular não haverá impeachment. Temos então dois poderes de estado a serviço de uma causa ideológica.
"O procurador-geral disse que ainda não pode afirmar sobre o destino das doações e ressaltou que, apesar das suspeitas, algumas delas podem ser legais. A operação de hoje pretende levantar provas para dar sustentação ao depoimento.
Vacarri mora em São Paulo e foi levado para dar depoimento na Superintendência da PF na Lapa. Ele será liberado em seguida. A nova ação está ocorrendo em São Paulo, no Rio, na Bahia e em Santa Catarina. "
O próprio Procurador não tem nenhuma prova de quaisquer ilícitos cometido pelo tesoureiro. Mas faz uma condução coercitiva debaixo de holofotes. Afinal, foi só o PT que recebeu doações das empreiteiras envolvidas na lava Jato? Senão, o tesoureiro do PSDB, do PMDB e dos demais partidos que receberam tais doações serão também conduzidos coercitivamente para depor?
Consta que o presidente eleito da câmara Eduardo Cunha tem acesso livre ao caixa dessas empreiteiras. Arrecadou mais de 6 milhões de reais e financiou uma bancada pessoal. Vai também ser conduzido coercitivamente para depoimento?
É lamentável que os instrumentos do estado sejam usados para criminalizar um partido político e isso feito assim em plena luz do dia sob o silêncio dos luminares do direito e nenhuma reação veemente acompanhe com indignação os desdobramentos abusivos dos métodos empregados nessa operação Lava jato.

Os ratos que nos roubam legalmente

Primeiro foi o judiciário - o mais corrupto dos poderes -.
Segundo o Ministério Público Federal - faz parte do poder judiciário? -
Terceiro o Tribunal de Contas da União - linha auxiliar do legislativo, infiltrado no judiciário também -.
Ah, tudo culpa da Dilma!!! Dirão os canalhas do pig, corruptos que aprovaram esse roubo institucionalizado e os cafajestes da oposição.

Corja!





Acorda Dilma II - escuta teus companheiros

Governo Dilma - 2 caminha para autodestruição

por Ricardo Kotscho

Ao mesmo tempo em que a Petrobras ficava sem diretoria, após a renúncia coletiva da véspera, e sem ninguém saber o que será feito dela amanhã, a Polícia Federal está fazendo neste momento, nove da manhã, uma nova operação em quatro Estados, com mandados contra mais de 60 investigados na Lava-Jato, entre eles o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
Pelo ranger da carruagem desgovernada, a oposição nem precisa perder muito tempo com CPIs e pareceres para detonar o impeachment da presidente da República, que continua recolhida e calada em seus palácios, sem mostrar qualquer reação.
O governo Dilma-2 está se acabando sozinho num inimaginável processo de autodestruição.
A presidente teve todo o tempo do mundo para pensar em soluções para a Petrobras, desde que esta grande crise estourou no ano passado, mas só se dedicou à campanha pela reeleição e à montagem do seu novo ministério. Agora, tem apenas 24 horas para encontrar uma saída, antes da reunião do Conselho de Administração, que precisa nomear a nova diretoria amanhã para não deixar a empresa acéfala.
Pois não é que, em meio aos enormes desafios que seu governo enfrenta em todas as áreas da vida nacional, apenas 36 dias após o início no segundo mandato, Dilma encontrou tempo para promover a primeira mudança em seu ministério trazendo de volta o inacreditável Mangabeira Unger, folclórico ideólogo que queria construir aquedutos para transportar água da Amazônia para o sertão do nordeste, como lembrou Bernardo Mello Franco?
Isolada, atônita, encurralada, sem rumo e sem base parlamentar sólida nem apoio social, contestada até dentro do seu próprio partido, como estará se sentindo neste momento a cidadã Dilma Rousseff, que faz apenas três meses foi reeleita presidente por mais quatro anos?
Ou, o que seria ainda mais grave, será que ela ainda não se deu conta do tamanho da encrenca em que se meteu?
É duro e triste ter que escrever isso sobre um governo que ajudei a eleger com meu voto, mas é a realidade. É preciso que Dilma caia nesta realidade e mude radicalmente sua forma de governar, buscando e não arrostando apoios, ouvindo pessoas fora do seu núcleo palaciano, como prometeu no discurso da vitória, antes que seja tarde demais.
Por um desses achaques do destino, foi marcada para amanhã, em Belo Horizonte, a abertura das comemorações dos 35 anos da fundação do PT, um partido que vi nascer e que vive hoje a pior crise da sua história, 12 anos depois de ter chegado ao poder central.
Está previsto um encontro reservado do ex-presidente Lula com a presidente Dilma. Cada vez mais distantes nos últimos meses, o que um terá para falar ao outro? Pode ser que a conversa comece com esta pergunta, que todos os petistas estão se fazendo: "Pois é, chegamos até aqui. E agora, camarada?"
Vida que segue.

José Dirceu: Crise e Oportunidade

Quais são as prioridades na atual conjuntura do país? Vivemos um momento especial, de crise e oportunidade.  O PT, por exemplo, tem a oportunidade de se unificar e reunir, dentro e fora do Parlamento, uma frente de forças políticas e sociais em torno de um programa mínimo para os próximos dois anos, com o objetivo de aprovar reformas que viabilizem a retomada do crescimento, sem abandonar nosso objetivo maior de combater a pobreza e a desigualdade, de distribuir a renda.
Objetivo que depende, em primeiro lugar e para além de ajustes fiscais, de uma ampla e geral reforma tributária. É imperativo também fazer a reforma política, para por fim ao atual sistema eleitoral e ao financiamento exclusivo empresarial.
As duas reformas exigem maioria no Congresso Nacional que não temos. A maior parte dos parlamentares é contra a taxação  das grandes fortunas, das heranças e doações, da progressividade do Imposto de Renda, da taxação  dos lucros financeiros e extraordinários. No máximo, o Congresso que aí está pode aprovar uma reforma do ICMS – que será um avanço – e do PIS-Cofins.
A maioria dos parlamentares não quer mudar nada
A reforma política encontra os mesmos obstáculos. A maioria dos parlamentares não quer mudar nada, não aceita o fim das coligações proporcionais e a cláusula de barreira, nem o voto em lista. Muito menos o fim do financiamento empresarial. Quando muito apóia o distritão; nem sequer o voto distrital misto parece ter maioria. O atual sistema é o principal responsável pelos custos das campanhas e pelo peso, cada vez maior, do poder econômico na eleição dos parlamentares.
É necessário organizar uma frente parlamentar-popular, para além do PT, e criar um programa e uma mesa diretiva para um movimento de médio prazo. É preciso começar a preparar uma nova aliança política que, mesmo derrotada em suas propostas no Congresso Nacional, lance as sementes de um programa de frente para o futuro. Defender o mandato da presidenta Dilma e nosso legado é fundamental, mas não basta. É necessário preparar uma linha de resistência para avançar no futuro.
É fundamental que o PT e o campo popular saiam em defesa da Petrobras, vítima da maior e mais sórdida campanha enfrentada em sua história, que põe em risco o modelo de partilha e obrigatoriedade de 60% de conteúdo nacional na operação do pré-sal. O PT e os segmentos populares precisam se lançar na resistência contra as forças que querem aproveitar a crise da empresa para colocar fim ao regime de partilha e levá-la à privatização.
Risco da maioria da Câmara converter-se em novo Centrão conservador



O risco maior é que a nova maioria formada na Câmara dos Deputados, com a eleição do novo presidente da Casa, se consolide e dirija as reformas à semelhança do Centrão na Constituinte de 1988.
O debate público em todos os foros, inclusive pelas redes sociais, e dentro da esquerda, o diálogo com os movimentos sociais e com lideranças e personalidades, têm por objetivo criar uma força político-social para se contrapor à agenda e à ação da direita neoliberal. Esta se rearticula e, agora, ganha espaço nas decisões mais importantes sobre a política econômica, com implicações que colocam em risco nosso projeto de desenvolvimento nacional.
Ao lado da defesa das conquistas e programas sociais, também é preciso colocar na pauta temas como os juros, o papel da dívida interna e do sistema bancário e financeiro. Além da questão do monopólio da mídia e uma estratégia de desenvolvimento para essa nova fase que se abre no país.



Os canalhas também envelhecem


Há cerca de 22 anos ouvi de um professor a frase que dá título a esse texto e jamais a esqueci.

Não tenho nenhuma dúvida de que ele a ouvira em algum lugar e adotou.

Somente algum tempo depois percebemos, eu e mais três colegas, que ele próprio foi um dos grandes canalhas com quem tivemos oportunidade de conviver mais de perto por algum tempo.

Sem saber, ao dizer aquela frase, que até hoje nunca ouvi de outra boca, ele me ajudou a entender melhor gente como ele.

Vejo na imprensa a seguinte declaração de Fernando Henrique Cardoso:

"No passado, seriam golpes militares. Não é o caso, não é desejável nem se veem sinais. Resta, portanto, a Justiça. Que ela leve adiante a purga; que não se ponham obstáculos insuperáveis ao juiz, aos procuradores, delegados ou à mídia. Que tenham a ousadia de chegar até aos mais altos hierarcas".

Em uma matéria do Brasil 247, lê-se:

“Bem ao seu estilo de não comprometer-se diretamente com seus próprios atos – até hoje FHC não admite que teve qualquer responsabilidade no apagão energético ocorrido em seu governo -, Fernando Henrique não admitiu, inicialmente, que o pedido do parecer tivesse sido uma iniciativa de um funcionário do Instituto FHC. Mas foi descoberto”.

A matéria se reporta ao parecer do advogado tributarista Ives Gandra em que ele diz que “existem elementos jurídicos para o impeachment de Dilma Rousseff”.

Quem poderia esperar um parecer jurídico de tamanha leviandade de um advogado renomado aos 80 anos?

Importou-lhe saber que o seu parecer representa tão somente uma peça que se pretende incorporar ao planejamento do golpe do impeachment da presidenta que tomou posse há apenas 1 mês e sobre cuja integridade não paira nenhuma dúvida?

Ele sabe que o seu parecer tem somente esse objetivo.

Não lhe incomodou sequer a possibilidade de chamuscar a sua credibilidade pela contestação do seu parecer por outros profissionais, como já o fizeram vários advogados, entre os quais Fabio de Sá e Silva, Percival Maricato e Tarso Violin, que definiu como ‘mais uma mácula no currículo do advogado’, não apenas por ser frágil, mas por não ter respaldo jurídico?

Justifica-o o valor pago, segundo a imprensa entre 100 e 150 mil reais, valor de cada parecer emitido por ele?


O homem que, ao comprar votos de parlamentares, episódio denunciado pela imprensa à época, alterou a Constituição Brasileira para conseguir a reeleição.

O homem que promoveu a maior venda do patrimônio do povo brasileiro no episódio que ficou conhecido como “A Privataria Tucana”, sobre o qual também é farta a documentação que comprova a ilicitude das negociações.

O homem que quebrou o país 3 vezes e 3 vezes foi ao FMI de pires na mão.

O homem sob cujo governo o país sofreu o maior apagão de energia da sua história, com enormes prejuízos para a nação...

Deu para trabalhar de forma dissimulada e cínica contra a estabilidade democrática do país, a mesma pela qual imaginávamos que um dia ele lutou.

Sabe-se de há muito da corrosão de FHC pela vaidade e inveja, mas agora o ex-professor, ex-sociólogo, ex-presidente, ex-tudo, extrapolou.

Fernando Henrique Cardoso também envelheceu.

Política e Economia: está achando ruim?

[...] Aécio Neves e Cia quer muito pior. Vejam o que o presidente do Psdb e candidato a presidência derrotado em 2014 afirmou:

blog perguntou: o PSDB vai votar contra os ajustes na economia? - Aécio: “Essa é uma questão central para nós. Se o ministro Levy vier para o Congresso com penduricalhos, com soluções laterais, nós não consideraremos isso prioritário.”
O que o PSDB chama de penduricalhos? - Aécio: “Se vierem para nós medidas que combinem aumento de impostos e supressão de direitos trabalhistas, como parece ser o caso, nós estaremos à vontade para cobrar um aprofundamento das questões. Seremos coerentes com o que dizíamos na campanha.”

Traduzindo: Fosse ele o presidente da República os impostos seriam muito mais altos e a supressão de direitos trabalhistas. Medidas que gerariam muitas demissões. Pena que não tem um jornalista ou repórter que lembre isso a ele. Pergunte, sem meias palavras:

" De quanto deve ser o aumento de impostos, quais os direitos trabalhistas que devem serem suprimidos e numero de trabalhadores desempregados para o senhor, o Psdb e demais partidos de oposição sentirem-se à vontade?"