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Milícias rondam o Palácio do Planalto
O jornalista Celso Rocha hoje (28) no jornal Folha de São Paulo mostra a importação do Coaf e do Acesso a informação implementados pelo PT e que Bolsonaro e Moro estão destruindo, para permitir que o "Escritório do Crime" se abolete no governo? É o que parece.
Vida que segue...
O Brasil não pode ser governado por um miliciano, por Joaquim de Carvalho
Um presidente que vivia no meio de marginais. A frase, dita pelo jurista Afrânio Silva Jardim, ecoa quando se assiste ao vídeo com o discurso de Jair Bolsonaro em Davos.
Olhos congelados, expressão de um homem frio, repetindo frases de efeito, para uma plateia mundial.
“Ele me dá medo”, resumiu o Prêmio de Economia (2013) Roberto Shiller. “O Brasil é um grande país e merece alguém melhor”, disse também. “Eu terei que ficar longe do Brasil”, acrescentou.
Ao mesmo tempo em que formadores de opinião como Shiller e a imprensa internacional definiam Bolsonaro exatamente como ele é — sinistro —, no Brasil as notícias colocavam não só Flávio, mas também o pai, alguns palmos abaixo na lama.
A família Bolsonaro enriqueceu na política com um discurso em que elogiava a ditadura e torturadores, e, ao mesmo tempo, abrigava criminosos em gabinetes públicos.
Um abrigo que não se resumia a homenagens ou discursos, mas envolvia dinheiro público também.
A mãe e a mulher de Adriano Magalhães, ex-capitão do Bope e suspeito de liderar o “Escritório do Crime”, eram assessoras de Flávio Bolsonaro.
Também a irmã de dois PMs presos sob a acusação de darem cobertura a extorsionários, recebiam do orçamento público, por nomeação do filho do presidente, na época deputado estadual.
Ao mesmo tempo, Flávio e o pai defendiam de suas tribunas os milicianos, que, ao contrário do que ele dizem, não são bem-vistos nas comunidades, pela truculência e por cobrar por serviços que deveriam ser públicos.
No passado recente, o Brasil teve um sociólogo e um torneiro mecânico na presidência.
Agora, quando se olha para a figura de Bolsonaro discursando para a elite econômica do planeta, o que se vê é a imagem de um miliciano.
Um miliciano que tem respaldo do Exército e do juiz Sergio Moro, como muito bem definiu o ator José de Abreu.
Pode-se dizer muita coisa sobre isso, exceto que não se sabia que seria assim.
Na última eleição, o confronto era entre civilização e barbárie.
A velha imprensa sabia quem era Bolsonaro, mas preferiu não aprofundar questões delicadas, como a relação com as milícias.
Mostrar Bolsonaro exatamente como ele é significava jogar água para o moinho de Fernando Haddad, o candidato do Lula.
A figura de Bolsonaro evoca gritos de dor, gemidos, sangue, cadáveres encontrados na periferia ou em vielas de comunidade, no rastro deixado por homens que servem a uma organização que aceita receber dinheiro para matar seres humanos.
O “Escritório do Crime” desmontado ontem pelo Ministério Público fica na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Mas há outros escritórios do crime em pleno funcionando, nos palácios mais bem protegidos.
Urge desmontar estes também, para que o Brasil possa voltar a receber personalidades como o Prêmio Nobel de Economia de 2013.
Um presidente brasileiro não pode despertar medo.
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As ligações dos Bolsonaros com o "Escritório do crime"
Jornal GGN - O portal G1 e o jornal O Globo publicaram reportagens expondo a ligação de Flávio Bolsonaro com 2 milicianos alvos da operação Os Intocáveis, deflagrada nesta terça (22). Eles são apontados como membro e chefe do "Escritório do Crime", que é um grupo de milicianos de Rio das Pedras cuja principal atividade é matar sob encomenda, e que teria relação com a morte de Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.
O Capitão Adriano Magalhães (ex-Bope) e o major da PM Ronald Pereira foram homenageados na Assembleia do Rio por Flávio Bolsonaro. Além disso, o ex-deputado empregou em seu gabinete a mulher e a mãe do Capitão Adriano, que está entre as assessoras parlamentares de Flávio que depositaram dinheiro na conta de Fabrício Queiroz.
O Escritório do Crime foi revelado pelo jornal O Globo em agosto de 2018, mas a esposa e a mulher do chefe miliciano só foram exoneradas depois da eleição, em 13 de novembro.
Segundo reportagem de O Globo, o major Ronald tem 43 anos e é investigado por "integrar a cúpula do Escritório do Crime". Quando foi homenageado por Flávio, ele já havia sido acusado pela chacina de 5 jovens. Também já foi preso duas vezes por outros crimes.
O Capitão Adriano tem 42 anos e é apontado pelos investigadores como o "poderoso chefão da milícia de Rio das Pedras" e também é "suspeito de ser chefe do Escritório do Crime." O Globo diz que ele é "amigo" de Queiroz. Ele foi preso duas vezes, sendo uma em 2011, na operação Dedo de Deus, contra o jogo do bicho. À época, ele foi considerado responsável pela segurança do chefe da quadrilha, Shanna Harrouche Farcia, filha do bicheiro Waldomir Paes Garcia, morto em 2004.
A mãe do Capitão Adriano, Raimunda Veras Magalhães, aparece em relatório do Coaf por ter depositado R$ 4,6 mil na conta de Queiroz, o ex-motorista de Flávio Bolsonaro que é suspeito de operar uma conta de passagem. Em 3 anos, Queiroz movimentou R$ 7 milhões em sua conta, sem ter renda nem patrimônio para isso. Raimunda , que ocupa cargos na Alerj em função de Flávio ao menos desde 2015, recebia um salário de pouco mais de R$ 6 mil. A esposa do Capitão se chama Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega e é servidora desde 2010.
"O relatório do Coaf aponta mais uma possível ligação entre Queiroz e Adriano. Segundo dados da Receita Federal, Raimunda é sócia de um restaurante localizado na Rua Aristides Lobo, no Rio Comprido. O estabelecimento fica em frente à agência 5663 do Banco Itaú, na qual foi registrada a maior parte dos depósitos em dinheiro vivo feitos na conta de Fabrício Queiroz. Na agência foram realizados 17 depósitos não identificados, em dinheiro vivo, que somam R$ 91.796 - 42% de todo o valor depositado em espécie nas transações discriminadas pelo Coaf, segundo um cruzamento de dados feito pelo GLOBO."
Flávio Bolsonaro prestou homenagens na Assembleia ao Capitão Adriano, por "serviços à sociedade", duas vez: uma em 2003 (moção de louvor) e outra em 2005 (Medalha Tiradentes).
Em 2014, "Adriano e o primeiro-tenente João André Ferreira Martins foram demitidos da PM, considerados culpados nas acusações de associação com a contravenção."
Flávio também ao major Ronald Paulo Alves Pereira, mas em março de 2004. O G1 anotou que até hoje o major é considerado o "chefe da milícia da Favela da Muzema" e que foi homenageado por Flávio depois de ter sido apontado como um dos autores da Chacina da Via Show, que matou cinco jovens na saída de uma festa.
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Pitaco do Briguilino: o titúlo é meu - Joel Leonidas Teixeira Neto -. Explico: Jair Messias Bolsonaro, o líder do clã conhece, é amigos dos milicianos citados acima, antes do nascimentos dos filhos. Bolsonaro pai, foi quem apresentou seus colegas fardados aos seus garotos. Portanto, ele vai tentar tirar o dele da reta, mas só acredita que ele não faz parte desse esquema quem não quer ver o óbvio.
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