Mostrando postagens com marcador tirania. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador tirania. Mostrar todas as postagens

Tereza Cruvinel: ninguém poderá alegar inocência no futuro

Depois deste final de semana, ninguém poderá alegar inocência no futuro, quando cair sobre nós a escuridão anunciada por Jair Bolsonaro e seu grupo, se confirmada sua eleição no domingo.
Eles mesmos nos avisaram de que haverá desprezo e talvez violência contra as instituições democráticas, de que o regime será tirânico, perseguindo adversários, mandando-os para o exílio ou para a prisão. O nome disso é ditadura.
Começando pela fala do deputado eleito Eduardo Bolsonaro, de que o STF poderia ser fechado por um soldado e um cabo, dispensado até o uso de um jipe.
Isso haveria caso o STF impugnasse a candidatura de seu pai, embora a matéria seja afeta ao TSE.
O ministro Celso de Mello, decano da corte, qualificou-a de “inconsequente e golpista” e o presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, afirmou em nota que atacar o Judiciário é atacar a democracia.
Palavras enérgicas mas insuficientes para o tamanho da afronta.

Dilma: A democracia é o melhor instrumento para impedir a tirania e tragédias como o Holocausto


Em solenidade alusiva ao Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, nesta terça-feira (30), em Brasília, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que o melhor instrumento para impedir a tirania e tragédias como o Holocausto é a democracia. Dilma também disse que não se pode esquecer momentos difíceis da história brasileira como os 300 anos de escravidão e os anos de ditadura.
“O Holocausto é necessariamente para nós brasileiros algo que tem que ser objeto da memória e da verdade (…) Nós somos capazes como nação, de construir uma grande riqueza que é nos desenvolver tendo um profundo respeito pelos direitos humanos na construção da democracia. Isso não significa que nós podemos deixar de avaliar, de conhecer, de estudar as mais dolorosas lições da história humana. Pelo contrário, é sobretudo por isso mesmo e para que nós nunca esqueçamos, é que é necessário lembrar, repetir, sistematicamente, para impedir que isso se repita”, afirmou.
O evento prestou homenageou o embaixador brasileiro na França, Souza Dantas, e Aracy Guimarães Rosa, funcionária do consulado em Hamburgo, que salvaram milhares de judeus ao emitir vistos para que pudessem vir para o Brasil. O dia 27 de janeiro foi escolhido pela Assembleia Geral da ONU para a homenagem e faz alusão à libertação pelas tropas soviéticas do campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia.

Segundo Dilma, Dantas e Aracy tiveram coragem de enfrentar a tirania, diante da guerra, da morte, do extermínio. Para a presidenta, eles foram capazes de se levantar e proclamar a legalidade da condição humana, mesmo enfrentando riscos ao emitir os passaportes que salvaram a vida de judeus nas décadas de 1930 e 1940. “Há sempre esperança, por causa da capacidade de coragem diante de tanta barbárie. Honraram o Brasil e dignificaram a humanidade”, completou.

Carta de Shimon Peres