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Toma juízo Francisco, por Falcucci Jairo

As declarações do Papa Francisco chocam, porque ele vive insistindo em repetir os velhos erros, ao ficar defendendo as pessoas que são indefensáveis. Assim como uma outra pessoa bem polêmica, que viveu no passado junto com os publicanos, com as prostitutas, que se preocupou com os leprosos, com os pobres, os coxos...aquela gentinha. Se Ele tivesse ficado ao lado das pessoas de bem, da família tradicional, dos fariseus, dos saduceus, seria gente de respeito. Porque esses sim, eram a companhia certa. E não deu outra: acabou pregado numa cruz. E ainda assim, o Papa insiste em imitá-lo. Toma juízo, Francisco. Se continuar seguindo à Jesus de Nazaré, os cristãos, aqueles que vão se ajoelhar nos templos, vão te crucificar também.
(Falcucci Jairo)

Papa Francisco apoia campanha Lula Livre


Vaticano - O Papa Francisco recebeu hoje segunda-feira (8), uma camisa de da Campanha Lula Livre. Francisco já se solidarizou com o ex-presidente em carta e denunciou o uso do ministério público e judiciário para perseguir Lula.

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Judiciário, o mais corrupto dos poderes. Corrompe a ideia, o ideal de Justiça

Papa Francisco: "O Bem vencerá o mal"



Carta enviada pelo Papa Francisco para o preso político Luis Inácio Lula da Silva

Vida que segue

Francisco e a Igreja Católica


"O Papa Francisco é para a Igreja Católica a melhor notícia dos últimos séculos. Este homem, sozinho, foi capaz de reaproximar as pessoas dos ensinamentos de Jesus Cristo. Os não católicos, como eu, ficam de pé para aplaudir a humildade de cada gesto dele, porque a humildade de Francisco é um milagre da humanidade nesta era de vaidade", Elton John

Recebido por e-mail

Vida que segue...

Brasil 247: o carinho do Papa por Lula

Lula é o maior líder político católico da história brasileira e o Papa fez  uma demonstração inequívoca de seu carinho por ele; enviou-lhe um terço e um bilhete pessoal, escrito a mão; se o Papa tem afeto por Lula, o regime dos golpistas tem ódio; e, com a mesquinharia típica das ditaduras, proibiram o enviado especial de Francisco de entregar o terço conversar com o ex-presidente; o veto é episódio grave e terá repercussão nacional e internacional.

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Brasil 247 - Papa Francisco vai reparar injustiça contra Leonardo Boff

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O Papa Francisco vai convocar Leonardo Boff ao Vaticano para promover o que ele considera uma “reparação” à perseguição sofrida pelo teólogo brasileiro; o teólogo foi interrogado pela igreja para dar esclarecimentos sobre a Teologia da Libertação, da qual ele é um dos ideólogos, e forçado a largar a batina em 1991.
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Papa Francisco -


[Está acontecendo um Golpe de Estado suave no Brasil]
Reunido com a Presidência do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), órgão colegiado dos bispos de toda o continente, Francisco advertiu que pode ​​estar acontecendo um "golpe de estado suave” em alguns países da região, numa referência mais do que direta ao caso brasileiro após o afastamento da presidente legitimamente eleita Dilma Rousseff (PT); entre diversas questões episcopais, o papa manifestou preocupação na seara política com os problemas sociais dos países latino americanos em geral e com a eleição nos Estados Unidos, em particular, por falta de atenção mais viva à situação social dos mais pobres e excluídos
Dilma apresentou proposta para o Congresso aprovar o deficit primário de 96 bilhões para este ano. Não aprovaram e ainda usarem isso como desculpa para o Golpe no relatório do Anastacia (empregadinho do Aécio Neves da Cunha).

Pois não é que o Traíra e seus cúmplices apresentaram proposta no Congresso para o deficit primário deste anos ser de 170,5 bilhões?...

E com certeza a corja aprova, o pig colocou vaselina no Cunha deles e dos paneleiros (as).


Papa Francisco dá uma aula a presidente Dilma Rousseff

Imediatamente após sermão inadequado de Dom Darci José Nicioli, o Papa transferiu-o para Diamantina (MG) sua cidade natal.

Até mau entendedor compreendeu o recado.

Será possível que Dilma seja péssima entendedora?

Pior que tem gente demais pensando que sim.

Bom ela dá um fim a esse equívoco.

Papa Francisco defende o financiamento público de campanha eleitoral

Lukas:
Até tua Papa?

Joel Neto: 
Esse Papa é um apedeuta

Zé Simão:
Esse Papa é petralha

G. Dantas:
Esse Papa é bolivariano



Até o Papa defende o financiamento público de campanha eleitoral

A notícia não é nova — foi publicada pela Agência ANSA em 11 de março — mas é interessante. O papa Francisco, em entrevista à revista La Carcova News, publicação paroquial de um bairro pobre da periferia de Buenos Aires, defendeu que as campanhas eleitorais sejam financiadas com dinheiro público para evitar que “interesses” influenciem a atuação dos candidatos.
“O financiamento da campanha eleitoral envolve muitos interesses, que depois cobram a conta. Evidentemente, é um ideal, porque é preciso de dinheiro para manifestos, para a televisão. Em todo caso, que o financiamento seja público. Eu, como cidadão, sei que financio esse candidato com essa exata soma de dinheiro, que tudo seja transparente e limpo”, explicou, de acordo com a Ansa. Reflitam, irmãos.
do Blog do Zé



Papa critica ganância e riqueza dos outros

[...] mas, não abre mão dos tesouros e mordomias do Vaticano.

O papa Francisco criticou nesta quinta-feira os mega salários e grandes bônus, dizendo na primeira mensagem de paz de seu pontificado que são sintomas de uma economia baseada na ganância e desigualdade.
Em mensagem para o Dia Mundial da Paz da Igreja Católica, celebrado pela Igreja em todo o mundo em 1º de janeiro, o papa também pediu uma maior divisão de riquezas entre as pessoas e as nações para reduzir as diferenças entre ricos e pobres.
"As graves crises financeiras e econômicas da atualidade... levaram o homem a buscar a satisfação, felicidade e segurança no consumo e nos ganhos fora de qualquer proporção com os princípios de uma economia sólida", disse o pontífice.
"A sucessão de crises econômicas deve levar também a repensarmos os nossos modelos de desenvolvimento econômico e a uma mudança no estilo de vida", acrescentou.
Francisco, que foi nomeado na quarta-feira pela revista Time a Personalidade do Ano, pediu à própria Igreja que seja mais justa, frugal e menos pomposa, e que esteja mais perto dos pobres e sofredores.
A mensagem será enviada aos líderes dos países, organizações internacionais, como a ONU, e ONGs.
Intitulada "Fraternidade, a Fundação e Caminho para a Paz", a mensagem também atacou a injustiça, o tráfico de seres humanos, o crime organizado e o tráfico de armas, todos apontados como obstáculos para a paz.
O estilo do novo papa é caracterizado pela humildade. Ele abriu mão do espaço apartamento papal no Palácio Apostólico do Vaticano a decidiu viver em uma pequena suíte em uma casa de hóspedes do Vaticano. Francisco também prefere andar num Ford Focus em vez da tradicional Mercedes utilizada pelos papas.
Um defensor dos oprimidos, ele visitou a ilha de Lampedusa, no sul da Itália, em julho, para prestar homenagem a centenas de imigrantes que morreram cruzando o mar do norte da África para a Europa.

(Reportagem de Philip Pullella)

O Vaticano se mexe

Os apelos do papa Francisco
Ele parece estar redesenhando algumas diretrizes da Igreja, mas o faz à sua maneira, em aparência desenvolta, mas, sem dúvida, muito refletida. Um dia ele faz uma confidência leve. Noutro, dirige-se ao mundo inteiro com veemência a favor da paz na Síria. Ou ainda, um de seus ministros solta uma ideia e essa ideia é uma "bomba" (o questionamento do celibato dos padres). Em outras ocasiões, ele permanece em silêncio enquanto se aguarda a sua palavra. Em suma, o papa Francisco é um comunicador excepcional.

O nascimento de um Estadista

O Rio de Janeiro assistiu o nascimento de um estadista, o Papa Francisco. Foi inesquecível sua atuação na Jornada Mundial da Juventude. Poucas vezes um estadista conseguiu ser tão preciso nos discursos, redesenhando um organismo milenar como a Igreja Católica através da identificação das ideias básicas a nortear o novo rumo.
Não ousou investir contra alguns dogmas, ainda que anacrônicos - como o celibato ou a condenação das relações homossexuais. Mas verbalizou a volta da tolerância ao se indagar: "Se um gay busca Deus, quem sou eu para julgar?".
Mais que isso.
No período em que o mundo conviveu com o maior processo de inclusão da história - das grandes massas miseráveis nos países do terceiro mundo - a Igreja se afastou dos pobres. Na era das quebras de tabu, da condenação a toda forma de preconceito, a Igreja se esmerou na condenação moral para fora e no acobertamento para dentro.
O Papa foi preciso ao identificar nas massas pobres e na juventude a seiva do revigoramento da Igreja. E no enclausuramento da Cúria, no Vaticano, seu maior problema.
Há muito tempo a vocação religiosa deixou de atrair os melhores quadros. A maneira de enfrentar a contemporaneidade dos movimentos evangélicos foi estimular os padres-show, atuando na mesma piscina rasa dos pastores. Ao propor a volta do espírito da catequese, em contraposição à banalização da vida moderna e ao consumismo e busca de status que caracterizam os tempos atuais.Leia mais »

Lula não será candidato a Papa

Após ministrar palestra para Jesus, para a qual recebeu honorários de 30 dinheiros, o ex-presidente em exercício, Luiz Inácio Lula da Silva, negou que concorrerá a Sumo Pontífice em 2014. Ao receber a notícia, o papa Francisco postou no perfil do Orkut que ainda mantém em sinal de humildade: "Eu acho que o Lula não vai voltar, porque não foi e nem nunca irá. Sua onipresença em território nacional é ainda mais milagrosa do que a do Senhor."

Cercado de arcanjos, Lula falou da consultoria remunerada que vem prestando ao governo Dilma e ao Vaticano. "No início do ano, indiquei João Santana para marqueteiro do Papa e aconselhei Bergoglio a andar no meio do povo, a beijar crianças e fazer vários sinais da cruz", contou. E acrescentou, algo desapontado: “Assim que foi eleito com meu apoio, sugeri que adotasse o nome de Biro-Biro I, mas ele foi incauto e preferiu Francisco. Desse modo, voltará a ser poste.”

Sondagens preliminares feitas pelo instituto NSA/Ibope revelaram que a popularidade do Papa Francisco subiu 93% desde sua passagem pelo Brasil. "É a primeira vez que alguém supera o índice de aprovação de Chico Buarque", disse um estupefato Carlos Augusto Montenegro.

Papa Francisco pede que missionários ocupem a periferia

Em discurso para bispos da América Latina, o Papa Francisco defendeu ontem uma grande reforma na Igreja capaz de ampliar o diálogo com as novas gerações e, assim, renovar uma base de fiéis que encolhe em todo o continente. 

O Pontífice convocou os religiosos a amar a pobreza e a austeridade, e disse que a Igreja deve sair do centro e caminhar para as periferias. Condenou a postura reativa dos padres e pediu que eles abandonem a "psicologia de príncipes" saindo das sacristias para a rua. 

O Papa pediu uma Igreja menos ideológica, que evite "desde o liberalismo de mercado até a categorização marxista" Na manhã de ontem, durante a Missa de Envio, que reuniu em Copacabana três milhões de pessoas — um evento que concentrou o maior público em toda a História da cidade —, o Papa Francisco convocou os jovens a espalhar as palavras do Evangelho pelo mundo. Cracóvia, na Polônia, é a cidade que receberá a próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2016. 

Ao se despedir do Brasil, agradeceu a hospitalidade dos cariocas, disse já começar a sentir saudades e afirmou: "Rezem por mim e até breve"
O Globo

Crônica dominical de Luis Fernando Veríssimo

O poder do Papa
Os Papas já tiveram o poder de reis. A história da Europa é, em grande parte, a história desta divisão de poder, e da luta entre os dois absolutismos, o dos Papas e o dos monarcas. O Geoffrey Barraclough (historiador favorito do Paulo Francis quando este ainda era de esquerda e escrevia no “Pasquim”) tinha uma tese segundo a qual a rivalidade de Roma com os reis explicava a superioridade da Europa sobre as sociedades orientais, que já eram civilizadas quando a Europa ainda era terra de bárbaros, mas governadas por dinastias antigas, rígidas e incontestadas, e por isso paradas no tempo.
Na Europa, quem não quisesse se submeter a uma monarquia tinha a opção de se submeter à Igreja. A troca era de um império teocrático por outro, claro, mas criou-se o hábito de dissidência e de pensamento dialético, prólogo para o desenvolvimento científico que viria depois, apesar do obscurantismo da Igreja. E a opção determinou que a Europa não fosse um império monolítico, e sim uma coleção de pequenos Estados.
Acima de tudo, o pluralismo reforçou a independência e a importância das cidades comerciais — Milão, Palermo, Gênova, Veneza, Marselha, Barcelona, Antuérpia, Southampton, Lisboa, as cidades da liga hanseática (o primeiro ensaio de um mercado comum europeu) etc. —, cuja competição impulsionaria as descobertas e a expansão colonial. Tudo isto porque os Papas eram iguais aos reis, inclusive na pretensão de representarem a vontade de Deus na Terra, com exclusividade.
Dizem que certa vez Stalin reagiu à notícia de que o Vaticano o teria reprovado, por alguma razão, com a pergunta desdenhosa: “E quantas divisões tem o Papa?” Desde que perdeu seu poder que rivalizava com o dos reis, o Papa só tem a seu dispor a Guarda Suíça, e assim mesmo para fins decorativos. Mas o Vaticano é o grande exemplo de um Estado cuja potência não se mede com armas — pelo menos não com armas convencionais.
Atualmente, a julgar pela recepção que ele teve no Brasil, o arsenal do Vaticano se resume ao sorriso simpático de um homem. A Igreja não tem mais a relevância política e histórica que teve antigamente e sacrificou muito da sua autoridade moral com posições retrógradas e escândalos financeiros e sexuais. Mas a emoção das multidões que ele mobilizou serviria como uma resposta ao Stalin.

León Ferrari: provocador, controverso, polêmico, ateu e herege

por Gabriela Antunes
Enquanto o Papa era recebido no Brasil com honras de sucessor de São Francisco de Assis, aclamado o pontífice da justiça social e alcançava a quase inédita e unânime simpatia dos brasileiros por um argentino, León Ferrari agonizava em Buenos Aires.
Provocativo, controverso, polêmico, ateu e herege. Quando o artista plástico amarrou uma estátua de Jesus Cristo a uma réplica de um caça norte-americano para protestar contra a guerra do Vietnam e uma igreja que considerava opressora, jamais imaginaria que o homem que chegou a acusá-lo de blasfemar se tornaria o Papa Francisco. “Fiz esta obra porque estavam bombardeando o Vietnam em defesa da civilização ocidental (...). Por outro lado, está a crueldade do cristianismo, representada pela figura de Cristo”, explicou Ferrari à imprensa.
“Nos anos oitenta, criei uma série de obras que se chamava ‘Para Hereges’. Eram gravuras que misturavam motivos orientais e religiosos. O pior da religião é castigar os que não pensam como eles, o auge da intolerância.
E a intolerância mais extrema é a danação por fogo eterno. Essa mesma intolerância abrange toda a sociedade”, disse uma vez em entrevista o artista, considerado pelo jornal “The New York Times” um dos cinco maiores artistas conceituais do século XX.
Crítico ferrenho da sociedade “ocidental e cristã” e ativista dos direitos humanos, Ferrari, que tem um filho desaparecido durante a ditadura, deixou a Argentina no período de repressão do Governo militar, na década de 70, exilando-se em São Paulo. Retornou a Buenos Aires em 1991.
Em 2004, uma retrospectiva do artista no bairro portenho de Recoleta levou mais de 70 mil pessoas ao centro cultural local, enquanto o então Cardeal Jorge Mario Bergoglio travava uma cruzada contra o artista e sua exposição. Fanáticos religiosos chegaram a vandalizar suas obras e a justiça da época decidiu fechar a mostra, reaberta posteriormente graças a uma decisão das instâncias jurídicas superiores.
A exibição continha provocações explícitas, como santos e imagens consideradas sagradas pela Igreja católica dentro de frigideiras e liquidificadores.
“Ferrari criticou como poucos a paixão ocidental pela crueldade e o crime”, escreveu o jornalista Fabián Lebenglik, na edição de ontem do jornal Pg 12.
Em 2009, o artista chegou a brincar com a rixa dele com Bergoglio, afirmando que “pensou muito nele” quando recebeu, durante a Bienal de Veneza, o Leão de Ouro, um dos mais prestigiados prêmios das artes.
Antes de morrer, as declarações do artista foram mais sombrias: Ferrari qualificou a ascensão do Bergoglio à condição de Papa como “um horror”.

A reconciliação da Igreja Católica com o Brasil, através dos jovens, passa necessariamente pela necessidade do Vaticano fazer as pazes com D. Helder Câmara


Joaquim Falcão
O silêncio é gritante.
D. Helder, que com certeza teria sido Prêmio Nobel da Paz se não tivesse sido vítima da aliança do regime militar com João Paulo II e Dom Dedé, o arcebispo quase anônimo que lhe substituiu na prestigiosa até então Arquidiocese de Olinda e Recife, talvez hoje estivesse se não entre os papáveis, pelo menos entre os santificáveis da Igreja.
Para que o Vaticano se reconcilie com os pobres brasileiros, é prudente pedir perdão aos próprios brasileiros pela censura eclesiástica que impôs a D. Helder e à Teologia da Libertação, ao ostracismo que D. Helder aceitou na sua desilusão calada e sofrida.
Enquanto isso João Paulo II fazia ostensivamente política ocidental capitalista em sua terra natal para derrubar o regime comunista polonês, amordaçava os padres e fiéis brasileiros, muitos torturados, que também queriam implantar a democracia no Brasil. E conseguiram, sem auxílio do Vaticano.


Hoje, o Papa Francisco corre atrás do prejuízo. Vamos saudá-lo e ajudá-lo. O elitismo político religioso de João Paulo II abriu as largas avenidas da fé e da esperança, não para o catolicismo, mas para as demais religiões, não tradicionais ao Brasil, como a dos evangélicos. Estes ocuparam o vácuo do desprezo e do medo das massas experimentado pelos cardeais e papas de Roma. Agora a Igreja Católica amarga uma perda de mais de 30% de seus fiéis para os evangélicos.
O Vaticano europeizado em sua distância, aprisionado pelos esquemas mentais da guerra fria – ou comunismo ou capitalismo – não foi capaz de ver D. Helder com a singularidade da esperança. Estigmatizou-o. Não percebeu que a Igreja Católica tinha sido, em nossa história, “o cimento de nossa nacionalidade”, como disse certa feita Gilberto Freyre.
Não me espantaria se um separatismo religioso se instaurasse progressivamente no Brasil com a expansão dos evangélicos. O que é um direito deles, sem dúvida.
Será possível que o Papa Francisco, que prega como pregava D. Helder, com simplicidade, a favor da pobreza, contra os ouros dos altares e os veludos carmim, vá silenciar, nesta longa viagem, sobre D. Helder? Não vá lhe estender a mão?
O quarto de D. Helder, em sua pequena casa no Recife, e não no palácio do Arcebispado a que tinha direito, era mais despojado do que este quarto, difundido no mundo todo, que o Papa Francisco tanto recomenda como simbolismo de expiação dos pecados da elite religiosa diante dos pobres. Já é algo em comum.