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Os males do capital-motel

Muita gente se pergunta porque a Bovespa cai mais do que qualquer outra bolsa de valores do planeta, inclusive as dos Estados Unidos e da Grécia, situações díspares e antagônicas nessa selva de vigarices onde se ganha sem trabalhar.

A resposta é simples: deve-se às facilidades e regalias dadas desde o governo Fernando Henrique ao capital-motel, aquele que chega de tarde, passa a noite e vai embora de manhça depois de haver estuprado um pouquinho mais nossa economia. Claro que também  se deve a essa deletéria política de juros, praticada para atrair recursos ao preço até mesmo de nossa soberania. O resultado aí está: o capital-motel foge daqui em velocidade ímpar para comprar títulos da dívida americana, por ironia ainda os mais garantidos, mesmo depois da proximidade da bancarrota nos Estados Unidos.

Aqui, o capital-motel não tem obrigações, não paga imposto de renda e nem é forçado a permanecer sequer alguns meses na Bovespa. Entra e sai quando quer. Resultado: tanto a iniciativa privada quanto a estatal vão para o precipício. A Vale e a Petrobrás perderam 42,6 bilhões  de reais em 24 horas.
por Carlos Chagas

Para minha amada Lú

As melhores coisas da vida

Te  amar.
Um banho de espuma.
Um olhar especial.
Um banho quente.
Receber cartas.
Dirigir numa estrada bonita.
Escutar sua música preferida no rádio.
Achar uma nota de R$100 na sua blusa que foi lavada semana passada.
Rir de você mesmo.
Teclar à noite que nunca terminam.
Rir por alguma coisa que você sem razão nenhuma..
Os amigos.
Acordar e perceber que ainda
sobram algumas horas para dormir.
Ficar ao lado da pessoa que você ama.
Um jantar a dois.
Dançar.
Beijar na boca (Hummmm!).
Passar o tempo com os amigos.
Encontrar com um velho amigo e descobrir que tem coisas que nunca mudam.
Saber que o amor é eterno e incondicional.
Abraçar a pessoa que você ama.
Ver a expressão de alguém que ganhou um presente que queria muito de você.

Ver o nascer do sol.
Levantar todo dia e agradecer a Deus por outro lindo dia!

E ter você comigo.

O governo [Dilma Roussef] e as pesquisas

Parece que a imprensa gostou do novo tipo de pesquisa que ela própria criou em junho: a pesquisa ignorada. Acaba de sair a segunda rodada, com trabalhos de campo realizados entre os dias 2 e 5 de agosto. O instituto responsável é o mesmo Datafolha e a pesquisa tem muitas similaridades com a outra.
O mais interessante não é que os resultados de ambas sejam, basicamente, idênticos, mostrando que os níveis de aprovação do governo Dilma são elevados.
A principal semelhança é a indiferença com que foram tratadas, igual àquela que os veículos dedicam às de origem dúbia, que podem até ser divulgadas, mas sem destaque ou comentário.
Como não é assim que os trabalhos do Datafolha costumam ser avaliados, o silêncio deve ter outra explicação. Talvez tenham sido acolhidos desse modo por não mostrarem aquilo que se achava que deveriam apontar.
É, no fundo, engraçado que um jornal mande fazer uma pesquisa ouvindo quase 5,3 mil pessoas (a um preço nada baixo) e a trate como material de segunda. Na edição em que foi divulgada, a notícia estava na primeira página, mas ocupava espaço igual ao do título que dizia que “Os paraguaios são a nova mão de obra das confecções do Bom Retiro” (o que, na melhor das hipóteses, é de interesse puramente paroquial).
É, também, curioso que um novo investimento tenha sido feito tão pouco tempo depois do anterior. Entre a pesquisa de junho, concluída no dia 10, e a de agosto, passaram-se apenas sete semanas, período bem mais curto que o padrão adotado pelo instituto no acompanhamento dos quatro últimos governos: seja nos de Fernando Henrique, seja nos de Lula, o normal havia sido fazer levantamentos a cada três meses (ou mais).
De acordo com a pesquisa, o governo Dilma é considerado “ótimo” ou “bom” por 48% dos entrevistados, taxa igual à de março (47%) e junho (49%).
A presidente bisou o desempenho de Lula em novembro de 2007 (quando foi feito o terceiro levantamento do Datafolha naquele ano), superou o que ele alcançava em agosto de 2003 (que tinha sido de 45%), o de FHC em setembro de 1995 (que fora de 42%) e, de longe, o dele em setembro de 1999 (de apenas 13%, em função da volatilidade da moeda naquele momento), sempre de acordo com o instituto paulista.
Em outras palavras: Dilma está à frente de um governo amplamente aprovado pela população. Somente o consideram “ruim” ou “péssimo” 11% dos eleitores, o que quer dizer que apenas uma em cada dez pessoas está insatisfeita.
Na imprensa, os poucos que discutiram os números ficaram mais preocupados em desmerecê-los que explicá-los, o que se evidenciou no intenso uso de conjunções e locuções que os gramáticos chamam “subordinativas concessivas” (embora, apesar de, não obstante, etc.), em construções como “apesar da crise, ainda desfruta ...”, “mesmo com as demissões (de ministros) mantém ...”, “48% aprovam apesar ...”.
Se os cidadãos vissem o governo através dos olhos da chamada “grande imprensa”, não faria, de fato, sentido que o avaliassem de maneira positiva. A rigor, se o Brasil retratado por ela coincidisse com aquele que a população experimenta na sua vida, o que deveríamos ter era uma inversão nas proporções de aprovação/reprovação.
Ao que parece, não é isso que acontece. O Brasil vivido pela vasta maioria dos brasileiros não tem quase nada a ver com aquele que aparece nessa imprensa.
Sempre se pode dizer que o povo é ignorante e que aplaude o governo porque não sabe de nada. Sempre se pode adotar um tom de pretensa superioridade, de quem acha que a popularidade de Dilma (e de Lula) se explica pelos R$ 10 que o cidadão paga de prestação pela torradeira. Sempre se pode achar que os pobres pensam com a barriga e só os bem nascidos com o intelecto.
O certo é que havia uma expectativa de que Dilma caísse nas pesquisas. Maior que a que existia em junho, quando da “crise Palocci”, pois tudo teria piorado: mais “crises”, mais “desgastes”, mais “preocupações”.
A pesquisa foi encomendada para mostrar a queda e, como não a confirmou, foi para a geladeira. O mesmo destino que teve a antecedente e que terão as próximas.
Até que saia uma em que ela oscile negativamente. Aí teremos o carnaval que vem sendo postergado.
Marcos Coimbra

por Carlos Chagas

PROSSEGUE A FAXINA

Informamos ontem que mais frigideiras estavam no fogo, depois da fritura verificada em três e de outra dessas panelas encontrar-se quase no ponto. Pois não é que ontem mesmo apareceu fumaça na quarta? O score, agora, está PMDB, 3, PR, 1, e PT, 1, Quer dizer, já exonerados, 3 ministros, e por exonerar, 2.

Depois de Antônio Palocci, da Casa Civil, Alfredo Nascimento, dos Transportes, e Nelson Jobim, da Defesa, demitidos, fervem  na frigideira Wagner Rossi, da Agricultura, e agora Pedro Novais, do Turismo. Por coincidência, um  teve o seu secretário-executivo abruptamente demitido, e outro, preso pela Polícia Federal. Ambos do PMDB.

Eis mais uma prova da mentira que certa imprensa vinha  espalhando a respeito de estarem blindados os ministros e as estrututras do maior partido nacional, liderado pelo vice-presidente Michel Temer. Acresce que no caso do ministério do Turismo, vinte altos funcionários tiveram suas prisões provisórias ou preventivas decretadas.

Alguém ainda ousará sustentar  que a presidente Dilma Rousseff celebrou acordo com o PMDB para deixar o partido de fora da faxina anunciada e executada?

Faltavam detalhes, ontem, das causas das prisões, mas se um secretário-executivo vai para trás das grades, não será pelo desaparecimento de lápis ou pelo uso do carro oficial para madame fazer compras no supermercado. Será coisa grossa, sucedendo-se para o ministro  do Turismo a mesma indagação que atinge o da Agricultura: Suas Excelências ignoravam as atividades de seus mais próximos  auxiliares? Possível, é, mas provável,  de jeito nenhum.

A faxina prossegue,  enquanto crescem a confiança na presidente Dilma  Rousseff  e o pânico na base oficial. No mínimo, não cuidaram direito das indicações feitas quando da composição do ministério. No máximo, só Deus sabe...

CONTINUAM PRESTIGIADOS
No “brasileirão”, 13 técnicos já foram dispensados por conta da má performance de suas equipes. Injustiça em alguns casos, necessidade em outros, mas significativos números a confirmar que sempre haverá um responsável por fracassos e derrotas. O singular é que até quinze minutos antes de serem mandados embora os técnicos sempre estão “prestigiados” pela diretoria dos clubes.

No ministério, pela primeira vez em muitos anos,  acontece o mesmo. Ministros foram e continuarão sendo exonerados diante de denúncias, evidências e até provas de mau comportamento.

No futebol, são as torcidas organizadas que iniciam e impulsionam  o processo de mudança dos técnicos. Na administração pública, esse papel é desempenhado pelos meios de comunicação, diante dos ministros. Até  tudo se completar, porém, cabe à  presidente da República manifestar plena confiança nos ministros que dispensará no momento previsível.

MOSQUITOS GOVERNISTAS
Evidência maior de que o ex-ministro Nelson Jobim anda mesmo às voltas com sintomas de dengue está no fato de que no último domingo, contrariando anos de rotina, ele deixou de almoçar com  a família num dos restaurantes da moda, em Brasília. Mulher e filhos foram, mas ele ficou em casa, submetido a exames de sangue e outras cautelas necessárias à doença.

Agora, se estava decidido a não comparecer às cerimônias de posse e de transmissão de cargo ao  seu sucessor, é outra história. A dengue serviu de argumento, mas certamente existiam outros para explicar sua ausência.

Jobim anda na baixa, em especial pela falta de solidariedade de seu partido, o PMDB, durante as escaramuças que manteve com a presidente Dilma. Não pode queixar-se de ter sido picado pelo mosquitinho infernal quando recebeu ordem da chefe do governo para deixar Tabatinga, na Amazônia, o mais breve possível, para ser demitido na capital federal. Terá sido mera coincidência. Mas não deixa de ser singular que tendo ido tantas vezes à região, só agora os insetos tenham avançado nele. Seriam governistas, esses bichinhos?

EUA: Mandados pelo dinheiro

As circunstâncias políticas em torno da elevação do teto da dívida americana tiveram influência decisiva para o rebaixamento daquele país por uma agência de classificação de risco.

Mesmo alertada — e tendo admitido — que seus números estavam errados, a tal agência decidiu rebaixar o rating americano, e ponto final.

É até curioso que a esta altura agências de risco sejam levadas a sério, depois das lambanças protagonizadas na crise de 2008. Quando até a véspera atestavam a saúde de gente podre na alma, como os fatos mostrariam.

Talvez se explique pela necessidade obsessiva de bússolas, até das quebradas. O sujeito olha para o instrumento e sente algum conforto, mesmo sabendo que o bichinho de pouco serve, depois de ter falhado além do razoável.

Essa necessidade é fonte de poder. Daí que a arrogância das tais agências tenha sobrevivido aos recentes fracassos delas na sua competência principal, avaliar riscos.

Como o médico que vem errando diagnósticos, mas na falta de outro colega disponível emite novos pareceres com a mesma empáfia e autossuficiência de quando era visto como intocável.

Há uma divergência política instalada nos Estados Unidos sobre a maneira de controlar a dívida pública. Democratas querem taxar quem ganha mais e reduzir despesas militares. Republicanos não aceitam aumento de impostos nem cortes no esforço de guerra.

Essa é a divergência. O consenso está em ambos defenderem que a dívida precisa ser controlada para ser honrada. E para abrir espaço ao crescimento. O keynesianismo lá anda meio em baixa.

Ou seja, a agência desclassificou os Estados Unidos não por ela valorizar as diferenças entre as forças hegemônicas, mas por desconsiderar um dos únicos pontos consensuais entre elas.

E por desconsiderar também que o conflito encontra um mecanismo seguro para ser resolvido: as eleições de daqui a pouco mais de um ano.

Na verdade, o que certa gente não tolera mesmo é a democracia. Se os Estados Unidos, por exemplo, cultivassem também a jabuticaba das medidas provisórias, possivelmente os sábios da medição de rating respirassem mais aliviados.

A ala mais radical do Partido Republicano ganha fôlego entre os americanos porque a população não quer pagar mais impostos. Mas esse sentimento não é novo, e não é exclusivo dos cidadãos dos Estados Unidos.

Mais que não querer pagar mais, o americano recolhe de outra fonte a sua insatisfação.

A saída keynesiana foi boa para impedir um mergulho na escuridão três anos atrás, mas não vem sendo suficiente para recolocar a locomotiva nos trilhos em velocidade razoável.

O próprio governo brasileiro, que dia sim outro também acende uma vela “contra o neoliberalismo”, apresenta a renúncia fiscal como elemento importante de uma política econômica voltada ao crescimento e ao emprego.

Barack Obama poderá, se assim entender, defender na campanha de reeleição que o remédio keynesiano é bom, mas a dose vem sendo insuficiente.

Já o candidato republicano certamente retrucará com as vantagens — segundo ele — de deixar mais capital na mão dos empresários, para que invistam e assim gerem crescimento econômico.

A exemplo do que faz o governo do Brasil.

Quem vai decidir? As urnas. E se elas produzirem uma situação de ainda equilíbrio, que os futuros poderes busquem o consenso possível.

Como encontraram dias atrás. Mas a tal agência não gostou, e desencadeou uma onda global de instabilidade.

Paciência. Para os czares da economia a democracia pode até ser um estorvo. Mas ela é insubstituível.

Os Estados Unidos têm lá seus problemas causados por políticos cuja qualidade é duvidosa, ou é vista como tal em períodos difíceis.

Mas estão bem melhor, muitíssimo melhor do que estariam caso o poder estivesse não nas mãos dos eleitos pelo povo, mas não na dos escolhidos pelo dinheiro. 
por Alon Feurwerker

Receita de arroz com camarão

arroz-com-camarao-f8-3803.jpgIngredientes

1 xícara (chá) de leite
3 colheres (sopa) de margarina 
3 xícaras (chá) de arroz cozido 
400 gr de camarão  
1 caixinha de creme de leite 
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
2 tabletes de caldo de camarão
1 colher (sobremesa) de extrato de tomates

Modo de preparo

Tempere o camarão com sal, pimenta e limão. Dê uma leve fritada no camarão com metade da margarina derretida e reserve. A seguir, derreta o restante da margarina, junte a farinha de trigo e misture, mexendo bem. Depois junte o leite, os caldos dissolvidos em um pouco de água e deixe formar um creme. Junte o creme de leite, o camarão, o extrato de tomates e deixe cozinhar sem levantar fervura. Coloque este creme no arroz e misture.

PF prende 35 no Ministério do Turismo

Presos incluem o atual secretário executivo, ligado ao PMDB, e um ex-ocupante do cargo, vinculado ao PT
A Operação Voucher da Polícia Federal prendeu até a noite de ontem 35 pessoas vinculadas a um suposto esquema de corrupção no Ministério do Turismo. Entre os detidos estão o atual número dois da pasta, Frederico Silva da Costa, e um ex-ocupante do cargo, Mário Moyses, ligado à senadora Marta Suplicy (PT). A ação aumentou a crise entre PT e PMDB dentro do governo. O Turismo é comandado pelo peemedebista Pedro Novais, mas o contrato investigado foi celebrado na gestão do PT, em 2009. A investigação apontou fraudes e desvios de recursos em um convênio de R$ 4,4 milhões do ministério com uma ONG para suposta capacitação profissional no Amapá. Documentos obtidos pelo Estado revelam o uso de atestados falsos pela entidade para celebrar o contrato e duas emendas parlamentares, de R$ 4 milhões e R$ 5 milhões, da deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP) destinando dinheiro para a ONG. Segundo a polícia, parte do dinheiro foi desviada e o objetivo do contrato não saiu do papel. Fátima negou responsabilidade pelo desvio. 

Dilma faz 'faxina' também na Conab

A presidente Dilma Rousseff ordenou que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) passe pelo mesmo processo de "faxina" dos Transportes. Do presidente aos assessores ligados a políticos, todos serão afastados e substituídos por "técnicos".