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Sarneyzinho do Maranhão: e a liberdade de expressão?


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Bar do Omar caiu na rede

O dono de um bar ou qualquer outro estabelecimento comercial pode ter e expressar sua opinião, isso é liberdade de expressão. Mas, o juiz não pode ter opinião quando julga uma ação, ele tem de se ater aos autos, as provas e as leis.

"As vezes caio, mas me levanto e sigo em frente, nunca desisto, porque a mão que me ampara não é a do cão, é a de Cristo"
Vida que segue...

El País cobra liberação de entrevista com Lula

"Em meio ao consenso pela liberdade de expressão no caso Crusoé, o jornal El País publicou artigo dos jornalistas Florestan Fernandes Júnior e Carla Jiménez em que cobram a liberação do STF para a entrevista com o ex-presidente Lula, vetada pelo ministro Dias Toffoli; 
Quem ergue a bandeira de defesa do jornalismo o faz de maneira irrestrita. Vale para a liberação da reportagem da Crusoé e para a entrevista de Lula no El País. Ambas estão amparadas na Constituição. Autorizar as duas vai ser um gesto importante para garantir que o Supremo não é refém de nenhuma milícia virtual, mas escravo da democracia, afirma o jornal espanhol."
Brasil 247
  

Vida que segue

O Tijolaço está sob censura prévia

Fernando Brito: ontem, hoje, a intimação da 10a. Vara Cível de Curitiba, determinada pela Juíza Genevieve Paim Paganella, para que não apenas retirasse do blog um post sobre a Juíza “X”, também do Paraná, no qual reproduzi uma  matéria do Jornal do Brasil, publicada também pelo jornal O Globo e pela Gazeta do Povo, maior jornal daquele estado.
Cumprirei a ordem e, com os parcos recursos que tenho enfrentarei o processo que a “Juíza X” move, no qual não fui citado anteriormente mas apenas intimado agora para cumprir a liminar daquela colega da autora.
Mas é chocante que, depois de tantas decisões do STF, aconteça de alguém receber uma ordem para se abster “de efetuar de novas postagens relativas aos mesmos fatos, em qualquer publicação ou postagem, por quaisquer meios de divulgação, mormente em virtude do caráter sigiloso do processo judicial sub judice (sic)”.
No processo, ao qual só hoje tive acesso – e precário, pela desorganização de sua publicação eletrônica – verifico que há previsão de que se obedeça à ordem ” sob pena multa diária no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), com limite de R$ 100.000,00 (cem mil reais) em relação à cada pessoa jurídica e/ou física indicada no polo passivo”. E são várias.

Moro ta se achando, por Juremir Machado da Silva

Resultado de imagem para charge rei

O juiz Sérgio Moro saiu do nada para a glória em tempo recorde.
Desenvolto, ele não se constrange em ampliar todos os dias o seu alcance.
Ao que tudo indica, vaza ou faz vazar informações quando acha necessário.
A Lava Jato é uma associação entre ele, a Polícia Federal e o Ministério Público.
Não deveria haver distanciamento entre quem investiga e quem julga?
Moro parece fechado numa parceria com a Rede Globo.
Manda conduzir coercitivamente sem antes intimar ou convocar para depoimento.
Ao que consta vazou o famoso áudio da conversa entre Lula e Dilma que derrubou a presidente.
Incansável e original, Moro acaba de se arrogar uma nova atribuição: definir quem é jornalista.
Mandou prender o blogueiro Eduardo Guimarães, que antecipou há um ano a condução coercitiva de Lula, totalmente arbitrária, para extrair-lhe a fonte dessa informação. Criticado por atentar contra o direito de preservação da fonte, expediu nota dizendo que Guimarães é blogueiro, mas não jornalista.
Moro vai mandar conduzir coercitivamente William Bonner, o leitor de notícias do Jornal Nacional, por difundir informações vazadas todos os dias diretamente das instâncias de investigação?
Vai mandar conduzir coercitivamente o Procurador-Geral da República, o  contraditório Rodrigo Janot, que, segundo a ombudsman da Folha de S. Paulo, organizou um monstrengo chamado “coletiva em off” para vazar seletivamente sua lista de nomes a investigar com autorização do Supremo Tribunal Federal?
No popular, Moro tá se achando.
Tudo nele anda com cara de exceção.
Moro não precisa ser presidente da República.
Já é o rei do Brasil.

Publicado originalmente no jornal Correio do Povo - Porto Alegre (RS)
P.S: Joaquim Barbosa também se achou. Alguém lembra disso?

Frase do dia

Se você concorda com o blogueiro Eduardo Guimarães, tem de defende-lo. Se discorda, mais ainda. As regras da Liberdade de expressão são e devem valer para todos, sem exceção", André Forastieri

Conversa Afiada: Moro despirocou com a transposição das águas


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A proposito das alucinadas explicações [alucinações] da vara [Quadrilha] de Curitiba para a prisão do Blogueiro Eduardo Guimarães mereceu serenas observações do Vasco, que está em Curitiba aguardando ver Lula ser algemado pelo Japa da PF.
Moro despirocou depois da consagração ​de Lula em Monteiro, do desastre ferroviário causado pelo delegado Grillo, além dos ratos que começam a abandonar seu barco.
Mas a história registra muitos loucos perigosos. Boa sorte para todos nós.
​Eis nota "explicativa" dos condutores coercitivos, segundo vazamento obtido por Ilustre colonista da Fel-lha.:​
"O senhor Carlos Eduardo Cairo Guimarães é um dos alvos de investigação de quebra de sigilo de investigação criminal no âmbito da Operação Lava Jato, ocorrida antes mesmo de buscas e apreensões.
Neste contexto, apura-se a conduta de agente público e das pessoas que supostamente ​(sic) ​teriam divulgado informações sigilosas e que poderiam ter colocado investigações em risco. Eduardo Guimarães não foi preso​ (não, foi chupar picolé na PF da Lapa, em SP - PHA)mas conduzido coercitivamente (sem intimação para a data de hoje - PHA) ​para prestar declarações e já foi liberado.Pelas informações disponíveis ​(sic)​, o Blog da Cidadania é veículo de propaganda ​(e o do Rola Bosta? ​Se fosse de propaganda, o Edu não era um duro... ​- PHA) ​política, ilustrado pela informação em destaque de que o titular seria candidato a vereador pelo PCdoB ​(e se fosse do PSDB ? - PHA) pela a cidade de São Paulo. Juntos ​(sic) ​aos cadastros disponíveis, como ao TSE, o próprio investigado se autoqualifica como comerciante e não como jornalista.
(E daí? O Mino Carta é escritor, o Ataulpho Merval, imortal e o Elio Gaspari é historialista. Quer dizer que você só pode ser uma coisa: ou comerciante ou jornalista! O Ministro Gilmar, por exemplo: ou é juiz ou dono de instituição de ensino! O gatinho angorá: ou é Ministro com foro privilegiado ou enche o cofrinho! - PHA)
As diligências foram autorizadas com base em requerimento da autoridade (sic) policial e do MPF de que Carlos Eduardo Cairo Guimarães não é jornalista, independentemente da questão do diploma​ (que dizer que, agora, o Moro se dá o direito de dizer quem é e quem não é jornalista - PHA)e que seu blog destina-se apenas (sic) ​a permitir o exercício de sua própria liberdade de expressão
​(e o blog do Rola Bosta ? Do Mainardi ? São exercícios de sua própria liberdade de expressão! Quer dizer agora que os jornalistas e blogueiros tem que expressar a opinião dos outros! De preferência a opinião do Dr Moro! Ou do Grillo, lavajateiro ilustre e herói da Pecuária Pátria! - PHA)
e a veicular propaganda político partidária (se fosse do PSDB, nao vinha ao caso ... - PHA)​.
Não é necessário diploma para ser jornalista (que ótimo, Dr Moro. A família do ansioso blogueiro agradece a elevada consideração! Sempre pensou que ele fosse Sociólogo - PHA)mas também não é suficiente ter um blog para sê-lo (quá, quá, quá!- PHA) ​.
A proteção constitucional ao sigilo de fonte protege apenas (sic) ​quem exerce a profissão de jornalista, com ou sem diploma(Quero ver o que o Otavinho Frias vai dizer disso: ele que é dono de jornal E jornalista! Quá quá quá! - PHA).
​A investigação, por ora​ (sic)segue em sigilo​ (até que seja util vazá-la para a Globo... PHA)​a fim de melhor elucidar os fatos."

Dilma denuncia à liberdade de expressão no caso Eduardo Guimarães


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A legitima Presidente do Brasil Dilma, Rousseff, deposta pelo golpe midiático, jurídico, parlamentar de 2016, se manifestou sobre a condução coercitiva do advogado e blogueiro Eduardo Guimarães pela Polícia Federal hoje terça-feira (21/03). Dilma disse que recebeu a notícia com apreensão e classificou como "grave. A ele foi pedido que revelasse suas fontes. O episódio é grave. Ameaça a liberdade de imprensa e de expressão, garantidas pela Constituição", disse Dilma. "Sou solidária a Eduardo porque sei como é duro ter de se explicar por pensar e escrever", completou a presidente deposta; ação autorizada pelo juiz Sérgio Moro está sendo encarada por vários jornalistas, juristas e políticos como uma clara ação de autoritarismo, vista com frequência quando o Brasil viveu regimes de exceção. 

Eu o Coronel em mim, mando e desmando, faço e desfaço

Excelente texto do jornalista e *condenado, José Cristian Góes

Dedico a Gilmar Mende e Joaquim Barbosa. E você dedica a quem?

Está cada vez mais difícil manter uma aparência de que sou um homem democrático. Não sou assim, e, no fundo, todos vocês sabem disso. Eu mando e desmando. Faço e desfaço. Tudo de acordo com minha vontade. Não admito ser contrariado no meu querer.  Sou inteligente, autoritário e vingativo. E daí?


No entanto, por conta de uma democracia de fachada, sou obrigado a manter também uma fachada do que não sou. Não suporto cheiro de povo, reivindicações e nem com versa de direitos. Por isso, agora, vocês estão sabendo o porquê apareço na mídia, às vezes, com cara meio enfezada: é essa tal obrigação de parecer democrático.

Minha fazenda cresceu demais. Deixou os limites da capital e ganhou o estado. Chegou muita gente e o controle fica mais difícil. Por isso, preciso manter minha autoridade. Sou eu quem tem o dinheiro, apesar de alguns pensarem que o dinheiro é público. Sou eu o patrão maior. Sou eu quem nomeia, quem demite. Sou eu quem contrata bajuladores, capangas, serviçais de todos os níveis e bobos da corte para todos os gostos.

Apesar desse poder divino sou obrigado a me submeter à eleições, um absurdo. Mas é outra fachada. Com tanto poder, com tanto dinheiro, com a mídia em minhas mãos e com meia dúzia de palavras modernas e bem arranjadas sobre democracia, não tem para ninguém. É só esperar o dia e esse povo todo contente e feliz vota em mim. Vota em que eu mando.



Ô povo ignorante! Dia desses fui contrariado porque alguns fizeram greve e invadiram uma parte da cozinha de uma das Casas Grande. Dizem que greve faz parte da democracia e eu teria que aceitar. Aceitar coisa nenhuma. Chamei um jagunço das leis, não por coincidência marido de minha irmã, e dei um pé na bunda desse povo.

Na polícia, mandei os cabras tirar de circulação pobres, pretos e gente que fala demais em direitos. Só quem tem direito sou eu. Então, é para apertar mais. É na chibata. Pode matar que eu garanto. O povo gosta. Na educação, quanto pior melhor. Para quê povo sabido? Na saúde...se morrer “é porque Deus quis”.

Às vezes sinto que alguns poucos escravos livres até pensam em me contrariar. Uma afronta. Ameaçam, fazem meninice, mas o medo é maior. Logo esquecem a raiva e as chibatadas. No fundo, eles sabem que eu tenho o poder e que faço o quero.  Tenho nas mãos a lei, a justiça, a polícia e um bando cada vez maior de puxa-sacos.

O coronel de outros tempos ainda mora em mim e está mais vivo que nunca. Esse ser coronel que sou e que sempre fui é alimentado por esse povo contente e feliz que festeja na senzala a minha necessária existência .



Democratização dos meios de comunicação

por Paulo Moreira Leite - Brasil 247

Reação sintomática




Menos de 72 horas depois da posse de Ricardo Berzoini no ministério das Comunicações, o esforço do governo Dilma para colocar o debate sobre a democratização da mídia na ordem do dia começa a dar os primeiros frutos.

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), candidato a vice presidente na chapa derrotada de Aécio Neves, foi obrigado a entrar na briga. O eleitor aplaude e o país agradece. Poderá comparar opiniões e projetos diferentes e até opostos.

Verdade que, sem sacrificar o espírito combativo que é sua marca o senador poderia ser mais preciso em suas palavras.

Aloysio Nunes chama o debate sobre a democratização da mídia de “tentativa criminosa” de controlar o trabalho dos jornalistas. Diz que é uma ameaça a “liberdade de expressão,” cuja defesa define com a “prioridade das prioridades.”

A verdade é que todo mundo tem o direito de pensar como quiser mas é difícil entender o que pode haver de criminoso no esforço de cumprir, por exemplo, o artigo 220 da Constituição federal. Ali se diz, em seu parágrafo segundo, que é “vedada toda censura política, artística ou religiosa.” No mesmo artigo, apenas dois parágrafos adiante, se afirma que os meios de comunicação “não podem ser objeto de monopólio ou de oligopólio?”

O que pode haver de criminoso nesse debate?

Com estes artigos, os constituintes de 1988 apenas definiram uma verdade fundamental para o destino do país: sem pluralidade, sem expressar o debate de ideias das várias camadas da sociedade, não se consegue cumprir o parágrafo que proíbe a censura.

Esta é o ponto — e daí vem a importância de uma discussão que não começou ontem.

Há menos de um mês o jornalista João Paulo Cunha foi forçado a pedir demissão do jornal Estado de Minas. Seu crime? Escrever um artigo crítico sobre a postura de Aécio Neves após a derrota na eleição presidencial. O caso é lamentável, mas está longe de constituir uma novidade.

Em 1982, o genial Millor Fernandes deixou a revista VEJA porque não abria mão de fazer imagens favoráveis a Leonel Brizola, um velho inimigo da casa. Pouco depois, o mesmo aconteceu com outro gênio, Henfil, esvaziado na ISTOÉ depois que passou a defender o boicote ao Colégio Eleitoral que iria escolher — por via indireta — o governador Tancredo Neves para presidente da Republica. A lista de censurados e excluídos é longa — basta consultar os arquivos.

E olhe que estamos falando de casos simbólicos, que ajudam a ter uma ideia de um fenômeno geral.

O foco no debate sobre a democratização da mídia nem envolve jornais nem revistas — mas emissoras de rádio, TV e demais concessões públicas, onde o controle de opinião e da informação é ainda mais rigoroso, o acesso mais exclusivo e fechado.

Ninguém quer retirar a liberdade de expressão de quem já tem. O que se quer é que os excluídos tenham um lugar para se expressar. Isso porque a liberdade não é um discurso — mas uma prioridade, mesmo. Na dúvida, cabe perguntar se é inaceitável viver num país onde, conforme o levantamento do Manchetômetro, a candidata Dilma Rousseff recebeu, na campanha de 2014, 25 notícias negativas para 1 positiva.

Isso é liberdade? Democracia?

O debate envolve ampliar a liberdade — ou manter um regime para os privilegiados e seus amigos de sempre.


Quando a liberdade de expressão mostrou sua cara ao Brasil


A forma agressiva e desrespeitosa com que os entrevistadores do Jornal Nacional da tv Globo - William Bonner e Patrícia Poeta - trataram a presidente e candidata a reeleição, Dilma Roussef, teve o efeito contrário do que eles inquisidores imaginaram. 

Explico:
A polêmica que se criou, em face da flagrante parcialidade e agressividade que nortearam a entrevista, por parte dos apresentadores, se disseminou nas redes sociais e no restante da mídia, acarretando defesas e ataques conforme a opção eleitoral dos internautas e mercê de outras manifestações de conteúdo estritamente crítico.

Para refletir

"Se as pessoas podem ser abertamente gays, por que eu não posso ser abertamente racista?"
Janelle Ambrosia

Eu acho que ela ou quem quer que seja tem o direito de ser abertamente racista - o que significa ser abertamente imbecil -. O que ninguém tem é direito de discriminar o outro.

Qual a tua opinião?

Para lembrar

O jornalista Zuenir Ventura escreveu o artigo: Para não esquecer criticando a censura imposta pelo AI 5 - Ato Institucional nº 5 - e como sempre, para não perder o costume...

Criticar o PT.

Ele não esquece que o ato foi um atentado contra a liberdade de expressão e os direitos humanos.

Pois é, ele não esquece...muito bom!

Mas, também é bom lembrar:

O condenado continua tendo direito a liberdade de expressão e aos direitos humanos.

Acontece que sobre José Genoino - textualmente -, José Dirceu e Delúbio Soares serem censurados e terem seus direitos humanos violados, ele não escreve uma vírgula...

Faz sentido!

São petistas...

Ah, quanto a frase:

"Às favas todos os escrúpulos éticos"...é perfeita para quem apoiou os Ditadores de 64 e hoje apoiam os togados que condenam sem provas. Além claro, os paladinos da moral e ética seletiva.




Zuenir Ventura - para não esquecer

Chamado de golpe dentro do golpe, o Ato Institucional nº 5, cuja promulgação completou 45 anos ontem, foi um dos maiores atentados cometidos contra a liberdade de expressão e os direitos humanos. Vale a pena lembrar.
Em uma década de vigência, esse decreto institucionalizando a ditadura militar fechou o Congresso, cancelou o habeas corpus e puniu mais de mil cidadãos, cassando ou suspendendo seus direitos, além de promover a censura de cerca de 500 filmes, 450 peças de teatro, 200 livros, dezenas de programas de rádio, cem revistas, mais de 200 letras de música e uma dúzia de capítulos e sinopses de telenovelas. Só o falecido Plínio Marcos teve 18 peças vetadas.
O índex ia de Chico Buarque, um dos mais perseguidos, à comediante Dercy Gonçalves. Já na madrugada de 13 de dezembro, vários jornais foram censurados ou impedidos de circular, e centenas de políticos, intelectuais, jornalistas, artistas foram presos num tipo de operação que mais tarde seria consagrada pelos bandidos: o “arrastão”.
O AI-5 foi assinado por 22 dos 23 membros do Conselho de Segurança Nacional, composto pelos ministros civis e militares reunidos pelo então chefe do governo, marechal Costa e Silva, o segundo ditador a mandar no Brasil no período de 1964 a 1985.
A sessão que aprovou o Ato constituiu um espetáculo semelhante a uma peça do tropicalismo, então na moda, dirigida por José Celso Martinez Correa. Os ministros-atores funcionaram como encarnações alegóricas da hipocrisia e da pusilanimidade.
O único a se portar com dignidade naquela sexta-feira, 13, foi o vice-presidente da República, Pedro Aleixo, que se recusou a apoiar um documento que, como todos leram, instaurava no país o reino do arbítrio, da tortura e do terror. Basta dizer que um preso acusado de delito político ficaria incomunicável por dez dias — cinco a mais do que o Alvará de 1705, usado para arrancar confissão dos inconfidentes mineiros.
Consta que, cheio de dúvidas e quase arrependido, Costa e Silva teria desabafado: “Peço a Deus que não me venha convencer amanhã de que Pedro Aleixo é que estava certo.” Diz-se que o velho ditador tinha esperança de que o AI-5 acabasse logo. Ele acabou antes.
Pelo menos dois remanescentes daquele conselho continuam por aí sem esboçar qualquer revisão crítica do passado: Jarbas Passarinho, ex-ministro do Trabalho e da Previdência, e Delfim Netto, pai do “milagre econômico”.
O primeiro é autor da famosa frase que pronunciou ao emitir seu voto a favor do AI-5: “Às favas todos os escrúpulos de consciência”. O segundo tornou-se muito respeitado pelos antigos adversários que agora estão no poder e dos quais tem funcionado como conselheiro ou guru. Tão respeitado que eles parecem ter atualizado a imprecação de Passarinho, mudando-a para:

 “Às favas todos os escrúpulos éticos”.

Biografia autorizada e seus efeitos colaterais

Merval Pereira volta ao tema das biografias autorizadas ressaltando o que diz o jurista Joaquim Falcão,  “fere gravemente a liberdade acadêmica, a liberdade de ensinar e de pesquisar”. Quero chamar a atenção de um perigo, mais um, que ameaça a imprensa livre como efeito colateral da nova proposta apresentada por Roberto Carlos.
Em boa hora, portanto, a Academia Brasileira de Letras (ABL) decidiu ingressar comoamicus curiae na ação direta de inconstitucionalidade (Adin) que a Associação Nacional dos Editores de Livros (Anel) move no Supremo Tribunal Federal contra a censura às biografias não autorizadas. Estará lutando também pela liberdade de imprensa, como veremos.
Essa nova tese de aceitar o fim da necessidade de autorização dos biografados com a ressalva de que caberá ao Judiciário decidir no caso a caso o que representa ou não violação de privacidade, na prática, mantém tudo como está hoje, foi uma forma inteligente que o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, encontrou para, seguindo o conselho do príncipe Falconeri no livro “O Leopardo”, de Lampedusa, mudar para deixar tudo como está.
Os biografados, especialmente os que têm bons advogados, irão ao Judiciário contra os livros que contiverem informações que lhes desagradem e obterão liminares proibindo as publicações ou determinando a supressão do que incomodar, sempre com base na invasão da privacidade/intimidade.
Essa nova estratégia é muito mais perigosa do que a anterior, de exigir autorização prévia dos biografados, porque aparenta uma disposição para o diálogo que fez, erroneamente, que se pensasse que Roberto Carlos havia recuado de sua posição inicial, quando, na verdade, ele está apenas tentando se livrar do estigma de promover a censura prévia de livros.
Mas o seu objetivo continua o mesmo, controlar o fluxo da informação, tentando escrever a história de acordo com o seu ponto de vista, o único verdadeiro segundo sua curiosa maneira de ver as coisas.
Ocorre que o assunto pode acabar tendo consequências mais graves do que a já absurda censura às biografias: os mesmos artigos 20 e 21 do Código Civil que são interpretados como fundamentos para proibir as biografias também podem servir para proibir matérias jornalísticas que supostamente invadam a privacidade de alguém.
Os artigos 20 e 21 em momento algum citam a palavra “biografia”. Eles protegem a imagem e a intimidade contra “usos comerciais", a edição de livros tem sido entendida como um uso comercial, e não há razão para que o jornalismo não o seja.

Podem me xingar à vontade


Sou a Favor da Legalização do Aborto. 
Sou A Favor da Legalização das Drogas. 
Sou a Favor da Legalização do Jogo. 
Sou A Favor do Casamento Homossexual. 
Sou a Favor de que se possa ser Ateu, Crente, Budista, Umbandista, ou praticante de qualquer Religião. 
Sou a favor de que as pessoas possam FAZER suas escolhas sem que pra isso o ESTADO sirva de Babá. 
A priore é preciso conscientizar as pessoas através do conhecimento e da Educação. 
O ESTADO é LAICO então só deveriam seguir as normas religiosas aqueles que são praticantes das Religiões. 
É de fato um absurdo que em pleno Século XXI a Igreja Católica Proíba o Uso de Camisinha. 
Esse Estado Patriarcal só interessa a quem comanda uma massa de gente que não consegue pensar por si só. 
MAS NADA JUSTIFICA A INTOLERÂNCIA, seja ela da parte dos religiosos ou da Parte dos Manifestantes de qualquer que seja a bandeira. 
Quebrar a IMAGEM DE UM SANTO Não fará com que a Sociedade reflita sobre sua postura conservadora, ao contrário, a fará ainda mais conservadora.
Pode andar de peito de fora SIM. Qual é o problema? 
Pode vestir a roupa que quiser SIM. Qual é o Problema? 
Poder dar um Beijo Gay SIM. Qual é o problema? 
Mas se isso for para ofender as pessoas, e não pelo exercício da LIBERDADE, vira atitude de adolescente birrento e não de gente que está lutando por algo MUITO IMPORTANTE que é o RESPEITO pelas opções individuais. 

Tico Santa Cruz

Quem está pagando?


Não vi ainda nenhuma matéria que informe ao distinto público quem está pagando a turnê de Yoani por 12 (!) países – passagens aéreas, hospedagens, traslados, alimentação, lazer, banda larga e direito a dois acompanhantes, o marido e o filho. 

Nem a Folha de S.Paulo, que até em batizado de boneca do PT pergunta quem pagou o vestido da Barbie, parece interessada nesse assunto. E eu desconfio por quê.

Yoani Sánchez é a mais nova porta-bandeira da liberdade de expressão em nome das grandes corporações de mídia e do capital rentista internacional. 

É a direita com cara de santa, candidata a mártir da intolerância dos defensores da cruel ditadura cubana, a pobre coitada que tentou, vejam vocês, 20 vezes sair de Cuba para ganhar o mundo, mas só agora, que a lei de migração foi reformada na ilha, pode viver esse sonho dourado. 

Mas continuo intrigado. 

Quem está pagando?.

Manipulação jornalística é isso

Qualquer pesquisa sobre este notícia abaixo, por mais superficial que seja prova que isso não passa de uma manipulação grosseira e sob encomenda para os meios de comunicação. Confiram:

O Brasil se tornou, em 2012, num dos países mais perigosos para se trabalhar como jornalista. Foram registradas de 132 mortos no exercício da profissão, de acordo com o Instituto Internacional da Imprensa, com sede em Viena.


Jornalista é ferido durante confrontos em Aleppo, na Síria, no dia 24 de agosto de 2012. Foto: afp.com / James Lawler Duggan
No ranking macabro, o Brasil ficou com um lamentável quinto lugar, contabilizando cinco mortes, atrás apenas da Síria em guerra civil, com 31 jornalistas e oito funcionários de veículos de informação mortos; da Somália, com 16 jornalistas mortos; do Paquistão, onde oito foram vítimas da violência; e do México, com sete, em meio a graves conflitos envolvendo grupos de narcotraficantes.
Atrás do Brasil ficaram Colômbia e Honduras (três jornalistas mortos em cada).
“É o maior número de jornalistas mortos desde que o Instituto Internacional da Imprensa começou a registrar de maneira sistemática a morte violenta de jornalistas, ou seja, desde 1997″, indica o IPI (siglas em inglês) em um comunicado.
“O recorde anterior foi registrado em 2009, com 110 jornalistas mortos, incluindo 32 durante o massacre de Maguindanao, nas Filipinas”, indica o IPI. Em 2011, 102 jornalistas perderam a vida enquanto faziam reportagens.
Para o diretor do IPI, Alison Bethel McKenzie, “é incrível que tantos jornalistas tenham sido mortos em 2012″.
Em matéria de restrições ou entraves à liberdade de imprensa, o Instituto Internacional da Imprensa indica uma série de países, em diversos níveis: Estados Unidos, Argentina, Cuba, Equador, China, Nepal, Egito, Israel, Belarus, Reino Unido, Grécia, Rússia…
A Turquia recebeu um capítulo particular, com cerca de 70 jornalistas presos, “um recorde mundial”, segundo o IPI.
Como destaques positivos, o Instituto revelou “progressos significativos” em Mianmar.
No dia 18 de dezembro, a organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) e o Comitê para a Proteção dos Jornalistas haviam apresentado registros diferentes para o ano de 2012: 88 jornalistas mortos em trabalho, segundo o RSF, e 67 mortos, de acordo com o CPJ.
da Agência France Press

Folha de São Paulo censura Falha de São Paulo


Frank de la Rue disse 'não entender' porque a direção do jornal se irritou com blogue de paródia Falha de S. Paulo, fora do ar há dois anos, nem porque a Justiça acatou ação contra iniciativa
Em visita extraoficial ao país, o relator especial das Nações Unidas para Promoção e Proteção do Direito à Liberdade de Opinião e Expressão, Frank de la Rue, criticou hoje (13) o jornal Folha de S. Paulo e a Justiça brasileira pelas ações judiciais que há dois anos tiraram do ar o blogue Falha de S. Paulo. O site foi criado em 2010, durante as últimas eleições presidenciais, para criticar o que seus autores consideravam uma "partidarização excessiva" do diário mais influente do Brasil.
Ao saber da iniciativa, a direção da Folha não gostou e processou os proprietários do blogue: pediu uma multa de R$ 10 mil por dia em que a página permanecesse no ar. A Justiça assentiu com a sanção financeira, mas a reduziu para R$ 1 mil diários. E concedeu uma liminar ao jornal cassando o domínio da Falha na internet – que desde então, e menos de um mês depois de ser criada, deixou de existir.
"É interessante essa ironia que vocês fizeram com Folha e Falha", pontuou De la Rue, "porque uma das formas de jornalismo mais combatidas hoje em dia, e que deve ser defendida, é o jornalismo irônico, burlesco." O relator da ONU comparou as penas judiciais sofridas pelo blogue Falha de S. Paulo, no Brasil, aos ataques que o jornal dinamarquês Jyllands-Posten e seu cartunista, Kurt Westergaard, sofreram em 2006 após publicarem uma charge de Maomé. A caricatura trazia o profeta maior do Islã com uma bomba no turbante, e provocou manifestações violentas em países muçulmanos – inclusive tentativas de assassinato do desenhista.
"Achei a charge bastante ruim, no sentido mais político da palavra: não era um momento oportuno, nem a forma oportuna de provocar", ponderou, "mas nunca irei censurar uma caricatura ou uma publicação irônica." Frank de la Rue lembrou ainda que o jornal norte-americano The New York Times já sofreu no passado sátiras semelhantes à Falha (uma página chamada Not New York Times) e não acionou judicialmente seus críticos. "É o mais lógico", avaliou. "A ironia é uma forma de expressão legítima. Não entendo porque a Folha de S. Paulo se incomodou com a iniciativa nem porque os juízes, pior ainda, aceitaram a ação. É terrível."
O relator da ONU sobre liberdade de expressão esteve nesta quinta-feira em São Paulo para uma reunião com blogueiros, sindicalistas e entidades que defendem a democratização da comunicação no país. O encontro ocorreu no auditório do Sindicato dos Engenheiros, no centro da capital. De la Rue ouviu relatos sobre abusos praticados por governos, Justiça, empresas e criminosos contra a liberdade de expressão no Brasil. Foi nesse contexto que soube das sanções judiciais contra o blogue Falha de S. Paulo, após intervenção de um de seus idealizadores, o jornalista Lino Ito Bocchini, que havia sido formalmente convidado para a audiência.
De acordo com Bocchini, a Folha embasa sua ação no argumento de que o blogue estaria fazendo uso indevido da logomarca do jornal ao trocar a letra "o" pelo "a". Na visão da empresa que publica o diário, esse jogo de palavras, inserido numa mesma identidade visual, poderia confundir o leitor. "É apenas uma desculpa", defende Bocchini. "A batalha judicial agora está na segunda instância, e acreditamos que uma manifestação da Relatoria Especial da ONU pode ajudar os desembargadores do Tribunal de Justiça." De la Rue prometeu que usaria de suas prerrogativas para fazer uma comunicação formal ao Estado brasileiro sobre o assunto.
"O acosso judicial é uma forma de limitar o trabalho de jornalistas, de censurá-los", avaliou o funcionário das Nações Unidas. "Ainda que não haja condenação, mover uma ação na Justiça já é uma agressão econômica, porque implica em gastos com advogados e defesa." O relator classificou como "grave" o fato de que no Brasil haja "dois níveis" de liberdade de expressão: a liberdade dos grandes meios de comunicação, que em geral é respeitada, e a dos meios de comunicação independentes e alternativos, que sofrem restrições maiores. "Um dos princípios que defendo é que a liberdade de expressão, como todos os direitos humanos, deve ser universal."