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Frase do dia



Acho que Lula terá uma vitória maiúscula. Já é o maior favorito que tivemos em todas as eleições. Nunca tivemos um candidato no início de junho com o tamanho que Lula tem hoje, nem mesmo Fernando Henrique Cardoso
  [que já venceu uma eleição presidencial no primeiro turno] Lula provavelmente terminará esta eleição com a maior vitória eleitoral da história política brasileira. Vamos parar de cultivar a imagem de que a eleição está em aberto porque, para o povo, não está.
Marcos Coimbra - sociólogo e presidente do instituto de pesquisa, Vox Populi
Lula presidente>>>

Liderança de Lula nas pesquisas é inédita na história


Marcos Coimbra, presidente do Vox Populi afirmou na TV Brasil 247:
"Eu nem sempre concordo com o tom de grande preocupação segundo o qual estamos por um fio, que Bolsonaro tem cartas na manga e que é preciso tomar muito cuidado."

O sociólogo também disse: "toda eleição tem o imponderável, ainda mais quando você enfrenta uma turma como essa família [Bolsonaro] completamente autoritária e sem o menor pudor de usar o Estado para seu interesse." E acrescentou: "Mas é importante ter claro também que estamos há menos de seis meses da eleição com o maior favorito que já houve.

O febeapá das pesquisas, por Marcos Coimbra

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O debate sobre a eleição de 2022 está repleto de erros. Para conserta-los, temos de destacar quatro itens:
  • 1º Por enquanto a população não está empolgada com a eleição...Leia mais>>>
  • 2º Pesquisas remotas são de pouca utilidade...Leia mais>>>
  • 3º Ano que vem faremos nossa 9ª eleição moderna...Leia mais>>>
  • 4º Levar a sério as pesquisas eleitorais pressupõe em respeitar os números...Leia mais>>>
Festival de besteiras que assola o país
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Marcos Coimbra: temos que respeitar os números das pesquisas

A elite e a grande imprensa são tão antilulistas que só veem aquilo que querem nas pesquisas. Quando se metem a fazer contas, ignoram a aritmética da escola primária. Andam tão encantadas com o heroizinho que inventaram que o único que fazem atualmente é especular a respeito do “potencial de Moro”. 

Esse cidadão, em pesquisas presenciais, tem algo abaixo de 10%. É “bem conhecido” por 60% das pessoas e apenas 20% dizem não conhecê-lo. Entre os 80% que têm alguma informação a seu respeito, 54% dizem que não votariam nele “de jeito nenhum”. Quando o capitão não está na lista, cresce modestos 5 pontos. Em qualquer critério, é um candidato fraco, com apelo limitado a setores da classe média (na pesquisa Vox mais recente, obtém 2%, quase traço, entre os mais pobres). 

Pode crescer? Claro, pois quem é pequeno sempre tem espaço para melhorar. Mas só com muita torcida é possível imaginá-lo disparando para tirar o capitão do páreo. Quanto a Lula, continuará lá na frente, como favorito. 

O povo pode ter pouco interesse no dia a dia da politica, até porque sua vida concreta é muito difícil, mas tem lado. As pesquisas mostram qual. 

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Marcos Coimbra: em 2022 faremos nossa nona eleição moderna

Nove eleições não é tanto, mas não é pouco. Há o que aprender com nossa experiência, se a olharmos direito.  

A próxima eleição não está “mais indefinida” ou com “menos votos na espontânea” que as anteriores. A rigor, a um ano das eleições de 2006, 2010 e 2014, o total de respostas nominais à pergunta de voto sem apresentação de listas pouco passava de 35%, de acordo com levantamentos do Datafolha. No mesmo instituto, em setembro último, chegava a 52% e o espaço para o crescimento de novas candidaturas era significativamente menor.  

Lula não está “grande demais”, por se contrapor a um desclassificado como Bolsonaro. De 2002 para cá, ele nunca teve menos que 40% das intenções estimuladas de voto, no primeiro turno, em nenhuma eleição, incluindo as duas que venceu, as duas que não disputou porque não quis e aquela em que foi impedido por uma sucessão de atos de força. 

Podemos ler as pesquisas atuais torcendo pelo candidato que preferimos. O que não podemos é reescrever o passado.  

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Marcos Coimbra: pesquisas remotas são de pequena utilidade

Pesquisas políticas por telefone ou internet servem para mostrar o que pensam as pessoas que têm telefone ou computador e se interessam o suficiente por esses assuntos para responder a longos questionários, na maior parte das vezes aplicados sem interação pessoal. Como acabamos de ver, essas são poucas e estão concentradas nas camadas de renda mais elevada.

Depois que voltamos a fazer pesquisas presenciais, à medida em que a pandemia amainou, vimos um retrato da próxima eleição completamente diferente do que tínhamos. Lula ficou maior, Bolsonaro menor e os demais candidatos diminuíram de tamanho. A razão é óbvia: quando o método de pesquisa é adequado, mais gente do povo é ouvida. Seus candidatos ficam maiores, enquanto os das classes médias se apequenam. 

Pesquisas remotas ajudam pouco a entender a maioria do eleitorado. 

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Marcos Coimbra: Por enquanto, o povo não está interessado na eleição

A população brasileira não se interessa por política, a não ser perto da eleição. O interesse já foi maior, quando as pessoas estavam mais satisfeitas com o país e suas lideranças, mas, de 2013 para cá, depois que atacar os políticos e a política passou a ser moda, o desinteresse subiu. 

Na mais recente pesquisa Vox Populi, apenas 24% dos entrevistados disseram estar “sempre” ou “na maior parte do tempo” interessados em política. Igual ao que ocorre com as “campanhas e eleições”: 63% responderam que não se interessam por elas. 

Os resultados variam em função da renda: dizem-se interessadas 17% das pessoas de baixa renda e 40% das que ganham mais. Quanto às campanhas e eleições, o mesmo padrão: 50% dos que têm renda maior se interessam e apenas 29% dos de renda menor. 

A esta altura da eleição, a maioria do povo está distante e pouco informada acerca das movimentações de partidos e candidatos. O que quer dizer que, na aferição de oscilações conjunturais (provocadas por declarações, novos apoios ou mudanças de partido, por exemplo), as pesquisas se limitam, na prática, a identificar os sentimentos de menos que 20% do eleitorado. 

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Marcos Coimbra: politicamente, Moro morreu


Em si, Sergio Moro não tem mais importância na politica brasileira. Todos os verbos que se referem a ele estão no passado.  
Chegou a ser uma hipótese de figura de primeira grandeza, quando surgiu para a opinião pública nacional como o juiz ferrabrás de uma tal Lava Jato. A maioria não o conhecia e somente os mais interessados no dia a dia do Judiciário sabiam quem era.   
 Às vezes, acende-se uma pequena luz no quadro da política. Pode ser um prefeito que chama a atenção,  um procurador inovador, um ministro que se destaca, um empresário com boas ideias. Ser governador de estado aumenta a chance de ser visto.
 A luz se acende, mas costuma apagar-se. É preciso mais que a oportunidade para criar um personagem relevante. No mínimo, é necessário ter carisma e substância.   
Tome-se o caso de alguém cujo conceito original se enraizava em lugar semelhante ao de Moro no imaginário da sociedade. A luz de Fernando Collor faiscou em 1987, quando assumiu o governo de um dos menores estados do País com a bandeira da “guerra aos marajás”. Recebeu toda a ajuda que teve (e não foi pouca), mas só virou presidente porque a matéria prima de sua imagem era forte, várias vezes mais forte que a do ex-juiz.    
O nome de Moro chegou a ser incluído em algumas pesquisas na ultima eleição. Em uma do Datafolha de final de setembro de 2017, não alcançava 10%, apesar de ser conhecido por quase 80% dos entrevistados (Collor, em condições semelhantes - a onze meses da eleição e entre quem o conhecia -, passava de 40%). Números decepcionantes para alguém com tantas pretensões, que devem tê-lo ajudado a desistir da aventura.    
Percebendo que seu cacife era pequeno, Moro provavelmente avaliou que o melhor caminho seria tornar-se um “grande eleitor”, assumir o governo com o vitorioso e, a partir daí, garantir uma poltrona na primeira fila da política nacional. A esse projeto se dedicou desde o começo de 2018, esperando, pelo menos, o prêmio de consolação de uma cadeira no Supremo.   
Cumpriu o combinado com Bolsonaro e o antipetismo, correndo para tirar Lula da eleição, custasse o que custasse, passando por cima das normas mais básicas do Direito. Graças ao The Intercept Brasil, temos agora uma ideia de como ele e sua turma agiram para interferir na eleição. Nada, porém, que surpreenda quem se lembra de suas fotos debochadas com Michel Temer e os amigos tucanos.   
Deu o passo seguinte tornando-se logo ministro de Bolsonaro, mas, outra vez, foi além do que as pernas alcançavam. 
Com ignorância e arrogância, supôs que o ministério da Justiça seria um trampolim, achando que conseguiria tirar de letra o problema da segurança no Brasil.    
De novembro de 2018 até ser abatido pela exposição de suas manobras, Moro foi incapaz de dar sequer o primeiro passo para alcançá-lo. Não mostrou ter noção, visão, interpretação ou proposta para lidar com a questão.     
As revelações até agora publicadas do Intercept (e deve haver outras) bastam para colocar uma pá de cal nas ambições de Moro. Sua inépcia administrativa já havia, no entanto, feito com que sobrevivessem apenas na fantasia.   
Bolsonaro e o bolsonarismo erram, contudo (como é regra), ao rir-se das desventuras de Moro e de seus patéticos esforços de se agarrar a eles para não afundar. O ex-juiz ainda tem apoio na sociedade, mesmo que cadente e cada vez menos determinado pelo que objetivamente é e faz hoje. Destituído de futuro, sem um presente que possa ser defendido, resta como símbolo de um passado, em que era ampla a sustentação da Lava Jato e da hipotética renovação que representaria. Os que permanecem presos a essa ilusão não podem admitir a morte de Moro.   
Quem o patrocinou lá atrás, como o sistema Globo, um pedaço da cúpula do Judiciário e do Exército, só o jogará fora se não houver jeito. É o único herói da “revolução gloriosa” que fabricaram, a luta para acabar com Lula e o PT a pretexto de erradicar a corrupção. Sem Moro, a imagem do projeto que arquitetaram é o constrangedor retrato do zoológico bolsonarista. Para todos, bem como para Bolsonaro e seu governo de figuras ridículas e inexpressivas, a morte politica de Moro é um revés.         
Há outra hipótese, de Moro ser capaz de resolver seu problema e Bolsonaro mostrar-se um presidente competente na solução de crises, mas podemos descartá-la. Os próximos meses serão piores para o capitão.
***
Judiciário, o mais corrupto dos poderes. Corrompe a ideia, o ideal de Justiça

Ciro pode decidir a eleição, diz Marcos Coimbra diretor do Vox populi


Neste momento as pesquisas indicam que Haddad e Bolsonaro esteja empatados (sábado 27) véspera da eleição, é o que prevê Marcos Coimbra, diretor do instituto Vox Populi, em entrevista ao programa Giro das 11 da TV 247 hoje pela manhã. "Acredito que a tendência de queda de Bolsonaro e de pequena subida de Haddad pode nos levar a um empate cravado nas pesquisas do sábado." Para Coimbra o apoio explícito e firme de Ciro Gomes ao candidato do PT será valioso para definir as eleições em favor Haddad.
  

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Marcos Coimbra: a fragorosa derrota da mídia

É longa a lista de notícias falsas e interpretações equivocadas que a "grande" imprensa brasileira ofereceu aos leitores no acompanhamento da eleição presidencial. Inventaram candidaturas, imaginaram cenários e fizeram suposições irreais a respeito daquilo que a população queria. Não conseguiram antecipar o quadro que temos hoje. 



Apostaram que os eleitores buscariam a "novidade", nutriram a ridícula expectativa de que o governo Temer "chegaria forte" à eleição. Mais recentemente, difundiram a convicção de que o embate mais importante voltaria a ser travado entre PSDB e PT. 

Dentre vários despropósitos, dois foram os principais. De um lado, a incapacidade de enxergar a força de Lula e do PT. De outro, a recusa de reconhecer que Jair Bolsonaro é mais que um personagem bizarro. 

O saldo desses erros é a dificuldade de compreender as duas candidaturas, que, juntas, representam mais de 70% das preferências, tomando como base o voto nominal nas pesquisas recentes. A respeito da força de Lula, o máximo que conseguem é insistir na cantilena de que "os pobres têm saudade de uma época em que viviam (ilusoriamente) melhor", subtraindo a condição de cidadãos, capazes de fazer escolhas qualificadas, das dezenas de milhões de pessoas que pretendem votar em seu nome e reduzindo-as a estômagos malsatisfeitos. 

Em relação a Bolsonaro, o maior equívoco é vê-lo como uma espécie de Celso Russomano, o candidato paulista defensor televisivo dos direitos do consumidor, que sempre começa bem e termina mal as eleições majoritárias.

Não foram poucos os analistas que decretaram que o capitão apenas esquentava o lugar que Geraldo Alckmin ocuparia na hora H, quando o jogo efetivamente começasse e os profissionais entrassem em campo. 

Nunca houve qualquer base para essa suposição, até ao contrário. Bolsonaro não nasceu na televisão e não é o tipo de candidato que o eleitor desinteressado e desinformado identifica como alguém familiar, de quem tem algumas vagas referências positivas. 

São frequentes os candidatos com esse perfil e quase tivemos um a presidente, quando Luciano Huck namorou a possibilidade de concorrer. Mais sábio que Russomano, logo percebeu que era grande o risco de repeti-lo, preferindo retirar seu nome da disputa. 

Marcos Coimbra: Haddad irá para o segundo turno em primeiro lugar

Em entrevista ao Brasil 247 o sociólogo Marcos Coimbra do Instituto de pesquisas Vox Populi,  afirmou que se Lula for impedido de disputar a eleição presidencial, a transferência de votos para Fernando Haddad será questão de horas, 6 no máximo. Leia mais>>>

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Marcos Coimbra: Lula é um caso único no mundo

Brasil 247 - Um dos maiores especialistas do país em pesquisas e cenários eleitorais, o sociólogo Marcos Coimbra, do Instituto de Pesquisas Vox Populi concedeu uma entrevista à TV 247 nesta quarta (15) e revela: se Lula for cassado, a transferência de votos para Haddad "acontecerá em horas"; o PSDB corre o risco de ser riscado do mapa nestas eleições; a polarização na sociedade nunca foi entre o PT e o PSDB, mas entre o petismo e o antipetismo, e é Bolsonaro que asume o lugar dos tucanos agora.

"O petismo é um fenômeno inédito em nossa história e entre 20% e 30% do eleitorado se sente identificado com o PT por quase quatro décadas", diz Coimbra. Ele afirma que "do outro lado do espectro não surgiu uma contraposição, como o Partido Republicano nos Estados Unidos; o que nós temos é uma coisa que se afirma pela negação", algo que "foi encarnado pelo PSDB na história recente" mas que esvaneceu com o golpe, porque o antipetismo mudou de um discurso que considerava "vago e fluido" do PSDB por outro mais radical (Bolsonaro). 
Para Coimbra, Lula é "um caso único no mundo", e "a complexidade da imagem dele perante as pessoas não é só porque elas viviam melhor quando ele era presidente, é uma relação emocional, de profunda identidade". Por isso, se ele for vetado, seu representante (Haddad) "deve passar para o segundo turno na frente de Bolsonaro" e será mais fortalecido quanto mais agressivas forem as medidas do Judiciário para interditar Lula. Quanto à questão do tempo para que uma eventual transferência as intenções de voto para Haddad aconteça, ele foi taxativo: "o eleitor de Lula não precisa de meses, nem semanas, nem dias para tomar essa decisão; é provável que não mais do que em seis horas isso aconteça" e que é preciso levar em conta que "80% da população brasileira tem smartphone" (o número é ainda maior, há quase dois smartphones ativos por habitante no país).
Ele afirma que o horário eleitoral gratuito e a mídia tradicional têm pouca influência no eleitorado no primeiro turno das eleições -a propaganda gratuita passa a ter maior relevância no segundo turno- o que pode tornar praticamente inócua a aliança de Alckmin com o "centrão". Para Coimbra, o fato de Alckmin ter apenas 20% das preferências no estado de São Paulo, em terceiro lugar, atrás de Lula e Bolsonaro é quase um decreto de sua chance nula de sucesso nas eleições. 
O sociólogo diz que Bolsonaro é também um fenômeno "complexo" na sociedade brasileira e que, ao contrário do que os analistas imaginam, "ele não é um adversário fácil" e sua candidatura "representa um pedaço importante do Brasil".


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Marcos Coimbra: Lula é eleito no 1º turno ou Haddad vai para o 2º em primeiro lugar

O tiro saiu pela culatra. 
A condenação sem provas, a prisão arbitrária e as ilegalidades praticadas pelos mafiosos de toga (sejumoro, os desembraguinhos do trf4 e os do supremo com tudo), só fez crescer a aprovação do ex-presidente e diminuir o sentimento anti-petista que a grande mídia alimentou. Pesquisas qualitativas do Vox Populi indicam que se Lula for candidato, é eleito no primeiro turno. Se a máfia de toga impedir, Fernando Haddad irá para o 2º turno sendo o mais votado.

Vamos vê até onde os bandidos de toga irão para impedir que o povo eleja soberanamente o seu escolhido. 

O que tenho a dizer é o seguinte: paciência tem limites. A nossa (Povo) tá por um fio. Depois a casta de juízes e procuradores não venham reclamar. 
***

Marcos Coimbra: Candidato de Lula pode ter 32% dos votos, no primeiro turno

Vox Populi - O PT contratou três pesquisas do instituto. Os números da primeira indicam que a transferência de votos do ex-presidente Lula é capaz de colocar o candidato do partido no 2º turno, com no mínimo 20% dos votos, podendo chegar a 32%, o que significa a liderança do pleito.

Como podemos vê, o PT estará no 2º turno. A questão é: contra quem?

  • Ciro
  • Marina
  • Alckmin
  • Bolsonaro
Eu acredito que os fãs do "Mito" podem Jair vendo ele em 4º lugar para baixo
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O velho Lula de sempre


Não será power point nem as convicções da quadrilha de Curitiba que vai mudar a percepção que o Povo tem do ex-presidente e das melhorias conquistadas durante os governos dele.
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As cem vidas de Lula, por Marcos Coimbra
Se dependesse dos adversários, Lula estaria morto. Se possível, teria morrido várias vezes. Tantas quantas as “balas de prata”, os “golpes fatais” e as “bombas atômicas” que acharam que o atingiram.
Semana passada, com as delações de Antonio Palocci, reencenaram o espetáculo da morte de Lula. O script foi rigorosamente cumprido: primeiro, o anúncio de “grandes revelações”; segundo, um interrogatório encenado; depois, a divulgação espalhafatosa, acompanhada da promessa de que o delator ainda tinha “muito a dizer”. No outro dia, o coro dos comentaristas, repetindo que, dessa, Lula não escapava.
Tudo velho. Perdemos a conta de com quantos desses espetáculos o País foi brindado de 2015 para cá.
Na variante adotada com Palocci, o roteiro envolve uma desmesurada prisão arbitrária, mantida até que se quebre a resistência do prisioneiro e ele “confesse”. Os mais sujeitos a ceder e concordar em dizer aquilo que os carcereiros determinam são os de poucas convicções e muito a perder. Quantos milionários já se prestaram ao papel de Palocci? Topam tudo para preservar a riqueza.
Existe outra variante, em que as teatralizações são personificadas diretamente por juízes, promotores e delegados. Vimos muitas, desde os interrogatórios a que o ex-presidente foi submetido à recente sessão de promulgação de sentença. Mas nenhuma superou o ridículo da mise-en-scène do PowerPoint.
Até agora, nenhuma dessas pantomimas foi eficaz. Lula sobreviveu às incontáveis acusações que sofreu da imprensa corporativa, às horas de denúncias do Sistema Globo, às capas de revistas e manchetes afirmando sua culpa. Não morreu a cada prisioneiro que tiraram da cela para recitar a “colaboração premiada”.
Está vivo depois de ser coercitivamente conduzido a depor e de ser objeto dos jogos de cena de promotores. Resistiu à condenação de Sergio Moro.
Todas as pesquisas mostram que Lula fez mais do que sobreviver. Do ano passado para cá, sua imagem melhorou e cresceram suas intenções de voto. O silêncio da mídia corporativa sugere que seus institutos apontam o mesmo. Terá sido a delação de Palocci a primeira a mudar esse panorama? Os antilulistas têm motivos para comemorar a lastimável exibição a que o ex-ministro se prestou?
Podemos repetir o que esta coluna afirmou em julho, logo após a sentença de Moro: “O mais provável é que, no fundamental, as intenções de voto para as próximas eleições tenham mudado pouco: quem se dizia propenso a votar no ex-presidente deve manter a opção. O que significa que o favoritismo de Lula deve permanecer”.
Para o antilulismo, grave não é somente constatar que não consegue erodir o apoio que Lula sempre teve em uma vasta parcela da opinião pública. Pior é perceber que só lhe resta seu próprio “núcleo duro”, a minoria mais conservadora e reacionária da sociedade.
A melhora de Lula em todos os indicadores revela que as pessoas menos politizadas e com menor definição partidária estão sendo a cada dia menos afetadas pelas encenações que lhes são apresentadas. Elas pararam de prestar atenção e de acreditar na cantilena que ouvem.
Uma das razões para isso é a incapacidade do antilulismo no Judiciário, na mídia e no sistema político de comprovar qualquer malfeito do ex-presidente. Falam em milhões e bilhões, mas o máximo que conseguem de concreto é insistir em um apartamento que não é dele e um sítio com churrasqueira e pedalinho. Enquanto isso, são malas de dinheiro correndo de cá para lá, empilhadas em apartamentos.
Lula está bem nas pesquisas e lidera com folga a corrida para a eleição de 2018 porque, para uma proporção majoritária do País, é bom e é melhor do que os outros políticos. A maioria gosta dele e o admira, de muito a alguma coisa, restando 30% que antipatizam com ele. Ao contrário de quase todos os políticos, o saldo entre o que fez de bom e de errado é visto como largamente positivo.
Apenas uma minoria supõe que enriqueceu e se afastou das pessoas comuns. A maioria sabe (ou sente) que sua vida desmente as acusações que os inimigos fazem e, a cada vez que restabelece o contato direto com o povo, como agora na caravana pelo Nordeste, volta a percebê-lo como seu igual.
Para a maioria da população, Lula continua a ser o velho Lula de sempre. Não há espetáculo de juízes e promotores, não há carnaval midiático que mude algo tão simples.

Artigo semanal de Marcos Coimbra

O impeachment sem força
A pregação diuturna anti-Dilma, anti-PT no pig tornou-se inócua. E a lava jato já deu o que tinha de dar.
Agora é esperar 2018 para saber se Lula é candidato. Se for, é desde já favorito disparado.

***
Atribui-se a Fidel Castro uma fórmula para saber se um país passa por uma revolução. É fácil, segundo ele: basta verificar se os indivíduos sorriem. A alegria de viver durante uma revolução seria imediatamente perceptível no rosto de cada um.
Fidel não disse, mas seria razoável supor que o inverso também fosse verdadeiro. Sempre que o repúdio a um governo se tornasse universal e não houvesse solução natural para os problemas coletivos, a tristeza se estamparia em cada face.
Ninguém está contente com a situação atual ou sorri quando pensa no Brasil. A maioria está insatisfeita e o desejo por mudanças é unânime. Mas seria despropositado imaginar que todos estejam acabrunhados. No País real, os tristes e desesperançados são minoria. Menor ainda é a parcela que aceita a conversa oposicionista de que tudo de mal é responsabilidade de Dilma Rousseff e do Partido dos Trabalhadores. Esse porcentual se reduz um pouco mais quando se trata daqueles que acreditam que a saída de Dilma e o fim do PT resolveriam os problemas da nação.
Apesar de agir em concerto no Parlamento, na mídia, no Judiciário e na sociedade civil, as oposições foram incapazes de promover e conservar na opinião pública o clima emocional necessário a transformar a insatisfação em revolta. No máximo, conseguiram atrair segmentos bizarros, de um direitismo de opereta.
Uma das razões é o fato de o tempo ter passado. As circunstâncias que propiciam amplos movimentos de opinião costumam ser fugazes e não resistem à banalização. É possível sustentar um clima político de alta eletricidade por semanas e, talvez, alguns meses, não por mais de um ano. 
Quem aguenta ver os mesmos personagens a repetir as mesmas coisas dia após dia? Quem se emociona ao ouvir um discurso proferido cem vezes? Quem se surpreende com a denúncia de hoje, se é idêntica àquela de ontem? 
A exacerbação da militância anti-Dilma e anti-PT da “grande” mídia serve para explicar a retração do movimento pró-impeachment. Ao repetir a mesma adjetivação exagerada, as mesmas manchetes tonitruantes, as mesmas fotos canhestramente encenadas, sua peroração tornou-se inócua. Hoje, ela prega para os convertidos.
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A perda de interesse pela Operação Lava Jato é o sintoma. Joia do discurso oposicionista e vitrine para alguns dos personagens mais vistosos de suas fileiras, ela não consegue manter a atenção da opinião pública no nível de quando começou, por mais intenso que seja o holofote ofertado pelos meios de comunicação. 

Modelo anacrônico

As pesquisas dominadas por poucos, os debates engessados e o programa gratuito mal formatado são um desserviço à democracia
por Marcos Coimbra na Carta Capital

Agora que estamos em clima de disputa eleitoral efetiva, o atraso institucional brasileiro em termos de comunicação política fica evidente. Enquanto caminhávamos para a repetição do confronto entre o PT e o PSDB, o problema era menos premente. A eleição transcorria sem despertar emoções na vasta maioria do eleitorado. Salvo os radicais dos dois lados, eram poucos os apaixonados.

Depois de o acaso (ou a “Providência Divina”, como gosta de dizer Marina Silva) tirar a vida de Eduardo Campos, o ambiente esquentou. Quem acompanha o movimento nas redes sociais constata um crescimento de quase 400% nas menções aos candidatos: Dilma Rousseff saltou de 75 mil postagens ao dia, em média, para 250 mil. Eduardo Campos/Marina, de 7 mil para 150 mil. Aécio Neves de 35 mil para 60 mil.

Desde o acidente, o interesse do eleitorado aumentou. A curiosidade dos eleitores a respeito dos resultados das pesquisas ficou maior. Há mais disposição de assistir aos debates na televisão. Apesar de ainda ser cedo para afirmar, há sinais de que neste ano a audiência dos programas no horário gratuito será elevada.

Isso torna óbvio o nosso atraso. No caso das pesquisas, por que não copiar as democracias maduras? Por que insistir em um padrão de debates televisados antigo e superado? Por que preservar uma velha legislação sobre a propaganda eleitoral na televisão e no rádio?

Nos países adiantados, o acesso às boas pesquisas eleitorais deixou há muito de ser, como aqui, privilégio de poucos. Lá, os interessados não são mantidos na ignorância, limitados a tentar adivinhar como estariam as intenções de voto a cada dia. Os repórteres não dão “furos” com os “vazamentos” de “pesquisas internas”. Não há lugar para as especulações dos espertos nas bolsas de valores, em razão do próximo levantamento.


No Brasil, o cidadão conhece fundamentalmente aquilo que um único grande contratador quer que ele saiba. É a Rede Globo, que diz como e quando (e por meio de que instituto) os eleitores serão informados a respeito das intenções de voto em âmbito nacional. Fora O Globo, jornal do grupo, seus outros “parceiros” na imprensa diária (Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo) só sobrevivem neste mercado porque ela consente (mesmo se defendem, provincianamente, como no caso da Folha, institutos próprios).

Além do problema inerente a toda situação de monopólio, há outro, decorrente do modo como atua a Rede Globo, de insistir em submeter as eleições ao modelo de espetacularização que é sua marca registrada. Como faz com tudo, inventa a “pesquisa espetacular”, anunciada e divulgada, com seu costumeiro estardalhaço, como se fosse a verdade revelada.

Já passa da hora de termos mais pesquisas disponíveis para todos, feitas por diferentes entidades, de institutos privados a centros acadêmicos. E de acontecer no Brasil o que é trivial no resto do mundo: pesquisas atualizadas e divulgadas diariamente, que permitem a qualquer interessado conhecer o que os poderosos sabem. Com elas, acaba a “pesquisa espetacular”, desaparecem as especulações e se democratiza a informação.

É também muito ruim o atual padrão de debates entre candidatos na tevê. Confinados ao fim da noite, engessados por regras esdrúxulas, congestionados por candidaturas inexpressivas, são repetidos em cada emissora, pois todas exigem o “seu”. São tantos que nenhum se torna relevante. Até a antevéspera da eleição, quando a Rede Globo faz seu “debate espetacular” (antecedido pela pantomima das “entrevistas espetaculares” com os candidatos).

Nada mais deseducativo que encorajar a decisão tardia, sugerindo ao eleitor retardar a escolha para o último dia. E nada mais autoritário do que constranger os candidatos a comparecer ao “debate da Globo”, sob pena de retaliações no jornalismo da rede na reta final da eleição.


E o horário eleitoral? Alguém considera uma boa a fórmula de os candidatos a presidente se apresentarem colados aos aspirantes a deputado? Isso aumenta ou diminui a audiência dos programas? A exposição de centenas de nomes, que eram e continuam a ser praticamente desconhecidos, amontoados em alguns segundos de visibilidade, facilita ou dificulta a opção pelas candidaturas que deveriam de fato estar na televisão?

Uma eleição como deverá ser a de outubro mereceria condições de comunicação menos despropositadas. Que seja a última tão anacrônica.


Artigo semanal de Marcos Coimbra


O ano mal começou e a nova batalha das oposições, partidárias e extraparlamentares, já está em pleno andamento. Se a primeira quinzena de janeiro transcorreu assim, imagine-se o restante do ano. É fácil perceber o que as move e aonde pretendem chegar.

A espetacularização do julgamento do “mensalão” foi feita com o único objetivo de desconstruir a imagem do PT no plano moral. O que buscavam era marcar o partido e suas principais lideranças com o estigma da corrupção, a fim de erodir suas bases na sociedade.

Só quem acredita em histórias da carochinha levou a sério a versão de que a imprensa oposicionista tinha o desejo sincero de renovar nossos costumes políticos e promover a “limpeza das instituições”. Seus bons propósitos são tão verdadeiros quanto os de Pedro Malasartes, personagem de nosso folclore famoso pelo cinismo e pela falta de escrúpulos.

Por maiores que tenham sido seus esforços, obtiveram, no entanto, sucesso apenas parcial na empreitada, como vimos quando as urnas da eleição municipal foram abertas. Os resultados nacionais e algumas vitórias, como a de Fernando Haddad, em São Paulo, mostraram que os prejuízos sofridos pelo PT em decorrência do julgamento ficaram aquém do que calculavam.

Essa frustração as levou ao ponto em que estão hoje. De um lado, a insistir no moralismo e na tentativa de transformar o “mensalão” em assunto permanente da agenda nacional. Querem forçar o País a continuar a debatê-lo indefinidamente, como se tivesse a importância de temas como a democracia, o desenvolvimento econômico, o meio ambiente e a educação.

De outro, a diversificar os ataques, assestando as baterias em direção a novos alvos, procurando atingir a imagem administrativa da presidenta e do governo Dilma. Por extensão, de todo o PT. Não chega a ser um projeto original.

Artigo dominical de Marcos Coimbra


O Compromisso da Continuidade

Foi-se metade do governo Dilma. Restam-lhe, portanto, dois anos. Diz-se que, para os governantes, os primeiros dois passam devagar e que eles se sentem como se tivessem a eternidade pela frente. E que os segundos voam, pois o fim do mandato se torna um dado cada vez mais palpável e mais presente no dia a dia. Esse não é apenas um sentimento.

Desde antes do fim do terceiro ano, a sucessão torna-se assunto principal. Cessam as inovações e as experiências. A pauta do governo fica limitada e a cobrança de resultados intensifica-se. É preciso ter coisas, de preferência “concretas”, para pôr na mesa. Tudo começa a girar em torno de um objetivo central: reeleger-se ou escolher quem possa vencer a eleição que vem a seguir.

A segunda metade dos governos costuma ter, portanto, dois tempos distintos: um terceiro ano predominantemente administrativo, mas já político, e uma “reta final”, marcadamente política. Se Dilma estivesse mal, se a população se sentisse insatisfeita com ela, os dois anos que tem pela frente seriam suficientes para que revisse rumos e encontrasse meios de consertar problemas.

Já vimos isso acontecer com governadores e prefeitos. São muitos os casos dos que conseguiram recuperar a imagem depois de atravessar dificuldades no começo. Mas Dilma está bem. Na verdade, muito bem. Segundo dados das pesquisas CNI-Ibope, ela saiu da eleição de 2010 com a imagem de que faria uma administração “ótima” ou “boa”. Em dezembro daquele ano, era assim que pensavam quase dois terços (62%) dos entrevistados pelo instituto.

Depois de ter alcançado, em março de 2011, a marca de 68% de avaliações positivas, Dilma foi a 55% em julho (sempre de acordo com o Ibope). De lá pra cá, cresceu sistematicamente. A cada pesquisa, foi batendo os recordes de seus antecessores em igual momento. Nenhum presidente da República foi mais bem avaliado que ela. Nem Lula.

Nas mais recentes, seus números igualam ou ultrapassam as expectativas da população antes que começasse a governar. Em outras palavras: a maioria imaginava que seria uma presidenta “ótima”ou “boa” e acha que é isso que ela está sendo.

Artigo dominical de Marcos Coimbra


Um governo que é avaliado como “ótimo” ou “bom” por 62% das pessoas tem muito que comemorar. Uma presidente cujo trabalho é aprovado por 78% da população, também.
São os números da pesquisa CNI/Ibope feita entre os dias 6 e 9 de dezembro, em que foram ouvidas 2002 pessoas.
Dilma chega à metade de seu mandato com avaliação melhor que a de qualquer um de seus antecessores em momento parecido. Desde quando existem dados comparáveis, ninguém obteve números semelhantes.
Fernando Henrique, por exemplo, nunca alcançou esse índice, sequer na época em que atravessava sua fase áurea. A vitória contra a inflação, a equivalência do real com o dólar, o quilo de frango que valia uma moeda, a sensação de que a economia entrava em rota de crescimento, nada disso fez com que chegasse ao número que Dilma tem hoje.
É uma lembrança que mostra quão inadequada é a interpretação que as oposições, especialmente seu braço midiático, oferecem para a popularidade do governo Dilma.
Na enésima repetição do velho chavão de que “É a economia, estúpido!”, limitam a explicação a um único fator: para elas, as pessoas comuns, que constituem a grande maioria, pensam com a barriga. Quando estão de pança cheia, aprovam o governo.
Trata-se de um equívoco baseado em puro preconceito, segundo o qual o povo só é capaz de avaliações unidimensionais. Ao contrário dos bem pensantes, que conseguiriam fazer raciocínios complexos.
Assim como a população não gostava de Fernando Henrique por vários motivos - ainda que aprovasse sua atuação no controle da inflação -,gosta de Dilma por diversas razões, mesmo reconhecendo que há políticas que não funcionam de maneira satisfatória.
O tamanho da aprovação do governo neste final de ano foi duplamente decepcionante para a oposição partidária e seus aliados. Ao invés de subir, esperavam que caísse, na confluência do desgaste da imagem do PT causado pelo julgamento do mensalão e do agravamento da situação objetiva da economia.
Dilma ultrapassou, no entanto, os percalços. Por mais que os economistas da oposição estejam pintando quadros fúnebres para o Brasil e insistam em falar em crises, as pessoas se sentem satisfeitas com o presente e otimistas em relação ao futuro.
Por maior que seja a culpabilização do PT, ninguém associa a presidente a qualquer malfeito, real ou inventado.
Não é surpresa, portanto, que tenha a vantagem que tem nas pesquisas para a eleição de 2014. Frente a quaisquer candidatos, venceria, com larga margem, a eleição no primeiro turno. Seu desempenho só é inferior ao de Lula - e por pouco.
Para tentar mudar esse quadro de favoritismo, entrou na moda o argumento de que o País “poderia estar melhor” e só não está por “incompetência gerencial do governo”.
Na opinião de nove em dez analistas da mídia conservadora, Dilma não seria a boa gerente que é apresentada.
Trata-se de uma tese de escassa capacidade de convencimento. Primeiro, porque as pessoas levam mais em consideração os benefícios que estão a seu alcance que os que poderiam, hipoteticamente, obter. Se acreditam que o governo vai bem, porque trocá-lo por algo que não existe?
Em segundo lugar, porque não enxergam alguém melhor que ela. Na opinião da maioria, a oposição teve sua oportunidade nos oito anos em que Fernando Henrique foi presidente e não convenceu. Ao contrário, em retrospecto, mostrou-se inferior aos petistas.
Ainda que a situação da economia piorasse no próximo ano, é difícil que afetasse significativamente a popularidade da presidente e a eleição de 2014.
Como não é isso o mais provável, são poucas as nuvens no horizonte para Dilma. Salvo as de todo dia, com as quais já se acostumou.
Cautela a presidente tem que ter é com a Copa do Mundo. Ela não será cobrada se a seleção for mal, nem aplaudida se for bem nos gramados.
Mas pagará um preço de imagem pessoal muito alto se as pessoas ficarem com o sentimento de que o Brasil perdeu a copa que mais interessa. A da organização do evento e do bom funcionamento das coisas durante sua realização.
Essa, para a população, é mais importante que o hexacampeonato.