Nove eleições não é tanto, mas não é pouco. Há o que aprender com nossa experiência, se a olharmos direito.
A próxima eleição não está “mais indefinida” ou com “menos votos na espontânea” que as anteriores. A rigor, a um ano das eleições de 2006, 2010 e 2014, o total de respostas nominais à pergunta de voto sem apresentação de listas pouco passava de 35%, de acordo com levantamentos do Datafolha. No mesmo instituto, em setembro último, chegava a 52% e o espaço para o crescimento de novas candidaturas era significativamente menor.
Lula não está “grande demais”, por se contrapor a um desclassificado como Bolsonaro. De 2002 para cá, ele nunca teve menos que 40% das intenções estimuladas de voto, no primeiro turno, em nenhuma eleição, incluindo as duas que venceu, as duas que não disputou porque não quis e aquela em que foi impedido por uma sucessão de atos de força.
Podemos ler as pesquisas atuais torcendo pelo candidato que preferimos. O que não podemos é reescrever o passado.
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