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Capitalistas medievais

- Os senhores das terras merecem
o que tem.Deram duro pra ter.
- O Rei deveria diminuir
os impostos deles.
- Eles pagando menos
sobrava mais para nós.
Óbvio!

Non sense




Eu gostaria de saber em qual planeta vive o autor dessa frase, Marte, Júpiter, Plutão?... Na Terra é que não é! 

Satander avançou o sinal

Estranho acontecimento
por Cláudio Lembo

Não é novidade para ninguém. O centro nevrálgico da política não se encontra nos partidos. Muito menos nos palácios governamentais. Sequer nos parlamentos.
 
Onde se apresenta o epicentro da política?
 
Claro, longe do cidadão comum. Do qualquer um. Fica, muitas vezes, distante dos estados nacionais. Lá, onde se encontram os bunkers do capital.
 
As decisões, que afetam grandes parcelas da população, são tomadas nos gabinetes fechados dos executivos financeiros e dos órgãos supranacionais da economia.
 
Nada vale a vontade política dos governos locais face às resoluções dos bancos centrais e das bolsas de valores dos grandes centros financeiros.
 
As decisões são tomadas em segredo. E, em segredo, impostas por toda a parte.
 
As agências internacionais de notícias, como boas porta-vozes, se incubem de difundir as diretrizes e as imposições do capital financeiro internacional.
 
Foi assim desde o surgimento do capitalismo industrial. Ampliou-se a prática com o capitalismo financeiro. Este não tem face nítida, mas domina todos os espaços das economias de cada país.
 
O cidadão – que pensa ter cidadania – não passa de um servidor dos grandes interesses. Toma atitudes. Vota. Imagina ser livre, mas está obedecendo aos ditames dos operadores financeiros.
 
Estes sempre se mantiveram em aparente silêncio. Abstém-se de falar em público. Não possuem opinião a respeito de nada. Apenas pensam nos lucros de suas operações.
 
Esta é uma realidade presente por toda a parte e não ausente em um país dependente, como o Brasil. Jamais na nossa longa História política recolheu-se uma opinião nítida de um banqueiro.
 
Quando no exercício da profissão, a regra é a preservação de seus interesses perante a opinião pública e os governantes. E a melhor maneira de preservar interesses é o silêncio aparente.
 
Causa surpresa, portanto, no início da atual campanha política o posicionamento de uma instituição financeira em assuntos eleitorais. É inusitado.
 
Muitas poderão ser as causas deste procedimento jamais visto. A origem da instituição? Não tem raízes nacionais. Talvez seus executivos estejam acostumados com outras realidades.
 
É, no entanto, impressionante o que aconteceu. Um banco querer influir na vontade do eleitorado. Quem lida com a moeda deve ser cuidadoso em suas assertivas.
 
Conhecem-se os poderosos lobbies que atuam, em cuidadoso silêncio, junto às autoridades financeiras e o Congresso Nacional. Faz parte do processo decisório democrático.
 
Mas, instituição financeira – ou qualquer outro agente econômico – imiscuir-se explicitamente em político é novidade sem qualquer traço no passado.
 
Certamente, os executivos superiores da instituição – que falou fora de hora – deverão em breve estar no Brasil e, aqui, pedirão audiência às autoridades do Executivo.
 
Serão recebidos e proferirão as mais elevadas loas.
 
Assim, a nave vai. Como mostrou Federico Fellini.

Comentário do blogueiro:
Novidade será se a presidente Dilma Roussef não conceder audiência a essa corja! 
Torço para que ela faça isso.

O enfraquecimento do Estado e nova ordem imposta pelo capital

“(..).Essa revolução contínua da produção. Esse abalo constante, essa falta de segurança, distinguem a época burguesa de todas as precedentes.Tudo o que é sagrado é profanado,tudo o que é cristalizado com seu cortejo e ideias veneradas, tudo o que é sólido e estável evapora-se continuamente.” K.Marx.
Entramos numa nova fase do capitalismo, onde é necessário derrubar todas as barreiras geográficas e enfraquecer os Estados Nacionais, originariamente criados pela burguesia em ascensão desde os fins da Idade média. As elites capitalistas em expansão pelo mundo, necessitam disso.
As mesmas mãos que levantaram as grandes pilastras do moderno Estado Nacional, são as mesmas que vão derrubá-lo agora. Aquilo que foi erigido pelos grandes filósofos, incentivados pela burguesia em ascensão, criaram o Estado Nacional burguês no passado, mas hoje ele está com os seus dias contados.
Um Estado convenientemente erigido, com três poderes separados e distintos, para que o rei ou governante não pudesse ter o poder total em suas mãos e as elites pudessem intervir em qualquer um deles.
Com leis firmadas em uma carta magna, com justiça para resolver conflitos, com acordos para gerar consensos. Um Estado nacional organizado, com linhas geográficas firmemente traçadas, com uma língua nacional para homogenizar a cultura. Com um exército nacional e uma polícia, colocando “ordem” entre os conflitos de classe gerados pelo capital. Tudo isso, está em via de acabar, pois lentamente sem que nos déssemos conta, o capital internacional se introduziu via multinacionais, de forma massiva e contundente, enfraquecendo os poderes locais do Estado.
Um exército de adeptos se enfileiram e batem continência a esse novo poder. Um poder global, sem fronteiras, com uma única língua, uma só cultura, uma só religião. A democracia que até agora, serviu de instrumento para que o capital fosse estendido por todo o globo, agora não é mais necessária. A grande boca da mídia, apela aos governos de todo mundo que desativem suas polícias, seus exércitos ao mesmo tempo em que insuflam nos bastidores disputas entre o povo de toda ordem a tomar as ruas.
Entretidos pelo reality show que toma de assalto todos os setores da vida cotidiana, inclusive aqueles restritos a justiça, são televisionados e com torcidas organizadas a exigir justiça, esses escondem os reais interesses em questão, pois, as fronteiras delimitadas pela geografia e pela política, são agora os maiores entraves para o levantamento da viga mestra dessa nova ordem mundial, que se impõe pela violência, seja dos povos a culpar o Estado Nacional de todas as mazelas, seja através da orquestração de golpes mercenários.
A extinção da PM, tem um viés de mão dupla, se por um lado pode utopicamente ser humanizada, por outro, pode atar as mãos do Estado para liberar o espaço para as milícias fascistas. Vejam que na Ucrânia, a primeira atitude do presidente interino, foi extinguir a tropa de choque, agora só os fascistas do Svoboda e os neonazistas tem tropa de choque, enquanto a população está desarmada.
A ONU dá conselho aos governos, que eles suportem as manifestações, pois todos tem o direto de protestar, inclusive os fascistas, que os Estados repensem o poder de força que possuem.
Longe de defender as manobras do capital, da atuação da força bruta militar e policial, preocupa-nos o concerto de vozes vindas de um mesmo maestro e cujo coro de vozes vão da ultra-direita à suposta ultra-esquerda, pois não podemos entender que sendo esquerda, ela cante no mesmo tom da direita.
Os jovens foram escolhidos para esse último trabalho essencial e urgente da renovação do capitalismo, pois são mais maleáveis a tudo que é novo e não possuem a experiência do passado. Todos numa só voz, “não acredito mais em Estado”, “não acreditamos mais em nação”, “em pátria”,”em democracia e em justiça”. “Desculpem-nos o transtorno, precisamos destruir tudo o que foi construído, estamos mudando o país”.
O novo que quer nascer, precisa matar o velho. Presumo que veremos pela frente ditaduras formidáveis, pois, o velho pode se vestir de novo com máscaras atraentes para enganar e justamente para continuar existindo.
Por Mara Rocha no Facebook

Somos uma sociedade do ter e do aparecer

“Não ficamos tão escandalizados vendo um jovem  sofrer uma injustiça quanto ao vê-lo quebrar a vidraça de um banco”. Bruno Torturra, do Mídia Ninja.
Ele tem razão.
Nunca a propriedade foi tão sagrada.
Nunca os objetos foram tão amados.
Aceitamos pagar muito por eles, mas já não queremos pagar por bens simbólicos.
Achamos insuportável ver uma vidraça do McDonald’s quebrada por um indignado, mas dormimos tranquilos depois de ver a cada dia de inverno pessoas vivendo em barracos fincados em zonas alagadas. Aceitamos a miséria dos outros com um dado normal e banal da vida.
Certamente que um extremista ideológico de direita gritará: comunista!
Conversa fiada.
Trata-se de melhor o capitalismo mesmo.
Os indignados têm mostrado, paradoxalmente, que não aceitam mais a religião dos objetos, a indiferença dos proprietários, as manipulações da mídia associada ao poder econômico e a velha estratégia do empurrar com a barriga: esforce-se que o futuro será melhor.
Os indignados querem distribuir melhor os recursos do grande condomínio que é o mundo.
Querem que o condomínio mundo seja gerido em favor dos interesses da comunidade e não do lucro de alguns. No Rio de Janeiro, os indignados não querem financiar o casamento milionário da Baratinha, herdeira do rei do ônibus, ao custo de aumentos de tarifas.
Os indignados cansaram de transferir renda dos mais pobres para os mais ricos.
São “ingênuos” que querem limitar o direito ao lucro e organizar o mundo a partir de uma nova ética. Chocam-me menos com depredações de símbolos do capitalismo que com as devastações produzidas silenciosamente por essas organizações. Espantam-se que poucos se choquem com os altos lucros dos bancos e com os baixos salários pagos pelos banqueiros aos seus bancários.
É outra lógica.
Chocam-se mais com todas as vidas quebradas todos os dias por falta de oportunidades.
Chocam-se mais com o discurso da mídia em favor da resignação.
Chocam-se mais com a falta de espanto diante da injustiça cotidiana.
Por que uma estrada deve dar lucro a alguém se pode ser administrada pela comunidade?
Por que os transportes devem ter lucro a alguém se podem ser administrados para a comunidade?
O argumento liberal de que devem dar lucro para que funcionem melhor é uma enganação.
Funcionam mal por outros meios.
A discussão é longa. A ideia aqui é bem mais simples: demonstrar o quanto é chocante a adoração dos objetos, a matéria acima da vida, o dinheiro acima da dignidade, a recomendação permanente:
– Resignem-se, aceitem, obedeçam, submetam-se.
Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/?p=4749

Religião: e as Igrejas empresas


Há muitas igrejas que agem como verdadeiras empresas, obtendo grandes lucros, usando a fé.
Por muito tempo, ouvimos falar e ainda ouvimos de instituições cristãs seculares, de que a pobreza (em espírito), é uma das grandes virtudes cristãs. Essa virtude, pregada por estas mesmas instituições, especialmente o catolicismo, diz que devemos ter um desapego aos bens materiais, não termos ganância sobre a matéria, valorizando mais aquilo que beneficia o espírito, para o crescimento pessoal, e o louvor e honra a Deus. Com o passar do tempo, surge a chamada Teologia da Prosperidade, em que os mais fiéis aos preceitos e doutrinas religiosas, prosperam na vida materialmente, e financeiramente.
Alguns podem afirmar que a Teologia da Prosperidade seria uma contraposição do voto de pobreza, defendida ferrenhamente por religiões mais tradicionais. Mas a Teologia de Prosperidade tradicional, embora promova essa prosperidade, não estimulava a ganância dos fiéis e pastores, ou seja, a própria religião ajudava o fiel a organizar as finanças, como por exemplo: fumar é pecado, e a pessoa deixa de gastar dinheiro com cigarro, ajudando na economia do dinheiro, que seria gasto com cigarrro. Isso sem falar dos outros preceitos e costumes, que poderão ajudar as pessoas a se prosperarem financeiramente.
Mas aí, vieram as chamadas igrejas neopentecostais. Estas mesmas igrejas acabam reescrevendo o conceito de Teoria da Prosperidade, usando o sistema de troca, ou seja, para uma pessoa ter uma graça alcançada, ela precisa dar algo, para ter essa mesma graça em troca. É daí que surge o Capitalismo Religioso, cujo objetivo, é simplesmente, obter o lucro. O capitalismo religioso diz que se você tem dívidas, que ter uma casa, um carro, ou está sofrendo muito, você terá que dar o que você tem, ou melhor, praticamente tudo o que você tem, e dá na mão do pastor, em troca da graça divina. Isso transforma Deus em comerciante, que entrega a graça, em troca de dinheiro, comercializando a fé.
Pois bem, isso seria uma clara atividade de simonia, uma prática usada pelos vendilhões do templo, expulsos por Jesus Cristo. Nesse sistema de teologia da prosperidade deturpada, líderes de movimentos neopentecostais faturam milhões e milhões de reais em cada culto, em cada templo, onde há muitos templos instalados em várias partes do mundo. Esses mesmos líderes que ainda ousam a usar os meios de comunicação de uso público, a TV aberta, para pregar as suas vãs palavras e arrecadar mais dinheiro em nome de uma divindade, o que com certeza, não é a mesma divindade que expulsou os vendilhões do templo.
Mas isso não se restringe às religiões neopentecostais. Até mesmo a Igreja Católica, que citei no começo deste texto, que prega a pobreza, também lucram bastante com o capitalismo religioso. É muito comum você ir aos eventos católicos, ver pessoas oferecendo produtos e serviços, para a fé. Claro que não vendem a graça divina em seus cultos, como fazem os neopentecostais, mas eles também lucram bastante com isso. Realmente, ninguém é obrigado a comprar aquelas camisas com os dizeres cristãos, mas todos são induzidos, e muitos compram, o que chamamos claramente de marketing cristão, e acredite, é bem lucrativo. 
Mas  isso gera também um pouco de materialismo no meio cristão, favorecendo o capitalismo religioso, até em instituições religiosas, que se prezam pela pobreza. Logo vemos que não tem escapatória, pois assim como o "mundo" (como os religiosos costumam chamar), os mesmos acabam dando mais valor ao material. O mesmo se diz ao pagamento de promessas, sobre milagres, ainda mantendo a relação com Deus comerciante. Deus quer que pratiquemos o amor, não fazendo sacrifícios e coisas absurdas como forma de agradecimento pela graça alcançada.Claro que não podemos generalizar, mas vamos lembrar que fenômeno do Capitalismo Religioso é um negócio altamente lucrativo. Empresas lucram e faturam alto, com produtos e serviços oferecidos às igrejas e pelas igrejas. Prova disso, são as construções de megatemplos, e atividades nas emissoras de TV. O capitalismo religioso movimenta o mercado, e como movimenta, mas assim como qualquer outro tipo de capitalismo, incentiva e estimula o consumo deliberado e aumenta a desigualdade social. Não é porque que ela possui rótulo de religioso, que ele vai ser bom. Capitalismo é capitalismo, e age inclusive nas religiões.

Um paradoxo da democracia moderna

[...[ " sem dinheiro, não há o exercício do voto; com ele, e no volume exigido, a legitimidade do sufrágio é posta em dúvida. Esse é um dos argumentos de filosofia política contra o sistema capitalista, em que o poder do Estado é visto como um bem de mercado, que pode ser ocupado pelos que pagam mais. E não só os indivíduos os que adquirem esse poder: mais do que eles são os grupos de interesse comum, como os banqueiros, os grandes proprietários rurais, as confissões religiosas, as poderosas corporações econômicas, nacionais e multinacionais. Isso, quando não há a interferência direta de governos estrangeiros, como sempre ocorre e ocorreu despudoradamente com a ação do IBAD, nas eleições de 1960 e 1962.
Lei mais Mauro Santayana

Artigo semanal de Leonardo Boff


É notório que o sistema capitalista imperante no mundo é consumista, egoísta e depredador da natureza

Tempos de crise sistêmica como os nossos favorecem uma revisão de conceitos e a coragem para projetar outros mundos possíveis que realizem o que Paulo Freire chamava de o “inédito viável”.
É notório que o sistema capitalista imperante no mundo é consumista, visceralmente egoísta e depredador da natureza. Está levando toda a humanidade a um impasse pois criou uma dupla injustiça: a ecológica por ter devastado a natureza e outra social por ter gerado imensa desigualdade social.
Simplificando, mas nem tanto, poderíamos dizer que a humanidade se divide entre aquelas minorias que comem à tripa forra e aquelas maiorias que se alimentam insuficientemente. Se agora quiséssemos universalizar o tipo de consumo dos países ricos para toda a humanidade, necessitaríamos, pelo menos, de três Terras, iguais a atual. Continua>>>

Homenagem a Jesse James e Al Capone


Junho, mês do quentão e das quadrilhas, que no Brasil abundam. Algumas, mais ao norte do continente, foram imortalizadas por Hollywood, como as de Jesse James e Al Capone. Hoje, modernizadas e informatizadas costumam agir por detrás dos guichês dos bancos e das repartições públicas. A estrutura administrativa do estado moderno, as grandes corporações e o volumoso capital sem controle advindo do narcotráfico, do contrabando de armas e que tais tornam o mundo um circo, onde a platéia observa atenta e embevecida o picadeiro, acompanhando o movimento de palhaços e equilibristas da ética.
Grécia, Portugal e Espanha dão o tom desafinado da desfaçatez neoliberal de uma Europa comunitária às vésperas de crise sem precedentes. Ao se tentar criar os Estados Unidos da Europa, pois na verdade era essa a intenção primeira dos países europeus que inventaram a CEE, atraindo para um centro de decisões políticas e econômicas países como a Irlanda, Grécia, Portugal, Espanha e posteriormente antigos países da Europa comunista, o capitalismointernacional descuidou de manter as rédeas curtas para os banqueiros e os especuladores financeiros. Estado mínimo e todo poder ao mercado. Para muitos o resultado já era esperado.
Nesse cenário, está cada vez mais difícil para o conglomerado midiático internacional caracterizar as várias manifestações anticrise pelo mundo como sendo insufladas pela esquerda. Assim, o jeito é tentar adjetivar os manifestantes como bandidos, terroristas, selvagens, vagabundos e outras bobagens do gênero. Parece que muitos já não acreditam nessas parvoíces.
Contudo, é curioso notar nesse exercício de descarada hipocrisia midiática um notável silênciosobre as verdadeiras causas da crise e de seus principais causadores. Aí, sim, talvez não fosse difícil identificar a bandidagem. Um olhar cuidadoso no documentário cinematográfico “Inside Job”, por exemplo, vencedor do Oscar da categoria em 2010, ilustra na medida certa essa minha afirmativa.
Já não é segredo para ninguém, e os exemplos têm aumentado com o passar dos anos, que há no mundo contemporâneo – onde o capital especulativo financeiro tomou as rédeas da economia – já não é segredo, repito, a simbiose entre políticos e empresários corruptos, entre a administração pública e o crime organizado.
O capitalismo precisa dessas parcerias para a sua sobrevivência. Um sistema econômico que degrada e explora o trabalho e destrói a natureza não poderá esticar indefinidamente a sua sobrevida se não usar de todos os recursos legais e ilegais para legitimar-se… E prolongar-se.
No Brasil não é diferente, mesmo que em nossa defesa possamos – nesse momento – nos orgulharmos de estar fora do olho do furacão. Mas também aqui, o capitalismo está sempre a botar suas manguinhas de fora. E como!

A Utopia e o Capital são eternos


Coloquemos de lado a complexidade das teorias econômicas bem como as antropológicas. Vamos falar da essência humana. Sim, proponho-lhes aqui tamanha presunção. A partir do ponto de que todo ser humano carrega, embora em níveis diversos, o egoísmo, podemos concluir que a morte não está nos planos do capitalismo. Nossa ganância e individualismo alimentam muito bem a lei da oferta e da procura. Mesmo em tempos de crise como o que vivemos hoje em dia, a mais-valia continua com toda força, em um previsível "balança, mas não cai". Não que isso seja mérito do próprio regime capitalista. Na verdade, a persistência do capitalismo acontece mais pelo fruto amargo da ganância, que, diga-se de passagem, está muito bem entranhada em cada batida do nosso coração. E assim o regime segue cumprindo seu dever de divisor social, em completa sintonia com os nossos desejos de sermos diferentes. No final das contas, somos competitivos por natureza e, portanto, não admitimos e não nos interessa um tratamento igualitário. Não nascemos e nem fomos criados para ser mais um na multidão.

Necessitamos e valorizamos sim a diferença. Temos a certeza de que o mundo gira em torno do nosso umbigo. Em outras palavras, não fomos preparados para tamanho desapego pregado pelo comunismo. Deixemos então a igualdade para os ditos puros de coração, sonhadores e emotivos.

Muito embora tenhamos a esperança de um dia sermos melhores em tudo - até mesmo em valorizar "o ser" e não mais "o ter". Até lá, ao comunismo resta a utopia, ao capitalismo, a eternidade.

do empresário e publicitário cearense Bruno Guerra  



Cego por opção

Dou um doce para o amigo Laguardia dizer qual o autor da frase a seguir ( não vale pesquisar no profegoogle ): " A crise que estamos vivendo [...] foi produzida por uma avalanche do pensamento único, cujo codinome de guerra é "neoliberalismo", apoiado por Estados corrompidos pelo sistema financeiro internacional." 

Terá sido Max, Lênin, Fidel Castro, Prestes ou Leonel Brizola que disse isto?...

Bem, qualquer um destes citados acima disse isto ( com outras palavras ) a muito tempo atrás e foram chamados de doidos, abestados etecetera e tal. Mas, como sempre o tempo ( senhor da razão ) demonstrou que  errados estavam os adversários deles. 

Delfim Netto reconheceu o óbvio. Grande coisa rsss

O capitalismo atropelou a democracia

[...] Os mercados se cansaram desta bobagem de soberania democrática

 No ano passado, de fato, o capitalismo atropelou completamente a democracia. Em nenhum lugar isso é tão visível como na Europa, onde instituições financeiras e grandes investidores foram à guerra sob a bandeira da austeridade e governos de países com economias não muito produtivas ou sobrecarregadas descobriram que poderiam não satisfazer às exigências e continuar no poder.

Os governos eleitos da Grécia e Itália foram depostos. Tecnocratas financeiros estão no comando nos dois países. É como se os mercados por toda a Europa tivessem se cansado dessa bobagem de soberania democrática.  Para ninguém achar que exagero, considere-se a entrevista concedida por Alex Stubb, ministro da Europa para o governo de direita da Finlândia, ao jornal Financial Times no último fim de semana. Os direitos políticos da Europa Central e do Sul seriam subordinados, basicamente, aos da Alemanha e da Escandinávia.   

O requisito de que se deve possuir propriedade para votar - abolido neste país no início do século 19 pelos democratas jacksonianos - foi ressuscitado por poderosas instituições financeiras e seus aliados políticos. Para os países da união monetária europeia, a "propriedade" de que precisam para garantir seu direito de voto é uma classificação de crédito apropriada.
   
Isso tudo parece muito estranho. A ideia de que há um conflito entre nossos sistemas econômico e político é difícil de aceitar, e não somente nos Estados Unidos. Também na Europa tem-se assumido até aqui, que democracia e capitalismo (ao menos, o capitalismo social europeu) andam juntos.
    
Agora, os mercados estão contra-atacando. Napoleão não conseguiu conquistar toda a Europa, mas a Standard & Poor's talvez ainda o consiga. Conflitos entre capitalismo e democracia estão eclodindo por toda parte. E os europeus poderão ter de enfrentar, em breve, uma questão que não consideraram por muitíssimo tempo, se é que algum dia consideraram: de que lado eles estão.
por Harold Meyerso

Steve Jobs

[...] como ele fez a diferença, qual o segredo?...

É longuíssima a fila das condolências pela morte de Steve Jobs. Pode ter algo de exagero, mas na essência é merecido. A obra empresarial dele vem produzindo impacto crescente na vida de um número também cada vez maior de pessoas. E a humanização da tecnologia sempre é revolucionária.

A primeira vez que vi um Apple foi em 1985, quando circunstâncias me colocaram diante da maquininha a tatear linhas em Basic, uma linguagem de programação. Claro que estacionei no beabá, mas admito ter sentido fascinação.

Especialmente quando apertava o [enter] e aquelas linhas escritas se transformavam numa função, recebendo insumos de uma lado e produzindo do outro os resultados que eu determinara. Uma inteligência que eu "produzira".

Depois, como a maioria, passei anos às voltas com os sucessivos Windows e PCs, consumindo tempo em downloads de atualizações, em formatações de discos rígidos e na caça aos softwares para dar vida a equipamentos acoplados.

Voltei a mexer com um Mac na passagem do século, quando a Apple lançou aquele computador de mesa colorido e de formas meio arredondadas, mas foi novamente passageiro. Mergulho mesmo no mundo da maçã mordida, só agora com os iMacs, iPods, iPhones e iPads.

São as voltas que a vida dá. Durante décadas a Apple projetou elitismo. Macintosh era coisa de uns poucos. Ilustradores, publicitários, estudantes e professores das melhores universidade americanas. Popular mesmo era o PC, uma máquina fabricada por muitos e para muitos, e portadora de um sistema operacional ubíquo.

Linux/Unix era coisa de tarados por tecnologia ou messiânicos do software livre. Mac era brinquedinho elitista. A ubiquidade prometia vir mesmo era pelas mãos de Bill Gates.

Como Steve Jobs conseguiu dar o salto? Não foi pela primazia da ideia. A tela sensível ao toque é coisa antiga, a sincronização de múltiplos equipamentos idem. E a usabilidade é uma obsessão espalhada, faz tempo.

Todo mundo quer fabricar coisas fáceis de usar e superúteis.

Onde está a diferença, o segredo? Na execução.

No moderno mundo da tecnologia o que mais há é gente capaz de prever o futuro, de apontar tendências, esboçar projeções. A vantagem está na mão de quem é capaz exatamente de fazer acontecer. E bem feito.

Mas, e a política? Afinal esta é uma coluna de política.

Por uma das ironias que só a História proporciona, a exaltação a Steve Jobs, um legítimo produto do capitalismo americano, acontece bem quando os americanos, pelo menos uma parte barulhenta deles, resolvem pôr a boca no trombone contra o capitalismo.

E usam para isso, intensiva e extensivamente, os instrumentos que Jobs legou.

Mas ele pôde criar, fabricar e vender seus brinquedinhos em larga escala também por ter contado com os necessários aportes de capital. E com o ímpeto consumista, em primeiro lugar dos compatriotas.

Indispensáveis ambos para dar viabilidade à empreitada. E ambas características vitais do sistema.

Não haveria um Steve Jobs, ou uma Apple, se não houvesse um mercado de capitais pronto a abastecer com abundância multidões de novos empreendedores. Muitos dos quais vão ficar pelo caminho, levando com eles a poupança de quem neles arriscou o dinheiro economizado.

Tampouco seria provável tamanho salto de inovação para o consumo de massas surgir onde inexistisse um imenso mercado, onde o consumismo estivesse limitado pela pobreza ou por idiossincrasias. Ou, pior, por ambas.
por Alon Feurwerker

A crise do capitalismo


Povo nas ruas: não no Brasil...



Tive o prazer de entrevistar esta semana, na Record News, Plinio de Arruda Sampaio e o jornalista e cientista político Igor Fuser. O assunto: a crise do capitalismo e as insurreições de rua que chegaram ao Chile e à Inglaterra.
Igor lembrou um dado irônico: Inglaterra, com Thatcher, e Chile, com Pinochet, foram os pioneiros do neoliberalismo no fim dos anos 70 e início dos 80. Comandaram a onda de privatizações, desregulamentação e ataques aos sindicatos que depois se espalhou pelo mundo. Claro que a queda do “socialismo real”, no início dos 90, deu o empurrão final: os capitalistas perderam o medo! Sem a alternativa do socialismo, tornavam-se desnecessárias as concessões que ao longo do século XX o Capital fora obrigado a fazer ao Trabalho.
Os anos 80 e 90 foram o auge do ultracapitalismo.
Agora, é a volta do cipó de aroeira! A crise viceja no Chile e na Inglaterra. Estudantes chilenos querem Educação pública! Ingleses querem um Estado que não seja só “mãe dos banqueiros”.
Plinio lamentou que a onda de protestos ainda não tenha chegado ao Brasil. “Aqui, domina a cultura do favor”, disse o ex-presidenciável pelo PSOL. E lembrou que parte do povão tem o sentimento de “gratidão” em relação a Lula, pelas políticas sociais que tiraram milhões da miséria.


Não concordo com Plinio nesse ponto. Lula fez algo importante. Criou a base de um mercado consumidor gigantesco e independente. Mas, como já foi lembrado por tanta gente, Lula não ajudou a politizar a sociedade. A tal classe C que ascende cultiva em boa parte os valores do individualismo e do consumo.


 Quem sou eu pra ”condenar” aqueles que sonham com (e conseguem) uma TV nova ou um carro comprados no crediário? É fácil torcer o nariz quando já se tem isso tudo. Na verdade, o problema não é o consumo. Mas a falta de debate, que deixou a agenda dominada por valores conservadores (como vimos na campanha eleitoral em que aborto virou tema central).


Mas Lula ainda travava algum debate com a direita: nas comunicações, na economia, na questão das relações internacionais, na Cultura. Dilma parece ter caminahdo ainda mais ao centro. Dilma parece disposta a cumprir a promesa de reduzir a miséria ainda mais. E só. 


O que atrapalhar esse plano (modesto) ela vê como acessório. E abre mão.
Mas acho que a esquerda (seja ela petista, psolista, comunista, socialista ou outros “istas” por aí) faria melhor se, em vez de seguir reclamando da “despolitização” legada pelo PT, tentasse construir uma nova agenda.
O Plinio e outros por aí cumprem o digno papel dos combatentes que não abaixaram suas bandeiras. Acho que é um papel importante, diante do abandono das bandeiras de esquerda por tantos petistas.

Essa nova agenda não precisa “negar” o lulismo. Ao contrário. Deveria partir das conquistas e dos avanços do lulismo, para estabelecer um novo programa.

Enquanto a economia cresce, isso tudo pode parecer bobagem. Dilma e o PT “oficial” (que faz acordos com as teles e veta aumento pra aposentado) seguirão nadando de braçada – fora uma ou outra crise fabricada pela oposição midiática.

Mas a crise mundial vai bater aqui no Brasil, mais forte do que em 2008. E aí os setores organizados, os petistas que não abdicaram de reformar a sociedade (e são muitos, talvez a maioria), os sindicalistas, os movimentos sociais, enfim a base tradicional da esquerda terá que se perguntar: vamos  tentar salvar o capitalismo à brasileira – de juros nas alturas e concesões sociais? Ou vamos apostar num programa alternativo?
Leia a matéria completa »

por Leonardo Boff

Crise terminal do capitalismo?

Tenho sustentado que a crise atual do capitalismo é mais que conjuntural e estrutural. É terminal. Chegou ao fim o gênio do capitalismo de sempre adaptar-se a qualquer circunstância.
Estou consciente de que são poucos os que representam esta tese. No entanto, duas razões me levam a esta interpretação.
A primeira é a seguinte: a crise é terminal porque todos nós, mas particularmente, o capitalismo, encostamos nos limites da Terra. Ocupamos, depredando, todo o planeta, desfazendo seu sutil equilíbrio e exaurindo excessivamente seus bens e serviços a ponto de ele não conseguir, sozinho, repor o que lhes foi sequestrado.
Já nos meados do século XIX Karl Marx escreveu profeticamente que a tendência do capital ia na direção de destruir as duas fontes de sua riqueza e reprodução: a natureza e o trabalho. É o que está ocorrendo.
A natureza, efetivamente, se encontra sob grave estresse, como nunca esteve antes, pelo menos no último século, abstraindo das 15 grandes dizimações que conheceu em sua história de mais de quatro bilhões de anos.
Os eventos extremos verificáveis em todas as regiões e as mudanças climáticas tendendo a um crescente aquecimento global falam em favor da tese de Marx. Como o capitalismo vai se reproduzir sem a natureza? Deu com a cara num limite intransponível.
O trabalho está sendo por ele precarizado ou prescindido. Há grande desenvolvimento sem trabalho. O aparelho produtivo informatizado e robotizado produz mais e melhor, com quase nenhum trabalho. A consequência direta é o desemprego estrutural.
Milhões nunca mais vão ingressar no mundo do trabalho, sequer no exército de reserva. O trabalho, da dependência do capital, passou à prescindência.
Na Espanha o desemprego atinge 20% no geral e 40% e entre os jovens. Em Portugual 12% no pais e 30% entre os jovens. Isso significa grave crise social, assolando neste momento a Grécia.
Sacrifica-se toda uma sociedade em nome de uma economia, feita não para atender as demandas humanas mas para pagar a dívida com bancos e com o sistema financeiro. Marx tem razão: o trabalho explorado já não é mais fonte de riqueza. É a máquina.
A segunda razão está ligada à crise humanitária que o capitalismo está gerando. Antes se restringia aos países periféricos. Hoje é global e atingiu os países centrais. Não se pode resolver a questão econômica desmontando a sociedade.
As vítimas, entrelaçadas por novas avenidas de comunicação, resistem, se rebelam e ameaçam a ordem vigente. Mais e mais pessoas, especialmente jovens, não estão aceitando a lógica perversa da economia política capitalista: a ditadura das finanças que via mercado submete os Estados aos seus interesses e o rentismo dos capitais especulativos que circulam de bolsas em bolsas, auferindo ganhos sem produzir absolutamene nada a não ser mais dinheiro para seus rentistas.
Mas foi o próprio sistema do capital que criou o veneno que o pode matar: ao exigir dos trabalhadores uma formação técnica cada vez mais aprimorada para estar à altura do crescimento acelerado e de maior competitividade, involuntariamente criou pessoas que pensam.
Estas, lentamente, vão descobrindo a perversidade do sistema que esfola as pessoas em nome da acumulação meramente material, que se mostra sem coração ao exigir mais e mais eficiência a ponto de levar os trabalhadores ao estresse profundo, ao desespero e, não raro, ao suicídio, como ocorre em vários países e também no Brasil.
As ruas de vários países europeus e árabes, os “indignados” que enchem as praças de Espanha e da Grécia são manifestação de revolta contra o sistema político vigente a reboque do mercado e da lógica do capital.
Os jovens espanhois gritam: “não é crise, é ladroagem”. Os ladrões estão refestelados em Wall Street, no FMI e no Banco Central Europeu, quer dizer, são os sumo-sacerdotes do capital globalizado e explorador.
Ao agravar-se a crise, crescerão as multidões, pelo mundo afora, que não aguentam mais as consequências da super-exploracão de suas vidas e da vida da Terra e se rebelam contra este sistema econômico que faz o que bem entende e que agora agoniza, não por envelhecimento, mas por força do veneno e das contradições que criou, castigando a Mãe Terra e penalizando a vida de seus filhos e filhas.

A decisão soberana de uma sociedade capitalizar o seu futuro

Capitalização da Petrobras, um dia histórico para o Brasil.
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Petrobras: uma capitalização de R$ 115,05

A maior capitalização de recursos no mercado acionário mundial renderá R$ 115,05 bilhões (66,9 bilhões) aos cofres da Petrobras. O anuncio foi feito pelo presidente da companhia, José Sérgio Gabrielli, em discurso no pregão da BM&F/Bovespa. Gabrielli explicou que parte dos recursos servirá para pagar a cessão da União para explorar a camada do pré-sal. Outra parcela irá para o caixa da estatal com finalidade de fazer frente ao plano de investimentos 2010/2014 de US$ 224 bilhões.
“Estou limitado ao que a CVM [Comissão de Valores Mobiliários] me permite falar. Portanto, vou ler o que a CVM me permite falar. Nesses quases oito anos do governo do presidente Lula a Petrobras teve avanços em suas operações. Atingimos autossuficiência na produção de petróleo. Tivemos também a descoberta na áerea do pré-sal. Nessa manhã, aqui na sede da Bovespa, lançamos a maior oferta pública que o mercado de capitais teve notícia. Estou certo que ficará registrada para sempre na história do Brasil e do mundo.”
Gabrielli explicou que todo o processo seguiu à risca as recomendações da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No dia anterior, segundo ele, o Conselho de Administração da empresa fixou os valores das ações da Petrobras no processo de capitalização. Cada título ordinário (com direito a voto) ficou em R$ 29,65 e a ação preferencial (sem direito a voto), R$ 26,30. Já as ADRs lançadas no mercado externo valem respectivamente US$ 34,49 (com direito a voto) e US$ 30,59 (sem direito a voto).

Uma nota à imprensa da Petrobras informa o calendário do processo de capitalização. Até o dia 24 de março de 2011, data máxima para publicação do anúncio de encerramento do procedimento, ocorrerão o início da negociação das ações da oferta brasileira na BM&Bovespa (na próxima segunda-feira, 27/9) e o encerramento do prazo (28/9) para entrega de LFT para liquidação da oferta prioritária. No dia seguinte (29/9) é o prazo fixado para a liquidação das ações deste oferta.
A empresa detalhou também a destinação do dinheiro que entrará no caixa: a companhia pretende utilizar os recursos líquidos captados na distribuição de ações, no contexto da oferta, com o seguinte propósito: aproximadamente 68% em contrapartida à cessão onerosa; e aproximadamente 32% para financiar os investimentos da companhia, que, de acordo com o seu plano de negócios para 2010-2014, são da ordem de US$224 bilhões, assim como para manter uma estrutura de capital e índices de alavancagem adequados.

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O MST sem aliados

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desempenha um papel importante no Brasil. Se não por outro motivo, ao fazer recordar todo dia que o direito à propriedade é universal. Direito de propriedade só para alguns é contradição em termos.

Eis um aspecto bonito da reforma agrária. Ela talvez materialize melhor que outras bandeiras o desejo de o direito de propriedade ser praticado da maneira mais ampla e absoluta.

Como então os portadores dessa aspiração amplíssima chegaram ao isolamento político, facilmente verificável? Ontem Dilma Rousseff não citou o MST, mas mandou o recado de que não admite ilegalidades.

A ocupação de fazendas é ilegal, quando a Justiça assim decide. A mensagem não poderia ter sido mais clara.

Antes, José Serra tinha ido na mesma linha, só que mais explicitamente. Pois não está obrigado a tratar o tema com luvas macias.

O isolamento político do MST obedece também a razões estruturais.

O Brasil é um país secularmente reacionário quando o assunto é a terra. Aqui, a Independência não aboliu a escravidão e a República não trouxe a reforma agrária. Esta só avançou — pasmem! — a partir do regime militar, quando o presidente Castelo Branco deu ao país o Estatuto da Terra.

A redução do direito de propriedade a prerrogativa de alguns é construção ideológica arraigada entre nós. Mas o isolamento político do MST não bebe só dessa fonte. Suas raízes conjunturais estão na total assimetria entre a estratégia do movimento e o projeto de construção nacional.

Qual o sentido de o MST acampar à beira de estradas do Sul-Sudeste, ao lado de propriedades que já fizeram a transição para a agricultura plenamente capitalista, em vez de pressionar o governo para que a expansão da fronteira agrícola aconteça com base na democratização territorial?

Infelizmente, o MST deixou-se enredar já faz algum tempo numa aliança com as forças que procuram nos impor o congelamento da fronteira agrícola, o abandono da engenharia genética e a renúncia à população das fronteiras. Dessa aliança não sai — nem vai sair — nada útil para o país.

É como cruzar espécies distintas. Dá até prolezinha, mas estéril. Uma esterilidade política bem desenhada em teses como “a luta contra o agronegócio”.

Em resumo, o MST hoje busca a reforma agrária onde ela não é mais possível — pelo menos no capitalismo — e renuncia a buscá-la onde é necessária. Daí o isolamento.

Fraqueza que chega ao ponto de não conseguir arrancar do governo Luiz Inácio Lula da Silva nem a atualização dos índices mínimos de produtividade da terra para ela atender ao interesse social. 

A vida como ela é, as coisas como elas são


Escrito em 18 FEVEREIRO 2009
O mundo dá muitas voltas, olhe as voltas que o mundo dá.
Hoje os tucademos, liberais e piguistas estão bem caladinhos no que diz respeito ao “deus mercado” às maravilhas da “iniciativa privada”.
Não ficam indignados, revoltados, estupefactos com os boatos que muitos países desenvolvidos, de 1º mundo pensam seriamente em nacionalizar, estatizar bancos privados.
E por que este silêncio ensurdecedor?
Muito simples camaradas, é a prática da velha máxima dos liberais: O lucro é nosso da iniciativa privada. O prejuízo é do cidadão, é do Estado.
Quando assentar a poeira e “eles” tiverem garantido o resarcimento do capital, aí partiram com toda força novamente contra o maléfico Estado, exigindo que este privatize novamente os bancos.
No final das contas não há e nem haverá nada de novo, nem de bom que se tire desta crise.
Tudo continua como Dantas, desde que a minoria privilegiada criou o Estado para garantir capital e segurança para ela. O resto é conversa fiada.
O capitalismo não prevalecerá, mas sim o financismo.
E nenhuma nação aplicara o ditado popular: Quem for forte se aguente, quem for fraco se arebente.
Assim será, amém!
A grande potência do século XXI será a que seguir este conselho.