Sou poeta leviana
Rasgo a roupa, faço escândalo na cama
Sou poema
Nua, me jogo na lama
Sem pudor faço versos
Mostro meu reverso, inverso
Faço loucuras com o vento, me deito com o ar
Sou mulher indecente, adolescente
Sou moça inocente, meretriz vulgar
Sou loucura, perdida, sem razão
Coração sem razão, sem juízo
Faço amor em várias camas, nas estrelas, no luar
Teus olhos meu guia
Teu corpo meu mar.