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Pintura

[...] Hoje na História 1874 - Exposição marca o início do movimento impressionista
Cerca de 30 artistas que não foram aceitos pelo júri do Salão Oficial de Paris decidem expor eles mesmos, em 15 de abril de 1874, suas obras no ateliê do fotógrafo Félix Tournachon, mais conhecido pelo apelido de Nadar. A exposição, organizada pela “Sociedade Anônima de Pintores, Escultores e Gravadores”, era composta por Pissaro, Monet, Sisley, Degas, Renoir, Cezanne, Guillaumin e Berthe Morisot. Alguns dias depois, o crítico Louis Leroy numa resenha sobre a exposição, falou de “impressionistas” com referência ao título de um quadro de Claude Monet: "Impression soleil levant" (Impressão do Sol Levante).
Anteriormente em 1863, Edouard Manet pinta a mais famosa tela de sua obra. Seria exposta nesse mesmo ano no Salão dos Recusados e incomodaria os críticos pela nudez de uma mulher almoçando na relva na companhia de dois homens vestidos. Nesta obra, "Le Déjeuner sur l’herbe", Manet rompe com as técnicas acadêmicas para utilizar com originalidade as características do que viria a ser o impressionismo.
O estilo impressionista de pintura era caracterizado principalmente pela concentração na impressão geral produzida por uma cena ou objeto e pelo uso de cores primárias sem misturá-las e pequenas pinceladas para simular um real reflexo da luz. Além disso, as sombras deixam de ser foscas, desaparecem os contrastes claro-escuro. Seus temas eram paisagens, bailes, cenas da vida cotidiana, retratos e auto-retratos, regatas, paisagens marinhas e fluviais, cenas urbanas.
O impressionismo foi um grande movimento artístico, primeiro nas artes plásticas e mais tarde na música (Claude Debussy, Maurice Ravel) que se desenvolveu principalmente na França nas últimas décadas do século XIX e princípios do século XX, mais concentradamente entre 1867 e 1886, por obra de um grupo de artistas que compartilhavam entre si temas, técnicas e exposições. Os principais pintores impressionistas foram Claude Monet, Auguste Renoir, Camille Pissarro, Alfred Sisley, Berthe Morisot, Armand Guillaumin e Frederic Bazille.
Edgar Degas e Paul Cezanne também pintaram em estilo impressionista durante um tempo no começo dos anos 1870. O já consagrado pintor Edouard Manet, cuja obra dos anos 1860 influenciou bastante Monet e outros do grupo, também se aproximou do impressionismo em 1873.
Os fundadores do impressionismo estavam animados pela vontade de romper com a arte oficial. A teoria oficial de que as cores deveriam ser colocadas puras na tela ao invés de misturá-las na palheta seria respeitada por poucos deles e apenas por pouco tempo. Na verdade, o impressionismo era mais um estado de espírito do que uma técnica, de modo que artistas de outras áreas também poderiam ser qualificados de impressionistas. Muitos desses pintores ignoravam a regra do contraste simultâneo como estabelecido por Chevreul em 1823. As expressões “independentes” ou “pintores ao ar livre” poderiam ser mais apropriados que impressionistas para qualificar esses artistas que levavam adiante a tradição herdada de Eugene Delacroix, quem considerava que desenho e cores constituíam um todo.
A Guerra Franco-Prussiana de 1870 separou esses pioneiros. Bazille foi assassinado em Beaune-la-Rolande; Renoir foi mobilizado; Degas partiu como voluntário; Cézanne retirou-se para Provença; Pissarro, Monet e Sisley se mudaram para Londres onde se encontram com Paul Durand-Ruel. Essa estada em Londres foi um grande passo na evolução do impressionismo, tanto porque estabeleceram contacto com ‘marchands’ quanto descobriram na pintura de Turner a análise da luz que os marcou.
De volta a Paris, a maioria dos pintores foi trabalhar em Argenteuil (Monet, Renoir), Chatou (Renoir), Marly (Sisley) ou às margens do rio Oise (Pissarro, Guillaumin, Cézanne). Edouard Manet pintou o Sena com Claude Monet quem, sob sua influência, adotou o trabalho ao ar livre.
A maior distinção entre eles residia na atração pela cor e o gosto pela luz. Todavia, Berthe Morisot permaneceu fiel às lições de Manet; Degas mesclou sua admiração por Ingres e os pintores da Renascença Italiana; Cézanne tentou captar a natureza de Poussin; o próprio Claude Monet, nos quadros “Terrasse au Havre” e “Les Femmes au jardin (1866, Louvre, salões do Jeu de Paume), estava longe de anunciar sua futura audácia.