Clik no anúncio que te interessa, o resto não tem pressa...
O tempo
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
Mário Quintana
Faça Hoje, Não Amanhã
Exclama o fraco: "Amanhã terei forças."
Assevera o delinqüente: "Amanhã regenero-me."
É imperioso reconhecer, porém, que a criatura,
adiando o esforço pessoal, não alcançou, ainda,
a noção real do tempo. Quem não aproveita
a bênção do dia vive distante da glória do século.
A alma sem coragem de avançar cem passos
não caminhará vinte mil.
O lavrador que perde a hora de semear
não consegue prever as conseqüências da procrastinação
do serviço a que se devota, porque,
entre uma hora e outra,
podem surgir impedimentos e lutas de indefinível duração.
Contudo a lei é clara quanto à destinação de cada um de nós.
Alcançaremos sempre os resultados a que nos propomos.
se ajustam à mesma tarefa nem planam no mesmo nível.
A andorinha voa na direção do clima primaveril,
mas o corvo, de modo geral, se consagra,
em qualquer tempo, aos detritos do chão.
Aquilo que o homem procura agora surpreenderá amanhã,
à frente dos olhos e em torno do coração.
quanto deve ser feito em benefício de tua própria felicidade,
porque o Amanhã será muito agradável
e benéfico somente para aquele que trabalha no bem,
que cresce no ideal superior
e que aperfeiçoa nas abençoadas horas de Hoje.
Os fatos vistos e revistos por Pedro Porfírio
|
|
Eles não conseguem esquecer
Faz uma semana hoje que o Brasil mudou de presidente. Como todo mundo viu, saiu Lula, entrou Dilma, um novo governo assumiu, a roda da história girou, a fila andou. Para certos setores da imprensa brasileira, no entanto, que até hoje não se conformam com a vitória de Lula em 2002 e 2006, e o sucesso dos oito anos de seu governo, aprovado ao final por 87% da população, é como se nada houvesse mudado.
Parece obsessão _ e é. Entre as perturbações mentais mais comuns, a obsessão compulsiva caracteriza-se pela presença de ideias, de imagens ou de impulsos recorrentes, segundo o Manual Muck da Biblioteca Médica Online.
Dia sim, noutro também, eles não conseguem virar o disco, mudar de assunto. Lula continua sendo o assunto dominante nas manchetes, nas colunas, nos blogs. A única diferença é que, quando ele ainda estava no governo, o presidente respondia aos ataques no mesmo tom, dando a sua versão dos fatos, o que levava a imprensa a falar em ameaças à liberdade de expressão.
Neste clima, pouco importa se o ex-presidente tem ou não razão ou direito nos atos adotados em seus últimos dias de governo e na primeira semana depois de passar a faixa. Nem tudo o que a lei permite é eticamente recomendável, eu sei. Não estou aqui para julgá-lo ou defendê-lo, não ganho para isso. Posso discordar dele em várias coisas, mas me espanta o tratamento raivoso e vingativo dado a Lula fora do governo em comparação aos seus antecessores.
Qualquer coisa que o agora ex-presidente faça ou deixe de fazer é motivo de críticas, denúncias, editoriais irados, como se devesse simplesmente desaparecer do mapa para ter um pouco de paz.
Nestes primeiros dias de 2011, procurei tratar de assuntos mais amenos, fugir da eterna pauta política de confronto entre governo e oposição, mas está difícil. Cada um entende o que quer, enxerga intenções que não tive e usa qualquer argumento para avivar a guerra ideológica. Até quando?
Agora vou à praia, atendendo a um convite do sol.
Bom dia a todos.
PIG é contra a democracia
1. O que é jornalismo militante? É o que defende um governo ou partido independente dos erros? É ideologicamente puro ou é uma criatura da realpolitik disposta a tolerar qualquer negociação política? É o jornalismo que informa sobre questões que estritamente combinam com a agenda política de um governo?
2. A ideia de um jornalismo militante como apêndice de um governo é problemática para a democracia, que não precisa de uma imprensa que sirva de porta-voz de nenhum oficialismo. Idealmente, o jornalismo deve ser cético frente ao poder e não ser crítico apenas segundo a cor política ou ideológica de quem detém o poder. Deve mostrar os dados da realidade porque os governos tendem a produzir e crer nas suas próprias realidades.
3. Deve investigar o governo porque o poder quase sempre mantém lugares obscuros. Deve estimular os cidadãos a conhecer o que ignoram, em vez de confirmar suas preconcepções militantes. Deve incrementar oportunidades para a expressão da cidadania e organizações da sociedade civil e não ser ventríloquo dos que estão rodeados de microfones.
4. Como destacou Walter Lippmann, um dos colunistas mais influentes nos EUA durante o século passado: "Sem jornalismo crítico, confiável e inteligente, o governo não pode governar". O melhor jornalismo não é aquele que marcha perfilado junto com um governo. A última década da imprensa mundial confirma que o bom jornalismo não joga rosas na passagem das autoridades ou varre a sujeira para debaixo do tapete da lealdade com o governo.