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Operação lava jato

MPF e Moro mudam narrativa para alcançar Lula


"A narrativa inicial da Lava Jato falava de um cartel de empresas que atuava na Petrobrás em conluio com diretores corruptos que, por sua vez, dividiam as propinas com os partidos que os sustentavam nos cargos", escreve Tereza Cruvinel, destacando que a "nova narrativa" pode ser observada no despacho do juiz Sérgio Moro e na entrevista do procurador Fernando dos Santos Lima; para a jornalista, o "mais importante" dessa nova narrativa "foi a menção à compra de votos", na qual "é preciso dar nome aos bois"; ela ressalta que, "se Dirceu é um 'dos líderes principais'", como dizem os procuradores, "se os presidentes das maiores empreiteiras já foram presos e alguns viraram delatores, se todos os operadores e funcionários corruptos já foram identificados, quem mais falta? Estão apontando o fuzil para Lula, vão prendê-lo e acusá-lo de ser o grande chefe"; leia a íntegra Aqui



Operação lava jato: um jogo de bombas marcada

Destruam os líderes e destruirão um povo
por Fernando Brito
A prisão de José Dirceu é – exceto, talvez, para o songamonga do Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo –  um passo no objetivo cuidadosamente traçado – e faz muito tempo – de chegar-se ao “grande prêmio” da Operação lava-Jato: o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.
Só um tolo não vê que estamos diante de um jogo de “bombas” noticiosas que, como o artefato atirado semana passada contra os portões do Instituto Lula, vão sinalizando estrepitosamente onde se quer chegar, muito mais do que onde os fatos levam.
Dito isso, não preciso dizer qual é o meu conceito sobre o núcleo burro do governo.
Compartilho as reservas com que, uma década atrás, Brizola encarava José Dirceu. Não por uma questão de integridade pessoal do ex-ministro, mas pelo fato de que ele, ao contrário de Lula, sempre foi um homem de máquina partidária e estes vivem mais à sombra que à luz, exatamente por terem este papel.
Mas não é ele quem está em questão – e não seja facilmente crível que um homem soterrado há vários anos por uma das maiores campanhas de demolição política e judicial conservasse poder e capacidade para exigir tanto de tantos.
A Operação Lava Jato é, há muito tempo, uma ação mais política que estritamente judicial, que se desenvolve como um plano de subir e subir degraus, passando de uma ladrões de quinta categoria para a nata das empreiteiras e da política, embora tais natas, há muito, já tivesse seus bolores evidente, sem que os moralistas de ocasião se importassem muito com isto.
Seu objetivo, ainda que os que não enxergam além da casca superficial dos fatos – e das versões que deles brotam -, é a destruição de um projeto de afirmação do Brasil e que qualquer veleidade brasileira em tomar para nosso país o lugar que lhe cabe no mundo, o que jamais se fará como uma colônia, como nunca se fez em meio milênio.
E, para desespero dos intelectuais “democratistas” – boa parte deles ex ou atuais petistas – isso não ser fará sem líderes.
Dizem que a direita não tem líderes ou estadistas. O máximo que conseguiram foi o príncipe da sabujice, Fernando Henrique Cardoso.
Não importa, porque a manutenção do status-quo, a não-mudança, a continuidade do que o Brasil infelizmente é.
Quando necessário, a mídia fabrica um, como fez com Collor, com Joaquim Barbosa, com Aécio ou com o próprio Moro. Alguém que vem do nada para o tudo, sem trajetória, sem embates ao longo da vida mas que, pelo poder do foco, surge como o guerreiro salvador.
E a esquerda, tem líderes, exceto Lula?
Não tem um arremedo, sequer e a própria Dilma, elevada por ele, por seu passado e pela característica fenomenal de representar uma afirmação feminina num campo quase que reservado aos homens, deixou escapar o seu potencial de tornar-se uma, porque recusou a política e a afirmação ideológica didática que, até por sua trajetória Lula representava.
Sobrou Lula e Lula não pode sobrar, porque Lula é a única e monumental barreira a que o conservadorismo tenha não apenas parte do poder, como hoje o tem, mas (e de novo) todo o poder neste país.
O alvo, portanto, é a destruição de Lula, para que com ele se destruam, como se destruiu em parte com Getúlio ( a quem só a morte dramática preservou parte do seu legado) o processo de afirmação do povo brasileiro.
O resto é quinquilharia, caixotes de tábuas de segunda por onde se galga para alcançar o alto da prateleira.
Com a ajuda, claro, daquele udenismo que sempre marcou o PT, onde Brizola sempre disse haver uma “UDN de tamancos” e que, na mídia, na Justiça e na política, se calça hoje, em lugar dos solados de madeira, o confortável cromo alemão e se brinca de “republicano”.
Republicanos songamongas, bem entendido, daqueles que ficam encolhidos como coelhos, para ver se os lobos vão embora.
Tijolaço


"Até o fim do ano vão prender Lula", por Rodrigo Viana

A frase que dá título a esse texto não foi dita por um militante petista desvairado. Nem por um jornalista (como esse que escreve) afeito a teorias da conspiração.

Saiu da boca de um advogado paulistano, bem-sucedido, com sólida formação acadêmica (é também professor de Direito), sócio de um escritório na região da avenida Paulista.

Detalhe: ele votou em Aécio no ano passado, mas não disse a frase em tom de "comemoração", mas de alerta.

A conversa aconteceu num encontro social privado, há alguns dias, antes portanto da prisão de José Dirceu. O advogado, a quem conheço há mais de 30 anos, tem na sua carteira de clientes alguns empreiteiros. Um deles está em prisão domiciliar, por causa da Lava-Jato, e algumas semanas atrás foi obrigado a depor algemado em Curitiba – como forma de pressão.

"Um homem de quase 60 anos, franzino, que não oferece nenhum risco físico às autoridades, foi obrigado a depor algemado durante várias horas, sob alegação de ameaça à segurança do delegado", contou.

Prisões sem provas, pressões físicas e psicológicas. A Lava-Jato transita num fio da navalha muito perigoso. Já sabemos disso. Mas é impressionante ouvir quem acompanha o desenrolar dos fatos ali, bem ao lado dos investigados e dos algozes da PF e do Judiciário.

Experiente operador do Direito, minha fonte está impressionada com o grau de truculência de delegados, procuradores e do juiz Sérgio Moro. Perguntei a ele (com veia sempre "conspiratória") quem seria a cabeça pensante a traçar o roteiro da Lava-Jato: "Moro me parece frágil, mal preparado, tropeçando nas palavras nas inquirições…", eu disse.

E o advogado: "não se engane, ele pode não ser brilhante ao falar, mas o cérebro é ele. Moro se acha imbuído de uma santa missão, e vai seguir em frente, nem que pra isso tenha que destruir metade da República. Ele é uma personalidade perigosa para a democracia".

Todos advogados que trabalham na Lava-Jato estão assustados. Mas quase todos (e agora a avaliação é minha) temem enfrentar abertamente Sergio Moro. O juiz de primeira instância – com suas soturnas camisas pretas (ôpa, Itália dos anos 20 e 30!) acompanhadas de gravatas também escuras – virou uma espécie de intocável. Montou uma operação que – mais do que respeitada – é temida por todos que atuam no Judiciário.

"É uma espécie de estado islâmico judicial, onde tudo é permitido; afinal há um objetivo final que é sagrado: combater a corrupção". Algumas delações premiadas já chegam prontas, feito matéria da "Veja": primeiro o editor escreve, depois o repórter acha alguma coisa que corrobore a tese. "Eles trazem a delação e dizem ao preso: você assume isso aqui? Sabemos que você sabe, fica mais fácil pra você".

Mas o que explicaria essa voracidade, voltada não contra todos os corruptos, mas contra o governo (PMDB e PT são os alvos, com o PSDB poupado)? Não haveria uma operação tucana, uma conexão com a mídia?

"Pode haver alianças, mas são circunstanciais. Moro é bem tratado pela Globo, e faz o jogo. Mas não pense que a Globo ou o PSDB controlam cada passo dele e de todos envolvidos na operação", foram as palavras do advogado, entre um gole e outro de vinho.

Minha fonte, que votou em Aécio sob o argumento pragmático de que "o Brasil e a Dilma não vão aguentar o que vem por aí na Lava-Jato; se o Aécio ganhar, isso tudo estará pacificado" (foi essa, mais ou menos, a frase dele em outubro de 2014, quando nos reunimos num jantar a poucos dias do segundo turno), está convicto de que a guerra santa promovida por Moro tem um alvo: o ex-presidente Lula.

"O Lula ainda não é a bola da vez, mas é a cabeça que os meninos de Curitiba querem sangrando numa bandeja", disse o advogado. Segundo ele, muitos réus foram indagados nas últimas semanas sobre o que sabiam do "peixe grande".

A conversa que narro nesse post aconteceu durante um encontro com 6 ou 8 pessoas, em São Paulo. Um dos presentes, que não é advogado, indagou: "então, caminhamos para uma grave crise institucional?

"Não", respondeu o advogado. "Não caminhamos. Já estamos em plena crise".

E a prisão de Lula então é inevitável, dada a inação do PT e do governo?

"Avaliação política eu deixo por sua conta" [o advogado disfarça, mas é também um arguto observador político]. "O que posso dizer é na seara jurídica:  posso apostar com você que até o fim do ano vão tentar prendê-lo; vai depender da postura do STJ e do STF nos HCs pendentes".

Ou seja: Moro precisa ter certeza que não vai passar vergonha, mandando prender Lula, mas tendo sua decisão revogada em 24 horas, num tribunal superior.

"Quais seriam os próximos passos, antes do Lula?"

"Aí não é informação, mas especulação minha e de vários advogados que atuam na Lava-Jato. Não é segredo. Vão tentar prender o Dirceu ou o Palocci, primeiro, nas próximas semanas. Depois vem o Lula."

Reparem, leitores. A conversa com esse advogado ocorreu na segunda quinzena de julho.

O penúltimo passo foi dado. Dirceu está preso.

Não há mais teoria conspiratória, pois.

Lembremos que Vargas, em 1954, estava na iminência de ser preso pela República do Galeão, e por isso tomou a medida extrema em 24 de agosto.

Espero que não caminhemos para o mesmo desfecho. Politicamente, Vargas salvou o trabalhismo com um tiro no peito. Foi o suicídio que salvou seu campo politico.

Dilma, até aqui, com sua inação, de certa forma faz o caminho inverso. Preserva-se pessoalmente, mas leva todo o campo político do lulismo e do trabalhismo para um suicídio político.

E Lula? A reação não pode mais levar semanas, ou meses. Acordos "pelo alto" (com a banca e a elite emprersarial) não vão adiantar. Vargas era estancieiro gaúcho, e foi pro cadafalso. Por que poupariam o metalúrgico nordestino?

Moro não vai parar. Ele é o estado islâmico judicial.

O advogado, minha fonte, fala que tentarão a prisão de Lula "até o fim do ano". Minha impressão é de que o relógio se acelerou.

Em 2015, o agosto terrível da política pode cair em agosto mesmo. Mas também pode cair em setembro ou outubro. Até lá, teremos um desfecho.

Leia também:

O PT NÃO DEVE APOIAR O DIRCEU NEM O LULA !

E assista:

O DIRCEU FOI EM CANA? PROBLEMA DELE

Dirceu de novo

por Janio de Freitas
A prisão de José Dirceu foi a menos surpreendente de quantas a Lava Jato faz desde março do ano passado. Se justificada ou não, vamos saber quando os integrantes da Lava Jato apresentarem em juízo o que veem como provas convincentes. A carga pesada de acusações apenas verbais, feitas pelo procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, desde logo criou uma imprecisão sujeita a reparo histórico e atual. Foi quando definiu Dirceu como "o instituidor e beneficiário" do "esquema" de corrupção na Petrobras.
 
Dizê-lo instituidor é aliviar de um grande peso acusatório os empreiteiros e ex-dirigentes da Petrobras que têm feito delação premiada e, por isso, são chamados pelos componentes da Lava Jato de "colaboradores". Ainda que não seja por deliberação, a transferência de responsabilidades, concentrando-as em um só, é como um prêmio adicional à delação já premiada.
 
A corrupção na Petrobras investigada pela Lava Jato seguiu o "esquema" praticado há décadas pelas grandes empreiteiras nas licitações e acréscimos de custo, em contratos com estatais e administração pública. Se houve um "instituidor" do "esquema", seu nome perdeu-se na desmemória do tempo.
 
Caso o Ministério Público e a Polícia Federal se dessem ao trabalho de verificações retroativas, tanto encontrariam histórias de honestidade como de vidas enriquecidas a partir de passagem por um cargo alto na Petrobras. Mas, no Brasil, nem por curiosidade é acompanhada a evolução das condições de vida de políticos e ex-dirigentes públicos.
 
Na geração atual dos funcionários elevados a dirigentes corruptos da Petrobras, Pedro Barusco, que é tido como o mais inteligente dos delatores premiados, já explicou que vem desde meados da década de 90, ao menos desde 1997, as transações com a atual geração de dirigentes de empreiteiras.
 
Também resulta como prêmio adicional aos delatores já premiados a ideia de que o "esquema na Petrobras repetiu o do mensalão". Um nada tem a ver com o outro. Na Petrobras, o dinheiro manipulado estava embutido no custo de obras e de serviços ou bens como sondas. No mensalão, os meios envolvidos foram banco e publicidade.
 
No caso pessoal de Dirceu, chama atenção a disparidade entre as toneladas de atribuições que o procurador Santos Lima lhe despeja e a sua espera quase passiva, em casa, pelos emissários da Lava Jato. Quem se soubesse autor de tantos e tão graves atos ilegais, e da gana de é que alvo, saberia também que o esperava uma condenação esmagadora. José Dirceu teve farta oportunidade de fugir. Com a experiência de quem entrou e viveu no Brasil da ditadura com rosto e nome mudados, e levou vida tranquila por anos, poderia evaporar por aí sem dificuldade.
 
José Dirceu ficou, à espera. Não quis fugir. Isto tem um significado. Não há como deixar de tê-lo. As suposições a respeito podem variar, sobretudo ao compasso das posições políticas, mas só o próprio Dirceu mostrará qual é
Folha de São Paulo

Pode responder ou tá difícil?

Mensagem da Vovó Briguilina

O que você semeia, cedo ou tarde terá de colher. Por isso escolha com sabedoria as sementes que deseja semear.

Frase do dia

Delação premiada
“Delação não tem pé nem cabeça. Primeiro porque não tenho o que delatar. Segundo porque não tem nada a ver com minha vida e trajetória”, afirmou ele.
José Dirceu

José Dirceu, sacrificado ao deus Mercado no altar da Mídia, por Fábio de Oliveira Ribeiro

Reviro minha estante a procura de um livro antigo de Direito Penal para expandir as idéias que esbocei aqui mesmo no GGN (Justiça, jornalismo e genocídio). Fico furioso, simplesmente não consigo encontrar o maldito livro que procuro. Irritado, esbarro duas vezes no Dictionnaire Économique-Wirtschafts Wörterbuch, R. Thomik, Editions Armand Peiffer, Luxembourg, 1963.Nὕρηκα/εὕρηκα, encontrei!

Ao tocar o dicionário de economia penso em José Dirceu não como um réu e sim como um "ativo" que corresponde a um "passivo". Vamos às definições:

"ativo é um termo básico utilizado para expressar os bens, valores, créditos, direitos e assemelhados que, num determinado momento, formam o patrimônio de uma pessoa singular ou coletiva e que são avaliados pelos respectivos custos." https://pt.wikipedia.org/wiki/Ativo

"passivo corresponde ao saldo das obrigações devidas, enquanto no ativo se representam os bens e direitos que pertencem a uma determinada entidade. O passivo é a coluna da direita num Balanço Patrimonial. Um exemplo de ativo é uma conta a receber, e passivo seria uma conta a pagar." https://pt.wikipedia.org/wiki/Passivo_(contabilidade)

Durante o espetáculo judiciário do Mensalão do PT, após ter sido intensamente hostilizado pela imprensa durante uma década, José Dirceu foi condenado porque indícios de provas sugeriam que ele teria comandado o suposto esquema criminoso. A inexistência de provas materiais que ligassem o ex-Ministro da Casa Civil aos crimes imputados a ele pelo MPF foram contornados de maneira grotesca: Joaquim Barbosa distorceu a teoria do domínio do fato, Rosa Weber invocou a literatura, Luiz Fux afirmou que o réu não havia provado sua inocência.

A CF/88 teve que ser rasgada, a legislação penal foi estuprada e a doutrina ignorada para que José Dirceu pudesse ser condenado. Ele era o inimigo público número um da mídia e precisava ser sacrificado no altar dos telejornais. O ponto alto da cerimônia de expiação ocorreu quando o réu, já condenado, foi colocado diante das câmeras antes de pegar o avião onde estava e depois de chegar em Brasília. A viagem era rigorosamente desnecessária do ponto de vista legal. Dramática e televisivamente, contudo, o transporte do condenado tinha uma importância vital para aqueles que puxavam as cordas que acionavam as engrenagens do STF.

Desde que o PSDB foi afastado do presidência nós vivemos numa República estranhamente dividida. Aqueles que exercem o poder político procuram enfatizar a natureza republicana do Estado. Os derrotados só acreditam no poder do Mercado e tudo fazem para submeter o governo e a sociedade aos cânones do neoliberalismo. Não é segredo que tucanos/demonicos desejam privatizar coisas e das pessoas. O próprio STF espelha esta divisão. Na mais alta Corte do país, há Ministros que são descaradamente submissos ao  Mercado. Há aqueles que se recusam a fazer isto. Alguns procuram se manter na linha reta da técnica jurídica e a maioria parece oscilar entre mercantilizar o Direito Penal e publicizar o interesses do Mercado. Vem daí minha epifania arquimediana.

No atual estágio das relações políticas, jurídicas e midiáticas não faz mais qualquer sentido recorrer ao Direito Constitucional,  ao Direito Penal e a Teoria do Direito para explicar a forma como o Judiciário trata José Dirceu. Ele claramente deixou de ser um ser humano. Ele não é mais um cidadão com direitos que pode invocar contra o Estado e opor contra seus adversários dentro e fora da imprensa. José Dirceu foi transformado em duas categorias contábeis justapostas. Só os conceitos de "ativo" e "passivo" ajudam a explicar o destino cruel deste pobre homem sacudido pelo Mercado e pelos seus serviçais judiciários.  

Em liberdade José Dirceu era um "ativo" do PT. Preso ele se tornou um "ativo" da oposição e um "passivo" do PT. Daí resulta que ele se transformou num "passivo" da oposição no exato momento em que foi colocado em liberdade quando adquiriu o direito de ser posto em liberdade. A prisão dele ordenada Sérgio Moro reequilibra a relação contábil entre PT e PSDB. José Dirceu voltou a ser um "ativo" do PSDB e um "passivo" do PT. A imprensa pode novamente explorar a imagem de José Dirceu para proporcionar prejuízo ao PT e lucro ao PSDB.

Quanto tempo até a imprensa começar a associar Dilma Rousseff à imagem do "ativo" do PSDB? A coisificação dos seres humanos é perigosa. Em algum momento os amigos das vítimas do Mercado começarão a coisificar os tucanos dentro e fora do Poder Judiciário. Quando isto ocorrer eles serão empalhados vivos exigindo os mesmos direitos constitucionais que se recusam a atribuir aos seus adversários coisificados?

Briguilinks