Mostrando postagens com marcador terrorismo midiático. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador terrorismo midiático. Mostrar todas as postagens

Traíra mente, rouba e faz terrorismo midiático

Não basta ser golpista. Apavorado com as pesquisas que mostram a elevada reprovação de seu governo – 39% segundo a última CNI/Ibope –, fato que pode provocar a debandada antecipada dos apoiadores de ocasião, o presidente Michel Temer decidiu partir para o mais abjeto e bizarro terrorismo midiático contra as conquistas sociais e contra o PT e a esquerda.

Utilizando o pretexto de promover o equilíbrio das contas públicas, o governo patrocina mudança na Constituição para promover um cruel sucateamento da saúde e da educação. Mesmo estando claro que a crise fiscal foi provocada pela forte queda na arrecadação, a tecnocracia que assumiu o poder se recusa a baixar os juros para incentivar os investimentos. No lugar, prefere pagar quase R$400 bilhões em serviço da dívida, não reduzindo as taxas estratosféricas de juros.

Se não bastasse cortar ao máximo os gastos públicos nos próximos 20 anos, os idealizadores das maldades palacianas estão tirando do forno a reforma da Previdência, o que vai piorar profundamente a renda de milhões e milhões de brasileiros. Eles não querem apenas aumentar a idade para trabalhadores rurais e urbanos se aposentarem, independentemente de quando começaram a dar duro na vida, ou igualar a idade mínima de homens e de mulheres. Querem também reduzir a migalhas os benefícios dos idosos pobres e pessoas com deficiência que recebem o salário mínimo por meio da assistência continuada.

Nesse rastro de destruição, Michel Temer decidiu partir para o golpe baixo. Hoje, o Palácio do Planalto divulgou nos principais jornais do país a peça publicitária intitulada "Vamos tirar o Brasil do Vermelho para voltar a crescer". É simplesmente deplorável ver o governo gastar milhões do dinheiro público em propaganda oficial para mentir para a população e disseminar o ódio contra o Partido dos Trabalhadores e a esquerda. Aliás, tudo se encaixa. Temer já vinha agindo dessa forma desde que iniciou sua trajetória golpista. Primeiro, se mancomunou com os oportunistas de sempre para derrubar a presidenta Dilma. Agora, articulado com forças cujos interesses estão bem claros, parte para a tentativa do golpe final, que é tirar direitos da população e afastar o presidente Lula do jogo eleitoral.

A propaganda é um amontoado de mentiras e meias verdades. Afirma, por exemplo, que havia R$ 54,3 bilhões de despesas do PAC já realizadas e ainda não pagas. No entanto, dados do próprio Siafi mostram que, ao final de 2015, o restos a pagar do PAC era de R$ 49 bilhões. Porém, apenas R$ 5,6 bilhões eram despesas já realizadas. As demais referem-se a obras já contratadas, mas não entregues. Cabe destacar ainda que o restos a pagar do PAC caíram de R$ 62 bilhões para R$ 49 bilhões.

Outra mentira diz que a transposição do Rio São Francisco se arrasta ao longo dos anos. Na verdade, a obra já estava 90% concluída no governo Dilma e tinha previsão de recursos para terminar neste ano. Tem mais: alardeia que só foram pavimentados 53 km dos 1.024 km da BR-163 (entre Mato Grosso e Pará), quando na realidade 90% da via já estão pavimentados.

Com essa campanha falaciosa, utilizando o vermelho do PT em um discurso ideológico de duplo sentido, Temer nada mais faz do que tentar ludibriar a população, ao esconder o real projeto de seu governo, que é levar o Brasil para o abismo, principalmente o abismo social.

GLEISI HOFFMANN

Senadora pelo PT do Paraná. Foi diretora financeira da Itaipu Binacional e Ministra-Chefe da Casa Civil

Manipulação da imprensa e nas colunas picotadas

As colunas de notícias dos grandes jornais servem em geral para abrigar fatos mal apurados ou para dar informações sabidamente sem muito fundamento. Se o noticiário comum se presta à manipulação aberta dos leitores, a coluna é por onde passa a má fé. Todos os grandes jornais tem suas colunas de notícias picotadas e nelas se exibe com extravagância a irresponsabilidade mais descarada dos donos e de seus jornalistas de confiança. Para exemplificar, em lugar de escrever um artigo, vou fazer hoje uma coluna de notas.

***




No afã de descobrir uma maneira de prender Lula e sua família, e à falta de material para denunciá-los, os jornais Folha de S. Paulo e Globo inventam e depois requentam matérias antigas como se fossem novas. No caso da cooperativa que iniciou o prédio onde Lula teria um apartamento, a responsabilidade de conclusão da obra foi atribuída inicialmente à OAS. Depois já não era a OAS mas outra empresa. Aí entra a Odebrecht reformando um sítio de um amigo do Lula. Também não há quem estabeleça uma relação entre ambos. Ou seja, primeiro inventa-se, depois se busca a prova do favorecimento. E nada se prova, tudo se manipula.

Terrorismo midiático

Corrompendo as instituições e até setores do Judiciário, esta erva daninha apodrece o verdadeiro jornalismo: 

A Rede Globo hoje é o maior partido político de oposição atuando na clandestinidade, corrompe até o Judiciário que, hoje segue a risca suas pautas com viés golpistas. Fugindo das suas atribuições a Rede Globo, prega abertamente Golpe Institucional para depor a Presidenta Dilma Vana Rousseff, que foi legitimamente eleita pelo voto popular. 

Este terrorismo midiático que pauta até setores do Judiciário, tem que ter um freio para o bem do Brasil.

Banqueiros, especuladores, agiotas e rentistas apoiam Aécio




Basta este motivo para o trabalhador saber para quem ele governaria...

Abaixo e-mail que circula fazendo propaganda da candidatura do playboy mineroca

Votaremos em Aécio Neves

Votaremos em Aécio Neves.

Dadas as críticas públicas já proferidas contra o atual governo, talvez não seja novidade. Não importa. Dadas as circunstâncias, a formalização nos parece necessária.

Fundamentamos a escolha em dois grandes elementos, de raízes distintas: a primeira, muito menos relevante, ligada a uma espécie de dever fiduciário; a segunda, cívica.

Comecemos do menos importante. A Empiricus é uma consultoria de investimentos, cujo foco das recomendações está em ativos brasileiros. Conforme narrado em verso e prosa pela cruel realidade, aumentos da probabilidade de eleição de Dilma Rousseff têm se traduzido em perda de valor para os ativos brasileiros (renda fixa, moeda e ações). Analogamente, vale o inverso para o caso de maior chance da oposição.

De forma óbvia, a maior parte de nossos clientes detém fatia relevante (em muitas vezes, a totalidade) de seu patrimônio em ativos domésticos. Portanto, se é da obrigação de uma firma qualquer atuar no interesse de seus clientes, a Empiricus precisa manifestar-se em favor daquele candidato capaz de valorizar os investimentos no Brasil. Essa é a retribuição mínima que temos com nossos assinantes.

Trata-se, porém, de algo secundário no momento. O outro elemento é bem mais profundo e significativo, feito não por empresários, mas por brasileiros, com formação (e vocação) em Economia, a saber: achamos que a candidatura de Aécio Neves seria capaz de conferir um futuro melhor ao País, na comparação com o prognóstico oferecido pela recandidatura da atual presidente.

A assertiva decorre da interpretação de que a nova matriz econômica - nome dado à série de medidas adotada em resposta à crise de 2008 - marcada por uma espécie de ensaio nacional-desenvolvimentista, de fechamento da economia e aumento do intervencionismo do Governo, representa uma inadequação à política econômica brasileira.

Desde a saída do ministro Palocci, abandonamos a ortodoxia, com o clássico tripé macroeconômico sendo vilipendiado em prol da tal nova matriz. As medidas heterodoxas têm suas consequências devidamente catalogadas: desemprego e inflação, com direito a risco de crise cambial.

A Economia é uma ciência voltada a três preceitos, cuja coexistência simultânea e na mesma intensidade pode ser impossível. Dadas a escassez de recursos, as dotações iniciais e a impossibilidade de alguém simplesmente impor uma determinada alocação aos agentes, havemos de fazer escolhas (trade offs) entre as três coisas.

Aos poucos familiarizados, os preceitos da Economia são:

Eficiência, tradicionalmente ligada à ótica paretiana, de que uma situação é eficiente se não é possível melhorar a posição de alguém sem piorar a de outrem. De forma mais simples, normalmente se relaciona eficiência ao ritmo de crescimento do bolo, ou seja, à velocidade em que o PIB aumenta e/ou a indicadores de produtividade.

Equidade, que poderia ser quebrada em subitens. Equidade horizontal, a necessidade de se tratar os iguais como iguais. E equidade vertical: diferentes merecem tratamento diferente. Usualmente, o conceito é ligado a uma alocação de recursos mais justa. Como o bolo é dividido entre os diversos convidados do aniversário, sendo desejável, obviamente, tamanhos semelhantes entre cada um dos cidadãos.

Liberdade, sem muita necessidade de explicação. A defesa das liberdades individuais parece ser um valor indisputável.

O ideal, claro, seria ter os três, em sua plenitude. Ocorre que, na prática - e também na própria teoria -, precisamos normalmente escolher entre as coisas.

O que o Governo Dilma tem a nos dizer sobre cada um dos preceitos?




O Brasil sob a neblina da guerra, por Saul Leblon

Toda a semelhança com o bombardeio israelense realizado indiscriminadamente contra palestinos destinado a inocular o sentimento de rendição, submissão incondicional não é mera coincidência


A expressão ‘a névoa da guerra’ é uma metáfora do elevado grau de incerteza que cerca o campo de batalha no momento que antecede o conflito.

Seu formulador, Carl von Clausewitz (1780/1831), um general prussiano ilustrado, amante da filosofia e da literatura, tutor do príncipe herdeiro Frederico Guilherme IV, é autor de outra máxima de reconhecida pertinência na compreensão dos conflitos modernos: ‘a guerra é a continuação da política por outros meios’.

A névoa da guerra recobre o noticiário brasileiro nessa antessala da eleição de outubro.

A neblina da desinformação é tão espessa que ofusca a própria visão do campo progressista sobre seus desafios e possibilidades.

A mídia não reflete apenas a incerteza da disputa; ela é a principal usina irradiadora das nuvens de pessimismo através das quais, para glosar Clausewitz, a política se transforma na continuação da guerra por outros meios.

Os desequilíbrios inscritos no crescimento brasileiro dos últimos anos – sobretudo a endogamia entre juros altos e câmbio valorizado, que atrai capitais especulativos, encharca o mercado de dólar, barateia importações e comprime a indústria local — não explicam o belicismo do noticiário.

Sua determinação, na verdade, é criar um ambiente de prostração eleitoral.

Tornar a sociedade refém do pânico próprio das presas enredadas em tragédias inelutáveis e incompreensíveis.

Qualquer semelhança com o bombardeio indiscriminado destinado a inocular o sentimento de rendição incondicional em populações civis não é mera coincidência.

Israel o faz com artefatos explosivos. A emissão conservadora, com manchetes.

No caso específico da economia brasileira, a manipulação de uma cortina de fogo de adversidades e revezes é operada de forma a impedir que o eleitor alcance o discernimento das grandes questões em jogo na disputa eleitoral em curso.

Em primeiro lugar, o discernimento histórico de que contradições macroeconômicas são inerentes ao capitalismo.

Em segundo lugar, que hoje elas estão exacerbadas pelo movimento errático de massas descomunais de fluxos financeiros, engalfinhadas na disputa virulenta por um pedaço da riqueza global.

Que foi diminuída ao longo de seis anos de colapso da ordem neoliberal.

Em terceiro lugar, trata-se de naturalizar as relações de um capitalismo sem freios, para desautorizar agendas alternativas.

Faz parte dessa mutação ‘esquecer’ que já não foi assim nos seus próprios termos.

Mas não foi.

Há exatamente 70 anos, em 22 de julho de 1944, o acordo assinado em Bretton Woods –que o neoliberalismo cuidou de sepultar na década de 80— visava impedir o que predomina agora.

Ou seja, a lógica de um capitalismo ensandecido em sua própria liberdade.

Que submente nações aos desígnios da mobilidade extorsiva dos capitais, sonegando-lhes instrumentos para ordenar seu fluxo na economia, ademais de negar-lhe o poder de comando sobre variáveis cruciais do desenvolvimento, como as políticas monetária, fiscal e cambial.

A libertação dos demônios reprimidos em Bretton Woods não sepultou apenas os alicerces do Estado do Bem-Estar Social.

Ela ameaça conduzir a humanidade a um estágio de indiferenciação regressiva entre a ordem jurídica, o sistema político e a hegemonia irretorquível dos mercados financeiros.

Já vivemos isso antes quando o dono da terra era o dono do servo, o dono da lei, o senhor da vida e da morte.

No absolutismo moderno, Estados e nações são chantageados incessantemente pelos mais diferentes marcadores da cobiça e das expectativas manejados pelos mercados financeiros desregulados.

Não só as bolsas, os mercados futuros e as agências de risco, mas também a mídia associada.

Tangidos pela volatilidade ininterrupta de variáveis que não controlam –e cuja coordenação exigira um poder de comando estatal demonizado como ilegítimo— governantes se veem obrigados a elevar a taxa de juros a níveis recessivos para evitar a fuga de capitais; a política cambial escapa-lhes pelos dedos; oscilações adversas nas paridades ora desencadeiam a perda da competitividade manufatureira, ora impõem o arrocho salarial sobre as famílias, ademais da perda do poder de compra nas relações de troca internacionais.

Um governante que acene com políticas de controle de capitais, estabilização cambial e cortes nas taxas de juros será comprimido até esfarelar por entre as pinças de um articulado alicate global e local.

Calcula-se que a estagnação dos negócios provocada pela crise de 2008 tenha acumulado atualmente nos caixas das grandes corporações norte-americanas cerca de US$ 7 trilhões em capitais ociosos.

É só um dos reservatórios da liquidez circulante no planeta.

Capturar o Estado de uma economia com a envergadura que tem a brasileira interessa sobremaneira a essa riqueza fictícia, compelida a uma corrida de vida ou morte pelo planeta para alimentar a sua reprodução.

É disso também que se trata nas urnas de outubro próximo.

Disso e do seu contrário.

Ou seja, de construir uma política de investimento de longo prazo, que detenha o comando das variáveis que dão margem de segurança e previsibilidade ao cálculo econômico contra o tsunami externo.

Mais ainda.

De fazê-lo na era dos mercados desregulados, quando todo capital é capital estrangeiro e, independente da nacionalidade jurídica, opera contra barreiras de comando público e soberania democrática.

É disso que se trata também quando o jornalismo abestalhado de ideologia neoliberal menospreza a importância dos instrumentos de coordenação financeira criados na reunião de cúpula dos Brics, realizada agora no Brasil.

O que a neblina ofuscante da emissão conservadora providencia nesse acirramento da disputa é a interdição implacável da politização da economia, único antídoto à rendição incondicional aos mercados prescrita por seus candidatos do peito e da alma.

Faz parte desse boicote a greve do capital contra o investimento.

Repita-se, a economia brasileira encerra desequilíbrios reais.

Em parte derivados da transição em curso no cenário global (superliquidez de um lado, baixo crescimento do comércio, de outro).

Mas não são eles que explicam o recuo acelerado das inversões produtivas nos últimos meses, magnificado pelas sirenes do apocalipse midiático.

O principal impulso vem da disputa para alterar a correlação de forças da sociedade nas urnas de outubro. E desfrutar, a partir daí, das vantagens de um novo ciclo de expansão da riqueza sob auspícios da restauração neoliberal no Brasil.

Sugestivo desse braço de ferro é o resultado da pesquisa feita pela consultoria Grant Thornton realizada junto a 12.500 empresas, em 45 países, divulgado no mês passado.

A enquete mostra uma dualidade paradoxal dos humores no país.

Cerca de 20% dos executivos consultados aqui esperam piora no desempenho da economia nos próximos 12 meses.

A taxa está acima da média global (15%).

Em contrapartida, 46% das companhias instaladas no Brasil garantem que vão ampliar seus investimentos em máquinas e equipamentos nos mesmos próximos 12 meses.

Mais: 24% pretendem construir novas instalações no período.

Os números são os maiores do mundo nos dois quesitos.

Nos EUA, investimentos em máquinas e equipamentos estão previstos nos planos de 43% das empresas, diz o levantamento da Grant Thornton --a taxa é de 37% no Reino Unido, 35% na Alemanha e 32% no Japão.

Na China, o percentual cai a 29%; no México, o novo titã dos livres mercados, recua a 28% --bem abaixo da média global de 37%.

Os dados corroboram a percepção de que a neblina da guerra eleitoral ofusca a realidade subjacente à disputa.

O que as urnas de outubro vão dizer é quem terá a hegemonia na condução do novo ciclo de desenvolvimento na sociedade que reúne a 5ª maior extensão territorial do planeta, abriga mais de 200 milhões de habitantes, sendo 90 milhões de assalariados, tem uma renda per capita crescendo acima de 2% ao ano, em média, e consolidou um mercado de consumo popular que já representa 53% da população.

Uma economia que tem um encontro marcado com um pico de investimentos em infraestrutura entre 2015 e 2017, somando R$ 299,2 bilhões, ademais de uma espiral de produção de petróleo extraído das maiores reservas descobertas no mundo no século XXI.

A 'névoa da guerra' não borra apenas esses contornos do campo de batalha.

Ela oculta os projetos de futuro em duelo no confronto.

O fatalismo midiático trata um como populista. Consagra ao outro o título de passaporte para a redenção brasileira.

Deslindar o sentido dessa rotulagem aos olhos do eleitor implica romper a visão economicista que frequentemente contamina o próprio discurso do governo.

Não é uma questão retórica.

A politização das escolhas do desenvolvimento significa estender ao eleitor, de fato, a tarefa de ir além do voto, para no momento seguinte da urna se engajar na construção efetiva do destino sufragado. Ou este não se consumará.


O PCdoB contra o terrorismo midiático

O secretário de Comunicação do PCdoB, José Reinaldo Carvalho, apresenta ao 13º Congresso do Partido o balanço da "atividade de agitação político-ideológica" e "luta de ideias". Ele assinala que a ação do Partido foi fértil no desenvolvimento dessa batalha, na qual é flagrante a desigualdade de forças entre os inimigos, de um lado, e o PCdoB e o conjunto das forças progressistas, do outro. Segundo o secretário, o Portal Vermelho tem sido um veículo fundamental na luta de ideias.

É cada vez mais vasto e poderoso o arsenal de ideias retrógradas e obscurantistas, de que fazem parte também a ideologia e a política da social-democracia. O Partido desenvolveu sua atividade de agitação político-ideológica e de comunicação imerso em uma conjuntura caracterizada por embates entre as forças conservadoras e as progressistas, pela crise do capitalismo, abalos na ordem mundial e por lutas dos povos por sua emancipação nacional e social. Leia mais>>>

A oposição e o terrorismo inflacionário


Não era de se surpreender que a mesma oposição que governou o país e o levou ao FMI por três vezes hoje esteja na vanguarda de um movimento que acusa o governo de conivente com a escalada inflacionária. A inflação para o ano de 2012 ficou acima da meta de 4,5%, chegando a 5,8%. Ou seja, no teto da meta.

A questão é política e envolve uma tentativa de sabotagem ao projeto político da presidenta Dilma Rousseff. Do ponto de vista estratégico, é muito claro que o projeto dos governos Lula e Dilma não encontra sinal de igualdade com o projeto que elegeu FHC em 1994. Sempre bom lembrar que essa oposição toma para si o apanágio de ter acabado com a era da hiperinflação, porém esquece-se de dizer que o fim da hiperinflação deu-se da forma mais cruel e reacionária, pela via da elevação exorbitante dos juros básicos da economia, do arrocho salarial, do endividamento público e da abertura comercial indiscriminada.

Claro que a agenda atual é divergente da vitoriosa em 1994. Arrocho salarial foi substituído por ganhos salariais reais, endividamento público foi trocado por maior expansão do PIB, enquanto que a era da abertura comercial está sendo substituída por mais proteção à indústria e cobrança por mais conteúdo nacional nas obras em infraestrutura e nos investimentos de grandes empresas como a Petrobras. Trata-se de diferenças de fundo que estão sendo escancaradas na mesma proporção em que o rumo definido pelo governo obtém amplo respaldo popular diante de uma oposição sem voto, mas com grande força na mídia e nas altas instâncias do Poder Judiciário.

Pig: a hora é de epidemias

Começaram a cair as chuvas de verão, GAFE - Globo, Abril, Folha, Estadão -, mudaram o discurso terrorista, o apagão ficou para 2014. Agora é aterrorizar a população com epidemias e mais epidemias. De micose a bicho-de-pé vão explorar o que der.

Assim será até a eleição presidencial de 2014.

Quando Dilma for reeleita, eles recomeçaram os ataques, até 2018, na ilusão que conseguirão eleger um capacho(a) para presidente do Brasil.

Pobres coitados, como estão se enganando. Depois do PT ter chagado ao poder, nenhum presidente do país receberá ordens da famílias midiáticas.

Sobre o terrorismo midiático do "apagão"

O objetivo é claríssimo. 
É o mesmo que levou o PIG a fazer campanha contra o ENEM, contra cotas, contra redução dos juros, contra a Copa e Olimpíadas no Brasil. 
A campanha do caos aéreo, da febre amarela, da gripe suína, do alarmismo no início da crise econômica em 2008 (que levou empresas a demitir trabalhadores desnecessariamente), etc.
O objetivo do PIG  é sabotar o governo. 
No caso atual, tentar impedir a redução das tarifas de contas de luz (ou pelo menos tentar diminuir o impacto positivo que a medida terá na opinião pública).
Alarmismo, sensacionalismo, manipulação, intrigas, calúnias, fofocas, mentiras: PIG.
Ricardo S

Carlos Chagas: Trotski, Dilma e o cachorro


Leon Trotski foi tão importante quanto Lênin, nos preparativos, na deflagração e nos primeiros anos da revolução bolchevique. Tanto que uma vez conquistado o poder, o  novo regime voltou-se para ele quando  doze países capitalistas mantiveram ou enviaram tropa armada para apoiar russos brancos, cossacos e generais  dissidentes  na tentativa de estrangular aquele fantasma erigido pela miséria  e a revolta.  Lênin sugeriu que depois  de chefiar  a delegação enviada a Brest-Litowski para obter o cessar fogo com os alemães, Trotski fosse nomeado Comissário da Guerra e assumisse o comando do  recém formado Exército Vermelho.    Durante três anos, a bordo de um trem-blindado, ele percorreu as múltiplas frentes de batalha,  estimulando a resistência.   As forças invasoras dispunham de grandes  recursos  e contavam com o apoio da mídia européia e  americana da época, que enviavam  correspondentes e repórteres para acompanhar  a tentativa de sufocar o governo  sediado em Moscou. Como sempre, os jornalistas exageravam.
                                                        
Numa das batalhas onde os bolcheviques levaram a pior, os telegramas mandados para as principais capitais mundiais davam  conta  de que Trotski fugira a poucos minutos de ser derrotado,  não conseguindo  levar no trem o seu cachorro de estimação, que os adversários haviam  capturado.
                                                        
Depois de a História haver encenado  mais uma de suas tragédias,   vitorioso militarmente mas perseguido por Stálin e obrigado a refugiar-se no México,  Trotski escreveu em suas memórias: nunca me preocupei em desmentir aquelas notícias, até porque, jamais tive um cachorro...
                                                        
O episódio se conta a propósito do exagero repetido todos os dias  pela chamada grande imprensa a respeito das dificuldades enfrentadas pela presidente  Dilma na condução do governo. É claro que o mar não está para peixe.

Terrorismo fiscal parte II


No final do ano Nassiff escreveu um post em seu Blog, “Para entender o jogo da Economia (http://goo.gl/EULAV).
Nele, procurou explicar os seguintes pontos:
  1. A lógica das mudanças econômicas, com as mudanças radicais em curso, redução de juros, melhoria do câmbio, estímulos ao crédito e investimento, ênfase nas obras de infraestrutura etc.
  2. Existe um período de adaptação das empresas ao novo quadro econômico, em que os resultados demorar para aparecer.
  3. Mudanças radicais não se processam com todos os problemas previamente equacionados. Coloca-se o barco para navegar e vão se corrigindo os problemas à medida em que surgem. O importante é não perder os fundamentos da economia.
  4. Finalmente mostrava a enorme dificuldade da Fazenda em explicar o todo. E que isso abriria campo para toda sorte de explorações, dos grupos que perderam com o fim da farra de juros e câmbio aos grupos que usam a economia para disputas políticas etc.
***
Ontem foi a vez de se instalar o terrorismo nas contas públicas.
Contabilidade pública é matéria complexa, que dá  margem a toda sorte de interpretações especialmente junto ao público leigo.
Mas há uma prova do pudim de fácil avaliação: a relação dívida líquida/PIB do país. Quando as contas públicas estão descontroladas, a relação aumenta; quando sob controle, a relação diminui.
No final de novembro, a dívida líquida representava 35,4% do PIB, contra 36,4% do final de 2011. Já esteve em mais de 50%.
É um feito expressivo, ainda mais levando-se em conta o baixíssimo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e as isenções tributárias.
O restante é a chamada masturbação da contabilidade.